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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA ALINE NASCIMENTO DE SOUZA N°9270353 AMANDA GONÇALVES TAVARES Nº 9423165 ANDRÉ LUIZ LUCATTO DOS SANTOS N°8601130 MARCUS VINÍCIUS RONDELLI CARDOSO DE LIMA N°9037095 PAOLA CONTI PEDREIRA Nº8077223 FUNDAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO Projeto para o Laboratório de Manufatura Aditiva da UNIFATEA Lorena - SP 2020 RESUMO No atual cenário comercial, caracterizado por ser competitivo e amplamente tecnológico, possuir ferramentas que possam otimizar processos e atividades da empresa pode ser uma vantagem muito grande para garantir sua existência e permanência no ramo de sua atividade. O presente relatório tem como objetivo apresentar ferramentas de administração e produção que auxiliem na otimização de um laboratório de manufatura aditiva, visando uma maior eficiência de seu processo de produção. A partir dos resultados de nossas análises pudemos definir quais seriam as estratégias para a implantação das melhorias do projeto. Com a aplicação das ferramentas mencionadas neste trabalho, esperara-se que seja possível gerar impactos positivos para o laboratório, gerar melhorias em seus processos de produção e ainda permitir a fabricação de novos produtos. Palavras-chave: Ferramentas; Administração; Produção; Otimização; Organização. Sumário 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 2. OBJETIVOS ................................................................................................ 5 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................ 6 3.1 Manufatura Aditiva .............................................................................. 6 3.2 Ciclo de Vida do Produto .................................................................... 6 3.3 Estratégias de Produção ..................................................................... 8 3.4 Tipos de Processos ............................................................................. 0 3.5 Tipos de processos em manufatura .................................................. 1 4. METODOLOGIA ......................................................................................... 2 4.1 Análise do Ciclo de Vida do Produto ................................................. 2 4.2 Análise do Processo: Sequência de Processo AM ........................... 5 4.3 Mapa Otimizado do Arranjo Físico ..................................................... 7 5. CONCLUSÃO ............................................................................................. 8 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 9 1. INTRODUÇÃO O uso das tecnologias da manufatura aditiva (MA) se encontra em alta nos diversos campos do mercado industrial. Proveniente de um processo de impressão de objetos visivelmente palpáveis, a manufatura aditiva é utilizada em diversas áreas, atualmente tem destaque nos setores automotivos e aeroespacial, e também nos projetos de implantes odontológicos (MARQUES, 2014). O princípio dessa tecnologia é a prototipagem, por meio da modelagem de objetos a partir de desenhos gerados em CAD ou de dados digitalizados por varrimento (engenharia reversa). Assim, as impressoras 3D podem gerar o protótipo sem a necessidade de moldes, até mesmo para a fixação, pois, a própria tecnologia cria o suporte do objeto (RAULINO, 2011). Na engenharia, a sua funcionalidade é ideal para a produção de protótipos, para projetos em fase de testes ou até mesmo utilizá-los como produto final. 2. OBJETIVOS O projeto em questão tem como objetivo desenvolver no aluno a capacidade de compreender e de aplicar, na prática, os conceitos de administração da produção a um projeto social de extensão. Os alunos deverão realizar um projeto de implantação/melhoria, de um processo, de uma atividade específica, de um laboratório. É importante ressaltar que as ferramentas utilizadas foram amplamente estudas e verificadas em termos de eficiência em artigos encontrados na literatura. 