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Unidade 3
Editando Vídeos
Sistemas e multimídia
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria
JÉSSICA LAISA DIAS DA SILVA
 MARCELO DALSOCHIO DIPP
AUTORIA
Jéssica Laisa Dias da Silva 
Olá, eu sou a Jéssica. Completei minha graduação em Sistemas de 
Informação e meu mestrado em Sistemas e Computação na Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Tenho experiência em Informática 
na área de Educação, com ênfase em Mineração de Dados Educacionais, 
e atuo estimulando jovens e crianças a estudarem programação. 
Atualmente, realizo pesquisas de disseminação do pensamento 
computacional, além de trabalhos voltados ao universo dos jogos 
digitais inseridos no contexto educacional buscando incentivar jovens e 
professores. As áreas de interesse de estudo são: Educação, Engenharia 
de Software, Mineração de Dados, Pensamento Computacional, Jogos 
Digitais Educativos e Gerenciamento de Projetos.
Marcelo Dalsochio Dipp
Olá. Meu nome é Marcelo Dalsochio Dipp. Sou Técnico de Redes de 
Dados e Técnico em Informática pelo Centro de Treinamento Tecnológico 
(CTT) Maxwell, graduado em Gestão de Tecnologia da Informação pela 
Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), onde atualmente curso 
minha segunda graduação, de Licenciatura em Matemática. Além disso, 
tenho certificação em Information Technology Infrastructure Library (ITIL) e 
experiência de 25 anos como técnico-profissional na área de Tecnologia. 
Trabalhei em empresas como TIM, Spread, Sonda do Brasil, SENAC, 
Instituto Federal do Sul do Brasil, Alcides Maya, entre outras, e ministro 
aulas há 7 anos. Escrevi o livro Guia Básico de Informática para Iniciantes e 
estou desenvolvendo o segundo: Introdução às Redes de Comunicações 
de Dados. Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha 
experiência de vida àqueles que estão no início da profissão. Por isso, 
fui convidado pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores 
independentes. Estou muito feliz por poder ajudar você nessa fase de 
muito estudo e trabalho. 
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
INTRODUÇÃO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
O que é vídeo? ...............................................................................................12
História do movimento registrado ...................................................................................... 12
Cinema preto e branco e mudo ........................................................................ 13
Cinema com som ......................................................................................................... 14
Cinema colorido ............................................................................................................ 15
Do cinema para a televisão .................................................................................. 16
Animações ............................................................................................................................................ 17
Roteiro ..................................................................................................................................................... 19
Time line ou linha temporal .................................................................... 22
O que é time line ..............................................................................................................................22
Vinculando um roteiro à time line ........................................................................................23
O que são reels..................................................................................................................................23
Versões de reels ...........................................................................................................25
Dailies .......................................................................................................................................................25
Eventos na time line .......................................................................................................................26
Filler ...........................................................................................................................................................26
Edições básicas em vídeos ..................................................................... 28
Conceito de edições .....................................................................................................................28
Edições de vídeo .............................................................................................................................28
Primeiras edições .........................................................................................................28
Edições em VHS ...........................................................................................................29
Edições digitais .............................................................................................................. 31
Interface de edição ........................................................................................................................ 31
O que são camadas....................................................................................................32
Ferramentas básicas .....................................................................................................................33
Ferramentas de texto ................................................................................................34
Aplicando efeitos básicos em vídeos ................................................ 36
O que é VFX, SFX e CGI ............................................................................................................ 36
Efeitos Especiais (SFX) .............................................................................................37
Imagens Geradas por Computador (CGI) .................................................. 39
Efeitos Visuais (VFX) .................................................................................................. 39
Principais Efeitos ............................................................................................................................. 40
Chroma key ...................................................................................................................... 40
Efeito das roupas pulando sobre a pessoa ............................................... 41
Transições ..........................................................................................................................42
9
UNIDADE
03
Sistemas e multimídia
10
INTRODUÇÃO
Olá! Vamos embarcar em mais uma etapa de bastante 
conhecimento? Em um mundo onde tudo é possível e imaginável?Onde 
o final pode se tornar início, e o início, um final? Consegue imaginar o que 
vamos estudar aqui? Aliás, você costuma usar a imaginação para realizar 
suas criações? Dessa vez, vamos falar sobre o cinema e sua história, 
sobre a evolução do preto e branco, sobre os filmes digitais e sobre 
uma apresentação televisiva. Entraremos no universo de animações e 
de roteiros. Você vai descobrir o que é e para que serve uma time line e 
aprender a realizar edições básicas, além de conhecer os conceitos de 
efeitos especiais. Também vou tratar dos temas dublagem e transições 
de cenas. Empolgado para saber mais sobre o mundo das imagens em 
movimento? Vamos lá!
Sistemas e multimídia
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OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3. Nosso objetivo é auxiliar você 
no desenvolvimento das seguintes competências profissionais:
1. Saber o que é e como surgiu o cinema.
2. Entender o que é e a importância de uma time line.
3. Conseguir realizar edições básicas.
4. Conhecer e aplicar efeitos simples nas edições.
A nova fase desse divertido jogo dos áudios está começando. Você 
está pronto? Mãos à obra! Sempre peça ajuda ao professor quando estiver 
com dúvidas.
Sistemas e multimídia
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O que é vídeo?
INTRODUÇÃO:
Nesta primeira unidade, você aprender o que é o cinema, 
conhecer sua história, passar do mundo dos filmes preto 
e branco até os filmes totalmente digitais e com cores 
puras. Além disso, entenderá a diferença entre filmagens e 
animações e a importância de se ter um roteiro bem feito 
para os filmes.
História do movimento registrado
A ideia de registrar o movimento não é algo tão moderno (de 1900 
até os dias atuais), pelo contrário: é muito mais antigo, do tempo dos 
primitivos homens das cavernas.
Naquela época eles tinham muita vontade de registrar seus 
eventos, então, faziam isso por meio de pinturas nas paredes. Dizia-se, que 
enquanto os homens saíam para caçar, as mulheres cuidavam dos filhos 
e da caverna, onde moravam, e, para poder ficar de olho nas crianças e 
na caverna, assistiam a “filmes”, isto é, as sombras do que ocorria fora da 
caverna projetada ao fundo dela. Logo, elas sabiam se quem estava na 
porta da caverna era animal ou um ser humano. Observe a imagem abaixo.
