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❑ 1959 - O sistema HACCP/APPCC foi desenvolvido pela Pillsbury Company em resposta aos requisitos de inocuidade impostos pela NASA em 1959 para os "alimentos espaciais" produzidos para os seus primeiros voos tripulados. • Partículas de alimentos - migalhas a flutuar na cápsula espacial em condições de gravidade zero. • Inocuidade dos alimentos que seriam consumidos pelos astronautas. ❑ 1973 – A indústria de alimentos enlatados de baixa acidez aplica os princípios do HACCAP/APPCC. ❑ 1985 – O APPCC torna-se obrigatório em toda indústria de alimento norte americana. ❑ 1993 – A portaria 1.428 do MS cita o APPCC para garantia de qualidade dos produtos. ❑ 1997 – O Codex Alimentariu adota o APPCC. ❑ 1998 – A portaria 46 do MAPA cita o APPCC para produto de origem animal. ❑ 2002 – A norma NBR 14.900 da ABNT cita o APPCC e torna-se obrigatório seu uso. ❑ 2005 – Publicação da ISSO 22000, cujo capitulo 7 trata a APPCC. ❑ 2011 – Entra em vigor o Food Safety Management Act – FSMA - Lei de Gestão de Segurança Alimentar alterando de HACCP para HARPC - Análise de Perigos e Controles Preventivos Baseados no Risco (FoodSafetyBrazil.org). https://foodsafetybrazil.org/ A princípio, o grupo do Dr. Howard Bauman pensou utilizar o "Programa Zero Defeitos" que fora desenvolvido para testar o equipamento utilizado no programa espacial. Entretanto, chegou-se à conclusão que o mesmo não era apropriado para ser adaptado aos alimentos. Após vários ensaios, o grupo adaptou o conceito "Modos de Falha" que fora desenvolvido pelos Laboratórios Nacionais do Exército dos EUA. Este conceito baseia-se na obtenção de conhecimento e experiência relativos à produção e/ou processamento do alimento, para predizer o que poderia falhar, ou seja, quais seriam os "perigos potenciais", onde e em que parte do processo essa falha poderia ocorrer. ❑ Assim, com base neste tipo de análise de perigos, associada aos fatores de risco específicos dum processo ou produto, passou a ser possível selecionar os pontos onde as medidas pudessem ser tomadas, ou observações pudessem ser realizadas, para verificar se o processo havia ou não sido controlado. ❑ Se ficasse demonstrado que o processo estava fora de controle, haveria uma grande possibilidade de ocorrer algum problema com a inocuidade do alimento que se estava a produzir. Esses pontos, identificados ao longo do processo de produção, tornaram-se conhecidos como Pontos Críticos de Controle. ❑ Assim, o HACCP foi desenvolvido para ser aplicado aos fatores associados à matéria prima, ingredientes, processo de produção, processamento e outros, por forma a prevenir-se a ocorrência de contaminações e, assim, poder-se garantir o inocuidade final dos alimentos. Hazard Analysis and Critical Control Point Analise de Perigos e Pontos Críticos de Controle O conceito da Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) é uma abordagem sistemática para garantir a segurança do alimento. O método é baseado em vários princípios diferentes de detecção direta ou indireta de contaminação. O objetivo é controlar a segurança do alimento analisando os perigos em potencial, planejando o sistema para evitar problemas, envolvendo os operadores em tomada de decisão e registro das ocorrências. O conceito da HACCP (APPCC) deve ser aplicado em conjunto com as Boas Práticas de Fabricação. É uma ferramenta de gestão que utiliza base científica, visando garantir a produção de alimentos seguros à saúde do consumidor, identificando, avaliando e controlando os perigos nas etapas onde o controle é considerado crítico. Identificação dos significativos e prováveis Caracterização das medidas de controle Identificação do ponto (etapa), no qual o controle é crítico (PCC) Estabelecer controle efetivo no Ponto Crítico Monitorização Tomada de ações corretivas Registro Verificação No gerenciamento de perigos Desde a