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 Manufatura Aditiva Manufatura aditiva é o conceito utilizado para descrever o processo de fabricação através do qual operam diversas ferramentas como o que ficou conhecido como “impressora 3D”. Trata-se de um processo de fabricação mecânico no qual diversas camadas de material são progressivamente adicionadas, sobrepostas uma à outra, com o intuito de fabricar um objeto, geralmente tendo como base um modelo digital. Essa tecnologia permite fabricar objetos de conformação complexa a partir de um desenho elaborado no computador. A fabricação de uma peça de acordo com o conceito de manufatura aditiva é semelhante a uma impressão comum. Só que nesse caso no lugar da tinta da impressora é utilizado uma espécie de pó, gel ou algum filamento de plástico ou metal. Durante o processo de fabricação o material escolhido é adicionado em camadas de forma a evitar desperdícios assegurando que a matéria prima seja aproveitada ao máximo. Na manufatura aditiva os projetos são desenvolvidos a partir de softwares de modelagem 3D tais como AutoCAD, Sketchup, SolidWorks, 3 ds Max, Meshmixer e TinkerCAD entre outros. Benefícios em adotar a manufatura aditiva – Eliminação de resíduos – Facilidade de fabricar objetos com geometrias complexas – Aumento significativo da qualidade – Possibilidade de corrigir defeitos antes da finalização do produto – Aumento da produtividade 3.2 Ciclo de Vida do Produto O ciclo de vida de um produto pode ser entendido como a história completa do produto através de suas fases de vendas: introdução, crescimento, maturidade e declínio. É o conceito de obsolescência planejada, ou seja, os produtos já nascem com data prevista para serem retirados do mercado. 1. Desenvolvimento Momento no qual a empresa cria e desenvolve um novo produto ou serviço. Nesta etapa, as vendas são inexistentes e os custos de investimento são muito elevados. É uma fase de incertezas sobre o mercado. É fundamental testar muito as funcionalidades do produto/serviço e validar a ideia. Neste momento, o produto ainda não está no mercado. 2. Introdução Etapa em que o produto é lançado no mercado. Geralmente, é um período lento de crescimento das vendas e, consequentemente, de pouco retorno financeiro. O público alvo ainda não sabe da existência do produto. Quase não há margem para a empresa, devido aos altos custos para introduzir o produto. É comum que nesta fase haja prejuízo financeiro. A produção ainda é pequena e requer investimentos em marketing, publicidade, embalagem e distribuição. 3. Crescimento Período de rápida aceitação no mercado e de lucros crescentes a medida que mais pessoas adotam o produto. O público alvo descobre a existência do produto. Em compensação, o número de concorrentes tende a aumentar, devido ao sucesso das vendas. Por isso, é importante continuar investindo para garantir uma liderança de mercado. 4. Maturidade Período em ainda há volume de vendas expressivo, porém, começa a ter taxas de crescimento das vendas menores, pois o produto já teve aceitação de grande parte dos potenciais compradores. Os lucros se tornam mais estáveis e os gastos com Marketing, para defender o produto da concorrência, se torna cada vez mais elevado. É importante que a empresa não se acomode com o cenário de vendas e comece a tomar atitudes preventivas contra a fase de declínio. 5. Declínio Fase na qual as vendas e lucros começam a cair e o produto começa a se tornar ultrapassado ou novas tecnologias vão surgindo e o mesmo começa a entrar emdesuso. Quando o produto chega nessa fase, é fundamental que a empresa redesenhe o seu planejamento, para que novas alterações no produto sejam feitas para que este seja relançado no mercado, de maneira atualizada e comece outro ciclo. O tempo de cada etapa do ciclo é bem variado. Depende muito do tipo do produto, do mercado no qual está inserido, o seu grau de inovação, da aceitação do público alvo, dentre outros fatores. Logo, o ciclo não é o mesmo para todos, alguns produtos não passam por todas as etapas. É possível que o produto não passe das primeiras fases, caso ocorra erros de planejamento, estratégia e posicionamento de mercado. Já outros, podem ter aceitação tão grande de mercado, que podem demorar mais no tempo de maturidade e postergar a fase de declínio. Ao conhecer e entender o ciclo de vida do produto, a empresa é capaz de otimizar suas ações, para garantir melhores resultados de vendas ao longo do tempo e, consequentemente, se manter mais competitiva. Quanto mais tempo o produto passa nas fases de crescimento e maturidade, maior o retorno sobre os investimentos no desenvolvimento, introdução e custo com publicidade para mantê-lo no mercado. 