Figura 1 - Sombra na entrada de caverna
Fonte: Pixabay
Sistemas e multimídia
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Obviamente, com o passar do tempo a humanidade sentiu 
necessidade de registrar seus momentos, então criam as câmeras 
fotográficas, mas que registravam somente imagens estáticas, o que 
muitas vezes não expressava a real noção do sentimento que desejava 
ser passado.
Os primeiros a registrarem (reproduzirem, na verdade) imagens em 
movimento foram os irmãos Louis e Auguste Lumière, ambos engenheiros 
e filhos de Antoine Lumière (dono da fábrica de películas de fotos Usine 
Lumière, localizada na cidade francesa de Lyon).
Os irmãos tinham a patente de uma máquina de filmar e de projetar, 
e acreditavam que ela era destinada somente a pesquisas científicas. 
Mesmo assim, passaram a se dedicar às atividades cinematográficas. Eles 
gravaram alguns documentários para promover e vender aquela máquina.
No dia 28 de dezembro de 1895, os irmãos projetaram o primeiro filme 
de todos os tempos, o Arrivée d’um train em gare à La Ciotat (A chegada de 
um trem à estação da Ciotat). O filme teve duração de pouco menos de 60 
segundos, mas o suficiente para que as pessoas que olhavam aquele trem 
chegando fugissem da sala com medo de serem atropeladas.
ACESSE:
Se você ficou curioso para ver o primeiro filme dos irmãos 
Lumière, acesse o vídeo clicando aqui.
Os cinemas antigos não tinham som, então, precisavam contratar 
um pianista para tocar música durante a execução do filme.
Cinema preto e branco e mudo
Com a indústria do cinema aberta pelos irmãos Lumière, outros 
grandes nomes foram aparecendo, como o de Georges Méliès 
(considerado o pai do cinema de ficção e dos efeitos especiais, abordado 
posteriormente). Além dele e dos irmãos, temos Charles Pathé, Griffith, 
Edison e Porter, e companhias como Universal, Mutual, Keystone, 
Paramount, United Artists, Columbia e Chaplin.
Sistemas e multimídia
https://www.youtube.com/watch?v=VScyygFlqg8
14
Nessa fase do cinema, todos os filmes eram mudos e sem cor (não 
se tinha tecnologia suficiente para gravar o som e colorir as películas 
– sonho de todos os diretores dos primeiros anos de cinema). Os filmes 
inicialmente produzidos pelos Lumière tinham como característica câmeras 
fixas, posicionadas em um único ponto e só registrando o que ocorria à sua 
frente. Porém, ao colocarem um de seus cinematógrafos em uma gôndola 
de Veneza, o mundo dos filmes passou a ganhar novas perspectivas, 
criando não só o movimento dos atores, mas também o da câmera.
Um dos últimos grandes diretores, atores e produtores do cinema 
mudo foi Sir Charles Chaplin, que deixou para o mundo o inesquecível 
Carlitos, personagem de seus filmes que utilizava uma bengala e tinha 
um andar estranho.
VOCÊ SABIA?
Charles Chaplin era extremamente perfeccionista e refazia 
suas cenas centenas de vezes se necessário, ou quando 
tinha que dar instruções aos atores ele representava para 
mostrar como queria. Em 1972, ganhou um Oscar e em 
1975, foi condecorado pela Rainha Elizabeth II com o título 
de Sir (concedido a cavaleiros e pessoas que representam 
a Inglaterra). Assista a um filme desse grande cineasta que 
foi Sir Charles Chaplin, O Circo (1928).
O fim desse tipo de arte se dá em 1927, quando surge o primeiro 
filme com som (sobre o qual falaremos mais adiante). Chaplin tentou 
resistir e continuou gravando cinema mudo até 1930.
Cinema com som
Em 1927, os estúdios Warner Bros (Bros é um termo curto para 
Brothers – irmãos, em inglês) fizeram uma revolução nessa indústria ao 
tentarem renovar as técnicas de filmagens, gravando os sons durante as 
gravações. Assim como mencionado o primeiro filme mudo, não poderia 
deixar de fora o primeiro filme com som: O Cantor de Jazz. Esse filme, como 
o nome já indica, continha partes de jazz interpretadas pelo protagonista, o 
ator Jakie Rabinowitz, no papel de Al Jolson, um menino judeu que gostava 
de jazz, mas cujo pai queria que ele fosse um cantor litúrgico.
Sistemas e multimídia
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Durante as filmagens, os estúdios Warner Bros foram gravando todos 
os sons e as falas em um disco de vinil. Para exibir o longa, era necessário 
colocar a reprodução do disco juntamente com a película do filme.
VOCÊ SABIA?
O período de gravações não síncronas dos sons em discos 
aconteceu em 1927 (quando o mundo viu, pela primeira vez, 
o cinema com som, e quando houve a criação da Academia 
de Artes e Ciências Cinematográficas) até 1932, momento 
em que esse método foi substituído pela gravação ótica e, 
posteriormente, pela magnética.
Segundo Bernardet (2013), na virada dos anos 1950-1960, houve 
uma abertura de novas possibilidades ao cinema sonoro, com o 
desenvolvimento de um equipamento leve, gravadores portáteis e 
precisos como o Nagra (nome de origem polonesa que quer dizer “vai 
gravar”), os microfones direcionais e o acoplamento gravador/câmera que 
permitia a captação de som síncrono na filmagem. A história do cinema 
preto e branco puro vai até 1935.
Cinema colorido
Engana-se quem acha que o cinema mudo ou que o início 
da sonorização desta arte era só preto e branco. Existiam películas 
reproduzidas com cor, mas de que forma? Se você pintar uma lâmina de 
projeção com cores e colocar uma fonte luminosa atrás, a projeção será 
igualmente colorida. Assim era realizada a coloração dos filmes: havia um 
profissional exclusivamente para pintar cena por cena (era possível vê-las 
nos rolos de filmes). Era um trabalho bastante minucioso e demorado, 
além de demandar muito custo para o processo (fato que não tornou 
popular entre os cineastas).
Em 1935 surgiu o primeiro filme, Becky Sharp (em português, 
Vaidade e Beleza), com uma tecnologia em Technicolor, cuja coloraçãoera 
realizada com filtros de três cores (as primárias: azul, vermelho e verde). 
