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Materiais e Agregados para Pavimentação

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MATERIAIS E AGREGADOS PARA 
PAVIMENTAÇÃO 
 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
 RESUMO DA UNIDADE 
 
O estudo acerca de materiais e agregados para pavimentação asfáltica com relação 
à pavimentação vem sendo atualmente desenvolvido a partir de elementos 
particulares de mecânicas essenciais para o diagnóstico das capacidades do 
material com relação a elementos de pavimentos asfálticos e de concreto. A 
orientação presente em uma perspectiva sustentável é idealizar a assistência de 
circunstâncias que girem em torno da pré-ocupação a partir de fundamentos que 
aprovem a adoção de um sistema de infiltração de água e atrasem seu fluxo. Sendo 
assim, os pavimentos permeáveis podem ser considerados como um item essencial 
por diminuírem o fluxo e seus efeitos sobre a qualidade da água. Dessa maneira, os 
sistemas permeáveis de pavimentação são integrados por pavimentos porosos ou 
por blocos de concreto. Esta unidade visa apresentar aos alunos os conceitos dos 
usos de matérias para pavimentação. 
 
Palavras-chave: Construção. Pavimentação. Asfalto. 
 
 
 
 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
SUMÁRIO 
RESUMO DA UNIDADE ............................................................................................. 2 
SUMÁRIO ................................................................................................................... 3 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 4 
CAPÍTULO 1 - MATERIAIS RECICLADOS EM PAVIMENTAÇÃO ......................... 6 
1.1 PAVIMENTAÇÃO ........................................................................................... 6 
1.2 LIGANTES ASFÁLTICOS .............................................................................. 9 
1.3 AGREGADOS .............................................................................................. 11 
CAPÍTULO 2 - GEOTECNIA DOS SOLOS TROPICAIS ........................................ 21 
2.1 GEOTECNIA ................................................................................................ 21 
2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS .................................................................. 22 
2.3 GRANULOMETRIA ...................................................................................... 28 
CAPÍTULO 3 - MECÂNICA DOS PAVIMENTOS ................................................... 34 
3.1 PERMEABILIDADE ...................................................................................... 34 
3.2 MISTURAS SOLO-AGREGADOS................................................................ 39 
3.3 MISTURAS SOLO-CIMENTO ...................................................................... 40 
3.4 MISTURAS SOLO-CAL ................................................................................ 42 
3.5 MISTURAS SOLO-EMULSÃO ..................................................................... 44 
3.6 AVALIAÇÃO ESTRUTURAL ........................................................................ 45 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 48 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49 
 
 
 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 
 
Olá! Bem-vindo a mais um módulo acerca dos elementos que giram em torno 
da pavimentação. 
Antes de estar inserido nos estudos específicos sobre pavimentação, torna-se 
importante compreender o delineamento necessário no processo de 
desenvolvimento do conteúdo do presente módulo. 
Dessa maneira, tendo como pressuposto o processo de compreensão do 
funcionamento do asfalto ecológico, termo bastante utilizado em alguns países, 
como é o caso do Brasil, observar-se-á que é um termo deveras equivocado, visto 
ser o asfalto um instrumento bastante agressivo para o meio ambiente, muito 
embora seja um asfalto feito com borracha de pneu e, sendo assim, a definição mais 
adequada a ser trabalhada é o asfalto-borracha. 
Por isso, convém destacar que, a partir de uma perspectiva conceitual, o termo 
asfalto ecológico não existe e que ao utilizá-lo, estaria, na verdade, materializando 
aspectos de mercado para que a sociedade manifeste seu apoio ao asfalto utilizado 
no âmbito da pavimentação. 
Por isso, a partir da perspectiva do que deve ser estudado neste módulo, será 
possível compreender a maneira como funcionam os materiais reciclados em 
pavimentação, nomeadamente, pavimentação, ligantes asfálticos e, por fim, os 
agregados. 
Ademais, o aluno poderá se utilizar da geotecnia dos solos tropicais a partir do 
estudo específico chamado de geotécnica e, ainda, dos elementos específicos, a 
saber: classificação dos solos e granulometria. 
 No que se refere à mecânica dos pavimentos, o aluno estudará a 
permeabilidade do solo, levando em consideração elementos relacionados com a 
mistura de alguns tipos de solos, nomeadamente: solo-agregados, solo-cimento, 
solo-cal, solo-emulsão e, por fim, como se processa a questão da avaliação 
estrutural do solo. 
O estudo sobre os temas acima é importante, pois, quando se tem 
conhecimento da propriedade do agregado e da sua interação com outras 
associações, como cimento e água, por exemplo, o engenheiro é capaz de fazer 
 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
uma escolha apropriada para a sua seleção e seu uso no campo. Se bem escolhidas 
e executadas, será possível criar uma estrutura civil com uma boa durabilidade e 
desempenho. 
Sendo assim, é esperado que nesta unidade o aluno consiga aprender, 
compreender e desenvolver os conhecimentos sobre matérias e agregados para 
pavimentação que são elementos necessários para que esta seja elaborada no 
ambiente da construção civil. 
 
 
 
6 
 
 
 
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CAPÍTULO 1 - MATERIAIS RECICLADOS EM PAVIMENTAÇÃO 
 
1.1 PAVIMENTAÇÃO 
 
Tendo a compreensão de que pavimentar é o ato ou efeito de revestir 
determinada área com uma cobertura, podendo, portanto, ser piso ou chão, no 
âmbito da engenharia, a pavimentação assume a característica organizada de um 
ou mais níveis que se encontram sobrepostas, gerando, portanto, uma maior 
longevidade e proporcionando um melhor trânsito de pessoas e veículos. 
A pavimentaçãorealizada nas vias urbanas brasileiras geralmente segue os 
seguintes padrões: 
 
No Brasil, a pavimentação de 99% das vias urbanas e rodoviárias é 
realizada com mistura asfáltica, composta 95% de pedra britada e 5% de 
asfalto. Para ter o desempenho esperado, a solução precisa apresentar 
excelente qualidade. Também tem que manter suas propriedades ao longo 
do tempo, ou seja, sem trincas ou demais problemas que comprometam o 
fluxo dos mais diferentes tipos de veículos (JUNIOR, 2011, pg.35). 
 
Para que o processo de pavimentação seja considerado sustentável, torna-se 
importante que possua longa duração e, ainda, que o projeto estruturado seja de 
maneira rigorosa cumprida. E, sendo feito assim, a possibilidade de haver 
recapeamento na pavimentação será reduzida e, consequentemente, haverá um 
menor dano ambiental, já que construindo novos pavimentos, haverá a utilização de 
recursos econômicos e, ainda, a degradação do próprio meio ambiente. 
Por isso, quando se tratar de sistema sustentável, no âmbito da pavimentação, 
torna-se essencial procurar técnicas que se utilizem de meios destinados à 
preservação ambiental. 
A maior consciência social em preservação da natureza e do meio ambiente 
obriga a procurar novas técnicas construtivas e um uso racional dos recursos 
disponíveis. Além disso, a legislação mostra uma tendência protecionista que 
dificulta a obtenção de agregados e materiais virgens e a disposição de resíduos em 
aterros. Isso aumenta consideravelmente o custo das obras, principalmente em 
áreas urbanas. (Gómez-Plabo, 2017pg.22) 
 As soluções em artefatos de concreto são o uso de pavimentos permeáveis, 
pavers e pisos grama. Eles permitem o escoamento correto da água para o solo e 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
lençóis freáticos sem trazer prejuízos para sua estrutura interna. Além disso, 
apresentam processos fáceis para instalação e manutenção, além de promoverem 
maior conforto térmico se comparado ao asfalto, atenuando a formação de ilhas de 
calor. Em um mundo que preza cada vez mais pela sustentabilidade e respeito aos 
valores ambientais, a busca por opções de pavimentação urbana sustentável se 
mostra como uma poderosa aliada para soluções de problemas antigos, como a 
drenagem da água pluvial e a busca de maior conforto para nossas ruas e calçadas. 
(Gómez-Plabo, 2017, pg.22) 
 De maneira distinta às funcionalidades que são apresentadas pelo asfalto 
tradicional, em que absorvem apenas 15% de água, observa-se um tipo de 
pavimento mais eficaz no processo de absorção, nomeadamente, o eco pavimento, 
visto ser capaz de ser mais resistente às enchentes. Ainda no que tange aos 
benefícios com o uso do eco pavimento, encontra-se na retenção do calor urbano 
através das grelhas alveolares, que evitam, em tempo de chuva, a formação de 
sulcos, poças e barros nas ruas e calçadas. 
E, muito embora, o eco pavimento apresente, quando utilizado, determinados 
benefícios, ainda é pouco utilizado em lugares de maior fluxo de veículos, em virtude 
das fragilidades que surgem, por isso, o referido pavimento tem sido utilizado com 
maior frequência em lugares com menor impacto do trânsito, por exemplo, 
estacionamentos e calçadas. 
Nesse sentido, um pavimento é considerado como sustentável quando o seu 
ciclo de vida for estudado por técnicas de otimização, no sentido de tornar o 
pavimento em análise mais eficiente e adequado para o feito. 
A figura 1 expressa o ciclo de vida da pavimentação. As fases são colocadas 
de forma circular dando uma importância igual a cada etapa. Este esquema encaixa 
nos princípios de economia circular, que engloba a reutilização dos recursos, 
tentando fechar o ciclo o máximo possível. 
 
 
https://tecnomor.com.br/httptecnomor-com-bra-importancia-da-sustentabilidade/
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Figura 1 – Ciclo de vida da pavimentação. 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2019). 
 
A preservação do pavimento é uma atividade especificamente sustentável. 
Muitas vezes, emprega tratamentos de baixo custo e baixo impacto ambiental que 
prolonga a vida útil do pavimento ou atrasa as principais atividades de reabilitação. 
Isso reduz a utilização de materiais virgens, ao mesmo tempo em que reduz as 
emissões de GEE (Gases Efeito Estufa) durante o ciclo de vida. Além disso, como 
mencionado anteriormente, os pavimentos bem conservados fornecem superfícies 
mais suaves, seguras e mais silenciosas em um período significativo das suas vidas, 
resultando em maior eficiência de combustível do veículo, taxas de acidentes 
reduzidas e menores impactos de ruído nas comunidades vizinhas, o que contribui 
positivamente para sua sustentabilidade geral. 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Devido às condições do Brasil, principalmente climáticas e de tráfego pesado, e 
a falta de informação encontrada neste trabalho em referência a obras com bom 
desempenho, tanto econômico como funcional, recomenda-se criar uma base de 
dados parecida, o que também ajudaria a destinar corretamente os recursos 
econômicos do país em obras que durariam muito mais. 
 
1.2 LIGANTES ASFÁLTICOS 
 
Cerca de 97% das rodovias brasileiras possuem pavimento flexível, sendo o 
asfalto o componente principal das camadas de rolamento e, às vezes, de camadas 
intermediárias da estrutura (SINECESP, sd). 
Nesse sentido, o uso do asfalto no processo de pavimentação se justifica, pois 
gera uma forte união entre os agregados de maneira a agir como um elemento que 
unifica e flexibiliza os agregados, além de ser impermeabilizante, resistente aos 
agentes externos e flexíveis. 
Os asfaltos podem ser encontrados em jazidas naturais, na forma de bolsões 
de asfaltos, originados da evaporação das frações mais leves (mais voláteis) do 
petróleo e aflorados à superfície em épocas remotas. São exemplos sempre citados 
os asfaltos naturais de Trinidad e do Lago Bermudez. Atualmente, quase toda a 
produção de asfalto resulta da destilação de petróleo em unidades industriais 
(refinarias). Em obras de pavimentação, os asfaltos podem ser denominados 
ligantes asfálticos, cimentos asfálticos ou materiais asfálticos, sendo adotado neste 
trabalho o termo mais genérico ligante asfáltico, pois aos asfaltos podem ser 
adicionados produtos que visam melhorar suas propriedades de engenharia 
(modificadores) (DIAS, 2005 pg. 20). 
Para ser utilizado em pavimentação, o asfalto, material termoplástico que é 
semissólido à temperatura ambiente, precisa de ser aquecido para atingir a 
viscosidade adequada à mistura (>100oC). Além do aquecimento, as alternativas 
para tornar o asfalto trabalhável são a diluição com solventes derivados de petróleo 
e o emulsionamento. De forma geral, os ligantes asfálticos são classificados, de 
acordo com o seu processo de produção, em: cimento asfáltico de petróleo (CAP), 
asfalto diluído de petróleo (ADP) e emulsão asfáltica (PETROBRÁS, 1996). 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Os CAPs são compostos por 90% a 95% de hidrocarbonetos e 5% a 10% de 
heteroátomos, dos quais fazem parte oxigênio, enxofre, nitrogênio e alguns metais, 
como vanádio, níquel, ferro, magnésio e cálcio. Os ligantes produzidos no país têm 
teor de enxofre bastante inferior aos derivados de petróleos árabes e venezuelanos. 
Além disso, a proporção de metais encontrada também é baixa e há maiores teores 
de nitrogênio (LEITE, 1999). 
Uma análise elementar de ligantes asfálticos oriundos de petróleos de distintas 
localidades deixa evidente as proporções encontradas em seus constituintes 
(HUNTER et al., 2015): carbono variando de 82% a 88%; hidrogênio de 8% a 11%; 
oxigênio de 0% a 1,5%; enxofre de 0% a 6% e nitrogênio de 0% a 1%. Bernucci et 
al. (2008) esclarecem que a composição pode modificar em função da fonte do 
petróleo, do processo empregado de destilação, durante o envelhecimento decorrido 
da usinagem e quando já aplicado em campo. 
A classificação dos ligantes pela metodologia é baseada no seu Grau de 
Desempenho (PG – Performance Grade). A sigla PG é seguida por dois números 
(como PG 64-22), sendo o primeiro número indicativo do “grau a alta temperatura”, 
que é a temperatura mais elevada na qual o ligante possui propriedades físicas 
adequadas e, se for utilizado em um pavimento, a temperatura elevada do trecho 
onde se deseja construí-lo não deve ultrapassar esse valor. O segundo número 
indica o “grau a baixa temperatura”, sendo a temperatura mais baixa na qual o 
ligante apresenta propriedades físicas adequadas, também devendo ser comparada 
à do trecho onde se executará o pavimento (MARQUES, 2004). 
A seleção de um ligante asfáltico envolve a análise das suas características 
reológicas, físicas e químicas. Historicamente, o parâmetro mais utilizado para 
classificar ligantes asfálticos é a sua consistência, que pode ser determinada através 
dos seguintes ensaios: penetração (ABNT/MB107); viscosidade absoluta a 60oC 
(ASTM D2171); viscosidade cinemática a 135oC (ASTM D2170) e ponto de 
amolecimento (Método Anel e Bola - ABNT/MB164). 
 Cimentos Asfálticos de Petróleo (CAP) - Especificação ANP –
Resolução N° 19, de 11 de julho de 2005 e Regulamento Técnico No 
3/2005. 
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 Asfaltos Diluídos de Petróleo (ADP CR e CM) - Especificação ANP 
Resolução N° 30, de 9 de outubro de 2007 e Regulamento Técnico N° 
2/2007. 
 Emulsões Asfálticas Catiônicas (EAC) - 2.241a Seção Ordinária 
06/09/88 do Ministério de Minas e Energia - Conselho Nacional do 
Petróleo - Resolução 07/88. 
 Emulsões para Lama Asfáltica (LA) - 178° Sessão Extraordinária de 
20/02/73 do Ministério de Minas e Energia - Conselho Nacional do 
Petróleo - Resolução 01/73 com a Norma CNP-17 e publicadas no D.O. 
da União em 08/05/73. 
 Agentes Rejuvenescedores Emulsionados (ARE) - Proposta de 
Especificação da Comissão de Asfalto do IBP. 
 Asfaltos Modificados por polímeros - Especificação ANP - Resolução 
N°- 31, de 9 de outubro de 2007 e Regulamento Técnico No 03/2007. 
 Cimentos asfálticos de petróleo modificados por borracha moída de 
Pneus (AMB) - Especificação ANP -Resolução N°- 39, de 24 de 
dezembro de 2008. 
Apesar de não existir material similar aos ligantes asfálticos quanto à sua 
aplicabilidade na construção de pavimentos, muitas vezes, seu emprego requer o 
uso de aditivos para melhorar suas propriedades físicas, mecânicas e químicas, o 
que acaba alterando as propriedades reológicas do ligante (particularmente, 
borracha de pneus moída) (PETROBRÁS, 1996). 
 
1.3 AGREGADOS 
 
Todos os revestimentos asfálticos constituem-se de associações de ligantes 
asfálticos, de agregados e, em alguns casos, de produtos complementares. Essas 
associações, quando executadas e aplicadas apropriadamente, devem originar 
estruturas duráveis em sua vida de serviço. Para que isso ocorra, deve-se conhecer 
e selecionar as propriedades que os agregados devem conter (BERNUCCI et al, 
2006, pg 45). 
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De acordo com a norma ABNT NBR 9935/2005, que determina a terminologia 
dos agregados, o termo agregado é definido como material sem forma ou volume 
definido, geralmente inerte, de dimensões e propriedades adequadas para produção 
de argamassas e de concreto. Os agregados podem ser compreendidos como uma 
mistura de pedregulho, areia, pedra britada, escória, ou outros materiais minerais, 
usada em combinação com um ligante para formar um concreto, uma argamassa, 
etc. (BERNUCCI et al, 2006, pg 49). 
O nível de desempenho em serviço de um determinado agregado depende 
também das propriedades geológicas da rocha de origem. São importantes, 
portanto, informações sobre o tipo de rocha, sua composição mineralógica, sua 
composição química, sua granulação, seu grau de alteração, sua tendência à 
degradação, abrasão ou fratura sob tráfego e o potencial de adesão do ligante 
asfáltico em sua superfície. A variedade de agregados passíveis de utilização em 
revestimentos asfálticos é muito grande. Contudo, cada utilização em particular 
requer agregados com características específicas, e isso inviabiliza muitas fontes 
potenciais (DIAS, 2005, pg 39). Sendo assim, os agregados utilizados em 
pavimentação podem ser classificados em três grandes grupos, segundo sua: 
 natureza, 
 tamanho e 
 distribuição dos grãos. 
Para a seleção e a caracterização dos agregados, emprega-se tecnologia 
tradicional, pautada, principalmente, na distribuição granulométrica e na resistência, 
forma e durabilidade dos grãos. Para os materiais constituídos essencialmente de 
agregados graúdos e de agregados miúdos, prevalecem as propriedades dessas 
frações granulares (DIAS, 2005, pg.54). 
Por um custo mais moderado, os agregados utilizados em um concreto podem 
definir determinadas características, nomeadamente, retração e resistência. 
Entretanto, para que isso ocorra, torna-se essencial que se utilize de técnicas 
adequadas além de materiais específicos para o feito. 
E, em virtude ao caráter de extrema importância que os agregados revestem 
na mistura, existe a necessidade de realizar ensaios para a sua composição, que 
irão definir granulometria do conteúdo. 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
No que diz respeito ao local em que os agregados são obtidos, encontra-se os 
materiais rochosos de caráter variado, consolidado, fragmentado e granulado a partir 
de um processo industrial específico. Os agregados podem ser encontrados ainda 
em rochas sedimentares como é o caso dos arenitos e siltitos e, ainda, 
metamórficas, quartizitos, calcátios e gnaisses.Os arenitos são constituídos por grãos de quartzo, normalmente, em uma 
matriz argilosa ou siltosa, aglomerados por sílica amorfa, óxidos de ferro ou 
carbonatos, sendo que os ferruginosos são os menos resistentes. Somente os 
arenitos silicosos se prestam como rocha britada, mas a sílica presente pode reagir 
com os álcalis do cimento Portland ou causar má adesividade a ligantes 
betuminosos. Siltitos são arenitos de grãos extremamente finos, formados de silt, ou 
seja, depósitos de lama e sedimentos muito finos. (SERNA; REZENDE, sd, pg. 602) 
Os agregados para concreto também são classificados como artificiais ou 
naturais. Como artificiais, entendem-se as areias e pedras provenientes do 
britamento de rochas, pois necessitam da atuação do homem para modificar o 
tamanho dos grãos (SERNA; REZENDE, sd, pg. 602). 
Os agregados naturais são compostos por diferentes minerais, com 
composições variáveis. Mesmo com agregados de mineralogia uniforme, as suas 
propriedades podem ser alteradas pela oxidação, hidratação, lixiviação ou 
intemperismo. Entretanto, a mineralogia não pode produzir sozinha uma base para 
predizer o comportamento de um agregado em serviço. Exames petrográficos são 
úteis, e o desempenho de agregados similares em obras existentes, sob condições 
ambientais e de carregamento semelhantes, ajuda na avaliação dos agregados. 
(SERNA; REZENDE, sd, pg. 605). 
Os principais tipos de rochas utilizados como agregados são: 
 ANDESITO - variedade de diorito vulcânico, de granulação fina. 
 BASALTO - rocha básica de granulação fina, usualmente vulcânica. 
 CONGLOMERADO - rocha constituída de blocos arredondados ligados 
por cimento natural. 
 DIORITO - rocha plutônica intermediária, constituída de plagioclásio com 
hornblenda, augita ou biotita. 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
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 GABRO - rocha plutônica básica de granulação grossa, constituída de 
plagioclásio cálcico e piroxênio, algumas vezes, com olivina Gnaisse 
Rocha riscada, produzida por condição metamórfica intensa. 
 GRANITO - rocha plutônica ácida, constituída principalmente de 
feldspatos alcalinos e quartzo. 
 CALCÁRIO - rocha sedimentar, constituída principalmente de carbonato 
de cálcio. 
 QUARTZITO - rocha metamórfica ou sedimentar constituída quase que 
totalmente por grãos de quartzo. 
 RIOLITO - rocha ácida, de granulação fina, usualmente vulcânica Sienito 
Rocha plutônica intermediária, constituída de feldspatos alcalinos com 
plagioclásios, hornblenda, biotita ou augita. 
 TRAQUITO - variedade de sienito de granulação fina, usualmente 
vulcânico. 
Com relação aos agregados naturais, existem as areias extraídas de rios ou 
barrancos e os seixos rolados (pedras do leito dos rios), ou seja, são aqueles que já 
se encontram na natureza. As areias das praias e dunas não são usadas, em geral, 
para o preparo de concreto por causa de sua grande finura e teor de cloreto de 
sódio. A figura 2 mostra como se é dado o processo de obtenção da areia para a 
indústria da construção civil. 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Figura 2 - Obtenção da areia. 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2019). 
 
A dispersão geográfica é uma das características naturais dos minerais usados 
no emprego imediato na construção civil. Todavia, para que eles sejam 
economicamente viáveis, fatores como a legislação mais ou menos restritiva, a 
inviabilização de reservas e jazidas pelas cidades e por usos do solo impeditivos à 
mineração, o uso e posse de tecnologia de pesquisa e lavra, o sistema de 
transportes e a demanda por minerais para agregados são fundamentais (SERNA; 
REZENDE, sd, pg. 606). 
Os usos das areias e britas estão relacionados ao seu tamanho e 
granulometria. Chegam ao consumidor final misturados ao cimento (quando da 
preparação do concreto) ou sem nenhuma mistura aglomerante. Entretanto, é 
misturado ao concreto que os maiores volumes de agregados chegam ao 
consumidor final. Uma menor fração da produção é utilizada sem mistura 
aglomerante, em drenos, em filtros, em ferrovias (na forma de lastro), na fabricação 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
de gabiões, de muros de contenção, em base e sub-base de pisos e estradas, e 
outras aplicações (SERNA; REZENDE, sd, pg. 608). 
O quadro 1 apresenta as principais utilizações dos agregados. 
 
Quadro 1 – Principais utilizações dos agregados. 
Materiais Utilização 
Areia Artificial 
Assentamento de bloquetes, 
tubulações em geral, tanques, 
embolso, podendo entrar na 
composição de concreto e asfalto. 
Areia Natural 
Assentamento de bloquetes, 
tubulações em geral, tanques, 
embolso, podendo entrar na 
composição de concreto e asfalto. 
Pedrisco 
Confecção de pavimentação 
asfáltica, lajotas, bloquetes, 
intertravados, lajes, jateamento de 
túneis e acabamentos em geral. 
Brita 1 
Intensivamente na fabricação de 
concreto, com inúmeras aplicações, 
como na construção de pontes, 
edificações e grandes lajes. 
Brita 2 
Fabricação de concreto que exija 
maior resistência, principalmente 
em formas pesadas. 
Brita 3 
Também denominada pedra de 
lastro utilizada nas ferrovias. 
Pedra marroado 
Fabricação de gabiões, muros de 
contenção e bases. 
Rachão 
Fabricação de gabiões, muros de 
contenção e bases. 
Brita graduada 
Em base e sub-base, pisos, pátios, 
galpões e estradas. 
Fonte: Elaborado pela autora (2019). 
 
Segundo a Norma NBR 7211 da Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT), os diferentes tipos de brita são classificados de acordo com a sua 
granulometria, ou seja, o tamanho dos grãos. Assim, temos o pó de brita e as britas 
0, 1, 2, 3 e 4 (veja quadro com as granulometrias). Cada um desses tipos tem uma 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
função específica na construção civil, seja para fabricação de concreto, 
pavimentação, construção de edificações ou de grandes obras, como ferrovias, 
túneis e barragens. Cabe ao engenheiro e aos responsáveis pela obra decidirem 
que faixas granulométricas utilizar, de acordo com as necessidades do projeto e 
sempre respeitando as normas técnicas (FONSENCA. sd, pg 03). 
A figura 3 mostra o processo de obtenção da brita. 
 PÓ DE PEDRA: > de 4,8 mm. 
 BRITA 0 OU PEDRISCO - produto de dimensões reduzidas em relação à 
brita 1 – brita aplicada em lajes pré-moldadas, blocos, usinas de asfalto e 
de concreto, dimensão de 4,8 mm a 9,5 mm. 
 BRITA 1 - produto mais utilizado pela construção civil, muito apropriado 
para lajes, pisos, tubulões, vigas, pilar entre outros, dimensão de 9,5 mm 
a 19 mm. 
 BRITA 2 - utilizado em estacionamentos, concretos mais grossose 
drenos, dimensão de 19 mm a 25 mm. 
 BRITA 3 - conhecida como pedra de lastro, pois são constantemente 
utilizadas em aterramentos e nivelamentos de áreas ferroviárias, drenos e 
reforço de pistas. Dimensão de 25 mm a 50 mm. 
 BRITA 4: de 50 mm a 76 mm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 3 – Obtenção da brita. 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2019). 
 
Os agregados reciclados são material granular obtido através de processos de 
reciclagem de rejeitos ou subprodutos da produção industrial, mineração, construção 
ou demolição da construção civil, incluindo agregados recuperados de concreto 
fresco, por lavagem, para uso como agregado (DIAS, 2005 pg.40). 
Segundo Cabral (2007), quando se compara os agregados reciclados com de 
origem natural, observa-se que a sua trabalhabilidade é afetada chegando a 
apresentar resultados menores, o que pode ser explicado pelo fato de que os 
agregados reciclados são considerados mais secos que os normais, ocasionando 
uma maior absorção de água do que o normal, fazendo com que o resultado final 
apresente um material com uma mistura mais seca pelo fato dos agregados 
retirarem a água do processo que seria usado no cimento, o que provoca uma 
menor trabalhabilidade do conjunto. O mesmo autor destaca que um dos fatores que 
podem explicar essas características apresentadas nos materiais com agregado 
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reciclado é o fato da britagem do processo que pode causar uma formação de 
agregados com extremidades angulares, fator que não é característico em materiais 
naturais que são arredondados e com uma superfície lisa. 
Quando se cita a abrasão dos materiais, diz-se a respeito ao que podemos 
falar sendo a capacidade do agregado em se fragmentar quando ele é colocado em 
contato com outro material (CARRIJO, 2005). Leite (2001) considera que os 
agregados reciclados apresentam uma resistência ao contato e impacto menor, 
gerando um maior desgaste por abrasão quando comparado aos naturais. 
Os ensaios de abrasão para que chegue à sua determinação utiliza-se através 
da metodologia mais usual que é através do ensaio americano Los Angeles que no 
mesmo ensaio pode combinar tanto abrasão como também atrito, pois a análise 
mostra boa eficiência com os resultados relacionados ao desgaste real dos 
agregados além de apresentar dados como a resistência à compressão e a 
resistência à flexão do concreto confeccionado com agregado proveniente de 
resíduos da construção civil em sua composição, podendo citar resultados em que a 
perda do agregado reciclado pela abrasão foi maior em uma diferença de 3 vezes 
quando equiparado com agregados naturais, sendo que os resultados independiam 
da granulometria dos materiais (TENORIO, 2007 pg.45). 
Quando o agregado reciclado é proveniente de resíduos da construção civil, 
podemos classificá-lo em dois grupos: 
 Agregado reciclado de concreto (ARC) - obtido por reciclagem de 
concreto fresco ou endurecido, constituído na sua fração graúda 
(>4,75mm) de no mínimo 90% em massa de fragmentos à base de 
cimento Portland ou de material pétreo que atendam à norma NBR 15116. 
 Agregado reciclado misto (ARM) - obtido de acordo com o item de 
agregado reciclado de concreto (ARC), constituído na sua fração graúda 
(>4,75mm) por menos de 90% em massa de fragmentos à base de 
cimento Portland ou de material pétreo que atendam à norma NBR 15116. 
Tanto no Brasil como em outros países, a maior parte do mercado de 
agregados é voltada para o emprego em concretos e em argamassas. No Brasil, a 
reciclagem de toda a fração mineral dos resíduos de construção e demolição (RCD) 
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como agregado ocuparia apenas cerca de 20% do mercado de produtos à base de 
cimento. (ANGULO, 2005). 
Já é sabido que o emprego dos agregados de RCD reciclados em concreto é 
viável, no entanto as normas para uso de agregados de RCD reciclados em 
concretos não são facilmente aplicáveis nas usinas de reciclagem devido a: a) 
heterogeneidade da composição do RCD e variabilidade das propriedades dos 
agregados reciclados; b) falta de controle das operações de processamento; c) 
quantificação de fases no material por análise visual, que é subjetiva, não garantindo 
homogeneidade do produto final e não apresentando uma relação clara com o 
desempenho dos concretos (ANGULO, 2005). 
 
 
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CAPÍTULO 2 - GEOTECNIA DOS SOLOS TROPICAIS 
 
2.1 GEOTECNIA 
 
Para iniciar a aprendizagem sobre a presente temática, é preciso compreender 
o conceito e abrangência da geotecnia e seus estudos. Dessa forma, destaca-se 
que a: 
 
Geotecnia é a aplicação de métodos científicos e princípios de engenharia 
para a aquisição, interpretação e uso do conhecimento dos materiais 
da crosta terrestre e materiais terrestres para a solução de problemas 
de engenharia. É a ciência aplicada de prever o comportamento da Terra e 
seus diversos materiais, no sentido de tornar a Terra mais habitável para as 
atividades humanas. 
A geotecnia abrange as áreas de mecânica dos solos e mecânica das 
rochas, e muitos dos aspectos de engenharia 
da geologia, geofísica, hidrologia e ciências afins. Geotecnia é praticada 
tanto por geólogos de engenharia e engenheiros geotécnicos (DIAS, 2005 
pg 56). 
 
Independentemente da atuação do geotécnico, ele certamente irá precisar de 
ensaios que, em sua maioria, são realizados em laboratórios certificados. O 
geotécnico também deve ser capaz de sugerir os tipos de ensaios mais adequados 
a serem realizados em cada situação além de fazer a correta interpretação dos 
dados (AZEVEDO, 2020). 
Dessa maneira, podemos dividir a Geotecnia em duas áreas, nomeadamente: 
 GEOTECNIA BÁSICA, que compreende o estudo da Geologia, Mecânica 
dos Solos e Mecânica das Rochas. 
 GEOTECNIA APLICADA, que envolvem estudos relacionados 
a Estabilidades de Taludes na Mineração, estabilidade de taludes em 
rodovias, barragens, engenharia ambiental, túneis, fundações, entre 
outros diversos assuntos. 
Na engenharia civil, o solo é o suporte das obras, além de ser utilizado em 
aterros compactados para os mais diversos fins. É considerado um material 
heterogêneo, com propriedades variáveis. Além disso, é não-linear, ou seja, suas 
reações às tensões, principalmente à compressão, não são variáveis, podendo 
afetar enormemente seu comportamento; e anisotrópico, suas propriedades e 
materiais que o compõem não são iguais (SERNA; REZENDE, sd, pg. 608). 
https://institutominere.com.br/curso-geotecnia-de-mina-design-estabilidade-seguranca-taludes-cavas-mineracao22 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
A geotecnia e todas as suas vertentes têm ganhado cada vez mais destaque 
na: 
1. Prevenção de desabamentos. 
2. Prevenção de desmoronamentos. 
3. Prevenção de deslizamentos. 
4. Preservação dos lençóis freáticos. 
5. Gerenciamento do problema do lixo. 
6. Conter a ocupação de encostas. 
 
2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS 
 
Os solos resultam do intemperismo por desagregação e alteração das rochas. 
A intensidade dos processos intempéricos está diretamente associada com os 
seguintes fatores: material de origem (rocha), relevo, clima, organismos vivos e 
tempo. Em projetos de estradas, que se caracterizam por apresentar grandes 
extensões no sentido longitudinal, os solos encontrados nos subleitos dessas vias, 
devido às suas peculiaridades físico-químicas e mineralógicas, apresentam em geral 
comportamentos geotécnicos bastante diferenciados (SILVA et al, 2010, pg 7). 
Os solos tropicais ocorrem em locais que apresentam características climáticas 
tropicais e úmidas. Normalmente, países onde ocorre este tipo de solo estão 
localizados na faixa intertropical, mas vale a pena ressaltar que isto não representa 
uma regra, pois o solo tropical deverá possuir propriedades peculiares, relativamente 
aos solos não tropicais, devido a atuação de processos geológicos e/ou pedológicos 
típicos das regiões tropicais úmidas (SANTOS, PARREIRA, 2015 sd). 
Classificar um solo e enquadrá-lo dentro de um grupo com características 
semelhantes, é uma das etapas preliminares e essenciais para obtenção do perfil do 
subsolo e escolha de amostras apropriadas nos projetos de obras de engenharia 
para adotar um tipo de solo ou fazer um projeto com base nele. 
Do ponto de vista da engenharia, um sistema de classificação pode ser 
baseado no potencial de determinado solo para uso em camadas de um pavimento, 
fundações ou como outro material de construção. Devido à natureza extremamente 
variável do solo, é inevitável que, em qualquer classificação, ocorram casos em que 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
é difícil se enquadrar o solo em uma única categoria, ou seja, sempre vão existir 
situações em que determinado solo poderá ser classificado como pertencente a dois 
ou mais grupos. Do mesmo modo, o mesmo solo pode ser inserido em grupos que 
pareçam radicalmente diferentes, em diversos sistemas de classificação (SILVA et 
al, 2010 pg 215). 
Tanto no Brasil quanto no estrangeiro, atualmente, utilizam-se quase que 
exclusivamente, para classificação dos solos, procedimentos baseados nas suas 
características plásticas e na granulometria. 
 O uso dessas classificações, na maioria das vezes, não condiz com o 
comportamento real de solos tropicais. Diversos profissionais de engenharia têm se 
dedicado ao estudo sobre os sistemas de classificação de solos mais adequados 
para a classificação de solos tropicais de clima tropical, quente e úmido (SILVA et al, 
2010 pg 215). 
As características de um solo são determinadas em função do clima, 
topografia, fauna e tempo. Regiões de clima tropical têm como características 
predominantes as altas temperaturas, altos índices pluviométricos, ausência de 
congelamento do subsolo, lixiviação, etc. O autor ressalta que não existe uma 
terminologia consagrada para a definição do que são solos tropicais. Desse modo, 
vários estudos e bibliografias nacionais e internacionais são encontrados a fim de 
que se possa definir o que são solos tropicais. Essas acepções geram confusões no 
âmbito técnico-científico, já que termos iguais podem ser usados para definir 
materiais diferentes (SILVA et al, 2010 pg 215). 
Na engenharia, a identificação das propriedades do solo é de extrema 
importância considerando-se que qualquer estrutura a ser construída descarregará 
suas cargas sobre ele. Grande parte do solo brasileiro tem características tropicais e 
isso faz com que seu estudo seja de extrema importância, pois esse tipo de solo 
apresenta um comportamento diferenciado dos solos de regiões de clima temperado 
podendo então apresentar algumas divergências nos resultados obtidos de acordo 
com os sistemas de classificações geotécnicas tradicionais, como o USCS e HRB. 
Assim foi desenvolvida a metodologia MCT com a finalidade de classificar mais 
fielmente a gênese de solos finos tipicamente tropicais (COELHO, ESPINDOLA, 
2014 pg. 59). 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Essa metodologia teve origem com Nogami e Villibor em 1981 e apresenta 
suas principais aplicações práticas em rodovias e em pavimentação. No entanto, 
pode ser utilizada também em obras de terra em geral e mapeamento geotécnico 
envolvendo solos tropicais (COELHO, ESPINDOLA, 2014 pg. 69). 
A classificação dos solos com uso da Metodologia MCT foi desenvolvida 
especialmente para o estudo de solos tropicais e baseada em propriedades 
mecânicas e hídricas obtidas de corpos de prova compactados de dimensões 
reduzidas. Essa classificação não utiliza a granulometria, o limite de liquidez e o 
índice de plasticidade, como acontece no caso das classificações geotécnicas 
tradicionais. Separa os solos tropicais em duas grandes classes: os de 
comportamento laterítico e os de comportamento não laterítico (PUFAL et al, sd). 
A MCT possui uma classificação específica para solos, nomeadamente, solos 
lateríticos e saprolíticos. Que, respectivamente, podem ser divididos em grupos, 
onde no caso do primeiro seria: LA: areia laterítica quartzosa; LA’: solo arenoso 
laterítico; LG’: solo argiloso laterítico e, no caso do segundo seria: NA: areias, siltes 
e misturas de areias e siltes com predominância de grão de quartzo e/ou mica, não 
laterítico; NA: misturas de areias quartzosas com finos de comportamento não 
laterítico (solos arenosos); NS: solo siltoso não laterítico; NG: solo argiloso não 
laterítico. 
Os solos lateríticos apresentam perda de capacidade de suporte Mini-CBR 
relativamente pequena, quando comparados à correspondente perda verificada nos 
solos saprolíticos, em imersão. Apresentam ainda uma pequena expansão, fato que 
se verifica mesmo para variedades com limite de liquidez relativamente elevada. 
Pelo contrário, os solos saprolíticos podem ter elevada expansão mesmo que 
tenham valores relativamente baixos de limite de liquidez e índice de plasticidade. 
Observa-se ainda que os solos lateríticos que possuem índices de plasticidade 
próximos aos dos saprolíticos, apresentam, frequentemente, contrações elevadas, 
apesar de apresentarem expansões e permeabilidade relativamente baixas. Por fim, 
no caso de solos lateríticos, a fração que passa na peneira de 0,075 mm é 
predominantemente argilosa, enquanto nos solos saprolíticos pode ser argilosa ou 
siltosa (PUFAL et al, sd). 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Em relação às propriedades mecânicas dos solos tropicais, cabe destacá-las 
no seu estado natural e em seu estado compactado. Para as obras de pavimentação 
interessa, sobretudo as propriedades após a compactação. Um solo que apresenta 
comportamento laterítico adquire, quando compactado em condições ideais, alta 
capacidade de suporte e baixa perda dessa capacidade quando imerso em água 
(SANTOS, PARREIRA, 2015 sd). 
Quanto à sua distribuição geográfica, os solos lateríticos estão situados, 
geralmente, na faixa do planeta denominada intertropical, em regiões com condições 
climáticas favoráveis ao intemperismo intenso e rápido, com altas temperaturas, 
ambiente úmido, com chuvas abundantes e percolação d'água (BERNUCCI, 1995 
pg.50). Estima-se que os solos lateríticos ocupem cerca de 8,1% da superfície dos 
continentes. No Brasil, os solos lateríticos encontram-se distribuídos em quase todo 
território (SANTOS, PARREIRA, 2015 sd). 
Os grupos classificados como solo arenoso de comportamento não laterítico 
(NA) e solo arenoso de comportamento laterítico (LA) possuem poucas diferenças 
entre suas propriedades (expansão, contração e permeabilidade), no entanto o 
mesmo fato não pode ser verificado para solos argilosos e arenosos. A utilização 
dos métodos convencionais de classificação de solos, como HRB e outros, não 
permitem distinguir os solos saprolíticos dos solos lateríticos. A classificação MCT 
distingue de maneira nítida os solos desses dois grupos, tanto do ponto de vista 
genético como tecnológico (SANTOS, PARREIRA, 2015 sd). 
De acordo com Miguel e Rodrigues (2017), o ensaio de compactação Mini-
MCV indica o abatimento dos corpos de prova para cada umidade relacionado com 
determinado número de golpes; a partir do ensaio laboratorial, temos as curvas de 
compactação dos solos e com isso é possível calcular os índices: c’ coeficiente 
angular da curva de deformabilidade; d’ inclinação do ramo seco da curva 
correspondente a 12 golpes; Pi indicação qualitativa de resistência à erosão hídrica; 
e também o coeficiente e’ que é calculado a partir dos outros índices já 
correlacionados na expressão: 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
 √
 
 
 
 
 
 
 
Para analisar a influência das principais variáveis, foram estudados os índices 
físicos propostos pela metodologia MCT. O coeficiente c’ é o parâmetro que pode 
ser relacionado com a textura do solo. Um valor de c’ acima de 1,5 caracteriza as 
argilas e os solos argilosos, enquanto valores abaixo de 1,0 caracterizam as areias e 
siltes não plásticos ou pouco coesivos, valores entre os primeiros apresentados 
caracterizam solos de vários tipos granulométricos, compreendendo areias siltosas, 
areias argilosas, areias arenosas, argilas siltosas e outros. Valores de d’ maiores 
que 20 indicam solos com comportamentos lateríticos, já valores de d’ menores que 
10 indicam solos saprolíticos (siltes, areias etc.) (MIGUEL, RODRIGUES 2017). 
No intuito de completar o aspecto laterítico do solo, que foi especificado pelo 
coeficiente d’, observa-se a classificação MCT e, ainda, o coeficiente Pi que, para 
além de caracterizar o solo, passa a indicar os aspectos que demonstram a 
resistência à erosão hídrica. Com a redução da massa, os corpos ficam durante 20 
horas completamente mergulhados em água e, durante esse período, poderá 
ocorrer o desprendimento das partículas do solo. E, só a partir desse momento, é 
que se torna possível transportar para a estufa com o intuito de determinar a massa 
seca. 
NOGAMI e VILLIBOR (1980), na apresentação de uma nova sistemática de 
classificação (MCT), têm excelentes considerações sobre as limitações dos métodos 
utilizados nas classificações tradicionais. Abaixo, estão resumidas algumas 
observações: 
 Há uma grande dispersão na determinação dos limites de consistência; 
 a fração areia realmente confere propriedades desejáveis para subleitos e 
sub-bases, desde que seja constituída predominantemente por quartzo. 
Areias micáceas ou arcoseanas (feldspáticas) em altas porcentagens, 
conferem características inferiores do ponto de vista de suporte, 
resiliência e expansão; 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
 não apenas a quantidade de material passante na #200 é importante; a 
natureza desta fração tem alto significado; 
 a ação do defloculante e o uso de uma dispersão severa na granulometria 
por sedimentação podem levar a curvas granulométricas que não 
correspondem ao comportamento do material; 
 na classificação H.R.B. é frequente a inversão hierárquica da capacidade 
de suporte e expansão na sequência A-4, A-S, A-6, A-7 e dentro do grupo 
A-7, entre os subgrupos A-7-S e A-7-6 (NOGAMI e VILLIBOR, 1982); 
 no ensaio de granulometria por peneiramento, cabe ressaltar a 
heterogeneidade de desempenho dos dispersores disponíveis no 
mercado e a grande influência do tipo e concentração do defloculante 
utilizado. A grande deficiência na granulometria é a falta de detalhamento 
da fração compreendida entre as peneiras de aberturas 0,42 e 0,07Smm. 
Segundo os autores, pode haver diferenças significativas de 
comportamento, sob o ponto de vista das operações construtivas, de 
acordo com a maior ou menor porcentagem passante na peneira de 0,150 
(#100); 
 nos solos arenosos finos a faixa de variação dos índices físicos é 
bastante estreita, 20 a 30 % do limite de liquidez e 5 a 10 % no índice de 
plasticidade. Além disto, os valores se aproximam do limite de 
exequibilidade dos ensaios. Nestas condições, variações consideráveis 
podem ser constatadas, podendo haver uma tendência a exagerar a 
frequência de solos com índice de plasticidade inferior a 5 ou NP ou, por 
outro lado, a elevação do índice de plasticidade devido à destruição da 
estrutura do solo durante a execução do ensaio; 
 as grandes discordâncias entre resultados obtidos por laboratoristas 
diferentes para que a amostragem remeta a problemas práticos, tais 
como a rejeição, na fase de construção, de jazidas selecionadas na fase 
do projeto. 
Os solos saprolíticos são aqueles que decorrem da decomposição e/ou 
desagregação da rocha matriz em função de eventos da natureza, nomeadamente: 
chuvas, insolação, geadas, contudo, mesmo com os efeitos oriundos dos eventos da 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
natureza, observa-se que a estrutura da rocha que dá origem ao solo se mantém 
nítida. Por isso, os solos em estudo são caracterizados como residuais, pois as 
partículas que compõem permanecem no mesmo lugar, entretanto são mais 
heterogêneos e complexos, visto ser identificada a presença de determinados 
minerais em estado de decomposição. A figura abaixo apresenta um fluxograma de 
ensaios e dados da classificação MCT. 
 
Figura 4 – Fluxograma de ensaios e dadosda classificação MCT. 
 
Fonte: Villibor e Alves (2015). 
 
2.3 GRANULOMETRIA 
 
O processo de granulometria do solo é um estudo que analisa a maneira como 
os grãos de um solo são distribuídos a partir de suas dimensões e, pode ser 
compreendida também como a forma que determina as dimensões dos elementos 
que compõem o agregado, assim como as porcentagens de ocorrência. 
As propriedades das argamassas e concretos sofrem forte influência da 
composição granulométrica. Sendo assim, torna-se importante conhecer a 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
distribuição granulométrica do agregado e, ainda, representá-lo através de uma 
curva, pois torna possível determinar suas características físicas. 
 Classicamente, a granulometria dos sedimentos muito grosseiros (cascalhos, 
seixos, balastros, etc.) é efetuada medindo (ou pesando) individualmente cada um 
dos elementos e contando-os. Contudo, para sedimentos menos grosseiros 
(cascalhos finos, areias), tal forma de mensuração não é prática, sendo nas areias 
muito difícil e extremamente morosa, e praticamente impossível nos siltes e argilas. 
Para estes sedimentos, a análise clássica recorre à separação mecânica em classes 
dimensionais e à determinação do seu peso. No que se refere aos sedimentos 
lutíticos (siltes e argilas), a forma de determinar a distribuição granulométrica de 
forma compatível com as das outras classes texturais é ainda mais difícil e 
problemática (DIAS, 2004 pg. 10). 
Para a determinação do estudo da granulometria dos solos, é possível 
identificar dois tipos de ensaio, nomeadamente, o peneiramento (que pode ser 
grosso o fino) e, ainda, a sedimentação em água destilada. Nesse sentido, o 
primeiro método que pode ocorrer na modalidade grossa ou fina tem por objetivo 
separar as partículas até a dimensão de 0,074mm e, no método da sedimentação 
em água destilada, a separação das partículas ocorre em uma dimensão menor do 
que 0,074mm. 
A massa total da amostra: 
 
 
 
 
 
 
O peneiramento é um dos métodos mais antigos na área de processamento 
mineral e, até hoje, é usado com aplicação comprovada numa variedade de 
indústrias e nas mais diferentes áreas. Na área mineral, o peneiramento pode ser 
utilizado na separação por tamanho, no desaguamento, na deslamagem, na 
concentração e em muitas outras combinações dessas aplicações (SAMPAIO, 
SILVA, sd pg 60). 
O processo de peneiramento fino pode ser usado tanto a seco quanto a úmido, 
todavia o peneiramento de material fino, em laboratório, é feito a úmido e a 
alimentação do minério é feita, segundo uma polpa, minério e água. As partículas 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
menores transportadas pelo fluído passam pelas aberturas da tela. No caso das 
operações contínuas, tanto piloto como industrial, a separação se completa em um 
comprimento, relativamente curto, da tela da peneira. As operações contínuas só 
são possíveis com a fração grossa. Quando o líquido não mais existe na tela, esta 
atua como um transportador vibratório no percurso, até que nova adição de água 
seja efetuada para facilitar a remoção de partículas finas, ainda remanescentes 
(CARISSO, 2004). 
No peneiramento a seco, as partículas rolam sobre a superfície da tela e são 
expostas às aberturas delas por várias vezes, numa verdadeira disputa 
probabilística na tentativa de encontrar a abertura da tela. Para assegurar a 
eficiência do peneiramento, o processo a seco utiliza peneiras, cujas telas são mais 
longas que aquelas usadas no processo a úmido. Por essa e outras razões, as 
peneiras usadas no peneiramento fino a seco são dimensionadas com base em 
unidade de alimentação por área unitária (t/h/m2), enquanto no processo a úmido 
considera-se t/h/m. (CARISSO, 2004). 
As tamises são padronizadas de acordo com séries que podem ser: 
 B.S – British Standard. 
 I.M.M – Institute of Mining and Metalurgy (USA). 
 Série Tyler – Americana. 
Os vãos das malhas das tamises são definidos de acordo com as séries 
supracitadas, e são quadradas e identificadas pela unidade mesh/in. Por exemplo: 
Tamise de 200 mesh/in (refere-se a uma peneira com malha de 200 mesh, ou seja, 
200 aberturas na malha por polegada linear) (DIAS, 2004, pg.80). 
No caso do Brasil, as tamises são definidas com mais frequência pela série 
Tyler, constituída por 14 peneiras, onde a maior malha é de 3mesh e maior é de 200 
mesh. 
 Assim, foi criada uma série de peneiras (Tabela 1) conhecida também como 
série Tyler 2, além de outra complementar chamada série Tyler 2 (Kelly e 
Spottiswwod, 1982). Para se construir a série Tyler 2, basta tomar como referência a 
peneira (peneira referência) com abertura de 0,074 mm (200 malhas) e multiplicar 
esse valor por 2. O produto obtido corresponde à abertura da peneira imediatamente 
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superior àquela da peneira referência, isto é, 0,104 mm (150 malhas) (SAMPAIO, 
SILVA, sd pg 62). 
 De modo análogo, para determinar o valor da abertura da peneira 
imediatamente inferior àquela da peneira referência, divide-se o valor 0,074 mm 
(abertura da peneira referência) por 2 e, assim, sucessivamente, fatores que 
influenciam a eficiência do peneiramento segundo Sampaio e Silva (sd pg.40) 
observa que: 
 
RELAÇÃO ENTRE O DIÂMETRO DA PARTÍCULA E A ABERTURA DA 
TELA – As partículas com diâmetros superiores a uma vez e meia a 
abertura da tela não influenciam no resultado do peneiramento, bem como 
aquelas inferiores à metade da abertura da tela. As partículas 
compreendidas entre esta faixa (NEARSIZE) é que constituem a classe 
crítica de peneiramento e influem fortemente na eficiência e na capacidade 
das peneiras; 
CONDIÇÕES OPERACIONAIS – dimensionamento da peneira, tipo de 
movimentação da peneira; inclinação, amplitude, frequência, aceleração, 
tipo de tela, forma de alimentação, peneiramento a seco ou via úmida, 
características mineralógicas do produto alimentado. 
 
Dessa maneira, pelo conjunto, uma peneira deve exercer três ações 
independentes e distintas sobre a população alimentada (Chaves, 2003): 
1. Transportar as partículas de uma extremidade a outra do deck. 
2. Estratificar o leito de modo que as partículas maiores fiquem por cima e 
as menores por baixo. 
3. O peneiramento propriamente dito. 
Além disso, para o comportamento individual de cada partícula, tem-se 
(Fuerstenau etal., 2003): 
1. O material retido no meio peneirante com diâmetro superior a 1,5 vezes a 
abertura chama-se “oversize”. 
2. O material passante no meio peneirante com diâmetro inferior a abertura 
chamasse undersize. 
3. O material muito próximo da abertura, com variação de 0,5 a 1,5 o 
tamanho da abertura, necessário para a passagem do minério chama-se 
nearsize. 
A porcentagem de material que passa em cada peneira no peneiramento 
grosso é dada por: 
 
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ONDE: 
 Mi = massa do material retido acumulado em cada peneira. 
Na peneira fina a porcentagem de material que passa em cada peneira é dada 
por: 
 
 
 
 
ONDE: 
 Mi = massa do material retido acumulado em cada peneira. 
 Mh = massa do material úmido submetido à sedimentação, em g. 
 N = porcentagem de material que passa na peneira 2,0mm. 
No caso do processo de sedimentação, observa-se uma situação em que há 
separação de fases em decorrência da influência da gravidade, no momento em que 
a concentração dos elementos observados na mistura é superior a 405 v/v. Observa-
se, portanto, que o processo de precipitação do material através do uso da 
sedimentação é bastante célere. E, ainda no que tange ao processo de 
sedimentação, existe a ocorrência em sistema líquido, mais sólido e gás mais sólido. 
Convém observar que a sedimentação pode ocorrer ainda em situações que o 
sistema é heterogêneo. 
 No processo de sedimentação, existe um momento de repouso e, 
posteriormente, o material passa a se depositar na parte inferior, através da ação da 
gravidade. 
Com o uso da sedimentação, observa-se a ocorrência da distribuição 
granulométrica em lugares em que não existe a possibilidade de identificação de 
malhas de peneiras que são capazes de definir a distribuição do tamanho do grão. O 
processo de sedimentação é fundamentado na Lei de Stokes e possibilita uma 
interrelação entre o diâmetro equivalente das partículas com a velocidade em que 
ocorre a sedimentação delas. 
A porcentagem de material em suspensão na sedimentação é dada por: 
 
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ONDE: 
 Qs = porcentagem do solo em suspensão no instante da leitura do 
densímetro. 
 N = porcentagem de material que passa na peneira 2,0mm. 
 = massa específica. 
 - = massa específica do meio dispersor, em g/cm³ (considerar como 
1,000g/cm³). 
 V = volume da suspensão, em cm³ (considerar como 1000cm³). 
 = massa específica da água, em g/cm³ (considerar como 1,000g/cm³). 
 L = leitura do densímetro na suspensão. 
 Ldisp = leitura do densímetro no meio dispersor, na mesma temperatura 
da suspensão (considerar como 1,00). 
 Mh = massa do material úmido submetido à sedimentação, em g. 
 h = umidade higroscópica do material passado na peneira 2,0mm, em %. 
 
O diâmetro das partículas de solo em suspensão é dado por: 
 
 √
 
 
 
 
 
 
ONDE: 
 d = diâmetro máximo das partículas, em mm. 
 = coeficiente de viscosidade do meio dispersor, à temperatura de 
ensaio, em g.s/cm² (considerar como 10, 29, 10). 
 a = altura de queda das partículas, correspondente à leitura do 
densímetro, em cm (consultar gráfico no anexo). 
 t = tempo de sedimentação, em s. 
 
 
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CAPÍTULO 3 - MECÂNICA DOS PAVIMENTOS 
 
3.1 PERMEABILIDADE 
 
Os problemas relacionados às inundações e enchentes não são novidade e 
afetam, historicamente, diversas regiões. Podem ocorrer pela ocupação indevida de 
várzeas ou pelos efeitos colaterais das grandes cidades, como a impermeabilização 
do solo (Silva et al, 2017 pg 4). 
Canholi (2005, p. 21) enfatiza que: “Historicamente, os engenheiros 
responsáveis pela drenagem urbana tentaram solucionar o problema da perda do 
armazenamento natural, provocando o aumento da velocidade dos escoamentos 
com obras de canalização”. No entanto, como o mesmo autor conclui, isso apenas 
transfere o problema à jusante, já que a redução do tempo de concentração 
aumenta o pico da vazão. 
O solo, naturalmente, age como retardador das precipitações, fazendo com que 
o volume gerado seja levado gradativamente até os rios ou componha parte dos 
lençóis freáticos. A impermeabilização de grande parte das cidades inviabiliza a sua 
capacidade de diminuir o pico de cheias por meio desse efeito retardador, sendo 
necessários outros sistemas e obras como os piscinões e as galerias que passam a 
atender a este propósito (Silva et al, 2017 pg 5). 
Quando o solo é mais granular, como é o caso dos solos arenosos, existe uma 
maior permeabilidade e possibilita a água, de maneira mais fácil, escoar com uma 
maior facilidade em virtude da porosidade. De maneira distinta, ocorre em solo 
argiloso, pois, em virtude da falta de espaço entre os grãos e a consequente baixa 
permeabilidade, a água não consegue escoar com facilidade. 
Em Mecânica dos Solos, a permeabilidade é a propriedade que representa 
uma maior ou menor dificuldade com que a percolação da água ocorre através dos 
poros do solo. Nos materiais granulares não coesivos, como as areias, por exemplo, 
há uma grande porosidade o que facilita o fluxo de água através do solo, enquanto 
que, nos materiais finos e coesivo, como as argilas, ocorre o inverso o que torna 
este tipo de material ideal para barragens por apresentar baixa permeabilidade 
(Silva et al, 2017 pg 5). 
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O coeficiente de permeabilidade do solo é representado pelo coeficiente K, que 
pode ser obtido em laboratório através de dois tipos de ensaios. Para materiais 
granulares de alta permeabilidade, é utilizado do ensaio de permeabilidade de carga 
constante e, para os materiais de baixa permeabilidade, é realizado o ensaio de 
carga variável. Sendo assim, torna-se importante que, em cada construção, reserve-
se no lote que está havendo a edificação de uma área permeável, com o objetivo 
único de melhorar o processo de absorção da água pelo solo. 
Existe também a pavimentação permeável, seja a cobograma (bloco de 
concreto vazado que permite que a água entre pelos vazios), as placas drenantes, 
que são sólidas com capacidade de absorção de chuva, e o asfalto drenante, que 
além de colaborar com a permeabilidade urbana reduz o risco de acidentes por 
aquaplanagem, pois evita a formação de poças de água na pista (DIAS, 204 pg.98). 
Exemplificando, temos as figuras 5, 6 e 7, com imagens do cobograma, das placas 
drenantes e uma imagem que demonstra o sistema do asfalto drenante, 
respectivamente abaixo. Vejamos: 
 
