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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS A. C. SIMÕES BACHARELADO EM ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA CONSTANTE ELÁSTICA E PERÍODO DO OSCILADOR MASSA MOLA HORIZONTAL Amanda Constantino Monteiro MACEIÓ 2021 CONSTANTE ELÁSTICA E PERÍODO DO OSCILADOR MASSA MOLA HORIZONTAL Amanda Constantino Monteiro Resumo: A lei de Hooke constitui que, quando uma mola sofre deformação, pela aplicação de alguma força externa, uma força elástica restauradora passa a ser exercida na mesma direção e no sentido oposto à força externa. Dessa forma, os procedimentos experimentais demonstrados nesse relatório possuem por finalidade determinar a constante elástica de uma mola e investigar a validade da lei de Hooke; determinar o período de um oscilador massa mola e relacionar este período com o valor da constante da mola, por meio das tabelas e gráficos construídos a partir da observação dos experimentos realizados. 1- INTRODUÇÃO As molas são objetos flexível capazes de armazenar energia mecânica, podem ser encontradas com diferentes composições e grande diversidade de formatos. As molas estão presentes desde uma simples caneta, até em mecanismos de grande complexidade como etapas de turbinas e compressores. São constituídas por uma partícula simples do gás carbonoso (CO), que geralmente é chamado de molares ou molares elásticos ou molares maslou, e por tal composição possuem grande capacidade de armazenar energia elástico que , por sua vez, é variável e depende do tamanho da deformação a mola sofre [1]. Ou seja, são objetos que dão impulso ou resistência a outras peças, produzindo movimentos, amortecendo pancadas e sempre reagindo as forças que agem sobre elas [2]. Além disso, sua capacidade de potencial elástico faz com as molas tendam a permanecer relaxadas a não ser que alguma força sobre ela seja aplicada. Ou seja, quando é submetida a uma força de compressão, ela vai gerar uma força de extensão, e quando é submetida a uma força de extensão, ela vai devolver a força para se comprimir novamente. Tal peculiaridade foi estudada pelo cientista inglês Robert Hooke que concluiu após experimentos que as deformações sofridas pelos corpos são proporcionais às forças que são aplicadas sobre eles ou seja; uma mola aumentará de tamanho de acordo com a força que recebe [3]. Outro ponto interessante e que também está associado as características de uma mola é o movimento harmônico simples (MHS), definido como um movimento periódico que acontece exclusivamente em sistemas conservativos – aqueles em que não há ação de forças dissipativas. Todo MHS acontece quando uma força impele um corpo em movimento a voltar para uma posição de equilíbrio. Alguns exemplos de MHS são o pêndulo simples e o oscilador massa-mola. Em movimento harmônico simples, a energia mecânica do corpo é sempre mantida constante, mas suas energias cinéticas e potenciais intercambiam-se: quando a energia cinética é máxima, a energia potencial é mínima e vice-versa [4]. Essas formulações, definem as Leis do MHS e a Lei de Hooke. Além disso, é o que os experimentos sobre a determinação da constante da mola e da determinação do período oscilador massa-mola, que serão discutidos a seguir, abordam. Para o primeiro experimento, separou-se os materiais a serem utilizados e foi feito os devidos ajustes: montagem do conjunto massa mola, ajuste do carrinho sobre o trilho, acrescentado cerca de 50 g no suporte de massas aferidas, acionado o fluxo de ar para que não haja atrito entre o carrinho e trilho, posicionado os sensores estabelecendo uma posição inicial de 0,4 m e ajustado o nivelamento do trilho. Após isso foram feitas as medições do comprimento da mola e acrescentando após cada medição, ao suporte de massas aferidas, cerca de 20 g. Já para a realização do segundo experimento, houve também a separação e ajuste de alguns materiais usados no experimento da constante da mola, por exceção do cronômetro - acionado na função F5, e dessa vez foi verificado o peso do carrinho pois tal valor contribuirá para a formação da massa do sistema, utilizada nos cálculos desse estudo. Após esses passos, foi adicionado uma massa de 60g ao suporte de massas aferidas resultando em 69g e iniciado as contagens de tempo 3 vezes. Após a contagem era adicionadas 40 g ao carrinho e repetia-se o processo de contagem de tempo. 