3.3 Estratégias de Produção A Estratégia de Produção é uma estratégia funcional e, portanto, deve promover sustentação à estratégia competitiva. Dado o fato de que os elementos que compõem o sistema produtivo devem ser concebidos para atingir determinadas tarefas, estratégias competitivas diferentes exigirão configurações distintas do projeto do sistema de produção. Neste sentido, cada tipo de estratégia demanda certas tarefas da manufatura, as quais são conhecidas por “prioridades competitivas” e foram inicialmente identificadas por SKINNER (1969) como sendo produtividade, serviço, qualidade e retorno sobre investimento. Em trabalhos subseqüentes, outros autores apresentaram diferentes combinações de prioridades como, por exemplo, HAYES e WHEELWRIGHT (1984) que definiram as prioridades como sendo custo, qualidade, confiabilidade e flexibilidade. Embora existam várias classificações das prioridades competitivas, um modelo de ampla aceitação (e que será aqui adotado) é o de GARVIN (1993), que apresenta as prioridades como sendo custo, qualidade, entrega, flexibilidade e serviço, além de desdobrá-las em várias sub-prioridades, conforme mostra a tabela a seguir: Priori dades Subprioridades C u s to • Custo inicial - o preço ou o custo de se adquirir um produto; • Custo operacional - o custo de operar ou usar um produto ao longo de sua vida útil; • Custo de manutenção - o custo de manutenção de um produto ao longo de sua vida útil. Inclui pequenos reparos e reposição de peças. Q u a li d a d e • Desempenho - as características primárias de operação de um produto ou serviço; • Características - as características secundárias de um produto ou serviço; • Confiabilidade - a probabilidade de um produto ou serviço falhar durante um específico período de tempo; • Conformidade - o grau em que um produto ou serviço reúne os padrões preestabelecidos; • Durabilidade - o número de vezes que um produto pode ser usado antes de deteriorar-se fisicamente ou não ser viável economicamente repará-lo; • Nível de serviço - depende da velocidade, da cortesia e da competência dos reparos; • Estética - a aparência, o sentimento, o gosto, o cheiro e o som de um produto ou serviço; • Qualidade percebida - o impacto da marca, a imagem da empresa e a propaganda. E n tr e g a • Precisão - se os itens corretos foram entregues nas quantidades certas; • Completude - se os carregamentos (entregas) foram completos na primeira vez, ou se houve necessidade de emitir novos pedidos para determinados itens; • Confiabilidade - se os produtos foram entregues na data estipulada; • Disponibilidade - a probabilidade de ter em estoque certo item no momento da emissão do pedido; • Velocidade - o tempo decorrido entre a emissão do pedido e a entrega do produto ao consumidor; • Disponibilidade de informação - o grau em que as informações a respeito do transporte estão disponíveis em tempo real; • Facilidade de emissão de pedidos - a maneira como a empresa recebe os pedidos (eletronicamente ou não) e informa os itens que estão em estoque; • Qualidade - a condição do produto após o transporte; • Flexibilidade de emissão de pedidos - se há limites estabelecendo o número mínimo de itens por pedido e selecionando os itens de um pedido isolado; • Flexibilidade de transporte - a habilidade de modificar o roteiro de entrega para atender a circunstâncias especiais; • Facilidade de retorno - a disposição de absorver os custos de retorno de um produto e a velocidade com que os retornos são processados. F le x ib il id a d e • Flexibilidade de produto o Novos produtos - a velocidade com que os produtos são criados, projetados, manufaturados e introduzidos; o Customização - habilidade de projetar um produto para atender