Figura 5 – Cobograma. 
 
Fonte: Leroy Merlin (2019?). 
 
 
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Figura 6 – Placas drenantes. 
 
Fonte: Catálogo de Arquitetura (2019?).Figura 7 – Sistema do asfalto permeável. 
 
Fonte: INOVACIVIL (2019). 
 
Uma forma de contenção das chuvas em locais afetados por inundações é a 
construção de cavas ou de campos esportivos rebaixados do nível da rua para 
funcionar como uma piscina de contenção emergencial. 
Os revestimentos permeáveis consistem na última camada a ser executada na 
estrutura permeável. No caso de estruturas de concreto, é composta por concreto 
permeável ou blocos de concreto. Essa camada deve resistir às cargas 
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estabelecidas pelos diversos usos, juntamente absorver (pequeno reservatório) e 
permitir a percolação da água, reduzindo o escoamento da superfície sem causar 
dano para as demais camadas da estrutura permeável. As espessuras do pavimento 
variam de 60 mm a 100 mm (dependendo a solicitação) e devem responder aos 
índices de permeabilidade estipulados em norma. 
Conforme o manual CRIA (1996, apud ACIOLI, 2005), as estruturas de 
infiltração possuem certas vantagens em relação aos demais sistemas: 
a. o pavimento faz com que o volume total precipitado que entraria na rede 
de drenagem seja consideravelmente reduzido, assim evitando os riscos 
de inundações nos sistemas a jusante; 
b. os sistemas de infiltração podem ser utilizados em áreas que não 
possuem rede de drenagem que absorva o escoamento, pois o sistema 
permite a água percole e se infiltre no solo; 
c. quando este sistema é utilizado, está sendo controlado o escoamento da 
superfície na fonte, assim reduzindo impactos hidrológicos da 
urbanização; 
d. como a maior parte do escoamento não é direcionado a rede de 
drenagem, não ocorre a sobrecarga da rede, assim evitando gastos com 
a sua ampliação; 
e. a água percola pelo pavimento e infiltra no solo, assim aumentando a 
recarga do aquífero, porém deve-se observar a qualidade da água 
ecoada para não comprometer a qualidade da água subterrânea; 
f. normalmente possui construção e sistema de infiltração simples e ligeiro; 
g. no geral, os custos em toda a vida útil podem ser inferiores que outros 
sistemas de drenagem e um retorno muito maior para a população ou o 
morador que adquire uma estrutura permeável. 
A água livre nos pavimentos de concreto asfáltico contribui para o fissuramento 
por retração, para a oxidação e perda de flexibilidade, que poderão levar ao 
trincamento e à deterioração geral dos revestimentos e bases estabilizadas. Quando 
as condições ambientais variam de estação para estação, a cada ano, pode-se 
esperar que os índices de produção de danos aos pavimentos sigam uma tendência 
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cíclica, com maiores danos e perdas de serventia ocorrendo mais durante os 
períodos úmidos que nos secos. 
Para assegurar a redução permanente da aquaplanagem em pavimentos 
porosos sobre bases de graduação aberta, a permeabilidade da camada de 
rolamento deverá ser mantida em um nível adequado. Se permitir que materiais 
estranhos, tais como areia ou silte arrastados pelos ventos, lama trazida pelas 
águas, acumulem-se e se penetrem no pavimento ou base de graduação aberta, as 
permeabilidades poderão ser muito reduzidas. 
A engenharia de infraestrutura de transportes pouco pode fazer sobre as 
características dos usuários ou sobre as condições climáticas. Já com relação às 
características da via, muito se pode fazer para a construção de rodovias que 
permitam a circulação mais segura de veículos, principalmente, nos dias de chuva, 
por exemplo, adotando-se revestimentos que permitam maior aderência aos pneus. 
As soluções para eliminar ou minimizar a película de água na superfície dos 
pavimentos podem ser, por exemplo, a imposição de declividades horizontal e 
longitudinal, no projeto geométrico. A resultante dessas declividades permite o 
escoamento da água, com velocidade e vazão adequadas, para um sistema de 
coleta de descarga. Contudo, nem sempre é possível impor essa declividade na 
medida desejada, seja por dificuldades de adequação de greide, por interferências 
de outras estruturas presentes na estrada ou por quaisquer outros motivos. 
As normas americanas dizem que, quando o solo é propício, em 72 horas, a 
água armazenada é absorvida e lançada no aquífero. Se o subsolo é compacto e 
impermeável (argiloso, por exemplo), no entanto, a água que fica na base e na sub-
base não consegue ir rapidamente para o lençol freático e fica acumulada no 
reservatório granular. Nesse caso, as camadas de pedra da estrutura podem encher 
e transbordar pela superfície, voltando para cima do concreto poroso (DIAS, 2004 
pg. 85). 
Dessa maneira, convém observar que realizar o cálculo da espessura do 
projeto a partir de algumas perspectivas se faz necessário, quais sejam: resistência 
do concreto e o volume de água a partir da quantidade de chuva (observar o cálculo 
hidrológico). No caso do município do São Paulo, a microdrenagem está baseada 
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em períodos de uma década (dez anos). E, como consequência, a construção fica 
dentro da margem e segurança desejada. 
 
3.2 MISTURAS SOLO-AGREGADOS 
 
As misturas de solos finos com agregados, por sua vez, são empregadas em 
geral em substituição a camadas de britas graduadas, com vantagens econômicas 
(BALBO, 2007). A classificação do solo pelo método MCT; as misturas solo-
agregado devem contemplar solos preferencialmente LA’ (Solo laterítico arenoso), 
porém também apresentando resultados satisfatórios para solos LG’ (Solo laterítico 
argiloso) e LA (Areia laterítica). 
Villibor e Nogami (1984) propuseram o primeiro critério para escolha de mistura 
descontínua de solo laterítico brita para bases de pavimentos, inédito por utilizar a 
sistemática MCT, abandonando o critério tradicional de estudo para bases 
estabilizadas granulometricamente. Citam algumas peculiaridades das bases de 
Solo Laterítico Agregado Descontínuo SLAD, são elas: 
 O material pode ser compactado com equipamentos pesados, produzindo 
base com alta densidade e sem danificar seus grãos maiores, pois os 
agregados acham-se disseminados, na massa do solo laterítico. 
 A misturação de solo laterítico e agregado é fácil e simples podendo ser 
executada com grade de disco, pá carregadeira ou outros equipamentos. 
 No processo de misturação não há necessidade de a mistura estar 
totalmente homogênea, pelo fato da desuniformidade do material não 
alterar a qualidade da base, que já é descontínua. 
 Quando a mistura é com solo LA’ e LG’, apresenta baixíssima 
permeabilidade, o que é extremamente vantajoso. 
Os materiais mais usados na pavimentação são: brita graduada simples, brita 
ou bica corrida; macadame hidráulico; macadame seco; misturas estabilizadas 
granulometricamente; mistura solo-agregado; solo natural e solo melhorado com 
cimento ou cal. Existem ainda outros materiais que vêm sendo usados 
frequentemente na pavimentação em decorrência da reciclagem e

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