produção primária até o consumo O Transportador é o responsável ! Garantir o controle dos perigos Conferir qualidade e confiabilidade ao produto e ao serviço Certificação do processoCertificação do alimento Controle preventivoControle pós-distribuição APPCCAnálise do Produto Final Alimentos seguros (inócuos) Facilita o trabalho dos gerentes e seus supervisores Orienta o trabalho dos colaboradores; Produção responsável e eficaz Consolidação da imagem da empresa Credibilidade da empresa Rastreabilidade da carga Diminuição dos custos operacionais Maior competitividade Dar subsídios para elaboração do Plano Colaborar para o cumprimento da legislação brasileira Comprometimento da direção Escolha do coordenador Formação da equipe multidisciplinar Estudo Disponibilidade de recursos e necessidades Treinamento da equipe CODEX ALIMENTARIUS / RIISPOA ❑ Formação de equipe ❑ Descrição do produto ❑ Intenção de uso do produto ❑ Elaboração de fluxograma do processo ❑ Confirmação “in loco” do fluxograma ❑ Aplicação dos sete princípios (7 etapas) ❑ Conjunto de padrões alimentares adotado internacionalmente e apresentado de maneira uniforme. ❑ Os objetivos da publicação desses padrões alimentares são proteger a saúde do consumidor e garantir práticas leais no comércio internacional de alimentos. ❑ O objetivo da publicação do Codex Alimentarius é orientar e estimular a elaboração e o estabelecimento de definições e exigências para alimentos de modo a promover sua harmonização e facilitar o comércio internacional. DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS IDENTIFICAÇÃO E ORGANOGRAMA DA EMPRESA AVALIAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO TÉCNICA DATA: ____/____/______ APROVADO POR: ________________________ Como as Boas Práticas são a base higiênico-sanitária para a implantação do Sistema APPCC, é imprescindível que a empresa já tenha aquele programa devidamente implantado e controlado. Em consequência, é fundamental avaliar esse pré-requisito e, se necessário, providenciar sua implantação ou adaptação. DESCRIÇÃO DO PRODUTO E USO ESPERADO ELABORAÇÃO DO FLUXOGRAMA DO PROCESSO CONFIRMAÇÃO DO FLUXOGRAMA DO PROCESSO FORMAÇÃO DA EQUIPE Integrantes Número de pessoas Treinamento Responsabilidades Atividades (*) Na empresa (**) Na equipe (**) (*) DATA: ____/____/______ APROVADO POR: ________________________ DATA: ____/____/______ APROVADO POR: ________________________ Descrição clara e objetiva das etapas envolvidas no processamento, objetivando a análise de perigos. Representação clara e seqüencial das etapas de elaboração do grupo de produtos, com base na sua descrição. DATA: ____/____/______ APROVADO POR: ________________________ Produto Elaborado:________________________________________ OBS: O fluxograma operacional deve conter todas as operações e procedimentos detalhados das atividades de carregamento, descarregamento e deslocamento. Recebimento da matéria prima Detalhar as operações deste momento. Processamento/Embalagem/Acondicionamento Detalhar as operações deste momento. Transporte Detalhar as operações deste momento. Elaboração de fluxograma para : CORTES DE PESCADO CONGELADO E EMBALADO. Resumo Descritivo: ❑Recebimento; ❑Lavagens ❑Toalet’s ❑Cortes ❑Embalamento ❑Resfriamento/Congelamento ❑Acondicionamento/Estocagem Verificar in loco se o fluxograma elaborado correspon- de à realidade do processo. 