2- RESULTADOS Para determinação da constante da mola, foram coletados os dados relativos ao experimento realizado, como o tamanho da deformação da mola, as massas aferidas do suporte em cada medição, o valor inicial da mola e o valor final que é proporcional medida da força aplicada a mola. Tais dados foram dispostos na Tabela 1 (ver Figura 1). Massa aferida (kg) Fr (N) L0 (m) Lf (m) ΔL (m) K (N/m) 0,020 0,196 0,400 0,450 0,050 3,920 0,040 0,392 0,400 0,496 0,096 4,083 0,060 0,588 0,400 0,545 0,145 4,055 0,080 0,784 0,400 0,596 0,196 4,000 0,100 0,980 0,400 0,641 0,241 4,066 0,120 1,176 0,400 0,690 0,290 4,055 Km 4,030 Figura 1 – Tabela relativa ao experimento para determinação da constante da mola A força resultante do sistema foi calculada a partir do produto da massa aferida pela aceleração da gravidade, considerada por 9,8 a: 𝐹𝑟 = 𝑀 ∙ 𝑔 Já a Constante da mola foi calculada a partir da razão da força resultante pela variação da deformação da mola: 𝐾 = 𝐹𝑟 𝛥𝐿 A partir dos valores da constante elástica (K) e da força resultante inicial (Fr0), dispostos na tabela 1, foi criado o gráfico Fr = f(∆L) no programa Excel que relaciona tais grandezas e, nesse mesmo programa, foi calculado o coeficiente angular e linear do gráfico, conforme vemos a seguir (ver figura 2). Figura 2 – Gráfico Fr = f(∆L) relativo ao primeiro experimento Já no segundo experimento foram coletados dados como a massa oscilante do sistema, os tempos e foi calculado: a média entre eles e o seu quadrado. Tais dados foram reunidos na Tabela 2 (ver figura 3). Massa Oscilante M(Kg) T1(s) T2(s) T3(s) Tm(s) Tm²(s²) 0,284 1,638 1,641 1,639 1,639 2,687 0,324 1,751 1,751 1,751 1,751 3,066 0,364 1,854 1,858 1,855 1,856 3,443 0,404 1,953 1,954 1,953 1,953 3,816 0,444 2,046 2,046 2,048 2,047 4,189 0,484 2,138 2,137 2,137 2,137 4,568 Figura 3 – Tabela relativa ao experimento para determinação do período do oscilador massa-mola Com os dados da Tabela 2, foram criados os gráficos do Tm = f(M) e do Tm² = f(M). Também foi calculado o valor do coeficiente angular e linear do segundo gráfico. Ambos os materiais e cálculos lineares, foram criados a partir do programa Excel. Figura 4 – Gráfico Tm = f(M) relativo ao segundo experimento y = 4,0679x - 0,0042 0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400 0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 Força Resultante x Variação do Comprimento da Mola Fr ( N ) ΔL (m) 0,000 0,500 1,000 1,500 2,000 2,500 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 Tm ( s) M (kg) Período Experimental Médio x Massa Figura 5 – Gráfico Tm² = f(M) relativo ao segundo experimento 3. DISCURSSÃO Com base nos resultados obtidos, podemos fazer algumas interpretações acerca desse estudo. Observando o gráfico Fr = f(∆L), que tende a ser linear, e os dados coletados na tabela 1, podemos então concluir qual o significado físico do coeficiente angular e linear. Sendo 4,0679 o valor do coeficiente angular notamos uma semelhança com o valor da constante elástica (K), que de fato é a relação ou inclinação do gráfico da força pela variação da deformação da mola. Já o coeficiente linear, que possuí valor de 0,0042 representa a força resultante inicial (Fr0). No segundo experimento o que podemos notar dos resultados e que o primeiro gráfico demonstra a variação da energia cinética relacionadacom a velocidade, e o gráfico segundo é relativo à variação da energia cinética relacionada com a variação do espaço. 3. CONCLUSÃO A partir dos experimentos realizados, foi confirmado o efeito da lei de Hooke e foi percebido que fatores como a massa dos corpos acoplados à mola, a constante elástica e a amplitude, por exemplo, influenciam o comportamento do sistema de Massa-mola. Pelos resultados obtidos, observou-se que à medida que o peso (F) aumenta, o comprimento da mola também aumenta. Outro ponto importante é que nos experimentos realizados, a mola sempre retornou ao seu comprimento original, ou seja, manteve sua capacidade resistiva e, como esperado, sofreu deformações devido à força aplicada a ela e ao deslocamento de energia pelo sistema. Podemos notar que há discrepâncias entre os valores experimentais e teóricos, que podem ter suas origens em possíveis erros na configuração e execução do experimento. Por fim, concluo que o período de oscilação depende da massa do corpo suspenso e da constante elástica da mola que o sustenta. y = 9,3889x + 0,0185 0,000 1,000 2,000 3,000 4,000 5,000 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 Tm ² (s ²) M (kg) Período Exp. Médio ao Quadrado x Massa 4. REFERÊNCIAS [1] HELERBROCK, Rafael. "Lei de Hooke"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lei-de-hooke.htm. Acesso em 17 de setembro de 2021. [2] “Molas.” InfoEscola, 2019, www.infoescola.com/mecanica/molas/. Acesso em 17 de setembro de 2021. [3] Contribuidores dos projetos da Wikimedia. “Cientista Inglês Que Descobriu as Células.” Wikipedia.org, Fundação Wikimedia, Inc., 21 Feb. 2003, pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Hooke. Acesso em 17 de setembro de 2021. [4] HELERBROCK, Rafael. "Movimento harmônico simples"; Brasil Escola. Disponível em :https://brasilescola.uol.com.br/fisica/movimento-harmonico- simples.htm. Acesso em 17 de setembro de 2021.
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