as especificações de um cliente particular; o Modificação - a habilidade de modificar os produtos existentes para atender a necessidades especiais; • Flexibilidade de volume o Previsões incertas - a habilidade de responder a súbitas mudanças no volume de um produto requerido pelo mercado; o Aumento de escala de novos processos - a velocidade com que novos processos de manufatura podem variar a produção de pequenos volumes a grandes escalas; • Flexibilidade de processo o Flexibilidade de mix - a habilidade de produzir uma variedade de produtos, em um curto espaço de tempo, sem modificar as instalações existentes; o Flexibilidade de substituição - a habilidade de ajustar as mudanças no mix de produtos a longo prazo; o Flexibilidade de roteiro - o grau em que a seqüência de fabricação ou de montagem pode ser modificada se uma máquina ou um equipamento estiver com problemas; o Flexibilidade de materiais - a habilidade de acomodar variações e substituições das matérias-primas; o Flexibilidade nos seqüenciamentos - a habilidade de modificar a ordem de alimentação dos pedidos no processo produtivo, em razão de incertezas no fornecimento de componentes e materiais. S e rv iç o • Apoio ao cliente - a habilidade de atender o cliente rapidamente pela substituição de peças defeituosas ou de reabastecimento de estoques para evitar paradas para manutenção ou perdas de vendas; • Apoio às vendas - a habilidade de melhorar as vendas por meio de informações em tempo real sobre a tecnologia, o equipamento, o produto ou o sistema que a empresa está vendendo; • Resolução de problemas - a habilidade em assistir grupos internos e clientes na solução de problemas, especialmente em áreas como desenvolvimento de novos produtos, projetos considerando a manufaturabilidade e a melhoria da qualidade; • Informação - a habilidade de fornecimento de dados críticos a respeito de desempenho de produto, parâmetros de processo e custos para grupos internos, tais como P&D, e para clientes que então utilizam os dados para melhorar suas próprias operações ou produtos. 3.4 Tipos de Processos Com o avanço dos métodos de gestão empresarial e a facilidade de obter-se informação, as empresas estão buscando especializações que possam reduzir ao máximo o tempo ocioso, aumentar a qualidade e atingir um alto padrão de eficiência e eficácia em suas atividades produtivas. Para isso é necessário que as organizações busquem um modelo de processo adequado e compatível com sua visão estratégica. Segundo Harrington (1993, p. 10): “Processo é qualquer atividade que recebe uma entrada (input), agrega-lhe valor e gera uma saída (output) para um cliente interno ou externo, fazendo uso dos recursos da organização para gerar resultados concretos”. Por sua vez, Hammer e Champy (1994 apud GONÇALVES, 2000, p. 2), afirmam que “um processo é um grupo de atividades realizadasnuma sequência lógica com o objetivo de produzir um bem ou um serviço que tem valor para um grupo específico de clientes”. Da mesma forma Charlene e Murray (1994) partem da premissa que todo processo é uma série de etapas que transformam o resultado ou o produto à medida que este percorre a sequência de tarefas ou funções. Deste modo, depreende-se que não há como desenvolver um produto ou serviço sem os mesmos passem por algum tipo de processo em sua fabricação. Isto está de acordo com Graham e Lebaron (1994 apud GONÇALVES, 2000) quando afirmam que todo trabalho importante realizado em quaisquer empresas fazem parte de algum processo. A seguir serão descritos os tipos de processos, visto que são determinantes para a proposta de estudo realizada. Existem distinções entre as variadas operações desempenhadas pelas empresas, isso faz com que cada uma busque a melhor decisão para implementar sua estratégia de produção. Para Gaither e Frazier (2002, p. 104), “existem fatores importantes que afetam as decisões na escolha dos processos, tais como, natureza da demanda por produtos; [...] flexibilidade de produto; flexibilidade de volume e; grau de automação”. Para o referido autor, é necessário usar termos que diferenciem cada tipo de processo de produção e determinem a posição