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INTRODUÇÃO À PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. RESUMO DA UNIDADE A pavimentação foi iniciada há tempos atrás, nos anos antes de cristo. As estruturas de pavimentação eram feitas sem mesmo saber que estavam sendo construídas obras para fins rodoviários. Com a evolução do conhecimento, dos processos e das máquinas, criou-se condições para tornar o processo de transporte de forma mais rápida, beneficiando os setores econômico, social e cultural. Da primeira rodovia criada no Brasil até os dias de hoje, muitos processos foram executados. O fato é que os procedimentos tendem a melhorar de forma a tornar o processo mais qualitativo, garantido não só qualidade, mas durabilidade, conforto e segurança aos usuários. Assim, o trabalho aborda um contexto histórico sobre a pavimentação, os materiais utilizados na estrutura e formas de tornar o processo ainda mais seguro e viável, do ponto de vista técnico e econômico. Palavras-chave: Pavimentação. Rodovias. Materiais. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. SUMÁRIO RESUMO DA UNIDADE ............................................................................................. 2 SUMÁRIO ................................................................................................................... 3 APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 4 CAPÍTULO 1 - NOÇÕES GERAIS SOBRE PAVIMENTAÇÃO, HISTÓRICO E ATUALIDADES ........................................................................................................ 5 1.1 A PRIMEIRA ESTRADA DO BRASIL ............................................................. 5 1.2 O USO DE PAVIMENTOS DE CONCRETO .................................................. 8 1.3 CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................ 11 1.4 PANORAMA DAS RODOVIAS NO BRASIL ................................................ 16 CAPÍTULO 2 - PRINCÍPIOS DA GERÊNCIA DOS PAVIMENTOS........................ 19 2.1 SISTEMA DE GERÊNCIA DE PAVIMENTOS ............................................. 19 2.1.1 Definição ...................................................................................................... 19 2.1.2 Banco de Dados ........................................................................................... 21 2.1.3 Tomada de Decisão ..................................................................................... 23 2.2 ETAPAS DE UM PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO ..................................... 27 2.2.1 Estudo Preliminar ......................................................................................... 27 2.2.2 Projeto Básico .............................................................................................. 32 2.2.3 Projeto Executivo ......................................................................................... 33 CAPÍTULO 3 - MATERIAIS UTILIZADOS NA PAVIMENTAÇÃO ......................... 34 3.1 MATERIAIS AGREGADOS .......................................................................... 34 3.1.1 Resíduos da Construção Civil na Pavimentação Rodoviária ....................... 44 3.2 MATERIAIS BETUMINOSOS ...................................................................... 45 3.2.1 ALCATRÃO .................................................................................................. 46 3.2.2 Asfalto .......................................................................................................... 47 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 49 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50 4 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. APRESENTAÇÃO DO MÓDULO A pavimentação é, sem dúvidas, uma das obras estruturais que mais merece atenção no cenário mundial. No Brasil, as malhas rodoviárias compõem mais que a metade dos métodos de transportes utilizados no país. Assim, o intuito deste módulo é introduzir o aluno na área de pavimentação, apresentando um conceito introdutório sobre o assunto, sendo este o primeiro módulo do curso. No Capítulo 1, será abordado um contexto histórico sobre o início da pavimentação e a primeira rodovia inaugurada no país. Além disso, requisitos que hoje trazem preocupações na hora de executar um projeto de pavimentação, também foram os que levaram muitos desafios na época em que a malha rodoviária estava sendo inaugurada no Brasil. Todavia, esses mesmos desafios eram muito mais difíceis de resolver, ao se comparar com a tecnologia disponível hoje. Será abordado, também, o uso de concreto utilizado na pavimentação, bem como as dificuldades de conciliar matéria prima, mão de obra especializada, custos e competitividade. O capítulo aborda também, o panorama das estradas brasileiras e como ainda tem-se muito a melhorar. No Capítulo 2 será estudado um sistema de gerência de pavimentos, de forma a ter melhor controle sobre as estruturas existentes e sobre os projetos futuros. O intuito é garantir a durabilidade do pavimento, segurança, conforto, rapidez nos reparos e evitar, ao máximo, que retrabalhos sejam feitos, escolhendo a melhor solução, de forma estratégica e cautelosa, para minimizar a possibilidade de erros. O capítulo abordará, também, as etapas de um projeto de pavimentação bem como as considerações e necessidades de cada uma. No Capítulo 3, serão descritos os materiais que compõem o processo de pavimentação, as camadas de toda a estrutura, bem como serão apresentadas ilustrações, para permitir melhor identificação dos insumos. Discorrerá, também, sobre o aproveitamento dos resíduos de construção civil e demolição nas camadas de base e sub-base da pavimentação, como alternativa de reciclagem e vantagens econômica e ambiental. Dessa forma, espera-se que todo o conteúdo seja proveitoso para o aluno, de modo a introduzir conhecimento e torná-lo o profissional esperado. Bons estudos! 5 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 1 - NOÇÕES GERAIS SOBRE PAVIMENTAÇÃO, HISTÓRICO E ATUALIDADES A primeira rodovia pavimentada do mundo, na época chamada apenas de estrada, foi construída no Egito, por volta de 2500 a.c, para atender as obras das Grandes Pirâmides, e não foi destinada ao uso de veículos e sim para trenós, onde eram feitos os transportes de cargas. Para suportar a construção das pirâmides, foram construídas vias com lajes, em base, com alta capacidade de suporte de cargas.Durante os anos 300 a.c e 200 a.c, as construções de estradas foram aprimoradas pelos romanos, para fins militares e comerciais, de modo a atingir toda a Europa e Grã Bretanha (Albano, 200-, s.p.). 1.1 A PRIMEIRA ESTRADA DO BRASIL Um dos marcos mais importantes na História do Brasil colonial, sem dúvida, foi a implantação da rodovia União Indústria (figura 1), a primeira rodovia pavimentada, inaugurada em 23 de junho de 1861, pelo imperador Dom Pedro II. O trecho fazia a ligação entre as cidades de Petrópolis, no Rio de Janeiro a Juiz de Fora, em Minas Gerais. A rodovia foi executada por trechos de pedras pequenas que se encaixavam umas nas outras. Figura 1 - Estrada União e Indústria Fonte: Concer apud Bernucci et al, 2006. 