Esse filme não fez tanto sucesso, pois foi filmado em cenários totalmente 
fechados e não tinha um roteiro tão sólido como a estética apresentada. 
Sistemas e multimídia
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ACESSE:
Você pode assistir ao filme Becky Sharp, que é de domínio 
público, Clique aqui.
No mesmo período surgiu uma outra tecnologia chamada 
Kodachrome, de propriedade da Kodak, com película sensível às cores 
e cujo colorido estava na forma de revelar o rolo de filme, ou seja, era 
necessário fazer uma revelação por meio de produtos químicos para que ser 
assistido ou editado. Essa tecnologia permaneceu ativa até o fechamento 
das portas da Kodak. A empresa lançou seus rolos de filmes para cinemas 
nos formatos de 35 mm para cinemas e de 8 mm para uso doméstico.
Do cinema para a televisão
Até meados dos anos 1950, o cinema dominava o mundo do 
entretenimento audiovisual, mas nessa década ocorreu a explosão de 
algo que seria uma ameaça ao cinema: a televisão. Na verdade, a televisão 
surgiu ao final dos anos 20, porém só começou a ser popularizada pela 
elite da sociedade em meados da década de 50, e pela população em 
geral, por volta dos anos 70.
Mas por que a televisão ameaçaria o cinema?
Figura 2 - Netflix: filmes ao alcance de uma tecla
Fonte: Pixabay
Sistemas e multimídia
https://www.youtube.com/watch?v=RhfQTwbMWtA
17
A resposta à pergunta anterior é simples: as emissoras começaram 
a comprar direitos de reproduzir na televisão os mesmos filmes que 
passavam nos cinemas. Desse modo, o mundo cinematográfico e as salas 
de reprodução tiveram que se reinventar, criando salas com acústicas 
melhores, telas gigantes e especiais (porque, até então, só havia alguns 
panos de cores claras) e cadeiras com muito conforto para as pessoas 
assistirem aos filmes. Sem falar nos estúdios de cinema que também 
tiveram que investir em melhores efeitos especiais e na qualidade 
sonora e de cores. Analisando dessa perspectiva, é fácil ver a ameaça da 
televisão ao cinema. Atualmente, têm surgido outras possíveis ameaças 
para o cinema, como a pirataria, a Netflix e até mesmo as emissoras de 
televisão (mas é bom pensar que existe espaço para todos no mercado).
Animações
Segundo Cesconetto (2011), a animação vem da palavra latina 
animatione, que quer dizer dar vida e alma e fazer movimentar algo que 
estava estático. Para exemplificar, você, quando criança, já deve ter criado 
animações em cadernos na sala de aula, feito o mesmo desenho em 
várias folhas, com mudanças sutis, para que os desenhos parecessem ter 
movimento próprio ao passar rapidamente folhas por folha. No mundo do 
cinema não é diferente, mas esse universo das animações não começou 
pelos desenhos animados, e sim pelos próprios filmes, que nada mais 
eram do que muitas fotos tiradas em sequência e que, ao serem exibidas 
em uma velocidade constante, passavam a ideia de movimento, como 
pode ser visto na imagem abaixo de um filme de rolo antigo.
Figura 3 - Rolo de filme
Fonte: Pixabay
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Claro que depois disso não demorou para os desenhos animados 
surgirem, sendo considerados as animações atuais.
Em 1918, com o cinema tendo pouco mais de 20 anos, surgiu um 
filme de Winsor McCay, cuja produção tinha mais de 25 mil desenhos e 
exigiu dois anos de produção: The sinking of the Lusitania (O naufrágio 
do Lusitania), um filme que retrata a recriação de um naufrágio nunca 
fotografado, ocorrido em 1915, do navio britânico RMS Lusitania, em 
decorrência de um ataque. O intuito de Winsor McCay era justamente criar 
um documentário do até então maior crime contra a humanidade.
ACESSE:
O filme acima citado pode ser acessado clicando aqui.
Posterior a essa animação vieram o famoso Gato Félix, que fez 
muito mais sucesso (tanto quanto o próprio Chaplin), e a Walt Disney, que 
iniciou suas produções em 1928.
Como estamos falando de cinema, não podemos deixar de indicar 
o filme Walt antes do Mickey, que fala sobre a vida de Walt Disney, indo 
do fracasso à fama.
Certamente quando nos referimos à Walt Disney, esperamos 
grandes (ou pioneiras) criações. Não podia ser diferente com o primeiro 
filme de desenho inteiramente colorido, Flowers and Trees (Flores e 
Árvores), lançado em 1932. Em 1940, a Disney lançou um dos desenhos 
que seria o maior sucesso de todos os tempos: Fantasia, com Mickey 
sendo um ajudante de mago.
Do lançamento desses filmes até os dias de hoje, muitas coisas 
mudaram, como utilização de computadores, reproduções com pessoas 
para representar expressões de desenhos e uso de desenhos em filmes 
e o inverso. Por outro lado, a essência não mudou, e é o que nos encanta 
cada vez mais, ver desenhos tomando vida em filmes que nos fazem rir ou 
nos emocionam, como o Toy Story 3, quando Andy doa seus brinquedos 
de infância.
Sistemas e multimídia
https://www.youtube.com/watch?v=D5oftlm8HJA
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Roteiro
Segundo a definição de roteiro por Luiz Carlos Maciel (filósofo, 
escritor, jornalista e roteirista): 
Os americanos chamam-no de screenplay, uma peça para a tela, 
de maneira a distingui-la da simples play, destinada ao palco. 
Os franceses o chamam de scenario, para designá-lo como 
um conjunto de cenas. E nós o chamamos de roteiro. E não é 
uma má palavra para o caso. Roteiro é uma rota não apenas 
determinada, mas ‘decupada’, dividida, através da discriminação 
de seus diferentes estágios. Roteiro significa que saímos de um 
lugar, passamos por vários outros, para atingir um objetivo final. 
Ou seja: roteiro tem começo, meio e fim – conforme Aristóteles 
observou na tragédia grega como uma necessidade essencial 
da expressão dramática. (MACIEL apud WISKI)
Tendo como base essa definição de Maciel, o roteiro é a forma 
para termos uma apresentação coesa e cronológica do que realmente 
pensamos.
Mas como é possível escrever um roteiro que seja cativante e 
que faça o seu público querer ouvir ou ver mais?
O profissional que cria roteiros, seja para cinemas, televisões, teatros 
ou até para um livro, utiliza alguns artifícios.
De acordo com Meirelles (2017), roteiro nada mais é do que um 
filme escrito em detalhes antes da gravação.
Os meios para se escrever um roteiro são:
 • Planeje a história.
 • Pesquise sobre seu enredo.
 • Defina o conflito.
 • Determine os personagens fortes e fracos.
 • Argumente e explique o que e porque ocorrem as situações.
Sistemas e multimídia
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 • Desenhe cada cena, como se fosse um quadrinho.
 • Escreva o roteiro, como um livro extremamente detalhista (a 
imagem abaixo contém trechos de roteiro se passando em uma 
sala de estar e um diálogo).
 • Revise seu material quantas vezes forem necessárias.
 • Mostre seu roteiro para alguém que possa lhe julgar sem 
necessidade de lhe agradar.
 • Se necessário, volte ao primeiro estágio e comece tudo novamente.
Figura 4 - Roteiro de cinema
Fonte: Pixabay
Note que escrever um roteiro bem feito pode levar de alguns meses 
até mesmo anos, e não é um trabalho de uma única pessoa, é de uma 
equipe. Não existe um roteiro perfeito para todos, existe aquele que mais 
o agrada. É por esse motivo que nem todos os filmes ganham premiações 
de roteiro, mas sim do melhor roteiro adaptado àquele tipo de filme.
Sistemas e multimídia
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RESUMINDO:
Então, gostou do que aprendeu? Agora, só para garantir, 
vamos fazer um resumo de tudo o que vimos até aqui. Você 
estudou que vídeos são muito mais do que só pegar uma 
filmadora, apertar a tecla rec e sair gravando tudo que está 
à sua frente. É necessário entender como surgiu, o que 
significa e qual é a necessidade de registrar os movimentos. 
Descobriu também os grandes nomes do cinema mudo, 
como Sir Charles Chaplin e Gerges Méliès (pai dos efeitos 
especiais). Com a criação dos estúdios dos irmãos Warner, 
temos um cinema falado e sonorizado, coisa que mudou 
muito e criou também muita divergência na história do 
cinema,além de ter conhecido também os filmes mudos e 
com som, coloridos e em preto e branco. Também devemos 
ter a certeza de que nosso roteiro é coerente, para que a 
animação ou a filmagem tenha uma sequência lógica e 
coesa dos fatos. Vamos seguir adiante para continuar em 
uma nova fase desta unidade?
Sistemas e multimídia
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Time line ou linha temporal
INTRODUÇÃO:
Neste novo capítulo temos como objetivo entender mais 
a linha do tempo de um filme, entrar um pouco na história 
do roteiro, para que mais adiante você estude edições e 
efeitos.
O que é time line
Como próprio nome já informa, a linha do tempo é uma sequência 
linear de tempo, ou seja, é a maneira como os eventos são organizados. 
Lembro que, durante os ensinos fundamental e médio, os professores, 
principalmente os de história, desenhavam uma linha no quadro, e sobre 
ela iam colocando os eventos que ocorreram ao longo dos anos. Tudo é 
exposto em uma sequência cronológica, e nos filmes essa sequência tem 
que ter sentido para tudo funcionar perfeitamente.
Nas edições dos filmes você trabalhará estritamente com a time 
line dos reels (falaremos deles mais adiante). Veja na imagem abaixo um 
exemplo de edição.
Figura 5 - Linha do tempo de edições
Fonte: https://bit.ly/3aLezjh. (Acesso em: 08/03/2020) 
Sistemas e multimídia
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É claro que em edição não estamos falando de linha do tempo 
relacionada aos anos, mas sim de tempos bem menores, como horas, 
minutos, segundos e milissegundos.
É pela linha do tempo que podemos ver cada quadro gravado. Vale 
lembrar que normalmente assistimos a 24 ou 30 quadros por segundo 
(também conhecidos por fps – frames per second), e se existirem cenas 
de câmera lenta teremos muito mais quadros dentro de um mesmo 
segundo.
Vinculando um roteiro à time line
É comum gravar um filme fora da ordem do roteiro, seja porque 
o tempo não está bom para determinada cena, então, são gravadas as 
cenas em locais fechados primeiro, seja pela facilidade de preparar o 
cenário para a produção.
Imagine um trecho de filme que envolve uma batalha gigantesca 
entre hordas de guerreiros e batalhões de soldados, e logo após aparecem 
alguns generais conversando em uma sala de reunião para decidir o que 
farão com a guerra que está ocorrendo fora daquelas paredes. É muito 
mais fácil filmar primeiro a reunião dos generais e só depois preparar o 
cenário da batalha, com as dezenas de atores.
Por esse motivo, assim que receber as gravações, você terá que 
adaptá-las à linha do tempo delas e à do filme final. Basicamente, é como 
criar uma história em quadrinhos desenhando primeiro os mais fáceis e 
deixar por último os mais complexos, que exigiriam muito mais tempo. 
Funciona como um imenso quebra-cabeça: você tem que encaixar os 
quadrinhos nas posições corretas para que ao final tudo faça sentido. 
O que são reels
Reels, que significa bobinas, provém dos rolos de filmes de acetato 
antigos, em que os filmes (daí a origem desse termo também) eram 
gravados. Porém, nos dias de hoje, mesmo com máquinas digitais de alta 
resolução, ainda utilizamos o termo reels. Por quê?
Sistemas e multimídia
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Figura 6 - Reel de um filme antigo
Fonte: Pixabay
A resposta é simples: é impossível gravar um filme completo em 
apenas um dispositivo de memória (seja cartão de memória, pendrives, 
discos rígidos etc.). Então, ao utilizar esses dispositivos usados para filmar 
algumas cenas, você estará criando um novo reel. Além disso, esse termo 
é usado para identificar o que está sendo editando naquele momento.
Esse dispositivo é entregue à equipe de edição, que vai colocar o 
nome reel_1, pois é o primeiro armazenamento utilizado, e assim eles vão 
sendo nomeados (e os originais são guardados por motivo de segurança, 
acima de tudo) para posterior edição.
Esse termo é apenas uma convenção de como nomear cada 
equipamento de armazenamento, logo, não é obrigatório. Mas se você 
pretende trabalhar em grandes empresas de edição, precisará se 
acostumar com as convenções.
Sistemas e multimídia
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Versões de reels
Mais um detalhe fundamental é a questão da versão dos reels. 
Versão do reel? Como assim?
Não é costume sobrescrever ou excluir versões anteriores, pois 
existe a possibilidade de usarem uma versão mais antiga no produto final, 
em vez da última editada.
Dailies
Dailies nada mais é do que o dia que ocorre determinada gravação. 
Essa informação é muito importante na hora de armazenar o reel 0, ou seja, 
a data em que a filmagem foi gravada no dispositivo de armazenamento.
Lembra das versões dos reels? Pois bem, os dailies são 
tão importantes quanto essas versões, pois se trata do primeiro 
armazenamento, exatamente a data em que é registrada nas claquetes, 
como é possível observar na imagem abaixo: existem os campos de data, 
o roll (que é a mesma coisa que reel), a cena, a tomada e outros campos.
Figura 7 - Claquete
Fonte: Pixabay
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Eventos na time line
Ao editar um filme ou ao ver uma time line (como mostra a figura 5), 
aparecem alguns quadradinhos coloridos. Isso é porque múltiplas linhas, 
afinal, um filme é algo linear, não é? Vamos corrigir alguns conceitos já 
gravados em sua mente.
Um filme não necessariamente é algo serial, como vimos acima. 
É possível gravar cenas em ordens diferentes das que estão no roteiro. 
Além disso, existe a questão dos áudios, das imagens fixas, dos efeitos, 
das colorações etc.
Um exemplo é realizar uma gravação com duas câmeras 
simultaneamente. Claro que não vai ser usada a gravação integral das 
duas câmeras, e sim parte de uma e parte da outra. Dessa forma, será 
usada uma camada única para cada câmera, e que serão feitos os devidos 
cortes nos trechos que vão ser excluídos.
Assim como as câmeras têm camadas separadas de trabalho, os 
arquivos de áudio, de textos, de fotos etc. também estão em camadas 
distintas. Agora que cada parte do filme já está separada (câmera 1, câmera 
2, áudio 1, música 1, música 2, imagens, textos etc.) em camadas, temos 
dentro de cada uma os devidos eventos, ou seja, os itens que compõem 
determinada camada é um evento que ocorre na linha de tempo do seu 
filme.
Filler
Se você for fazer uma produção para o YouTube sozinho(a), 
certamente gravará tudo pelo seu celular e também fará a edição do seu 
filme, mas vamos ampliar um pouco essa visão. Imaginemos a gravação 
do filme Senhor dos Anéis, ou então de uma novela. Inúmeras câmeras, 
captadores de som, músicos, múltiplas cenas e, além de todos esses 
profissionais, a equipe de edição que, sim, é tão numerosa quanto a de 
atores, de câmeras e de gravadores de som. Existem pelo menos três 
equipes de edição trabalhando em conjunto.
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Nesse momento, temos que fazer uma pergunta:
Como eles se comunicam? Por mensagens de celular? Fazem 
reuniões constantes?
Não. A comunicação deles é mais simples: por fillers, espaços 
(eventos) reservados na time line que uma equipe deixa para a outra 
como destino de algum trabalho a ser feito, como melhoria do som ou de 
coloração, ou até mesmo a inclusão de algum efeito especial novo.
RESUMINDO:
Então, gostou do que aprendeu? Agora, só para garantir, 
vamos fazer um resumo de tudo o que vimos até aqui. 
Você viu a importância da time line para a estrutura do 
filme na hora da edição e entendeu que vincular roteiro à 
linha do tempo dá ao filme uma ideia de continuidade e 
de sequenciamento. Além disso, aprendeu que existem 
formas de nomear reels, para não perder nenhum dado 
gravado, e que mesmo que uma gravação seja antiga (sem 
edição), ainda pode ser útil, pois é possível que ela substitua 
alguma cena da edição final. Você também conheceu a 
forma de comunicação e de organização dos profissionais 
de edição. Agora vamos seguir para a próxima unidade!
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Edições básicas em vídeos
INTRODUÇÃO:
O objetivo desta unidade é ensinar para você o que é edição 
e como ela surgiu, qual éa diferença entre as edições, 
conhecer as principais ferramentas de variados softwares, 
além de saber mais detalhadamente o que são as camadas 
e qual é a utilidade de inserir textos nos filmes.
Conceito de edições
Até os vídeos digitais, eu entendia que edição de vídeo era 
justamente cortar uma parte indesejada e gravar o necessário. Porém, 
atualmente, não é só isso. 
Edições de vídeo
Quando se fala de edição de vídeo, o que vem à cabeça?
Edição de vídeo é um trabalho em que profissionais cuidam da 
sincronização do som com a imagem, colocam efeitos especiais e visuais 
(veremos isso no próximo capítulo), entendem de interfaces de softwares 
e trabalham com o roteiro da produção sempre junto deles para criarem a 
liga entre o que foi editado e a ideia do escritor.
Primeiras edições
Certamente você já ouviu o termo CORTA! Durante a filmagem de 
alguma cena, que é quando o diretor decide pará-la por algum motivo, 
seja por erro ou porque não saiu conforme ele planejava. Sabe de onde 
vem essa expressão? Justamente das antigas edições de vídeo: os editores 
tinham que literalmente cortar o rolo de filme, com uma tesoura ou uma 
navalha, nas partes indesejadas, ou seja, as edições eram realizadas 
manual e visualmente, mais ou menos como na imagem abaixo.
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Figura 8 - Corte de filme
Fonte: Elaborado pelos autores.
Após o corte, o filme tinha que ser emendado novamente usando 
fitas adesivas transparentes, como é possível observar na imagem abaixo. 
Assim, quase nada se notaria nos filmes, uma vez que aquele quadro 
passaria muito rápido para quem assistisse.
Figura 9 - Colagem do filme
Fonte: Elaborado pelos autores.
Edições em VHS
Com a evolução dos filmes para VHS, não era tão fácil realizar uma 
edição. Era necessário assistir ao filme em algum aparelho de televisão, 
e saber fazer o corte literal onde estava o cabeçote de leitura magnética, 
uma vez que os filmes em VHS eram gravados magneticamente.
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Porém, uma segunda forma de editar esses filmes era trabalhar 
com dois aparelhos de vídeo cassete, um reproduzindo a fita original, e o 
outro gravando, mais ou menos como na figura 10.
Figura 10 - Dois videocassetes
Fonte: Pixabay
Dessa forma, um reproduzia na TV e o outro só gravava quando se 
apertava o botão de gravação, ou seja, um trabalho cansativo, pois era 
preciso assistir à fita completa, realizar anotações dos tempos em que 
se queria fazer os cortes, para então voltar do início e começar a gravar 
somente os trechos desejados. Agora os cortes são virtuais! 
O resultado da edição final sempre era legal de se assistir, mas 
claro que eu não era profissional da área na época, só realizava trabalhos 
pessoais de edição.
Outra forma de edição que passou a ser comum foi gerar alguma 
abertura (animação) em um computador e, com uma placa de vídeo, exportar 
essas imagens para um vídeo cassete, para, então, realizar aquela mesma 
montagem. Em casos de não se ter uma placa de vídeo de exportação de 
vídeo, uma filmadora era posicionada na frente do monitor do computador 
para filmar no próprio computador. Eu montei um vídeo cuja apresentação foi 
criada em PowerPoint e, posteriormente, gravada em VHS.
ACESSE:
Você pode acessar esse vídeo que estou tornando público, 
Clique aqui.
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https://youtu.be/JNOGc_tgs_g
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Edições digitais
Com as filmadoras evoluindo e as gravações sendo diretamente 
em DVDs, mini DVs, cartões de memória e até mesmo no HD interno das 
filmadoras, vem à tona uma questão:
Como fazer com as edições, uma vez que não podemos recortar 
um DVD ou um cartão de memória? 
Aparelhos gravadores de DVD para ligar na TV, apesar de existirem 
para comprar, são equipamentos muito caros. Então, restam poucas 
opções: é preciso manipular os filmes diretamente no computador, onde 
já existem gravadores de DVD e agora softwares específicos para as 
devidas edições.
Entre os programas de edição digital de filmes, os mais profissionais 
são Avid Media Composer, Adobe Premier Professional, Pinnacle Studio e 
Vegas Professional. Claro que existem muitos outros, inclusive gratuitos 
(os que mencionei são pagos) e muito bons também, porém não tanto 
para fins profissionais.
Esses programas nos deram uma visão muito maior da edição. Agora 
não só podemos cortar uma cena, movê-la para antes ou para depois de 
onde foi gravada originalmente, mas também temos a possibilidade de 
colocar efeitos especiais, mudar coloração, inserir textos (digitalmente, 
sem precisar gravá-los em um plástico para colocar sobre o filme) com 
qualidade muito superior, além de inúmeros outros recursos.
Interface de edição
Agora que já comentamos que as edições digitais trazem inúmeros 
recursos a mais em comparação ao que era possível fazer no passado, 
resta saber como fazer.
Os aplicativos de edição têm, no geral, a mesma aparência e os 
mesmos recursos principais. Na tela abaixo é possível ver a interface (tela 
gráfica) de um software de edição (um vídeo que estou montando do meu 
canal), com alguns itens em destaque:
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Figura 11 - Tela de um software de edição
Fonte: Elaborado pelos autores. 
1. Janela de pré-visualização do vídeo.
2. Espaço para os eventos do vídeo.
3. Materiais a serem utilizados nos vídeos (arquivos de vídeos, 
imagens, ou outros elementos que possam incorporar ao vídeo).
4. Time line (podem ficar acima ou abaixo das camadas).
5. Camadas.
6. Algumas das principais ferramentas.
Com a interface principal dos programas, vamos nos aprofundar 
ainda mais sobre o que e como podemos fazer.
O que são camadas
Já vimos mais no início da unidade o que são camadas, e analisando 
a interface, fica mais fácil de entender.
Camadas = tracks
Podemos fazer uma analogia das camadas, como se elas fossem 
pastas que guardam somente um tipo de material, e que vão liberá-los 
somente no momento certo da time line. 
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Não existe uma ordem correta, mas por padronização, a maioria dos 
editores utiliza como ordenação a seguinte ideia:
 • De três a cinco faixas destinadas à voz.
 • Mais ou menos cinco camadas de efeitos sonoros.
 • Três trilhas musicais.
 • Uma ou duas trilhas de mixagem sonora.
 • De cinco a dez camadas de vídeos.
 • Duas camadas para dublagens.
Vale lembrar que essas são dicas de organização de seus aplicativos 
de edição de vídeo. Em alguns softwares não profissionais, as camadas 
são limitadas a quatro, sendo necessário adaptar essas trilhas ao projeto.
Ferramentas básicas
Apesar de os programas oferecerem uma infinidade de recursos 
(que, em muitos casos, é o que apavora alguém que está iniciando nessa 
área), as ferramentas que realmente usamos são poucas, muito simples 
e fáceis de serem utilizadas. Por esse motivo recomendo iniciar com 
aplicativos gratuitos e voltados para iniciantes, e só quando tiver mais 
prática, migrar para softwares mais profissionais.
Outro fator de utilizar softwares menos potentes é que um programa 
desse tipo consome muito processamento do computador. Logo, uma 
aplicação profissional necessita de um hardware (peça do computador) 
mais robusto, com muita memória RAM, processador no topo de linha do 
mercado e muito espaço de armazenamento.
Um software que eu recomendo, por ser gratuito e bem mais leve 
que os profissionais, é o OpenShot Video Editor, que pode ser baixado pelo 
link: https://www.openshot.org/download/.
Você está pronto para aprender melhor as ferramentas básicas?
A primeira ferramenta é a de corte (começaremos como todos os 
editores começaram).
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Ao colocar o seu vídeo na linha de tempo, basta clicar sobre o ícone da 
tesoura, o mouse mudará de forma, e onde clicar no vídeo será o ponto de 
corte do filme. Por isso, tome cuidado! Recomendamos que clique onde o 
indicador de tempo está.
A segunda ferramenta muito utilizada é para desfazer uma ação recém-
realizada. Vocêpode substituir esse ícone pela combinação das teclas 
Ctrl+z. Sempre que fizer algo que não esperava, isso ajudará muito seu 
trabalho.
Esta outra ferramenta, a de ímã, tem como objetivo alinhar os eventos do 
seu filme com outros eventos, impedindo assim colocar uma cena sobre 
outra sem querer. Para quem está iniciando, ela é muito boa, pois evita 
tratamento estranho no seu vídeo final.
Por último, temos a ferramenta para gravar o seu trabalho finalizado. Ela vai 
perguntar a que fim se destina o seu vídeo (web, DVD, computador etc.), a 
qualidade do vídeo, o tipo de arquivo a ser gravado e o perfil de vídeo (2k, 
4k, HD etc.). Após escolher as opções e clicar em exportar, é só aguardar 
a renderização, e voilá, seu vídeo está pronto para ser reproduzido onde 
quiser.
Essas são as principais ferramentas, treine edições primeiramente 
com elas e continue estudando!
Ferramentas de texto
Você já deve ter visto em filmes e em novelas aquele monte de 
letrinhas subindo ao final. O nome correto delas é créditos. É uma espécie 
de agradecimento a todos (a todos mesmo) que participaram do filme, 
seja na frente das câmeras ou atrás delas, ou o pessoal de edição e de 
sonorização.
No entanto, existem momentos em que um texto precisa aparecer 
durante o filme. Lembra-se da abertura de Star Wars, quando um texto 
explicando as galáxias começa na parte de baixo da tela e vai subindo 
e indo ao “infinito”? Ou então do telejornal, quando aparece o nome dos 
repórteres na parte inferior da tela? Pois bem, esse é um recurso muito 
explorado e nada complicado para incorporá-lo ao vídeo, dando um ar 
muito mais profissional. No programa OpenShot Video Editor, vá ao menu, 
mostrado na imagem abaixo:
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Figura 12 - Menus do software OpenShot Video Editor 
Fonte: Elaborado pelos autores.
Em seguida, clique na opção Título ou Título animado e escolha o 
título que desejar. Então, na tela à direita dessa janela, no campo “Alinhar 
1”, configure o texto, a fonte, a cor etc. Clique em Salvar, e então terá mais 
um elemento para colocar na sua time line. Simples, não? Em alguns 
programas, a ferramenta de texto é representada pelo ícone “T”.
RESUMINDO:
Está gostando? Está ficando desafiador? Agora, só para 
garantir, vamos fazer um resumo de tudo o que vimos até 
aqui. Você aprendeu que edição de vídeo vai mais além 
do que simplesmente recortar e colar trechos de filmes, e 
que envolve muita organização com as camadas e com os 
eventos colocados na linha do tempo. Conheceu também 
a evolução da edição de imagem (inclusive com um 
exemplo próprio de edição), as dificuldades enfrentadas 
pelos editores de vídeos, como faziam em celuloides e em 
VHS, e também as facilidades da era de edição que temos 
nos dias de hoje. Dessa forma, completamos mais uma 
unidade. Vamos lá, falta pouco.
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Aplicando efeitos básicos em vídeos
INTRODUÇÃO:
Nesta nova unidade vamos abordar um tema que a 
maioria dos editores adora: efeitos visuais e especiais. 
Você aprenderá a distinguir os referidos efeitos, entenderá 
principalmente os tipos existentes e como aplicá-los nos 
vídeos. Mas lembre-se: este capítulo é tão importante 
como os anteriores.
O que é VFX, SFX e CGI
Todos que trabalham com filmes, principalmente com efeitos 
especiais e visuais, sonham em ganhar um Oscar. Mas qual é a diferença 
entre efeito visual e especial e efeito computadorizado? Para entendermos 
o mundo e a dimensão dos efeitos, é extremamente importante saber o que 
é e qual é a diferença entre VFX, SFX e CGI. Analisando a imagem abaixo, 
você sabe dizer o que é efeito visual, especial ou computação gráfica?
Figura 13 - Dragão sobre o bando de Gringotts – Harry Potter
Fonte: Pixabay
Já que só pela imagem é difícil, vamos entrar em mais detalhes.
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Efeitos Especiais (SFX)
Alcançamos aquele tão esperado conteúdo, o dos efeitos especiais, 
ou Special Effects (SFX). Os efeitos especiais são todos reais, físicos, que 
acontecem no momento em que estão gravando as cenas. Eles podem 
ser de três tipos: ópticos, mecânicos ou de maquiagem. Os efeitos ópticos 
são manipulados diretamente pela câmera, como é possível avaliar 
na imagem logo abaixo, em que existe um filtro em frente à câmera, 
distorcendo as cores e passando a ideia de um temporal se formando.
Figura 14 - Efeito óptico
Fonte: Pixabay
Os efeitos mecânicos são normalmente utilizados para 
movimentação de monstros, ou para explosões, vendavais fortes ou 
terremotos. Resumindo, são equipamentos prontos para realizar uma 
tarefa que faz com que o espectador tenha uma emoção forte ao assistir 
à cena. Os efeitos mecânicos não precisam ser assistidos apenas no 
cinema. Quem já foi aos parques da Disney certamente entrou em vários 
brinquedos em que muitos dos efeitos apresentados são mecânicos, para 
que as pessoas sintam todas as emoções de como se fizessem parte 
daquela cena. Olhe a imagem abaixo e responda: você realmente passaria 
tão perto de crocodilos com aparência de famintos? 
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Figura 15 - Crocodilos mecânicos na Disney 
Fonte: Elaborado pelos autores.
Obviamente, esses crocodilos são animais mecânicos, como tantos 
outros espalhados pelos parques temáticos da Disney, e realizam o 
trabalho proposto, ou seja, assustar os espectadores.
Sobre a maquiagem não há muito que falar. Esses efeitos nada mais 
são do que caracterizações. É claro que uma caracterização de um político 
não chama tanto a atenção como ade um Orc da franquia O Senhor dos 
Anéis, como pode ser visto na imagem abaixo:
Figura 16 - Orc do filme O Senhor dos Anéis
Fonte: Pixabay
Gostou de conhecer os efeitos especiais? Então, vamos continuar!
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Imagens Geradas por Computador (CGI)
Vamos agora falar sobre o extremo oposto dos efeitos especiais: os 
efeitos reais de manipulação de explosões, de maquiagens, ou de jogos 
de câmeras com suas perspectivas.
Na famosa Computação Gráfica, ou Imagens Geradas por 
Computador (CGI – Computer-Generated Imagery) tudo o que não é real, 
que não existe no mundo real e que pode ser imaginado de alguma forma 
é criado por computadores. Por meio da CGI, podemos desenhar desde 
um gato sumindo e aparecendo do nada (como o gato de Alice no país 
das maravilhas), até transformar atores reais em personagens, como o 
gorila Cesar do filme Planeta dos Macacos, ou então apresentar uma 
cidade e cenários inteiros, principalmente aqueles em que são filmados 
os efeitos de chroma key.
É justamente aí que entram os efeitos de computação gráfica. Outro 
exemplo são as animações criadas totalmente no computador, como é o 
caso de Cassiopeia, um filme 100% nacional e completamente criado por 
computação gráfica, sem uso de moldes ou escaneamento de desenhos 
externos.
Efeitos Visuais (VFX)
Se os efeitos especiais são reais e o CGI é computação gráfica, o 
que são os efeitos visuais? Onde são inseridos nesse universo? A resposta 
é simples: eles são os efeitos criados a partir de computadores para coisas 
reais, como tirar as cordas que suspendem um ator que está “voando”, 
criar criaturas que não existem a partir de bonecos ou a partir de pessoas 
com marcações no rosto ou no corpo, que depois geram uma nova pele 
para o personagem.
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Principais Efeitos
Agora você já tem a base dos efeitos especiais, visuais e 
computacionais, sendo este último um dos mais técnicos para ser criados 
e aplicados. Vamos agora aprender a realizar alguns efeitos visuais e 
especiais, que garantirão aos seus vídeos um toque mais que especial.
Chroma key
O efeito de chroma key é algo relativamente simples: ele chega a 
apagar uma cor inteira da cena, por isso são utilizados fundos verdes ou 
azuis (as cores vermelho, rosa, branco e preto não podem ser usadas, pois 
pode confundir com a pigmentação da nossa pele), que serão apagados.
Um dos grandes erros cometidos no uso do efeitochroma key é 
quando os atores utilizam alguma peça de roupa ou maquiagem que 
contém a mesma cor do fundo, porque, ao apagar a cor do fundo, o ator 
terá parte de seu corpo apagado também.
Bom, agora que já sabe como funciona a capa de invisibilidade do 
Harry Potter, vamos aprender a aplicar esse efeito no OpenShot Video 
Editor? Primeiramente, é necessário fazer alguma gravação em um 
cenário com um fundo uniforme de uma única cor (de preferência verde 
ou azul), como na imagem a seguir.
Depois de gravar a cena com o fundo especial, é necessário gravar 
o que realmente vai estar no fundo, ou ter uma imagem dele. No software, 
você importará o vídeo com o fundo verde e a imagem para seu projeto. 
Arraste o vídeo (que terá o fundo removido) para a time line, e arraste a 
imagem (que será o seu novo fundo) para a camada de baixo. Na parte de 
baixo, onde ficam os materiais a serem utilizados, existe uma aba chamada 
Efeitos, onde você deve procurar o Chroma Key (Tela Verde). Arraste esse 
efeito para cima do vídeo com o fundo verde. Note que apareceu um C 
sobre o vídeo. Clique nele com o botão direito e vá ao item Propriedades. 
Nessa janela, dê dois cliques na cor do campo Cor Chave, em seguida, 
clique em Pick screen color, aí você só precisa selecionar a cor verde (ou 
azul) do seu vídeo. Ainda na janela de propriedades do efeito, existe um 
outro campo chamado Cotão, que significa o quanto daquela cor deve ser 
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apagado. Não existe um valor correto para se colocar ali, mas quanto mais 
sólida e mais nítida a cor, menor o valor a ser inserido nesse cotão.
Figura 17 - Estúdio com chroma key
Fonte: Pixabay
Achou difícil? Pode parecer, mas não é! Nada que um pouco de 
prática não ajude.
Efeito das roupas pulando sobre a pessoa
Esse é um efeito especial muito fácil de ser reproduzido. 
Primeiramente, grave seu vídeo andando de costas para algum lugar 
enquanto vai tirando suas peças de roupa (chapéu, bolsas, tênis, casaco 
etc.) e jogando-as para longe, mas sempre olhando para frente.
Ao colocar o vídeo no OpenShot, clique com o botão direito sobre 
ele na time line, vá para a opção Hora, e clique nas opções Normal, Para 
trás e 1X. Aguarde o vídeo renderizar, e pronto, ele terá o efeito das roupas 
pulando em você enquanto caminha em direção à câmera. Observe na 
imagem abaixo os locais em que você deve clicar.
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Figura 18 - Locais de cliques no OpenShot
Fonte: Elaborado pelos autores.
Transições
Sabe aquele momento em que você assiste a um filme e, de 
uma cena para a outra, a cena inicial vai sumindo e uma secundária vai 
aparecendo? Ou como em desfiles de escolas de samba pela televisão, 
quando uma cena vira um aviãozinho e vai embora? Chamamos essas 
mudanças de transições, e são usadas para não parecer que algo foi 
cortado. Existem diversos tipos de transições, e todos estão presentes 
nos softwares de edição de vídeo. Sempre devemos colocar as transições 
ao final e no início de cada cena. Procure a que mais lhe agrada e se divirta 
colocando suas transições.
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RESUMINDO:
Então, gostou do que aprendeu? Chegamos ao final desta 
unidade, fechando com chave de ouro o assunto de efeitos 
especiais. Agora, só para garantir, vamos fazer um resumo 
de tudo o que vimos até aqui.. Você estudou o que são os 
efeitos especiais e visuais, as diferenças entre os dois e 
que os efeitos computadorizados estão dentro dos efeitos 
visuais. Aprendeu também a inserir efeitos em seus vídeos, 
para dar um “tcham” a mais em suas produções. Dessa 
maneira, completamos a unidade, mas não quer dizer 
que seus estudos acabaram. Nunca teremos estudado o 
bastante para dizer que sabemos de tudo, mas sempre 
estudamos mais para dizer que sempre teremos coisas 
novas a aprender.
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