1- ANÁLISE DOS PERIGOS E MEDIDAS PREVENTIVAS 2- IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE 3- ESTABELECIMENTO DOS LIMITES CRÍTICOS 4- ESTABELECIMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE MONITORIZAÇÃO 5- ESTABELECIMENTO DAS AÇÕES CORRETIVAS 6- ESTABELECIMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO 7- ESTABELECIMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE REGISTROS Identificar perigos significativos e caracterizar as medidas preventivas correspondentes Modificar procedimentos ou a operação para garantir a segurança, quando necessário (aplicação de medidas preventivas) Servirde base para identificação dos pontos críticos de controle (PCC), considerando a aplicação de medidas preventivas (de controle) Contaminante de natureza biológica, química ou física, ou uma condição do alimento, que pode causar dano à saúde ou à integridade do consumidor, ou ainda à qualidade do alimento. Bactérias, vírus, fungos e parasitos; Toxinas (venenos) naturais, micotoxinas e ficotoxinas (origem microbiana), pesticidas, herbicidas, antibióticos, anabolizan- tes, aditivos, lubrificantes, pinturas (tintas) e desinfetantes. Vidros, metais, madeira ou quaisquer objetos que possam causar danos ao consumidor, ferimentos de boca, quebra de dentes, entre outros. Microrganismos deteriorantes, substâncias que alterem as características sensoriais dos alimentos. Elaborar de forma específica para um determinado produto ou grupo afim Reavaliar e reformular, quando houver alterações na matéria prima, formulação, técnica de preparo, condições de processo, embalagem e uso previsto para o produto Analisar os perigos possíveis na carga Avaliar as etapas do transporte e sua influência sobre os perigos e os riscos Observar condições operacionais Realizar análises que orientem a coleta de dados sobre a ocorrência e concentração dos perigos Avaliar resultados Diferentes tipos de produtos transportados simultaneamente, ou produtos semelhantes de origens diversas Tipos de instalações (área física) Pequenas variações nos procedimentos Tipos de equipamentos, dispositivos e acessórios disponíveis na unidade de transporte Tempo de carregamento, descarregamento e deslocamento Experiência e conscientização do pessoal envolvido nas operações Significância do perigo: Sa – satisfatório (desprezível) 1 Me – menor 1-2 Ma – maior 3-6 Cr – crítico 9 Fonte: FAO, 1996, modificado Alta Sa Me Ma Cr Média Sa Me Ma Ma Baixo Sa Me Me Me Desprezível Sa Sa Sa Sa Baixa Média Alta Lista dos perigos biológicos, químicos, físicos e para a qualidade, relacionados com as etapas do processo. 1- ANÁLISE DOS PERIGOS E MEDIDAS PREVENTIVAS 2- IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE 3- ESTABELECIMENTO DOS LIMITES CRÍTICOS 4- ESTABELECIMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE MONITORIZAÇÃO 5- ESTABELECIMENTO DAS AÇÕES CORRETIVAS 6- ESTABELECIMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO 7- ESTABELECIMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE REGISTROS Qualquer ponto, etapa ou procedimento, no qual se aplicam medidas preventivas (de controle) para manter um perigo significativo sob controle, com objetivo de eliminar, prevenir ou reduzir os riscos à saúde do consumidor Pontos ou etapas afetando a segurança, mas controlados prioritariamente por programas e procedimentos de pré- requisitos (BP/POP) * BP – Boas Praticas * POP – Procedimento Operacional Padrão Produto Transportado: _____________________________________ Data: __/__/_______ Aprovado Por: __________________________ Identificar as etapas em que se aplicam as medidas preventivas Avaliar se os perigos são controlados pelas Boas Práticas, quando for o caso Exemplo: tolerar apenas 2ºC de variação na temperatura de transporte para cargas congeladas É um valor que separa o aceitável do inaceitável É estabelecido para cada medida preventiva (de controle) aplicável em uma etapa do processo no PCC Guias e padrões da legislação Literatura técnica e científica Experiência prática consolidada Levantamento prévio de dados Validações laboratoriais Temperatura Tempo pH Avaliação sensorial Teor de cloro residual livre Numero máximo de ufc/cm2; Temperaturas máxima permitida nas etapas; Tempo de manipulação; Quantidade de perigo físico inerentes a matéria prima (escamas, pele, espinhas/ossos) Temperatura máxima para o transporte de alimentos perecíveis; Umidade relativa máxima