da operação em relação a esses fatores. Neste sentido, Slack e Stuart (2007) utilizam nomenclaturas específicas para diferenciar os tipos de processos nos setores de manufatura e serviços. Assim, na manufatura é possível elencar cinco processos, os quais são listados a seguir: -Processos de projetos; -Processos de jobbing; -Processos em lotes ou bateladas; -Processos de produção em massa; -Processos contínuos. Já quanto a serviços, os referidos autores distinguem da seguinte forma: -Serviços profissionais; -Lojas de serviços; -Serviços em massa. Porém é importante salientar que em grande parte das empresas é produzido um composto de bens ou serviços, ou seja, é ofertado ao cliente uma combinação dos dois processos. Como afirma Ramaswamy (1996 apud SANTOS, 2000, p. 9), “o cliente não faz distinção entre aspectos relacionados a bens ou serviços de uma empresa, mas o ‘pacote’ é que determinará sua satisfação”. 3.5 Tipos de processos em manufatura Cada tipo de processo em manufatura faz com que a empresa siga uma linha de ação diferente para organizar as atividades das operações. Como já mencionado, existem cinco tipos de processos de manufatura, descritos e explicados a seguir: - Processos de projeto: é característico dos processos de projetos o baixo volume e um grau elevado de customização. Para Ritzman e Krajewski (2007) o processo de projeto é uma sequência de operações e o processo envolvido em cada uma delas é únicos, feitos especificamente para atender aos pedidos dos clientes, tornando cada projeto único, embora alguns possam parecer similares. - Processos de jobbing: da mesma forma dos processos por projetos, apresentam variedade alta e volume baixo, porém no primeiro os recursos transformadores são dedicados exclusivamente para um determinado produto, enquanto que no segundo os recursos são compartilhados entre todas as unidades. “Os processos de Jobbing produzem mais itens e, usualmente, menores do que os processos de projeto, o grau de repetição é baixo” (SLACK e STUART, 2007, p. 130). - Processos em lotes ou bateladas: frequentemente confundido com Jobbing, porém os processos em lote não têm o mesmo grau de variedade. “A diferença fundamental é que os volumes são maiores porque produtos ou serviços iguais ou similares são fornecidos repetidamente” (RITZMAN e KRAJEWSKI, 2007, p. 33). De acordo com Moreira (2000), na produção em lotes, é necessário o uso de equipamentos diferenciados, e a sua própria adaptabilidade exige uma mão de obra especializada, devido às constantes mudanças de calibragens, ferramentas e acessórios. - Processos de produção em massa: são aqueles que fabricam um alto volume de produtos, porém com pequena variedade. “Esses processos tendem a ser altamente automatizados e a produzir produtos com elevado grau de padronização, sendo qualquer diferenciação pouca, ou nada permitida” (MOREIRA, 2000, P. 11). - Processos contínuos: são muitas vezes associados a tecnologias relativamente inflexíveis, de capital intensivo com fluxo altamente previsível. Conforme Ritzman e Krajewski (2007, p. 33) “são o extremo da produção em grande volume e padronizada com fluxos de produção em massa, sendo que a operação ocorre vinte e quatro horas por dia, para maximizar a utilização e evitar interrupções onerosas”. 4. METODOLOGIA No processo de desenvolvimento do produto foi analisado o ciclo de vida destes, o processo de criação e estruturação e o mapeamento do arranjo físico do laboratório em questão. 4.1 Análise do Ciclo de Vida do Produto Na construção do ciclo de vida do produto, foi estimado as oportunidades de criação do produto e a análise do cenário de venda. A legenda utilizada para classificar o ciclo de vida. São três classificações, sendo o cenário “Bom” ou a Cor Verde como um ótimo cenário de do ciclo de vida, e o “Ruim” ou a Cor Vermelho como um cenário pessimista para o ciclo de vida do produto. Produto 1: Adaptador de Lápis ou Caneta Produto 2: Peças para Próteses Produto 3: Adaptador/Salto de Sapato Produto 4: Suporte de Celular Produto 5: Jogos (Peças para jogos) 4.2 Análise do Processo: Sequência de Processo AM Desde a concepção do projeto de uma peça