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Aula 3- Morte celular

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Ana Fiore
Patologia Geral
Morte celular, calcificação e envelhecimento
Necrose 
Geralmente é acidental.
Ocorre a desnaturação de proteínas intracelulares e
digestão enzimática das células-autólise.
As células não mantém a integridade da membrana,
o que faz com que ocorra o extravasamento dos
conteúdos celulares. Esse processo atingi as células
adjacentes, iniciando assim o processo
inflamatório.
Padrões de Necrose Tecidual
 A necrose é classificada de acordo com a causa ou o
tipo de tecido atingido.
 Necrose de coagulação
Ocorrem em infartos (necrose de coagulação
isquêmica) como aqueles que ocorrem no rim , no
coração, no baço e nos tumores de crescimento
rápido.
 O termo coagulação refere-se ao aspecto físico da
célula morta, que de um estado solúvel (líquido) passa a
um estado de gel (sólido), basicamente por perda de água
e coagulação (desnaturação) proteica.
 A área morta, macroscopicamente, tem cor amarelo-
-pálida, sem brilho, de limites mais ou menos precisos e
de forma irregular ou triangular, dependendo do órgão
atingido e do tipo de circulação que esse órgão
apresenta.
Coração com necrose de
coagulação (infarto recente)- área
branco-amarelada posterosseptal
denotando isquemia do miocárdio.
Cardiócitos acidofílicos mortos
(Cm) junto à rima de miocárdio
com degeneração hidrópica e
epicárdio com adipócitos (a).
 Necrose coagulativa do miocárdio
com restos nucleares e influxo
neutrofílico.
São ainda vistas em queimaduras e nas lesões
produzidas por ácidos e bases fortes. Um exemplo
típico de coagulação citoplasmática é a que ocorre
com a clara do ovo no óleo quente. A desnaturação
(coagulação) é consequência das quebras das ligações
peptídicas que unem os aminoácidos que formam as
proteínas.
 Necrose de liquefativa
Ocorre a digestão das células mortas, ocasionando
uma massa viscosa líquida.
Geralmente é causada por infecções bacterianas e
formada por leucócitos e células degeneradas
(destruição tecidual).
Apresenta a área necrótica de consistência mole,
semifluida ou liquefeita.
Comum após anóxia no tecido nervoso, na
suprarrenal e na mucosa gástrica.
Liquefação causada pela liberação de grandes
quantidades de enzimas lisossômicas.
Inflamação purulentas também acontece em
decorrência da liberação de enzimas lisossômicas
liberadas pelos leucócitos.
Esse tipo de necrose pode ser encontrado é vista
nas lesões produzidas por determinados
microrganismos, denominados bactérias
piogênicas. Aqui, as enzimas das bactérias, das
células mortas e dos leucócitos que afluem ao local
d b d
A arquitetura básica é mantida.
Ana FioreIdem, porém lesão antigaonde o material necróticose liquefez, formando umpseudocisto, e drenouquando o cérebro foicortado, deixando umacavidade.
Material liquefeito (ML) com
restos celulares e gliose reativa
(“gemmisted cells” – seta)
periférica. 
Pele com abscesso. O material
purulento amarelado corresponde
à necrose de liquefação por
heterólise, de etiologia bacteriana
Patologia Geral
Morte celular, calcificação e envelhecimento
O pus é o resultado da agressão celular por
agente que evoca reação inflamatória
supurativa, isto é, com muitos leucócitos.
Cérebro com necrose
liquefativa recente (infarto
cerebral).
 Necrose de liquefação recente
(NLr) com a chegada de células
gliais fagocíticas (células grânulo-
gordurosas – setas e detalhe).
 Necrose caseosa
Aspecto macroscópico de massa de queijo (latim
caseum). A área de necrose fica esbranquiçada.
Divide características da necrose coagulativa e
liquefativa (granulomas da tuberculose).
Comum na tuberculosa, paracocciodomicose,
histoplasmose.
É uma informação crônica granulomatosa
envolvendo macrófagos e linfócitos T.
Síntese elevada de proteínas pró-apoptóticas na
região central.
Células que completem a apoptose e células que
sofrem necrose.
Transformação das células necróticas em uma
massa homogênea, acidófila, contendo núcleos
picnóticos e na periferia, presença de cariorrexe.
Arquitetura tecidual totalmente destruída.
da agressão contribuem para a digestão proteolítica
liquefativa do tecido lesado (necrose liquefativa por
heterólise). Nesses casos, observa-se que o produto
final da lise é um líquido viscoso, amarelado, o pus.
A arquitetura básica do tecido não se preserva.
O SNC é o único
local que ocorre
essa necrose por
HIPÓXIA.
Granuloma causado pela
tuberculose com o foco
de necrose no interior.
Ana Fiore
Patologia Geral
Morte celular, calcificação e envelhecimento
 Necrose Gordurosa
Ocorre no tecido adiposo.
É a ação das lipases sobre os triglicerídeos.
Forma o aspecto de saponificação -> pingo de vela.
Comum em pâncreas e mama (locais onde tem mais
gordura.
Na maioria, é o resultado da ação lítica de enzimas
pancreáticas (necrose gordurosa enzimática).
A necrose gordurosa enzimática é comumente
encontrada como resultado de inflamação aguda do
pâncreas, denominada pancreatite aguda, ou de
tumores do pâncreas. Em ambos os casos, há
destruição dos ácinos pancreáticos com liberação de
enzimas (lipases e proteases), que causam a necrose
dos tecidos gordurosos peripancreáticos e da cavidade
abdominal e do próprio pâncreas.
bé d
(A) Pâncreas normal, (B) pâncreas e (C) mesentério com focos de
esteatonecrose. Observe, em (B), o aspecto de giz sobre o tecido
pancreático que se encontra inflamado (alcoolismo/pancreatite aguda) e o
formato de pingos de vela (seta) sobre o mesentério, produtos da ação de
lipases (e proteases) pancreáticas sobre o tecido adiposo.
(A) Pulmão com massas opacas, semelhantes a queijo fresco
(cottage), resultado da destruição tecidual com reação
granulomatosa produzida pelo bacilo da tuberculose.
Quando o material necrótico é drenado, formam-se
cavernas (setas). (B) Detalhe do material necrótico, opaco e
friável. (C) Mesmo aspecto visto em linfonodo do
mesentério.
tecido adiposo.
Paracocciodomicose 
Paracoccidioides
brasiliensis
Corte histológico
de um granuloma
Também aparece como consequência da agressão
mecânica traumática no tecido gorduroso (necrose
gordurosa traumática).
A necrose gordurosa traumática geralmente aparece
no subcutâneo de pessoas obesas, notadamente na
mama. Está presente também na gordura subcutânea
e peritoneal do gado transportado inadequadamente
em trens e caminhões por longas distâncias. 
 A aparência macroscópica é de pingos de vela ou
depósitos de giz branco ou pingos de vela sobre o
tecido adiposo.
Áreas focais
de destruição
gordurosa
Corte histológico. As áreas
negativas são aquelas que
seriam de gordura. Elas
são destruídas, formando a
saponificação.
Ana Fiore
Fígado. A seta preta indica a área
necrosada.
Patologia Geral
Morte celular, calcificação e envelhecimento
 Necrose Lítica
Corte histológico do fígado
É sinônimo de necrose por esfacelo.
É observada nos hepatócitos devido às infecções
virais.
Se dá, especificamente no fígado. Ele é visto
esfacelado.
Fígado com necrose gomosa. (A) Área branca nodular de
consistência borrachuda, que corresponde à necrose da sífilis
(terciária). (B) Tecido de granulação sifilítico com necrose
central (Ng) e inflamação rica em plasmócitos (p) na periferia.
Colorações pela prata demonstram espiroquetas do Treponema
pallidum (setas).
Tipo de necrose que acontece por coagulação, porém
o tecido necrosado adquire o aspecto compacto
elástico (borracha) ou fluido viscoso (goma).
Observada na sífilis tardia ou terciária (goma
sifilítica).
Encontrado especialmente na sífilis tardia ou
terciária e na sífilis cogênita, quando então é 
 chamada goma sifilítica.
A área necrótica fica compacta, uniforme e elástica
como uma goma.
O que necrosa nesse caso é o tecido inflamado em
resposta ao agente da sífilis, que é o Treponema
pallidum. Esse tecido de granulação é rico em vasos,
tecido conjuntivo, plasmócitos e linfócitos e, quando
sofre necrose, mantém, de certa forma, as estruturas
conjuntivas e vasculares, que dão uma consistência
firme e borrachuda à necrose.
 Necrose gomosa
 Necrose Gangrenosa
Membro que perdeu seu suprimento sanguíneo,
sofreu hipóxia e , por conseguinte,sofreu necrose.
É necrose por coagulação, mas é mais profunda,
atingindo outras camadas como tecido muscular,
artérias e veias.
Alterações nucleares
São idênticas em todos os tipos de necrose! Núcleo
de célula necrosada sofre alterações morfológicas. A
célula necrótica fica anuclear no final.
As células autolisadas, que sofreram necrose,
funcionam com um corpo estranho ao organismo e
vai gerar resposta para promover a absorção e
permitir o reparo da região.
O reparo pode ser por regeneração ou cicatrização.
Ana Fiore
Patologia Geral
Morte celular, calcificação e envelhecimento
 Regeneração
Núcleo fica mais claro.
Cariolíse
Eliminação
Quando o tecido necrótico atinge a parede de uma
estrutura canicular que se comunica com o meio
externo, sendo lançado nessa estrutura e eliminado.
Outra forma de morte celular.
Já foi descrita como morte celular programada,
mas hoje se sabe que pode ocorrer por evento
interno ou externo.
É morte celular induzido.
São proteínas degradadas junto com material
genético, há alteração na membrana plasmática
formando pequenos corpos apoptóticos, facilita
fagocitose e não gera reação inflamatório.
É morte celular individual, não atinge células
adjacentes.
Pode ser fisiológica e patológica. 
Encolhimento nuclear com condensação da
cromatina.
Picnose
Fragmentação do núcleo. Há rupturas na membrana
nuclear e núcleo se dissolve.
Célula necrótica fica sem núcleo no final.
São alterações comuns a qualquer tipo de necrose.
Na necrose, células que a sofreram funcionam como
corpo estranho a organismo e gera resposta para
absorção e reparo da região.
Reparo é por regeneração ou cicatrização.
Local que sofreu necrose pode sofrer:
Cariorrexe
Cicatrização
É quando há substituição no local por tecido
conjuntivo cicatricial.
Encistamento
É a formação de cápsula conjuntiva, sendo o material
absorvido lentamente em seu interior (é envolvido
por cápsula e fica isolado até ser absorvido).
Calcificação
Mais frequente na necrose gaseosa.
Gangrena
Resultado da ação de agentes externos sob o tecido
necrosado, quando ele fica exposto.
-Seca: quando entra em contato com ar ou úmida
quando entra em contato com microrganismos
anaeróbios.
-Úmida: quando entra em contato com microrganismos
anaeróbios.
-Gasosa: quando entra em contato com clostridium, que
libera enzimas proteolíticas e lipolíticas que forma gás e
bolhas.
Apoptose
Quando o tecido tem capacidade regenerativa, os
restos celulares são reabsorvidos e a liberação de
fatores de crescimento induz a multiplicação de
células.
Fisiológica
Fenômeno natural que elimina células não úteis ou
potencialmente danosas.
Ex: Na embriogênese, células são eliminadas e se
remodelam a local.
Ana Fiore
Patologia Geral
Morte celular, calcificação e envelhecimento
Quando há lesão do DNA, proteínas anormalmente
dobradas ou doenças virais/atrofias patológicas.
Alterações celulares são discretas, ocorre retração
celular ⇾ citoplasma fica mais denso + organelas
mais agrupadas ⇾ inicia com a condensação da
cromatina (alterações morfológicas) ⇾ depois a
evaginação da membrana nuclear ⇾ por fim
formação de corpos apoptóticos, célula é
fragmentada.
Evento chave para início é ativação das caspases que
são enzimas que clivam proteínas. São divididas em
ativadoras: 8, 9 e 10 e efetoras: 3, 6 e 7.
Estimulam receptores de membrana com domínio de
morte e causam aumento da permeabilidade
mitocondrial, além de produzir estímulos diretos na
membrana citoplasmática.
É ativação sequencial, caspases ativam dnases que
degradam DNA e outras enzimas que destroem a
estrutura do citoesqueleto.
Célula apoptótica expressa na membrana fosfatil na
membrana e possibilita reconhecimento por
macrófagos, evitando reação inflamatória e por
consequência não afeta as células ajacentes.
Apoptose pode se dar por duas vias, por isso não é
morte programada.
Patológica
Via mitocondrial
Quando mitocôndria é agredida. Há aumento de
permeabilidade e libera no citosol moléculas
apoptóticas que ativam as caspases desencadiantes da
apoptose.
Via receptor de morte (extrínsica)
Receptor de morte é ativado e sofre alteração na
porção intracitoplasmática, expondo seu domínio de
morte.
Esse domínio se adapta a outras proteínas e forma
ligação importante para ativar as caspases
desencadiantes que levam a apoptose.
É um processo feito por todas as células para
eliminar toxinas responsáveis pelo seu
envelhecimento.
Outras formas de morte celular
Autofagia
É um tipo de morte celular programada,
morfologicamente distinta de apoptose e necrose.
As características definidoras da paraptose são
vacuolização citoplasmática, independente da
ativação e inibição da caspase e falta de morfologia
apoptótica.
Paraptose
É um processo resultante do corte ou esmagamento
de um fibra nervosa, no qual a parte do axônio que é
separada do corpo do neurônio degenera
distalmente em relação à lesão.
Degeneração Walleriana
É o processo que transforma os queratinócitos em
células córneas, achatadas e secas. Este processo é
importante para a função protetora da pele.
Cornificação/ queratinização
Esse é um fenômeno análogo ao canibalismo, onde
células contendo outra célula em seu interior são
observadas, sendo frequente no câncer. Acredita-se
que este mecanismo contribuiria com o
fornecimento de nutrientes para a proliferação das
células agressivas do câncer.
Entose
É uma forma programada de necrose ou morte
celular inflamatória. Convencionalmente, a necrose
está associada à morte celular não programada
resultante de dano celular ou infiltração por
patógenos, em contraste com a morte celular
programada e ordenada por apoptose.
Necroptose
Ana Fiore
Patologia Geral
Morte celular, calcificação e envelhecimento
Para haver calcificação, é preciso haver exposição
dos núcleos primários (iniciadores da calcificação).
Cálcio se liga a fosfolipídeo da membrana e fosfato
se liga a cálcio formando cristais. Por isso, ocorre
em locais com necrose, já que membrana está
lesada e expondo fosfolipídeos em maior
quantidade. Há favorecimento também por fibras
elásticas e colágenas, proteínas desnaturadas e
microorganismos. É a distrófica!
Calcificações
Patológicas ou ectópicas são deposições de sais de
cálcio em locais normalmente não calcificados.
- Na fisiológica a deposição é sobre o colágeno,
formando a matriz osteóide.
-Na patológica a deposição é sobre outros substratos
celulares e extracelulares.
Calcionose distrófica
Patológica é a deposição anormal de sais de cálcio
nos tecidos, junto com ferro, magnésio e outros
minerais.
Em áreas com fatores predisponentes, fatores
locais.
Modificação local nos tecidos, que favorecem a
nucleação e precipitação de cristais de cálcio.
Ex.: normalmente, em áreas com necroses, tombos e
cicatrizes.
Metastático são feitos principalmente em locais
protegidos de acidez, estômago, rins, pulmões e
artérias. Locais alcalinizados.
A precipitação do cálcio se inicia nas mitocôndrias.
O paratormônio favorece entrada de cálcio na
célula. Na morte celular, as mesmas são envolvidas
pela calcificação.
Pode ocorrer depósito extracelular sobre as
membranas basais, não somente dentro da célula.
Calcificação metastática
Calcionose metástica
Ocorre em tecidos normais, em condições
patológicas, mas resulta de desequilíbrio no
metabolismo. É a hipercalcemia (10mg/dL).
Iniciadores da calcificação
Se não houver excreção adequada pelos rins, há
deposição.
É causada por hipercalcemia, que normalmente
está relacionado a hipersecreção do paratormônio,
que estimula a atividade osteoclástica (vai haver
maior destruição óssea, jogando mais cálcio no
sangue).
Tumores ou hiperparatireoidismo também
contribuem. Nos tumores também há alta
destruição óssea.
Consequências-calsificação-metastática
Depósitos de cálcio
Ana Fiore
Patologia Geral
Morte celular, calcificação e envelhecimento
Organelas e funções são comprometidas.
Resultado do declínio progressivo de função e
viabilidade celular., causado por anormalidades
genéticas e acúmulos de danos moleculares e
celulares, devido aexposição a influências exógenas.
Há alterações estruturais e bioquímicas.
Várias funções celulares diminuem
progressivamente com a idade.
A capacidade de células envelhecidas é reduzida
para captar nutrientes e reparar lesões
cromossômicas.
Calcinose idiopática
São depósitos de calcificação geralmente cutâneos e
múltiplos, sem lesão prévia e com níveis séricos
normais. Patogênese é complexa.
Estão na vesícula, rins, glândulas salivares.
A composição varia de acordo com órgão, devido a
preciptação de frações insolúveis em torno de um
núcleo orgânico, como células descamadas,
bactérias e muco.
A infecção pode ser por restos celulares, infecções
por microrganismos e outros.
Cálculos: são são massas sólidas, esféricas, ovais ou
facetadas. São compactas e de consistência argilosa a
pétrea. Podem gerar entupimentos em canais e reação
inflamatória local.
Ex.: Sialolitíase - é uma alteração, que acomete as
glândulas salivares, representada pela obstrução da
glândula ou de seu ducto excretor devido à formação de
um sialólito, resultando na diminuição do fluxo salivar. a
glândula submandibular é a mais acometida, seguida da
glândula parótida e sublingual.
Alterações morfológicas
Envelhecimento celular
Núcleos irregulares e lobulados, mitocôndrias com
forma alterada (com vacúolos), redução do retículo
endoplasmático e do aparelho de golgi, que fica
distorcido.
Envelhecimento do processo de multiplicação
Após número fixo de divisões, células estacionam e
não têm mais capacidade de se dividir, conhecido
como estágio de senescência celular.
Conforme as células envelhecem, seus telômeros
ficam mais curtos e interrompem ciclo celular,
célula fica incapaz de gerar novas células e
substituir as danificadas.
Acúmulo de danos genéticos e metabólicos
Tempo de vida pode ser determinado por equilíbrio
do dano celular resultante eventos metabólicos que
ocorrem na célula e as respostas moleculares que
podem repará-los.
Equilíbrio entre dano e reparo. Se não há
equilíbrio, encurta tempo de vida da célula.
A extensão do dano oxidativo que aumenta com
envelhecimento pode ser componente da
senescência, e acúmulo de lipofuscina nas células é
considerado como indicação desse dano.
Assim, parte do mecanismo que causa
envelhecimento pode estar relacionado a acúmulo
de subprodutos tóxicos do metabolismo, como
radicais de oxigênio.
Perde capacidade de captar nutrientes, mas
também de fazer degradação, o que leva a
acúmulo.
Envelhecimento celular pode ser por exposição a
carcinógenos, erros esporádicos (que levam a dano
a DNA), senescência celular (encurtamento dos
telômeros que diminui a replicação) e por algum
efeito danoso a homeostase, que diminui proteínas
e têm as proteínas danificadas.
O dano de dna gera mutações, diminuição da
replicação celular, gera perda celular e a
danificação de proteínas gera a função celular
reduzida.
Ana Fiore
Patologia Geral
Morte celular, calcificação e envelhecimento
Esses 3 fatores juntos levam ao envelhecimento
celular: mutações no material genético, perda
celular e funções celulares reduzidas.
Lipofusina:
Marcador biológico do envelhecimento celular,
pigmento de desgaste, do envelhecimento,
lipocromo.
Grânulos intracitoplasmáticos partos, amarelados,
autofluorescentes.
Formados por proteínas e lipídeos não degradáveis,
derivados da degradação oxidativa de
macromoléculas (autofagia).
É desequilíbrio entre autofagocitose contínua e
incapacidade de eliminar resíduos da autodigestão.
São subprodutos que as células não conseguem
degradar.
Ela se acumula ao passar do tempo em razão de que
processos responsáveis pela formação e acúmulo
ocorrem ao longo de toda a vida.
Síndrome de Weiner
Doença hereditária autossômica recessiva, gerada
por mutação no gene WRN, que codifica uma
helicase de dna.
Alterações são na pele (muito marcada nas
extremidades), calcificações subcutâneas, catarata e
diabetes melitus.
Primeiros sintomas na puberdade, mas
manifestação ocorre na terceira e quarta década de
vida.
Síndrome do envelhecimento precoce.

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