6 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. A origem dessa estrada, considerada a maior obra de engenharia da América Latina, nesse período, teve seu pontapé inicial em 1852, quando o empreendedor Mariano Procópio conseguiu a autorização para construção, desenvolvimento e conservação de duas linhas de estradas. A proposta foi considerada como um projeto impossível de ser concretizado, mas ainda sim, foi iniciada em 1856, com o aval e presença do então imperador, Dom Pedro II. O projeto já previa um estudo e dedicação dos envolvidos na obra, visto que o trecho entre as duas cidades era cortada por trechos d’água e por serras (figura 2). Nessa fase do projeto, diante de alguns empecilhos, Procópio contratou profissionais alemães, que ficaram responsáveis pelo trecho de Três Rios a Juiz de Fora e os brasileiros pelo trecho entre Petrópolis e Três Rios. A estrada, então, foi inaugurada com 144 km de extensão, onde 96 km pertencentes ao estado do Rio de Janeiro e 48 km ao estado de Minas Gerais. Figura 2 - Arquitetura de Ponte de Ferro na rodovia União Indústria Fonte: DNIT, acesso em 2019. A construção da estrada foi importante para a época, por contribuir para o avanço da produção de café. Além disso, a técnica utilizada proporcionou um avanço, também, na engenharia do país, diante da ligação de dois estados importantes para o contexto histórico daquele período. 7 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Apesar de os métodos antigos de produção parecerem arcaicos, desde o início, havia a preocupação com os requisitos indispensáveis a ser considerados em projetos de construção e pavimentação (tabela 1). Tabela 1- Requisitos Considerados em um Projeto de Pavimentação Fonte: Adaptado de Bernucci et al, 2006. PARA SABER MAIS Especial Rodovias - As Primeiras Estradas Brasileiras Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/R EPORTAGEM-ESPECIAL/330615-ESPECIAL-RODOVIAS--AS-PRIMEIRAS- ESTRADAS-BRASILEIRAS--(-05'-49%22-).html>. 8 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 1.2 O USO DE PAVIMENTOS DE CONCRETO No Brasil, os estudos acerca da fabricação do cimento Portland iniciaram-se por volta de 1888, quando Antônio Proost Rodovalho, comendador na época, fez de tudo para conseguir instalar uma fábrica em sua fazenda “Santo Antônio”, localizada na cidade de Sorocaba, no estado de São Paulo. Nessa perspectiva, algumas poucas tentativas foram desenvolvidas para a fabricação de cimento. Uma pequena instalação funcionou por três meses em 1892, pelo ânimo e primeiro passo de Louis Felipe Alves da Nóbrega, engenheiro formado na França e recém-chegado ao Brasil com novas ideias e projetos. Louis chegou com o projeto de uma fábrica pronto, que foi publicado em livro, de sua autoria. O empreendimento não teve sucesso, todavia, esse ponto não foi atribuído à qualidade dos produtos usados, mas sim, à distância dos pontos consumidores e à pequena demanda de produção, que era uma dificuldade diante da baixa competitividade e disputa com os cimentos importados. Com o início da fabricação de veículos automotores, algumas técnicas construtivas foram desenvolvidas para melhorar o desempenho das estradas. A partir daí, inicia-se o uso de cimento Portland e asfalto como suprimentos de materiais de construção nas rodovias. A rodovia Caminhos do Mar, também conhecida como Estrada Velha de Santos, foi a primeira rodovia da América do Sul e uma das primeiras rodovias do mundo a receber pavimento de concreto. Figura 3 - Estrada Velha de Santos/Caminhos do Mar Fonte: Maschio, 2012. 9 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Com o intuito de avançar e desenvolver os estudos sobre o cimento e suas aplicações, em 1936, foi fundada a Associação Brasileira de Cimento Portland - ABCP para o desenvolvimento de cercas, postes e pavimentos feitos de concreto. Já em 1937, foi desenvolvido um anúncio para que o consumidor fosse informado sobre as vantagens e os benefícios do uso de pavimento de concreto. A organização não possui fins lucrativos e é mantida pela indústria de cimentos brasileira. A ABCP é reconhecida tanto no Brasil quanto no exterior como uma referência na utilização de tecnologia empregada no cimento e tem sido usada como suporte em diversas e grandes obras de engenharia brasileira. Muitos pavimentos de concreto foram empregados até a década de 1950, no Brasil. Maschio (2012, p.7) faz um breve histórico do uso do concreto na pavimentação: Até o início da década de 1950, houve o uso significativo de pavimentos de concreto no Brasil em vias urbanas, construção de rodovias e de aeroportos; A partir da II Guerra Mundial, a indústria da construção civil teve prioridade no uso e produção de cimento; Com a baixa dos preços do petróleo, houve um desenvolvimento significativo e impulsionador na indústria de pavimentos asfálticos em todo o mundo; No Brasil, as empresas de execução de pavimentos asfálticos se muniram de todos os recursos necessários e possíveis como: equipamentos, mão de obra, tecnologia, entre outros; Emprego da política nacional de construção de rodovias de penetração, em que a ordem era desenvolver as diversas regiões do país. A partir dos anos 1990, houve o ressurgimento dos pavimentos de concreto nos países desenvolvidos e que apresentavam estabilidade na economia, com alta capacidade competitiva, equipamentos avançados com alta performance, entre outros. Nesse período, já em 1998, houve alguns fatores que transformaram esse setor, sendo: Nova geração de engenheiros, ocasionado a perda de referencial histórico; 10 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicosou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Conhecimento restrito nas mãos de poucos profissionais; Falta de estrutura de custos; Baixa qualidade em conforto de rolamento; Equipamentos deslizantes indisponíveis; Falta de bons modelos e projetistas especialistas; Dificuldade de atuação regional da ABCP, sendo sua estrutura localizada e centralizada em São Paulo; O custo de construção competitiva pode ser descrito por esse fluxograma, conceituado pelo banco mundial (figura 4). Figura 4- Custos de Construção Competitiva Fonte: Adaptado de Maschio, 2012. Assim, tem-se os mesmos fatores aplicados ao setor, que contribuíram para sua transformação, considerando o ano de 2012: Trabalho com custos a longo prazo; Processo de execução transparente; Equipamentos de alta performance e melhor qualidade em conforto de rolamento; Incidência nacional das obras com tecnologia; Custo inicial de construção competitivo; Órgãos de transportes como entidade a disponibilizar de procedimentos e estruturas de custos; Projetistas especializados com bons exemplos existentes. 11 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Todo esse processo de evolução, estudos, descobertas, investimentos, no Brasil, corroborou para que fossem desenvolvidas normas para pavimentação à base de cimento, guias e manuais de práticas. PARA SABER MAIS Pesquisa da CNT mostra que pavimentação no Brasil tem 40 anos de atraso Disponível em:<https://www.folhape.com.br/noticias/noticias/cotidia no/2017/08/25/NWS,39271,70,449,NOTICIAS,2190-PESQUISA-CNT- MOSTRA-QUE-PAVIMENTACAO-BRASIL-TEM-ANOS-ATRASO.aspx>. 1.3 CONTEXTUALIZAÇÃO A definição de pavimento é usualmente conhecida como uma estrutura construída sobre a etapa final de terraplenagem, com destinos técnicos e econômicos feitos para possuir resistência aos esforços originados do tráfego e fazer a distribuição adequada às demais camadas para garantir segurança, comodidade, economia e conforto em relação às condições e superfície de rolamento. É importante conhecer as camadas de uma estrutura de pavimentação, os materiais a serem utilizados no processo, capacidade de resistência à ruptura, permeabilidade, deformação, efeitos climáticos e esforços de cargas, de forma a perceber e assimilar a distribuição de esforços a que um pavimento está submetido. As camadas principais, base, sub-base e reforço, que serão discutidas mais a fundo em outro tópico, devem atender às condições de segurança e à qualidade de forma decrescente. Assim, o material da base deve apresentar resistência maior que o material da camada de sub-base e o material da sub-base com resistência superior à camada de reforço, para, então, garantir a integridade do pavimento como um todo, mediante as pressões originadas do tráfego constante. O pavimento rodoviário possui dois tipos básicos de classificação, sendo pavimentos rígidos e flexíveis. Outras nomenclaturas também podem ser usadas para indicar qual o revestimento utilizado no pavimento, sendo, respectivamente, pavimentos de concreto de cimento Portland e pavimentos asfálticos. 12 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Os pavimentos rígidos são os que possuem revestimento de placa de concreto de cimento, o cimento Portland. A espessura das camadas nesses pavimentos é determinada de acordo com a resistência das placas de concreto e das demais camadas. As placas de concreto utilizadas podem ou não possuir armação de barras de aço, conforme mostra a figura 5. Normalmente, essa camada é utilizada como camada de sub-base devido a sua qualidade. Esse tipo de camada trabalha a tração e, dessa forma, são feitas considerações a respeito de índices de fadiga e cargas aplicadas. Como características, apresentam baixa deformação e, por consequência, apresentam uma vida útil muito maior. Figura 5 - Corte Longitudinal: Pavimento Rígido / Concreto-cimento Fonte: Bernucci et al, 2006. Os pavimentos flexíveis (dinâmica apresentada na figura 6) são os pavimentos formados por camadas que não vão oferecer trabalhos a tração. Em geral, esses pavimentos são formados por material betuminoso e agregados, sob camadas granulares. É constituído por quatro camadas - uma camada de revestimento asfáltico, camadas de base e sub-base e camada de reforço. A camada de revestimento asfáltico pode ser formada por uma camada de rolamento, visto que fica em contato direto com os veículos. Essa camada precisa resistir às ações do tráfego incidente sobre elas e distribuir os esforços às demais camadas 13 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. inferiores. Além disso, necessita fazer a impermeabilização do pavimento e garantir melhoria, conforto e segurança nas condições de rolamento. Figura 6- Corte Longitudinal: Pavimento Flexível / Pavimento Asfáltico Fonte: Bernucci et al, 2006. Alguns problemas como trincas, deformações permanentes, entre outros defeitos, podem estar relacionados com o revestimento asfáltico. Nesses pavimentos, as camadas de base, sub-base e reforço possuem muita importância para o conjunto estrutural. Dessa maneira, a mecânica dos pavimentos visa controlar as tensões e as deformações que podem vir a surgir na estrutura do pavimento, por meio da combinação das camadas constituintes da estrutura, tanto pelos materiais utilizados quanto pelas espessuras de cada camada, esquema representado basicamente na figura 7. Em algumas situações, é possível a inexistência de algumas camadas. Essa viabilidade vai depender do tráfego incidente e dos materiais disponíveis. 14 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 7 - Sistemas de Camadas de Pavimentos e Tensões Solicitantes Fonte: Bernucci et al, 2006. Os revestimentos asfálticos são formados pelo conjunto dos agregados e dos materiais asfálticos, podendo ser por penetração ou por mistura. Caso seja por penetração, os revestimentos são executados por uma ou mais aplicações de material asfáltico e do mesmo número de aplicações no processo de espalhamento e compressão das camadas de agregados de acordo com as granulometrias adequadas. Caso o processo seja feito por mistura, o agregado é envolvido previamente com o material asfáltico antes do processo de compressão. Esse processo é denominado pré-misturado, quando esse processo é feito na usina. Quando o envolvimento é feito na pista, esse processo é denominado de pré- misturado na pista. Ascamadas e os componentes essenciais que compõem uma seção de pavimento, seja ele rígido ou flexível, possuem algumas denominações, discriminadas abaixo: Subleito: É a base, local em que todo o pavimento será apoiado. O subleito deve ser projetado considerando as profundidades onde as cargas oriundas do tráfego irão atuar. 15 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Leito: O leito é a camada de superfície do subleito originada pela etapa de terraplanagem e estruturada ao greide e seção transversal da via. Regularização do subleito/nivelamento: Processo de conformação do leito, tanto no sentido transversal quanto no sentido longitudinal. A existência desse processo fica condicionada ao leito. O processo regulariza cortes ou aterros de até vinte centímetros de espessura. Reforço do subleito: Essa camada serve para integrar qualidade na camada de subleito e nivelar a espessura da sub-base. Essa camada pode variar no sentido original e se mantém constante no sentido transversal, conforme dimensionamento do pavimento em questão. Sub-base: A camada de sub-base completa a camada base. Ela é indicada quando não é viável a execução da base direta sobre o leito ou reforço, diante das justificativas técnicas e econômicas determinadas. Essa camada também pode ser utilizada para fazer a regularização da espessura da base. Base: É a camada onde se constrói o revestimento asfáltico e deve ser resistente aos esforços que serão originados do tráfego incidente. Além disso, ela distribui esses esforços ao subleito. Revestimento: O revestimento recebe, de forma direta, os esforços do tráfego. Deve ser construída para atender aos requisitos de impermeabilidade, comodidade, resistência ao desgaste, durabilidade e segurança. Deve, além dos fatores anteriores, atender à viabilidade econômica. Acostamento: Essa área é paralela à pista de rolamento e visa atender o estacionamento de veículos, situações de emergência e suportes laterais. Os pavimentos rígidos também possuem etapas de nivelamento de subleito e reforço da estrutura, desde que apresente necessidade. Nesse pavimento, a sub- 16 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. base tende a evitar o bombeamento dos solos da camada de subleito e a placa concreto-cimento atua tanto como base quanto revestimento. 1.4 PANORAMA DAS RODOVIAS NO BRASIL Ao olhar para trás e analisar a evolução, em termos de estruturas de pavimento que o país construiu, percebe-se que muitos resultados foram atendidos e são satisfatórios. Todavia, é necessário que o Brasil passe por uma nova fase de crescimento. Tabela 2 - Evolução da malha rodoviária total por ano segundo a situação física - 2001 - 2015 Fonte: Confederação Nacional do Transporte, 2017. Segundo uma pesquisa feita pela Confederação Nacional do Transporte - CNT em 2018, 37,0% da malha rodoviária do Brasil foi avaliada com algum tipo de deficiência na qualidade e na composição do pavimento, classificado como rodovias regulares, 9,5% como estado ruim e 4,4% como estado péssimo. No total, foram pesquisados 107.161 km de rodovias. Esse percurso corresponde a toda a malha federal e aos trechos estaduais mais importantes, ambos pavimentados. É o que 17 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. mostra a tabela abaixo (tabela 2). Os parâmetros contribuintes para a realização e resultado da pesquisa foram a sinalização, placas que indicam limites de velocidade, faixas centrais e laterais e objetos - elementos que são colocados nas estradas com o intuito de reduzir o impacto caso aconteça alguma colisão. É levado em consideração, também, a geometria e a situação do pavimento. Tabela 3 - Classificação do Pavimento - Extensão Total Avaliada Classificação do Pavimento Extensão Total km % Ótimo 45.211 42,3 Bom 7.315 6,8 Regular 39.664 37,0 Ruim 10.205 9,5 Péssimo 4.766 4,4 Total 107.161 100% Fonte: Adaptado de CNT, 2018. Ao avaliar os dados, é nítido que algumas prioridades precisam ser redefinidas para a recuperação do setor nos mais diversos âmbitos. Assim, é extremamente importante a garantia de qualidade nas rodovias, que implica diretamente na redução de acidentes e mortes, no consumo de combustíveis, gastos com veículos, entre outros insumos, que possam ocasionar desperdícios. A maior parte de transportes, no Brasil, seja transportes de cargas ou deslocamentos de passageiros é feita nas rodovias. É evidente a necessidade de investimentos em infraestrutura para favorecer o crescimento econômico e desenvolvimento da pavimentação. Priorizar projetos de construção, manutenção, duplicação e sinalização e certificar a qualidade de obras públicas, com parcerias da iniciativa privada, é fundamental e necessário. FIQUE LIGADO! O Conselho Nacional do Transporte classifica todos os anos o estado das rodovias brasileiras e emite o resultado por meio de um relatório, disponível para consulta da população. Clique no link abaixo para visualizar o panorama 18 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. completo das estradas brasileiras em 2018. Disponível em: <https://pesquisarodovias.cnt.org.br/Paginas/relatorio- gerencial>. É disponibilizado também um ranking das ligações rodoviárias mais importantes no setor socioeconômico e volume considerável de veículos de carga e/ou passageiros, em que uma ou mais Unidades da Federação são interligadas. Disponível em:< https://pesquisarodovias.cnt.org.br/Paginas/ligacoes- rodoviarias-ranking>. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE MISTURAS ALTERNATIVAS DE SOLO, CIMENTO E PÓ DE PEDRA PARA APLICAÇÃO EM PAVIMENTAÇÃO. Disponível em: <https://www.researchgate.net/profile/Juliana_Lukiantchuki2/publication/327405592_ Avaliacao_do_Comportamento_de_misturas_alternativas_de_solo_cimento_e_po_d e_pedra_para_aplicacao_em_pavimentacao/links/5b8d991c92851c6b7eba7b85/Aval iacao-do-Comportamento-de-misturas-alternativas-de-solo-cimento-e-po-de-pedra- para-aplicacao-em-pavimentacao.pdf> GESTÃO AMBIENTAL APLICADA ÀS OBRAS DE PAVIMENTAÇÃO DA BR 316 /AL Disponível em: <https://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2017/V-004.pdf> BALBO, José Tadeu. Pavimentação asfáltica: materiais, projetos e restauração. José Tadeu Balbo. São Paulo. Oficina de Textos, 2007. https://pesquisarodovias.cnt.org.br/Paginas/relatorio-gerencial https://pesquisarodovias.cnt.org.br/Paginas/relatorio-gerencial https://pesquisarodovias.cnt.org.br/Paginas/ligacoes-rodoviarias-ranking https://pesquisarodovias.cnt.org.br/Paginas/ligacoes-rodoviarias-ranking https://www.researchgate.net/profile/Juliana_Lukiantchuki2/publication/327405592_Avaliacao_do_Comportamento_de_misturas_alternativas_de_solo_cimento_e_po_de_pedra_para_aplicacao_em_pavimentacao/links/5b8d991c92851c6b7eba7b85/Avaliacao-do-Comportamento-de-misturas-alternativas-de-solo-cimento-e-po-de-pedra-para-aplicacao-em-pavimentacao.pdfhttps://www.researchgate.net/profile/Juliana_Lukiantchuki2/publication/327405592_Avaliacao_do_Comportamento_de_misturas_alternativas_de_solo_cimento_e_po_de_pedra_para_aplicacao_em_pavimentacao/links/5b8d991c92851c6b7eba7b85/Avaliacao-do-Comportamento-de-misturas-alternativas-de-solo-cimento-e-po-de-pedra-para-aplicacao-em-pavimentacao.pdf https://www.researchgate.net/profile/Juliana_Lukiantchuki2/publication/327405592_Avaliacao_do_Comportamento_de_misturas_alternativas_de_solo_cimento_e_po_de_pedra_para_aplicacao_em_pavimentacao/links/5b8d991c92851c6b7eba7b85/Avaliacao-do-Comportamento-de-misturas-alternativas-de-solo-cimento-e-po-de-pedra-para-aplicacao-em-pavimentacao.pdf https://www.researchgate.net/profile/Juliana_Lukiantchuki2/publication/327405592_Avaliacao_do_Comportamento_de_misturas_alternativas_de_solo_cimento_e_po_de_pedra_para_aplicacao_em_pavimentacao/links/5b8d991c92851c6b7eba7b85/Avaliacao-do-Comportamento-de-misturas-alternativas-de-solo-cimento-e-po-de-pedra-para-aplicacao-em-pavimentacao.pdf https://www.researchgate.net/profile/Juliana_Lukiantchuki2/publication/327405592_Avaliacao_do_Comportamento_de_misturas_alternativas_de_solo_cimento_e_po_de_pedra_para_aplicacao_em_pavimentacao/links/5b8d991c92851c6b7eba7b85/Avaliacao-do-Comportamento-de-misturas-alternativas-de-solo-cimento-e-po-de-pedra-para-aplicacao-em-pavimentacao.pdf https://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2017/V-004.pdf 19 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 2 - PRINCÍPIOS DA GERÊNCIA DOS PAVIMENTOS 2.1 SISTEMA DE GERÊNCIA DE PAVIMENTOS O sistema de gerência de pavimentos - SGP foi uma ideia originada nos Estados Unidos, em meados de 1970, por meio do uso de um banco digital de dados e com o intuito de preservar as rodovias daquela época. Segundo Souza (2015, p. 54), em 1985, a American Association of State Highway and Transportation Officials (AASHTO) fez a publicação do primeiro guia de pavimentos de sua autoria, e o Federal Highway Administration (FHWA) estabeleceu como requisito, o uso do SGP nas rodovias norte-americanas. Dessa forma, essas duas ações implementadas foram determinantes para a aplicação do SGP na maior parte dos estados americanos até meados de 1985. Conforme NHI (1998) apud Souza (2015, p. 54) relata, no ano de 1994, 58 de 60 agências haviam implantado um SGP. Diante da eficácia desse sistema, os países desenvolvidos vêm implementando seus SGPs próprios conforme a realidade de suas malhas rodoviárias de acordo com dados técnicos. O Brasil e outros países, como a África do Sul, por exemplo, têm buscado se aproximar ainda mais dessa realidade. 2.1.1 Definição Haas, Hudson e Zaniewski (1994) apud Souza (2015, p.55), “...a gerência de pavimentos é um processo que abrange todas as atividades envolvidas com o propósito de fornecer e manter pavimentos em um nível adequado de serviço. Envolve desde a obtenção inicial de informações para o planejamento e elaboração de orçamento até a monitorização periódica do pavimento em serviço, passando pelo projeto e construção do pavimento e sua manutenção e reabilitação ao longo do tempo”. Dessa forma, o intuito principal de um SGP é fazer o uso de informações que sejam confiáveis para então, a tomada de decisão, ser capaz de criar um programa de manutenção com o máximo de retorno possível. Além disso, um SGP deve orientar os competentes em trânsito sobre as melhores formas e estratégias de 20 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. manter a pavimentação dos referidos locais sempre em um nível de serviço que custe o mínimo possível. Em algumas situações, as malhas rodoviárias podem ter sido construídas com materiais de baixa qualidade e assim, talvez não possam contar com a vantagem de uso de um SGP. Todavia, embora certas deficiências não sejam eliminadas no projeto do pavimento, a utilização do sistema pode minimizar os impactos causados por essas baixas no projeto. Além disso, as autoridades competentes podem tomar as devidas providências, as que julgarem necessárias, de forma clara e objetiva. Figura 8 - Fluxograma Básico de um SGP Fonte: Adaptado de Souza, 2015. IDENTIFICAÇÃO E INVENTÁRIO DA REDE AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO DOS PAVIMENTOS REABILITAÇÃO MANUTENÇÃO NÃO FAZER NADA Corretiva Preventiva FAZER Reforço Manual Reconstrução ANÁLISE ECONÔMICA LISTA DE PRIORIDADES 21 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Uma consideração importante é que no SGP, pode ser feita uma divisão para usá-lo em duas partes: uma é o sistema em si, responsável pelas informações contidas no banco de dados, de caráter técnico e econômico, assim como pesquisas, observações e demais retratações. Outra parte é a gerência, parte essa responsável pela administração do SGP, atuando na elaboração de um projeto, no controle das atividades e produtividade e no planejamento, para alcançar resultados satisfatórios. SAIBA MAIS Doutor em Engenharia de Transportes explica o Sistema de Gerenciamento de Pavimentos Urbanos Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Y6iSrxPd-eU> 2.1.2 Banco de Dados O banco de dados do SGP é uma ferramenta para armazenar as informações pertinentes. Assim, é possível a existência de um conjunto de registros em uma estrutura que é a organização atualizada e produção de informação. No banco de dados, peça fundamental de um sistema, é onde serão constadas todas as informações necessárias e confiáveis para as tomadas de decisão na intenção de obter resultados. Dentre as atividades do SGP, que interagem com o banco de dados, tem-se o levantamento de dados, modelo de análises, critérios de otimização e consequências de manutenção. Levantamento de dados - Condições estruturais dos pavimentos; - Condições funcionais dos pavimentos; - Condições de tráfego; - Custos e benefícios (usuário, sociedade). Modelo de Análises - Previsão do desempenho dos pavimentos; - Previsão dos defeitos dos pavimentos; - Previsão das alternativas e estratégias de manutenção; https://www.youtube.com/watch?v=Y6iSrxPd-eU 22 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. - Custos e benefícios da operação do tráfego; - Custos e benefícios da operação do pavimento. Critérios de Otimização - Condições funcionais mínimas dos pavimentos; - Condições estruturais mínimas dos pavimentos; - Custos totais mínimos e máximos benéficos. Consequências de Manutenção - Nível de recursos necessários; - Planejamento dos trabalhos de manutenção. Dessa forma, o programa atua como um histórico de todo otrecho do pavimento estudado, já que mantém as informações coletadas para quando for necessário recorrer a elas e adiciona novas informações, atualizando as existentes quando necessário. Figura 9 - Perguntas importantes para serem feitas em um SGP Fonte: Elaborado pelo autor, 2019. Assim, sempre que achar viável e necessário, o usuário poderá estudar o local e a melhor solução a ser tomada, se orientando pelas ações já cometidas, de modo a se precaver para que situações errôneas não ocorram novamente. 23 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Alguns outros dados também devem ser pontuados para um banco de dados satisfatório. É o caso das características da malha rodoviária que contém informações como camadas do pavimento, cargas, tráfego, faixa de rolamento, características ambientais, parâmetros considerados, entre outros. A figura X exemplifica essa questão. Tabela 4 - Composição de Banco de Dados - Dados Importantes Fonte: Souza, 2015. 2.1.3 Tomada de Decisão O estudo dos pavimentos se dá pela situação em que se encontram, nas condições projetadas futuras e nas possibilidades de intervenção, conforme as prioridades estabelecidas. 24 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. A situação de degradação do pavimento em estudo determina as condições atuais da estrutura, enquanto o modelo de desempenho, quando engloba as características do pavimento, determina, ou pelo menos prevê, as condições futuras. Todas as informações relacionadas nesse processo devem estar contidas no SGP, pois é com esses parâmetros e dados que será possível escolher a decisão necessária, conforme situação em análise, sempre avaliando as propriedades e necessidades de intervenção. O SGP foi feito para trabalhar com informações mais resumidas e genéricas da rodovia em questão. Nesse contexto, sua atuação é fundamental para decisões administrativas, por exemplo, como planejamento, programação e orçamento. ODA (2014, s.p.) descreve algumas características e aplicações em um sistema que esteja em nível de rede: Identificação de projetos para intervenções; Priorizar projetos conforme as características principais, sendo elas o desempenho da estrutura, o tráfego incidente, os custos aos usuários, entre outros; Lista de necessidades a curto e a longo prazo; Estratégias de intervenção, com um panorama da situação atual e da situação futura (previsão). ODA (2014, s.p.) ainda ressalta o procedimento discriminado abaixo para apoio na escolha de alternativas em um sistema em Nível de Rede: Os pavimentos recebem avaliações por pontuação (conceitos quantitativos), juntamente com conceitos qualitativos; Estratégias de Manutenção, Reabilitação e Reconstrução (MR&R): Neste caso, existem quatro métodos de avaliação para determinar as estratégias: - Método da Matriz – que correlaciona um defeito específico com uma estratégia apropriada de MR&R; - Árvore de Decisão – são estudadas variáveis importantes para auxiliar na seleção de estratégias MR&R; - Método do Custo do Ciclo de Vida – que seleciona estratégias de MR&R de acordo com os custos do ciclo de vida de uma combinação de estratégia adquirida, em um período de análise (construção, manutenção, reabilitação, etc); 25 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. - Método de Otimização – que relaciona a maximização dos benefícios aos usuários, a maximização do padrão de desempenho da rede e a minimização dos custos presentes totais; - Custos requeridos: o SGP fornecerá uma estimativa dos custos requeridos para preservar a rede pavimentada nos níveis de desempenho desejáveis; Nas propostas de intervenção serão consideradas as ações de manutenção preventiva, corretiva, reconstrução e reforço, em Nível de Rede, de forma menos específica. Souza (2015, p. 84) destaca que ...no âmbito considerado como Nível de Projeto é trabalhado informações mais técnicas e específicas, relacionadas a seções particulares do pavimento, incluindo um diagnóstico detalhado dos defeitos, suas prováveis causas e métodos corretivos alternativos. Lembrando-se do que já foi citado anteriormente, Nível de Projeto engloba Dimensionamento + Construção + Manutenção e Reabilitação. ODA (2014, s.p.) exemplifica algumas atividades em Nível de Projeto: Seleção das atividades de MR&R, com base em critérios estabelecidos pela gerência; Atualização dos dados conforme o desempenho do pavimento, fornecendo dados para as atividades de projeto, construção e manutenção; Escolha dos parâmetros principais de projeto. A partir das informações oferecidas em níveis de rede e de projeto, os SGPs, sob situação de restrição orçamentária, priorizam a seleção de projetos, permitindo a manutenção da rede viária na melhor condição possível e ao menor custo. Diante de um programa que trabalha com a priorização, analisa-se as diversas alternativas de intervenção, sendo uma delas, segundo ODA (2014, s.p.), intervir na rodovia somente quando a estrutura do pavimento estiver trabalhando em sua condição limite. Após listadas as prioridades, tem-se, a princípio, que definir a melhor estratégia, a melhor solução dentre as opções disponíveis nesse nível: Não fazer nada; Manutenção Preventiva Periódica; Manutenção Corretiva; 26 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Reconstrução; ou Reforço. Após a análise em Nível de Rede, passa-se para o próximo nível mais específico a ser estudado, o Nível de Projeto. Neste nível, são definidas as atividades de manutenção e intervenção conforme o tipo de deterioração apresentado e, se necessário, no dimensionamento dos reforços e da reconstrução. Assim, as estratégias podem ser selecionadas por meio de fatores como a condição dos pavimentos, por exemplo, considerando os tipos de defeitos com suas severidades e extensões. As árvores de decisão seguem as atividades de M&R abaixo, conforme exemplifica Souza (2015, p. 85): Não fazer nada; Capa selante; Lama asfáltica; Tratamento superficial; Selagem de Trincas Preenchimento de buracos; Remendo; Regularização; Drenagem; Reciclagem; Recapeamento; Reconstrução; Recomposição do acostamento; Aplicação de areia quente. Além disso, os fatores considerados são classificados da seguinte forma: Severidade do defeito: baixa, média ou alta; Extensão do defeito: pequena ou grande; Tráfego (VDM - Volume de Tráfego Médio Diário x 1.000): leve (< 1,0), médio (1,0 – 5,0) ou pesado (> 5,0). 27 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordocom a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 2.2 ETAPAS DE UM PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO O projeto de pavimentação é elaborado em três etapas: estudo preliminar, projeto básico e projeto executivo. 2.2.1 Estudo Preliminar A etapa do estudo preliminar se dá para estudar as características gerais do pavimento, levando em consideração dados cadastrados regionais e locais, observações feitas em campo e perfil profissional, de modo que seja possível prever a estrutura do pavimento e seu custo final. É importante, nessa etapa, ter contato direto com os parâmetros físicos considerados para o local da obra por meio de uma análise preliminar. Aqui, usam- se documentos como mapas geológicos e geotécnicos, dados de projetos existentes na área que influencia a obra em estudo e informações sobre o tráfego local. Esse passo investigativo é importante para a etapa seguinte, o projeto básico. Nessa fase, o estudo precisa conter memorial descritivo, com as possíveis alternativas estruturais do pavimento bem como suas pré-dimensões, e solução que seja técnica e economicamente viável e simples. Além disso, devem conter desenhos de seção do pavimento, serviços quantitativos, pavimentação e propostas orçamentárias preliminares. 2.2.1.1 Manutenção do Pavimento A manutenção do pavimento é feita quando o pavimento local apresenta pequenos problemas na superfície de rolagem, o que gera desconforto para os usuários das malhas rodoviárias. De início, é feita uma análise da estrutura local para identificar o estado do pavimento, por meio de anotações. Nesse relatório, digamos assim, é indicado os locais de falhas, fissuras, fraturas, entre outras pontuações que indiquem que a superfície da pavimentação não se encontra em estado perfeito. Após esse estudo, o projeto segue para ser realizado, e assim, solucionar os problemas identificados. 28 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 80 - Obras de Pavimentação Fonte: F11, Portal de Notícias, 2019. FIQUE LIGADO EM 2019, GOVERNO DESTINA R$ 2 BI PARA MANUTENÇÃO E PAVIMENTAÇÃO DE RODOVIAS Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-04/governo-destina-r-2- bi-para-manutencao-e-pavimentacao-de-rodovias> 2.2.1.2 Reconstrução do Pavimento Quando a pavimentação encontra-se em estado precário, é necessária uma obra mais profunda que vai desde o tratamento e reconstrução da camada de superfície até a restauração de camadas inferiores em toda a estrutura. Dessa forma, é necessária uma análise um pouco mais detalhada da situação das camadas e de identificar até onde as falhas afetaram a estrutura em si. Em algumas situações, é preciso fazer a reconstrução total do pavimento, visto que um reparo simples não vai se adequar como solução final do problema. Nas figuras a seguir, foi necessária a reconstrução da pavimentação, visto que a anterior havia sido bastante danificada devido a enxurradas. http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-04/governo-destina-r-2-bi-para-manutencao-e-pavimentacao-de-rodovias http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-04/governo-destina-r-2-bi-para-manutencao-e-pavimentacao-de-rodovias 29 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 11 - Obras de Reconstrução de Pavimentação Fonte: Prefeitura de Mantena, 2018. Figura 12 - Obras de Reconstrução de Pavimentação Fonte: Prefeitura de Mantena, 2018. 30 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 13 - Obras de Reconstrução de Pavimentação Fonte: Prefeitura de Mantena, 2018. Figura 14 - Obras de Reconstrução de Pavimentação Fonte: Prefeitura de Mantena, 2018. 31 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 15 - Obras de Reconstrução de Pavimentação Fonte: Prefeitura de Mantena, 2018. SAIBA MAIS - NOTÍCIA! CAMADAS DO PAVIMENTO - Obras Rodoviárias Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=_UsEs-dS95w>. Esse canal possui vários conteúdos sobre engenharia rodoviária. Vale a pena conhecer. 2.2.1.3 Construção do Pavimento Esse tipo de obra requer um pouco mais de trabalho. Primeiramente, é analisada a condição de cada localidade do pavimento, para, então, fazer os procedimentos de estudos e ensaios, determinando a finalidade do projeto e os índices de qualidade do solo do local onde será feito a obra. Tem-se um projeto básico para a obra em questão, que irá analisar e relacionar o tipo de solo encontrado com o tráfego de veículos que irá incidir sobre o local. https://www.youtube.com/watch?v=_UsEs-dS95w 32 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 16- Trabalho em Solo Fonte: Jornal do Oeste, 2018. SAIBA MAIS COMO FAZER PROJETOS DE TERRAPLANAGEM – PROJETO E EXECUÇÃO Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=h-xU3XJ-7e8>. PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO - MEMORIAL DESCRITIVO DE ATIVIDADES Aqui, um exemplo de um projeto de pavimentação, elaborado em 2013, em Santa Catarina. Pode servir como exemplo e tirar algumas dúvidas. Todavia, lembre-se sempre de se atentar à atualização de documentos normativos para a execução dos projetos de pavimentação. Disponível em: <https://static.fecam.net.br/uploads/719/arquivos/90059_0.457306001390567084_an exo_viii_memorial_descritivo_rua_jose_boiteux.pdf> 2.2.2 Projeto Básico A etapa de projeto básico estuda as alternativas que foram propostas como solução, de forma detalhada, para permitir análises comparativas, resultando na escolha da melhor proposta. Nessa etapa, já tem-se os elementos essenciais para fundamentar a escolha final como topografia, projetos geométricos e de drenagem, investigações geológicas e geotécnicas, entre outros parâmetros. O projeto básico compõe-se de memorial de cálculo com análise geotécnica, pesquisas de tráfego, cálculos de solicitações, dimensionamentos estruturais, https://www.youtube.com/watch?v=h-xU3XJ-7e8 https://static.fecam.net.br/uploads/719/arquivos/90059_0.457306001390567084_anexo_viii_memorial_descritivo_rua_jose_boiteux.pdfhttps://static.fecam.net.br/uploads/719/arquivos/90059_0.457306001390567084_anexo_viii_memorial_descritivo_rua_jose_boiteux.pdf 33 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. desenhos transversais do pavimento, planta de localização e planilha orçamentária dos serviços a serem executados na obra de pavimentação. 2.2.3 Projeto Executivo A etapa do projeto executivo é onde a solução escolhida, como proposta final na fase de projeto básico, será detalhada. Os dados de campo devem estar atualizados, bem como os de topografia, serviços investigativos complementares, projetos geométricos, projetos de drenagem, entre outros. O projeto executivo deve conter todo memorial de cálculo com todas as solicitações indicadas e detalhadas aqui e na etapa anterior. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS O USO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇAO CIVIL NA PAVIMENTAÇÃO. Disponível em: <https://servicos.unitoledo.br/repositorio/bitstream/7574/2169/1/O%20USO%20DE% 20RES%c3%8dDUOS%20S%c3%93LIDOS%20DA%20CONSTRU%c3%87AO%20 CIVIL%20%20NA%20PAVIMENTA%c3%87%c3%83O.pdf> PAVIMENTAÇÃO DE RODOVIAS - Eng. Civil Evelin Mayumi Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=fCwy1awxfSg> VIDEO AULA SOBRE PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=W1BaWelB_0U> https://servicos.unitoledo.br/repositorio/bitstream/7574/2169/1/O%20USO%20DE%20RES%c3%8dDUOS%20S%c3%93LIDOS%20DA%20CONSTRU%c3%87AO%20CIVIL%20%20NA%20PAVIMENTA%c3%87%c3%83O.pdf https://servicos.unitoledo.br/repositorio/bitstream/7574/2169/1/O%20USO%20DE%20RES%c3%8dDUOS%20S%c3%93LIDOS%20DA%20CONSTRU%c3%87AO%20CIVIL%20%20NA%20PAVIMENTA%c3%87%c3%83O.pdf https://servicos.unitoledo.br/repositorio/bitstream/7574/2169/1/O%20USO%20DE%20RES%c3%8dDUOS%20S%c3%93LIDOS%20DA%20CONSTRU%c3%87AO%20CIVIL%20%20NA%20PAVIMENTA%c3%87%c3%83O.pdf https://www.youtube.com/watch?v=fCwy1awxfSg https://www.youtube.com/watch?v=W1BaWelB_0U 34 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 3 - MATERIAIS UTILIZADOS NA PAVIMENTAÇÃO 3.1 MATERIAIS AGREGADOS Os materiais usados nas obras de pavimentação vão variar conforme o tipo e a finalidade do pavimento, bem como os tipos de camada e a necessidade de cada uma determinada no projeto em questão. Os materiais usados em camadas de base, sub-base e camada de reforço recebem a classificação de acordo com a sua natureza de trabalho e com o comportamento que será exigido dessas camadas. Há muitos materiais que podem ser empregados na obra de pavimentação, que serão mais bem detalhadas abaixo. Brita Graduada Simples - BGS (figura 17.a e 17.b) É um material com granulometria bem graduada com diâmetro máximo de 38 mm e seus finos passantes na peneira Nº 200 (em torno de 3 a 9%) permitem um bom intertravamento e boa resistência na camada. Todavia, é usual materiais com diâmetros menores. Costuma apresentar capacidade de expansão muito baixa ou quase nula. É ideal que a distribuição desse material seja feita com a vibroacabadora e, em seguida, deve ser realizada a compactação, que é feita com o uso de rolos de pneus ou rolos lisos com a presença ou não de vibração, assim que o material for espalhado na pista. O MR (ver quadro abaixo) da base desses materiais costuma apresentar valores na média de 100 a 400 Mpa ou 1.000 a 4.000 kgf/cm². Esses valores vão depender da graduação do material, da natureza desses agregados, da forma como a compactação foi realizada e das tensões aplicadas. IMPORTANTE MR significa Módulo de Resiliência. Esse módulo foi baseado nas seguintes razões para justificar seu uso, sendo: o MR indica uma propriedade básica do material que pode ser utilizada na análise mecanística de sistemas de múltiplas camadas; o MR é um método aceito no âmbito internacional e utilizado para caracterizar materiais para o projeto de pavimentação e para mensurar 35 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. seu índice de desempenho; Existem técnicas disponíveis que fazem estimativas do MR em campo, sendo ensaios rápidos e não-destrutivos, que facilitam a compatibilização entre os procedimentos de obras novas de dimensionamento de pavimentação e obras onde será necessário fazer o reforço de pavimentos antigos. Esses materiais apresentam características de permeabilidade, sendo de permeáveis a medianamente permeáveis, e são usados em camadas de base e sub- base nos pavimentos asfálticos e sub-base em pavimentos de concreto-cimento. Macadame Hidráulico e Seco (figura 17.d) A composição desse material se dá por agregados graúdos - naturais ou britados, agregados miúdos e água. O macadame hidráulico foi muito usado antes do surgimento da BGS e ainda é usado em locais que não possuem usinas de BGS. Devem ser colocados agregados graúdos e, depois, os agregados miúdos, que vão preencher os vazios que existem entre os agregados graúdos. Na sequência, é adicionado água, juntamente aos agregados finos, que irão preencher quaisquer vazios restantes e formar uma camada mais firme na estrutura. A estabilidade será garantida pela ação de compactação, que é feita após o material ser distribuído ao longo da pista. A boa performance dos agregados graúdos é certificada se eles estiverem limpos, duros e duráveis, sem partículas alongadas e macias em excesso, e sem quaisquer outras particularidades que possam apresentar ações contaminadoras e prejudiciais. O macadame seco é similar ao procedimento do macadame hidráulico descrito acima. A diferença é que nesse processo, não há a presença de água para fazer o preenchimento de vazios entre os agregados na camada. Rachão Esse material apresenta características mais brutas e são empregados em camadas com necessidade de alta resistência. No geral, quando aplicados, são empregados em reforço da camada de subleito ou sub-base. 36 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 17 - Rachão Fonte: ABL, acesso em 2019. Solo agregado A composição do solo agregado se dá por agregados, solo e água. Esse material pode ser preparado em usinas e sua aplicação ocorre diretamente no solo, para posterior compactação com uso de rolo liso ou o pé de carneiro. É possível fazer a divisão do solo agregado em três tipos diferentes (figura X), que acontece em relação à proporção da parte graúda e da parte fina. Essa explicação é dada por Bernucci (2006). Figura 18 - Tipos de Solo agregado (tipos ‘a’, ’b’ e ‘c’) Fonte: Yoder e Witczak, 1975, apud Bernucci, 2006. Tabela 5 - Descrição dos tipos de Solo Agregado Tipos de solo agregado Descrição a Possui características de contato grão-grão; baixa densidade,permeabilidade, não apresenta mudanças com a umidade ou com congelamento; o processo de compactação costuma ser difícil. 37 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. b Os grãos são finos e preenchem os vazios, o que propicia alta densidade, e permeabilidade mais baixa que o do tipo (a), e o contato grão-grão também faz com que esse tipo seja mais resistente, no geral, que o tipo (a). Apresenta menor deformabilidade e costuma ser mais difícil de compactar. c Matriz de finos. O contato grão-grão não é garantido devido ao excesso de finos; A densidade costuma ser mais baixa do que o tipo (b), assim como a permeabilidade, podendo, em muitas situações, ser impermeável, conforme natureza dos finos; a mistura é afetada por variações de umidade e o procedimento de compactação se dá com maior facilidade. Fonte: Adaptado de Bernucci, 2006. Tem-se feito, com frequência, e empregados na pavimentação, misturas do tipo (b) e (c), denominadas de solo-brita ou solo-areia. O tipo (c) também recebe denominação de solo-brita descontínuo. O importante dessas misturas, principalmente no caso do tipo (c), é a presença do grão fino. É possível ver a mistura desses solos em pista, nas figuras X.11. Na figura X.11.a tem-se o emprego de solo-brita e na figura X.11.b o emprego de solo-areia. Solo arenoso fino O solo arenoso fino é uma composição de argila e areia disponível na natureza. Também pode ser composta de maneira artificial, pela mistura de areia do campo ou areia de rio, com argila. Pode ser usado em obras de pavimentação como camadas de reforço, subleito ou sub-base para tráfegos incidentes com cargas médias ou pesadas. A tabela abaixo mostra a granulometria recomendada para o uso desse material. 38 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Tabela 6 - Faixas A, B, e C de solos arenosos finos lateríticos para bases e sub-bases de pavimentos Fonte: Benucci, 2006. A figura 18.c demonstra uma camada de base com o uso de solo arenoso fino compactada e sem umidade. A figura 18.d demonstra a camada do solo argiloso, que tende a apresentar trincas maiores e a formação de blocos. A presença de trincas nas camadas desse tipo de solo provoca a redução do MR efetivo. Todavia, as camadas ainda são consideradas de baixo índice de deformação e possuem comportamento mecânico considerável, entre bom e excelente. Os materiais a serem empregados na camada de superfície de revestimento vão variar conforme o tipo de pavimento da estrutura - flexível/rígido. Dessa forma, os materiais abaixo podem ser utilizados: Asfalto seu uso é muito comum em obras de pavimentação e pode ser apresentado em três tipos, conforme tabela abaixo. 39 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Tabela 7 - Tipos de Asfalto Fonte: Adaptado de Rossi, 2017. Cimento: usado como base para a camada de revestimento em pavimentos rígidos, utilizando o cimento Portland. 40 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 17 -Materiais granulares empregados em bases, sub-bases ou reforços Fonte: Benucci, 2006. Figura 18 - Solos e solo-agregados empregados em bases, sub-bases ou reforços 41 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Fonte: Benucci, 2006. 42 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 19 - Lateritas, saibros e materiais reciclados empregados em bases, sub-bases ou reforços Fonte: Benucci, 2006. 43 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 20 - Materiais cimentados empregados em bases, sub-bases ou reforços Fonte: Benucci, 2006. Mais tipos de matérias podem ser vistos e estudados na referência de Benucci, 2006, disposta no campo de Referências Bibliográficas. 44 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 3.1.1 Resíduos da Construção Civil na Pavimentação Rodoviária O setor da construção civil tem alta demanda de produção e a geração de resíduos se dá de forma significativa. Uma alternativa cada vez mais recorrente é o uso de resíduos de construção civil e demolição na pavimentação. Dessa forma, tem-se uma alternativa de redução de recursos naturais não renováveis e realiza o processo de reciclagem. Os materiais descartados no processo da construção podem ser reaproveitados e utilizados como materiais agregados, usados nas camadas de base e sub-base no processo de pavimentação. É importante ressaltar que os materiais usados devem passar por um processo de análise e seleção para evitar que quaisquer misturas ou materiais interfiram na qualidade, na vida útil e no funcionamento perfeito da obra. A Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da construção civil e Demolição - ABRECON cita os benefícios adquiridos no uso desses resíduos como matéria prima para obras de pavimentação: é uma forma barata de reciclagem que requer o uso de baixa tecnologia no processo e isso, consecutivamente, implica na redução de custos do projeto; permite a utilização de, praticamente, todos os componentes da massa de resíduos, sendo tijolos, argamassas, materiais cerâmicos, areia, pedras, entre outros. Além disso, não há necessidade de segregação desses resíduos para uso; ao utilizá-lo na pavimentação, há um ganhode economia de energia no processo de moagem dos resíduos, caso esses fossem destinados a outro fim, como argamassas, por exemplo. Quando estes são utilizados na fabricação de concreto, é permitido o uso de granulometrias maiores; chance de aproveitar uma maior parcela dos resíduos, já que em algumas situações, parte dessa massa não consegue passar pelo processo de moagem ou trituração. 45 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. PARA SABER MAIS APROVEITAMENTO DE ENTULHO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NA PAVIMENTAÇÃO URBANA Disponível em:<https://www.abms.com.br/links/bibliotecavirtual/regeo99/1999- triches-kryckyj.pdf>. ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA DO USO DO AGREGADO DE RCD EM PAVIMENTAÇÃO DE VIAS URBANAS Disponível em: < http://www.civil.uminho.pt/revista/artigos/n54/Pag.16-25.pdf>. 3.2 MATERIAIS BETUMINOSOS Lima (2008, p. 9) classifica o material betume como "um produto complexo, de natureza orgânica, de origem natural ou pirogênica, composto de uma mistura de hidrocarbonetos acompanhado, em sua maioria, de seus derivados não metálicos, completamente solúvel em dissulfeto de carbono”. Ainda, segundo Lima apud Bauer (1999, p. 9), as principais características do betume são: É um material aglomerante, como cal ou cimento. Todavia, não é necessária a presença de água para dar início à pega; Possui alta capacidade de força adesiva e característica de repelir a água; Possui facilidade de fundição e solidificação devido a sua sensibilidade à temperatura. Além disso, essa característica não afeta as demais propriedades; Não possui ponto de fusão definido; É um material inerte do ponto de vista químico; Possui ductilidade influenciada diante da exposição ao calor e à luz do sol. A presença dessas características faz com que os materiais betuminosos sejam buscados em diversos setores, como em indústrias que trabalham com impermeabilizantes, com tintas, com materiais aplicáveis em rodovias, entre outros. https://www.abms.com.br/links/bibliotecavirtual/regeo99/1999-triches-kryckyj.pdf https://www.abms.com.br/links/bibliotecavirtual/regeo99/1999-triches-kryckyj.pdf http://www.civil.uminho.pt/revista/artigos/n54/Pag.16-25.pdf 46 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 21 - Material Betuminoso Fonte: Notas de Aula, acesso em 2019. Figura 22 - Material Betuminoso Fonte: Notas de Aula, acesso em 2019. Os materiais betuminosos podem ser classificados em dois tipos, alcatrão e asfalto. 3.2.1 ALCATRÃO Os alcatrões são formados por betumes e possuem forma líquida, oleosa e apresentam alta viscosidade. O cheiro é de creolina e possuem propriedades mais penetrantes do que o asfalto. Sua origem vem do processo de destilação de materiais como lenha, turfa, graxas, madeiras, entre outros. A principal diferença entre os dois tipos de materiais betuminosos é que o alcatrão possui maior sensibilidade à temperatura, o que reduz sua aplicabilidade diante de algumas situações já que, quando é aquecido, torna-se uma matéria mais líquida, e quando as temperaturas baixam, o material se torna mais duro. Além 47 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. disso, o alcatrão possui menor resistência às intempéries, mas possui maior propriedade aglomerante. 3.2.2 Asfalto O asfalto é um material caracterizado como sólido ou semissólido, com cor escura ou preta e sua natureza é originada do petróleo. Seu comportamento assemelha-se ao dos materiais polímeros, que possuem baixa massa molar. A composição desse material vai variar de acordo com a origem do óleo e com o processo de fabricação/refino. Também possui propriedade de flexibilidade controlável, com misturas de agregado mineral devido a sua plasticidade. Possui resistência à maioria de substâncias ácidas, sais e álcalis. PARA SABER MAIS Seguem algumas normas técnicas de trabalhos com materiais betuminosos: ABNT NBR 5847:2015 – Materiais betuminosos – Determinação da viscosidade absoluta; ABNT NBR 6296:2012 – Produtos betuminosos semissólidos — Determinação da massa específica e densidade relativa; ABNT NBR 14236:2006 – Produtos de petróleo e materiais betuminosos – Determinação do teor de água por destilação; ABNT NBR 15086:2004 Emenda 1:2006 – Materiais betuminosos – Determinação da recuperação elástica pelo ductilômetro; ABNT NBR 15086:2006 – Materiais betuminosos – Determinação da recuperação elástica pelo ductilômetro; ABNT NBR 15184:2004 – Materiais betuminosos – Determinação da viscosidade em temperaturas elevadas usando um viscosímetro rotacional; ABNT NBR 14950:2003 – Materiais betuminosos – Determinação da viscosidade Saybolt Furol; ABNT NBR 14756:2001 – Materiais betuminosos – Determinação da viscosidade cinemática. Fique sempre atento à atualização/cancelamento de documentos normativos. 48 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Aqui, trata-se de materiais betuminosos, mas a recomendação aplica-se a todos os procedimentos que necessitam seguir e obedecer as recomendações técnicas da ABNT. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS PINTO, Isaac Eduardo; PINTO, Salomão. Pavimentação Asfáltica: conceitos fundamentais sobre materiais e revestimento asfáltico. Rio de Janeiro: LTC, 2015. SENÇO, Wlastermiler de. Manual de Técnicas de Pavimentação. 2.ed. V.1. São Paulo: PINI, 2007. MEDINA, Jacques; MOTTA, Laura Maria Goretti da. Mecânica dos Pavimentos. 3.ed. São Paulo: Interciência, 2015. SENÇO, W. Manual de técnicas de pavimentação. Vol. 2 São Paulo: PINI, 2001. 49 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como vimos, entende-se por pavimento a camada lisa, dura e muito resistente que forma o piso de uma construção ou de uma superfície que não é natural. Esta ação é realizada de modo a cobrir o chão e deixá-lo firme e plano. Os materiais mais usados, geralmente, são asfalto, concreto, pedra de pavimentação. Nos últimos anos, começou-se a dar importância à instalação de pavimentos sustentáveis e ecológicos. Além disso, destacamos que o pavimento, nas diferentes áreas que compõem a paisagem urbana, tais como: áreas ajardinadas, áreas de pedestres, playgrounds, áreas esportivas, áreas de banheiro, ciclovias, etc., também é essencial. É de vital importância que os
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