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APG 08 – Vasos - Reconhecer os vasos sanguíneos que compõem os membros superiores - Compreender os mecanismos de regulação da pressão arterial * barorreceptores de baixa e alta pressão * regulação autonômica simpática e parassimpática * circulação sistêmica e pulmonar - Descrever os sinais vitais, quais suas alterações e a importância da anamnese direcionada - Identificar as medidas de prevenções aos acidentes de trabalho Artérias dos membros superiores as principais são aquelas em que é possível aferir o pulso cardíaco, sendo elas: * Artéria subclávia: é um par de grandes artérias do sistema cardiovascular no tórax que fornecem sangue ao próprio tórax, cabeça, pescoço, ombro e braços. No lado esquerdo se origina do arco aórtico e no lado direito se origina do tronco braquiocefálico. Libera ramos para três regiões: torácica, muscular e cervical. Por fim, essas artérias se tornam as artérias axilar. * Artéria axilar: é a principal artéria do ombro, se origina da subclávia, a partir da margem lateral da primeira costela. Fornece sangue para o ombro e o braço através de seus seis ramos, todos se originam do tronco das artérias. Posteriormente, passa a ser chamada de artéria braquial. * Artéria braquial: é a principal artéria do braço (chamada de umeral), que continua a partir da artéria axilar e termina ao emitir os ramos do antebraço, que origina as artérias ulnar e radial. Pulso palpável na parte anterior do cotovelo, utilizada comumente para a esfigmomanometria (aferição da pressão arterial). * Artéria radial: uma das principais artérias do antebraço, se origina da artéria braquial. Desce através da parte lateral do antebraço, emite vários ramos para as mãos. Suas pulsações podem ser percebidas facilmente. Termina na mão, quando se anastomosa (se comunica) com a ulnar. * Artéria ulnar: uma das principais artérias do antebraço, se origina da artéria braquial. Desce pela parte medial do antebraço. É palpável na face anterior e externa do pulso, é acompanhado pela veia ulnar (ou cubital). Termina na mão, quando se anastomosa (se comunica) com a radial. Veias dos membros superiores as principais são aquelas que acompanham as principais artérias, sendo elas: * Veia subclávia: Há duas veias subclávias (grandes) em cada um dos lados do corpo humano. Cada uma delas é a continuação da veia axilar e une-se à veia jugular interna que forma assim a veia braquiocefálica. É através das veias subclávias que o sistema linfático faz a sua relação com o sistema cardiovascular. * Veia axilar: se origina da junção das veias cefálica e basílica. Se estende até a margem inferior da primeira costela onde continua como veia subclávia que termina com sua junção com a jugular interna. É uma continuação da veia braquial e sobe através da axila, medial à sua artéria. * Veia braquial: são veias profundas, que se posicionam como guarda-costas adjacentes à artéria braquial - uma cursa em seu lado medial, e a outra em seu lado lateral. Suas tributárias são veias do antebraço e veias que acompanham os ramos da artéria braquial. * Veia basílica: uma das principais veias do antebraço, cursando através do lado ulnar. Forma-se no punho, sobe pelo antebraço e braço, além de chegar à axila, onde termina a partir da fusão com outras veias, para formar a veia axilar. É superficial, podendo ser vista sob a pele. * Veia cefálica: uma das principais veias do antebraço, cursando através do lado radial do antebraço. Forma- se na face lateral da rede venosa dorsal da mão, por meio da fusão de veias que a ela pertencem. É superficial, podendo ser vista sob a pele. Regulação da pressão arterial O centro cardiovascular (CV) que fica no bulbo ajuda a regular a frequência cardíaca e o volume sistólico. Além disso, controla o sistema de feedback negativo neurais, hormonais e locais que regulam a pressão e fluxo sanguíneo a tecidos específicos. Existem grupos de neurônios no centro CV que regulam a contratilidade dos ventrículos, estimulam e inibem o coração. Controlam também a vasoconstrição e vasodilatação. O centro CV recebe informações das regiões superiores do encéfalo e dos receptores sensitivos. Os três principais receptores sensitivos que fornecem informações ao centro cardiovascular são: * Proprioceptores: monitoram os movimentos das articulações e músculos e fornecem informações ao centro CV durante o exercício físico, sendo responsável pelo rápido aumento da frequência cardíaca. * Barorreceptores: são sensíveis à pressão, estão localizados na aorta, as artérias carótidas internas e outras grandes artérias do pescoço e tórax. Eles enviam impulsos para o centro cardiovascular para ajudar a regular a pressão sanguínea. Isso ocorre quando o fluxo sanguíneo passa pelas regiões em que os barorreceptores se encontram. Baixa pressão: (lento) o SNC atua aumentando as variáveis que compõem a PA. Para isso, o centro CV diminui a estimulação parassimpática, por meio de axônio motores dos nervos vagos e aumenta a estimulação simpática via nervos aceleradores cardíacos. Ou seja, a diminuição do parassimpático causa a vasoconstrição, o que aumenta a RVP e o aumento do simpático acelera o batimento, aumentando o DC. Consequentemente, a PA também aumenta. Alta pressão: (rápido) o SNC atua diminuindo as variáveis que compõem a PA. Para isso, o centro CV aumenta a estimulação parassimpática, liberando acetilcolina e diminui a estimulação simpática via nervos aceleradores cardíacos. Ou seja, o aumento do parassimpático reduz a frequência cardíaca, diminuindo o DC e a diminuição do simpático causa a vasodilatação, o que diminui a RVP. