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Ana Fiore Patologia Geral Morte celular, calcificação e envelhecimento Necrose Geralmente é acidental. Ocorre a desnaturação de proteínas intracelulares e digestão enzimática das células-autólise. As células não mantém a integridade da membrana, o que faz com que ocorra o extravasamento dos conteúdos celulares. Esse processo atingi as células adjacentes, iniciando assim o processo inflamatório. Padrões de Necrose Tecidual A necrose é classificada de acordo com a causa ou o tipo de tecido atingido. Necrose de coagulação Ocorrem em infartos (necrose de coagulação isquêmica) como aqueles que ocorrem no rim , no coração, no baço e nos tumores de crescimento rápido. O termo coagulação refere-se ao aspecto físico da célula morta, que de um estado solúvel (líquido) passa a um estado de gel (sólido), basicamente por perda de água e coagulação (desnaturação) proteica. A área morta, macroscopicamente, tem cor amarelo- -pálida, sem brilho, de limites mais ou menos precisos e de forma irregular ou triangular, dependendo do órgão atingido e do tipo de circulação que esse órgão apresenta. Coração com necrose de coagulação (infarto recente)- área branco-amarelada posterosseptal denotando isquemia do miocárdio. Cardiócitos acidofílicos mortos (Cm) junto à rima de miocárdio com degeneração hidrópica e epicárdio com adipócitos (a). Necrose coagulativa do miocárdio com restos nucleares e influxo neutrofílico. São ainda vistas em queimaduras e nas lesões produzidas por ácidos e bases fortes. Um exemplo típico de coagulação citoplasmática é a que ocorre com a clara do ovo no óleo quente. A desnaturação (coagulação) é consequência das quebras das ligações peptídicas que unem os aminoácidos que formam as proteínas. Necrose de liquefativa Ocorre a digestão das células mortas, ocasionando uma massa viscosa líquida. Geralmente é causada por infecções bacterianas e formada por leucócitos e células degeneradas (destruição tecidual). Apresenta a área necrótica de consistência mole, semifluida ou liquefeita. Comum após anóxia no tecido nervoso, na suprarrenal e na mucosa gástrica. Liquefação causada pela liberação de grandes quantidades de enzimas lisossômicas. Inflamação purulentas também acontece em decorrência da liberação de enzimas lisossômicas liberadas pelos leucócitos. Esse tipo de necrose pode ser encontrado é vista nas lesões produzidas por determinados microrganismos, denominados bactérias piogênicas. Aqui, as enzimas das bactérias, das células mortas e dos leucócitos que afluem ao local d b d A arquitetura básica é mantida. Ana FioreIdem, porém lesão antigaonde o material necróticose liquefez, formando umpseudocisto, e drenouquando o cérebro foicortado, deixando umacavidade. Material liquefeito (ML) com restos celulares e gliose reativa (“gemmisted cells” – seta) periférica. Pele com abscesso. O material purulento amarelado corresponde à necrose de liquefação por heterólise, de etiologia bacteriana Patologia Geral Morte celular, calcificação e envelhecimento O pus é o resultado da agressão celular por agente que evoca reação inflamatória supurativa, isto é, com muitos leucócitos. Cérebro com necrose liquefativa recente (infarto cerebral). Necrose de liquefação recente (NLr) com a chegada de células gliais fagocíticas (células grânulo- gordurosas – setas e detalhe). Necrose caseosa Aspecto macroscópico de massa de queijo (latim caseum). A área de necrose fica esbranquiçada. Divide características da necrose coagulativa e liquefativa (granulomas da tuberculose). Comum na tuberculosa, paracocciodomicose, histoplasmose. É uma informação crônica granulomatosa envolvendo macrófagos e linfócitos T. Síntese elevada de proteínas pró-apoptóticas na região central. Células que completem a apoptose e células que sofrem necrose. Transformação das células necróticas em uma massa homogênea, acidófila, contendo núcleos picnóticos e na periferia, presença de cariorrexe. Arquitetura tecidual totalmente destruída. da agressão contribuem para a digestão proteolítica liquefativa do tecido lesado (necrose liquefativa por heterólise). Nesses casos, observa-se que o produto final da lise é um líquido viscoso, amarelado, o pus. A arquitetura básica do tecido não se preserva. O SNC é o único local que ocorre essa necrose por HIPÓXIA. Granuloma causado pela tuberculose com o foco de necrose no interior. Ana Fiore Patologia Geral Morte celular, calcificação e envelhecimento Necrose Gordurosa Ocorre no tecido adiposo. É a ação das lipases sobre os triglicerídeos. Forma o aspecto de saponificação -> pingo de vela. Comum em pâncreas e mama (locais onde tem mais gordura. Na maioria, é o resultado da ação lítica de enzimas pancreáticas (necrose gordurosa enzimática). A necrose gordurosa enzimática é comumente encontrada como resultado de inflamação aguda do pâncreas, denominada pancreatite aguda, ou de tumores do pâncreas. Em ambos os casos, há destruição dos ácinos pancreáticos com liberação de enzimas (lipases e proteases), que causam a necrose dos tecidos gordurosos peripancreáticos e da cavidade abdominal e do próprio pâncreas. bé d (A) Pâncreas normal, (B) pâncreas e (C) mesentério com focos de esteatonecrose. Observe, em (B), o aspecto de giz sobre o tecido pancreático que se encontra inflamado (alcoolismo/pancreatite aguda) e o formato de pingos de vela (seta) sobre o mesentério, produtos da ação de lipases (e proteases) pancreáticas sobre o tecido adiposo. (A) Pulmão com massas opacas, semelhantes a queijo fresco (cottage), resultado da destruição tecidual com reação granulomatosa produzida pelo bacilo da tuberculose. Quando o material necrótico é drenado, formam-se cavernas (setas). (B) Detalhe do material necrótico, opaco e friável. (C) Mesmo aspecto visto em linfonodo do mesentério. tecido adiposo. Paracocciodomicose Paracoccidioides brasiliensis Corte histológico de um granuloma Também aparece como consequência da agressão mecânica traumática no tecido gorduroso (necrose gordurosa traumática). A necrose gordurosa traumática geralmente aparece no subcutâneo de pessoas obesas, notadamente na mama. Está presente também na gordura subcutânea e peritoneal do gado transportado inadequadamente em trens e caminhões por longas distâncias. A aparência macroscópica é de pingos de vela ou depósitos de giz branco ou pingos de vela sobre o tecido adiposo. Áreas focais de destruição gordurosa Corte histológico. As áreas negativas são aquelas que seriam de gordura. Elas são destruídas, formando a saponificação. Ana Fiore Fígado. A seta preta indica a área necrosada. Patologia Geral Morte celular, calcificação e envelhecimento Necrose Lítica Corte histológico do fígado É sinônimo de necrose por esfacelo. É observada nos hepatócitos devido às infecções virais. Se dá, especificamente no fígado. Ele é visto esfacelado. Fígado com necrose gomosa. (A) Área branca nodular de consistência borrachuda, que corresponde à necrose da sífilis (terciária). (B) Tecido de granulação sifilítico com necrose central (Ng) e inflamação rica em plasmócitos (p) na periferia. Colorações pela prata demonstram espiroquetas do Treponema pallidum (setas). Tipo de necrose que acontece por coagulação, porém o tecido necrosado adquire o aspecto compacto elástico (borracha) ou fluido viscoso (goma). Observada na sífilis tardia ou terciária (goma sifilítica). Encontrado especialmente na sífilis tardia ou terciária e na sífilis cogênita, quando então é chamada goma sifilítica. A área necrótica fica compacta, uniforme e elástica como uma goma. O que necrosa nesse caso é o tecido inflamado em resposta ao agente da sífilis, que é o Treponema pallidum. Esse tecido de granulação é rico em vasos, tecido conjuntivo, plasmócitos e linfócitos e, quando sofre necrose, mantém, de certa forma, as estruturas conjuntivas e vasculares, que dão uma consistência firme e borrachuda à necrose. Necrose gomosa Necrose Gangrenosa Membro que perdeu seu suprimento sanguíneo, sofreu hipóxia e , por conseguinte,sofreu necrose. É necrose por coagulação, mas é mais profunda, atingindo outras camadas como tecido muscular, artérias e veias. Alterações nucleares São idênticas em todos os tipos de necrose! Núcleo de célula necrosada sofre alterações morfológicas. A célula necrótica fica anuclear no final. As células autolisadas, que sofreram necrose, funcionam com um corpo estranho ao organismo e vai gerar resposta para promover a absorção e permitir o reparo da região. O reparo pode ser por regeneração ou cicatrização. Ana Fiore Patologia Geral Morte celular, calcificação e envelhecimento Regeneração Núcleo fica mais claro. Cariolíse Eliminação Quando o tecido necrótico atinge a parede de uma estrutura canicular que se comunica com o meio externo, sendo lançado nessa estrutura e eliminado. Outra forma de morte celular. Já foi descrita como morte celular programada, mas hoje se sabe que pode ocorrer por evento interno ou externo. É morte celular induzido. São proteínas degradadas junto com material genético, há alteração na membrana plasmática formando pequenos corpos apoptóticos, facilita fagocitose e não gera reação inflamatório. É morte celular individual, não atinge células adjacentes. Pode ser fisiológica e patológica. Encolhimento nuclear com condensação da cromatina. Picnose Fragmentação do núcleo. Há rupturas na membrana nuclear e núcleo se dissolve. Célula necrótica fica sem núcleo no final. São alterações comuns a qualquer tipo de necrose. Na necrose, células que a sofreram funcionam como corpo estranho a organismo e gera resposta para absorção e reparo da região. Reparo é por regeneração ou cicatrização. Local que sofreu necrose pode sofrer: Cariorrexe Cicatrização É quando há substituição no local por tecido conjuntivo cicatricial. Encistamento É a formação de cápsula conjuntiva, sendo o material absorvido lentamente em seu interior (é envolvido por cápsula e fica isolado até ser absorvido). Calcificação Mais frequente na necrose gaseosa. Gangrena Resultado da ação de agentes externos sob o tecido necrosado, quando ele fica exposto. -Seca: quando entra em contato com ar ou úmida quando entra em contato com microrganismos anaeróbios. -Úmida: quando entra em contato com microrganismos anaeróbios. -Gasosa: quando entra em contato com clostridium, que libera enzimas proteolíticas e lipolíticas que forma gás e bolhas. Apoptose Quando o tecido tem capacidade regenerativa, os restos celulares são reabsorvidos e a liberação de fatores de crescimento induz a multiplicação de células. Fisiológica Fenômeno natural que elimina células não úteis ou potencialmente danosas. Ex: Na embriogênese, células são eliminadas e se remodelam a local. Ana Fiore Patologia Geral Morte celular, calcificação e envelhecimento Quando há lesão do DNA, proteínas anormalmente dobradas ou doenças virais/atrofias patológicas. Alterações celulares são discretas, ocorre retração celular ⇾ citoplasma fica mais denso + organelas mais agrupadas ⇾ inicia com a condensação da cromatina (alterações morfológicas) ⇾ depois a evaginação da membrana nuclear ⇾ por fim formação de corpos apoptóticos, célula é fragmentada. Evento chave para início é ativação das caspases que são enzimas que clivam proteínas. São divididas em ativadoras: 8, 9 e 10 e efetoras: 3, 6 e 7. Estimulam receptores de membrana com domínio de morte e causam aumento da permeabilidade mitocondrial, além de produzir estímulos diretos na membrana citoplasmática. É ativação sequencial, caspases ativam dnases que degradam DNA e outras enzimas que destroem a estrutura do citoesqueleto. Célula apoptótica expressa na membrana fosfatil na membrana e possibilita reconhecimento por macrófagos, evitando reação inflamatória e por consequência não afeta as células ajacentes. Apoptose pode se dar por duas vias, por isso não é morte programada. Patológica Via mitocondrial Quando mitocôndria é agredida. Há aumento de permeabilidade e libera no citosol moléculas apoptóticas que ativam as caspases desencadiantes da apoptose. Via receptor de morte (extrínsica) Receptor de morte é ativado e sofre alteração na porção intracitoplasmática, expondo seu domínio de morte. Esse domínio se adapta a outras proteínas e forma ligação importante para ativar as caspases desencadiantes que levam a apoptose. É um processo feito por todas as células para eliminar toxinas responsáveis pelo seu envelhecimento. Outras formas de morte celular Autofagia É um tipo de morte celular programada, morfologicamente distinta de apoptose e necrose. As características definidoras da paraptose são vacuolização citoplasmática, independente da ativação e inibição da caspase e falta de morfologia apoptótica. Paraptose É um processo resultante do corte ou esmagamento de um fibra nervosa, no qual a parte do axônio que é separada do corpo do neurônio degenera distalmente em relação à lesão. Degeneração Walleriana É o processo que transforma os queratinócitos em células córneas, achatadas e secas. Este processo é importante para a função protetora da pele. Cornificação/ queratinização Esse é um fenômeno análogo ao canibalismo, onde células contendo outra célula em seu interior são observadas, sendo frequente no câncer. Acredita-se que este mecanismo contribuiria com o fornecimento de nutrientes para a proliferação das células agressivas do câncer. Entose É uma forma programada de necrose ou morte celular inflamatória. Convencionalmente, a necrose está associada à morte celular não programada resultante de dano celular ou infiltração por patógenos, em contraste com a morte celular programada e ordenada por apoptose. Necroptose Ana Fiore Patologia Geral Morte celular, calcificação e envelhecimento Para haver calcificação, é preciso haver exposição dos núcleos primários (iniciadores da calcificação). Cálcio se liga a fosfolipídeo da membrana e fosfato se liga a cálcio formando cristais. Por isso, ocorre em locais com necrose, já que membrana está lesada e expondo fosfolipídeos em maior quantidade. Há favorecimento também por fibras elásticas e colágenas, proteínas desnaturadas e microorganismos. É a distrófica! Calcificações Patológicas ou ectópicas são deposições de sais de cálcio em locais normalmente não calcificados. - Na fisiológica a deposição é sobre o colágeno, formando a matriz osteóide. -Na patológica a deposição é sobre outros substratos celulares e extracelulares. Calcionose distrófica Patológica é a deposição anormal de sais de cálcio nos tecidos, junto com ferro, magnésio e outros minerais. Em áreas com fatores predisponentes, fatores locais. Modificação local nos tecidos, que favorecem a nucleação e precipitação de cristais de cálcio. Ex.: normalmente, em áreas com necroses, tombos e cicatrizes. Metastático são feitos principalmente em locais protegidos de acidez, estômago, rins, pulmões e artérias. Locais alcalinizados. A precipitação do cálcio se inicia nas mitocôndrias. O paratormônio favorece entrada de cálcio na célula. Na morte celular, as mesmas são envolvidas pela calcificação. Pode ocorrer depósito extracelular sobre as membranas basais, não somente dentro da célula. Calcificação metastática Calcionose metástica Ocorre em tecidos normais, em condições patológicas, mas resulta de desequilíbrio no metabolismo. É a hipercalcemia (10mg/dL). Iniciadores da calcificação Se não houver excreção adequada pelos rins, há deposição. É causada por hipercalcemia, que normalmente está relacionado a hipersecreção do paratormônio, que estimula a atividade osteoclástica (vai haver maior destruição óssea, jogando mais cálcio no sangue). Tumores ou hiperparatireoidismo também contribuem. Nos tumores também há alta destruição óssea. Consequências-calsificação-metastática Depósitos de cálcio Ana Fiore Patologia Geral Morte celular, calcificação e envelhecimento Organelas e funções são comprometidas. Resultado do declínio progressivo de função e viabilidade celular., causado por anormalidades genéticas e acúmulos de danos moleculares e celulares, devido aexposição a influências exógenas. Há alterações estruturais e bioquímicas. Várias funções celulares diminuem progressivamente com a idade. A capacidade de células envelhecidas é reduzida para captar nutrientes e reparar lesões cromossômicas. Calcinose idiopática São depósitos de calcificação geralmente cutâneos e múltiplos, sem lesão prévia e com níveis séricos normais. Patogênese é complexa. Estão na vesícula, rins, glândulas salivares. A composição varia de acordo com órgão, devido a preciptação de frações insolúveis em torno de um núcleo orgânico, como células descamadas, bactérias e muco. A infecção pode ser por restos celulares, infecções por microrganismos e outros. Cálculos: são são massas sólidas, esféricas, ovais ou facetadas. São compactas e de consistência argilosa a pétrea. Podem gerar entupimentos em canais e reação inflamatória local. Ex.: Sialolitíase - é uma alteração, que acomete as glândulas salivares, representada pela obstrução da glândula ou de seu ducto excretor devido à formação de um sialólito, resultando na diminuição do fluxo salivar. a glândula submandibular é a mais acometida, seguida da glândula parótida e sublingual. Alterações morfológicas Envelhecimento celular Núcleos irregulares e lobulados, mitocôndrias com forma alterada (com vacúolos), redução do retículo endoplasmático e do aparelho de golgi, que fica distorcido. Envelhecimento do processo de multiplicação Após número fixo de divisões, células estacionam e não têm mais capacidade de se dividir, conhecido como estágio de senescência celular. Conforme as células envelhecem, seus telômeros ficam mais curtos e interrompem ciclo celular, célula fica incapaz de gerar novas células e substituir as danificadas. Acúmulo de danos genéticos e metabólicos Tempo de vida pode ser determinado por equilíbrio do dano celular resultante eventos metabólicos que ocorrem na célula e as respostas moleculares que podem repará-los. Equilíbrio entre dano e reparo. Se não há equilíbrio, encurta tempo de vida da célula. A extensão do dano oxidativo que aumenta com envelhecimento pode ser componente da senescência, e acúmulo de lipofuscina nas células é considerado como indicação desse dano. Assim, parte do mecanismo que causa envelhecimento pode estar relacionado a acúmulo de subprodutos tóxicos do metabolismo, como radicais de oxigênio. Perde capacidade de captar nutrientes, mas também de fazer degradação, o que leva a acúmulo. Envelhecimento celular pode ser por exposição a carcinógenos, erros esporádicos (que levam a dano a DNA), senescência celular (encurtamento dos telômeros que diminui a replicação) e por algum efeito danoso a homeostase, que diminui proteínas e têm as proteínas danificadas. O dano de dna gera mutações, diminuição da replicação celular, gera perda celular e a danificação de proteínas gera a função celular reduzida. Ana Fiore Patologia Geral Morte celular, calcificação e envelhecimento Esses 3 fatores juntos levam ao envelhecimento celular: mutações no material genético, perda celular e funções celulares reduzidas. Lipofusina: Marcador biológico do envelhecimento celular, pigmento de desgaste, do envelhecimento, lipocromo. Grânulos intracitoplasmáticos partos, amarelados, autofluorescentes. Formados por proteínas e lipídeos não degradáveis, derivados da degradação oxidativa de macromoléculas (autofagia). É desequilíbrio entre autofagocitose contínua e incapacidade de eliminar resíduos da autodigestão. São subprodutos que as células não conseguem degradar. Ela se acumula ao passar do tempo em razão de que processos responsáveis pela formação e acúmulo ocorrem ao longo de toda a vida. Síndrome de Weiner Doença hereditária autossômica recessiva, gerada por mutação no gene WRN, que codifica uma helicase de dna. Alterações são na pele (muito marcada nas extremidades), calcificações subcutâneas, catarata e diabetes melitus. Primeiros sintomas na puberdade, mas manifestação ocorre na terceira e quarta década de vida. Síndrome do envelhecimento precoce.