admitida para o transporte de grãos a granel. Seqüência planejada de observações e mensurações para avaliar se um determinado PCC está sob controle Devem ser mantidos registros O que; Como; Quem; Quando Observações visuais – liberação de líquidos provenientes do descongelamento, integridade de embalagens ou do próprio alimento, informações obrigatórias para embalagem ou rotulagem, verificação de lacres Avaliações sensoriais – sentir o cheiro para identificar odores anormais, observar a cor do alimento para identificar coloração estranha e tocar para identificar texturas anormais e viscosidade Medições químicas – medição da concentração de soluções desinfetantes Medições físicas – medição de temperatura, umidade e tempo; Testes microbiológicos – por fornecerem resultados demorados, não devem ser utilizados Termômetros digitais e analógicos, termopares pHmetro/ fita indicadora Cronômetro, relógio Kit para controlar o óleo Kits para dosagem de cloro Kit’s de analise biológicas O intervalo de leitura deve ser estabelecido para garantir que todas as operações sejam seguras. O registro pode ser contínuo. Exemplos: termógrafo, tacógrafo, termometros, phmetros, etc... Procedimentos ou ações tomadas quando se constata que ocorre desvio do Limite Crítico No momento ou imediatamente após a identificação dos desvios Incidem sobre a carga Incidem sobre as operações Retomar o controle Devem prever a investigação e a correção das causas do desvio Prevenir a recorrência dos desvios Avaliar a freqüência da monitorização Novo destino Rejeição Aumento da freqüência de monitorização Modificação das operações Reavaliação dos limites críticos Produto Elaborado: _____________________________________ Data: __/__/_______ Aprovado Por: __________________________ Dados técnicos e científicos e relatórios das reuniões da equipe para a elaboração do Plano Formulários do Plano Formas de registro do Plano Equipe APPCC e definições de responsabilidades Descrição do produto ou grupo de produtos, e do uso pretendido Diagrama de fluxo do processo e sua descrição Bases para identificação dos PCC Perigos significativos Limites críticos e bases científicas respectivas Sistema e programa de monitorização Ações corretivas em caso de desvios dos limites críticos Registros de monitorização de todos os PCC’s Procedimentos para verificação do sistema APPCC Utilização de procedimentos para evidenciar se o sistema APPCC está funcionando corretamente Avaliação das normas e procedimentos de monitorização Implementação dos procedimentos de monitorização Registros dos PCC, para avaliar se são confiáveis Atividades de calibração dos equipamentos e instrumentos utilizados na monitorização Programa estabelecido de amostragem e análise Medições de parâmetros como temperatura, pH e outros, para comparar com os registros, procedimentos e outros dados da monitorização e confirmação dos dados As ações planejadas estão sendo executadas? O Plano será executável e efetivo quando colocado em prática? Seqüência Lógica - Aplicação dos 7 princípios Elaboração do Plano APPCC Validação do Conteúdo do Plano Aprovação do Plano Validado Implementação do Plano Verificação Avalia: Não Conformidade com os 7 Princípios Existência de Novos Dados Não conformidade com o Plano Ação CorretivaAção Corretiva Melhorias/ Modificações necessárias Havia um grande trabalho a ser feito e TODO MUNDO tinha certeza que ALGUÉM o faria. QUALQUER UM poderia tê-lo feito, mas NINGUÉM o fez. ALGUÉM ficou chateado porque era um trabalho de TODO MUNDO. TODO MUNDO pensou que QUALQUER UM poderia fazê- lo, mas NINGUÊM imaginou que TODO MUNDO deixasse de fazê-lo. Ao final, TODO MUNDO culpou ALGUÉM quando NINGUÊM fez o que QUALQUER UM poderia ter feito. Claro que nesta história NINGUÉM fez o trabalho de TODO MUNDO, porque ALGUÉM pensou que QUALQUER UM poderia e iria fazê-lo.
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