até a sua aplicação, pode-se enumerar seis etapas que farão parte da fabricação por AM, independentemente do tipo de tecnologia de AM utilizado: 1. Formação do modelo 3D A formação do modelo 3D pode ser realizada de diversas formas, seja por aquisição de imagens via scanner 3D, equipamentos médicos geradores de imagens tridimensionais ou através dos softwares de CAD (Computer Aided Design). Nessa etapa o tempo de modelagem irá variar de acordo com a complexidade da peça e habilidade do usuário com o software CAD em questão. Para os casos onde a formação da imagem 3D é através de equipamentos de aquisição de imagens, o tempo será em função do próprio equipamento e complexidade da imagem 3D a ser gerada. 2. Geração do Arquivo STL Feito o modelo 3D, a próxima etapa é a conversão para o formato STL (Standard Triangle Language). O formato de arquivo STL tem como função descrever as superfícies do modelo CAD na forma de triângulos planos e com isso fica possível a posterior divisão em camadas do modelo. As representações podem ser tanto no formato binário ou no formato ASCII, sendo o formato binário o mais comum por ser mais compacto. Cada triângulo gerado tem que ter pelo menos dois de seus vértices comuns com ao triângulo adjacente, ou seja, um vértice não pode encontrar na lateral do triângulo adjacente. Além disso, cada vértice de um triângulo é numerado, e a ordem deles é o que define a parte interior e exterior do modelo. Quanto mais triângulos são usados para descrever um objeto, mais próximas da realidade estarão as suas dimensões 3. Transferência do arquivo STL para um software de construção Feita a geração do arquivo STL, a próxima etapa é importar este arquivo através de um software específico que irá fazer a divisão de camadas no modelo, a geração de suportes (quando necessário) e o ajuste de parâmetros de impressão da máquina. Dependendo do fabricante, cada máquina irá possuir seu próprio software de fatiamento do modelo STL, geração dos suportes e ajuste dos parâmetros de impressão. Outras funções como a edição de um arquivo STL e correção de defeitos presentes no arquivo STL quando o mesmo apresenta triângulos invertidos, arestas mal feitas efuros por falta de triângulo podem ser corrigidos por alguns softwares. Em resumo, essa parte do processo visa verificar problemas existentes no modelo STL através de um software adequado e, através do software de construção da máquina, realizar a escolha dos parâmetros específicos de impressão de acordo com o tipo de processo de manufatura aditiva a ser feito. Por fim, é feita a geração de um arquivo no formato adequado a ser lido pela máquina, que pode ser enviado via rede, cabos ou cartões SD. 4. Construção das peças A construção da peça é a parte onde a máquina irá ler o arquivo de construção gerado por um software adequado e com isso irá iniciar a fabricação da(s) peça(s) e dos suportes quando tiverem que ser usados. No processo de manufatura aditiva, o processo de fabricação de uma peça pode ser realizado de diversas formas e com a possibilidade do uso de diferentes tipos de materiais. No geral, a característica primordial da manufatura aditiva é ser uma fabricação não subtrativa e sim por meio da adição de camada, sendo cada camada disposta e formada de acordo com a natureza do material e o tipo de tecnologia utilizado. 5. Pós Processo O pós-processo é uma das partes mais importantes durante a produção de uma peça por manufatura aditiva. É nesse momento em que se transforma a peça recém produzida por uma máquina de impressão 3D de um produto final. Pode-se dizer que o pós-processo sempre incluirá a remoção da peça da plataforma de impressão independentemente do tipo de tecnologia de impressão. No entanto, a necessidade de remoção dos suportes da peça, melhoria da qualidade de sua superfície, remoção de pó da plataforma, cura posterior e infiltração de outros tipos de materiais são exemplos de pós processo que irão variar de acordo com o tipo de tecnologia de manufatura aditiva, material utilizado e a funcionalidade final requerida. 6. Análise das peças Os métodos para a análise da peça são o dos mais variados: ensaios de tração e flexão são comumente usados para análise das propriedades mecânicas; scanner 3D, máquina de medição de coordenadas, relógios comparadores, paquímetros, micrômetros são exemplos de ferramentas de medição utilizadas para avaliar desvios dimensionais e geométricos; rugosímetros para análise de rugosidade em peças; e ensaios in vitro, in vivo e clínicos são importantes para a aplicação de partes feitas por AM destinada a humanos e animais. A importância desses testes é garantir as propriedades necessárias do produto final, a re-aplicação de pós processos para que a peça atinja a qualidade necessária e possíveis estudos para a aplicação da Engenharia Reversa (Reverse Engineering - RE), que é a obtenção dos resultados da avaliação e posterior aplicação de melhorias no processo de AM para obtenção de qualidade na peça final. 4.3 Mapa Otimizado do Arranjo Físico O arranjo físico, ou layout de produção, é uma representação gráfica do chão de fábrica. É utilizado como uma técnica para definir a distribuição e disposição física dos componentes da área de produção, sejam equipamentos, ferramentas, materiais ou até postos de trabalho. O objetivo é organizar o espaço físico do chão de fábrica de forma a obter maior eficiência na produção. Para esse arranjo ser implementado com sucesso, devemos estudar o fluxo de trabalho do processo, para que haja uma ordem lógica e funcional no layout entre os postos de trabalhos. Além disso, maquinário e equipamentos devem ser próximos dos postos onde serão utilizados, para que seja diminuído os “tempos mortos” ou seja, a quantidade de tempo em que não se produz, longos trajetos entre operador e material é um exemplo que leva a maiores tempos improdutivos. Porém deve-se lembrar que essa diminuição de espaço deve sempre seguir as regras de segurança. O layout otimizado sempre busca diminuir complicações e “tempos mortos”, facilitar a movimentação de operadores e produtos, além de diminuir os ricos de acidentes. No mapa otimizado desse trabalho, procuramos manter um fluxo lógico e fácil da produção, mantendo a matéria prima próxima dos postos de trabalho e sem que haja cruzamento entre produtos que chegam e saem do nosso laboratório. Além disso, mantivemos a sala de projetos junto com a produção, para que haja um fácil contato entre essas áreas sempre que for necessário 5. CONCLUSÃO Concluímos que o presente trabalho introduziu os conceitos e as ferramentas para organização de processos produtivos. Capacitando os alunos a ter uma noção básica e sendo ponto de partida para que o docente possa se aprofundar nos temas de administração de negócios. A partir dos conhecimentos de diferentes processos de manufatura, ciclo de vida dos produtos, e conhecimento sobre o funcionamento de impressoras 3D o aluno teve a base para analisar um laboratório que utilizaria estes equipamentos a fim de iniciar uma produção. Por fim, após a análise, foi estudado a dinâmica física do processo e como ele se comportaria no dia a dia, através do posicionamento físico de cada componente dentro do laboratório, buscando maior eficiência e segurança aos operadores e produtos. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CANCIGLIERI, O. J. et al. Método de decisão dos processos de prototipagem rápida na concepção de novos produtos. Gest. Prod., São Carlos, v. 22, n. 2, p. 345-355, 2015. LEONEL, R. A impressão 3D na indústria e engenharia: Nova forma de produzir protótipos reduz tempo e custo de manufatura. CIMM. 2011. . MARQUES, K. Manufatura aditiva: o futuro do mercado industrial de fabricação e inovação. EESC- Escola de Engenharia de São Carlos, USP-Universidade de São Paulo, 2014. SILVA, F. P. DUARTE, L. C. ROLDO, L. K. J. W. A digitalização tridimensional móvel e sua aplicação no design de produto. Design & tecnologia [recurso eletrônico]. Porto Alegre, RS. Vol. 1, n. 1, 2010, p. 60-65. VOLPATO, N. Ed. Prototipagem Rápida: tecnologias e aplicações. Edgard Blucher, 1 st. Ed. 2007. SISPRO. O que é layout de produção? Disponível em: https://www.sispro.com.br/blog/o-que-e-layout-de-producao/. Acesso em: 9 jul. 2020.
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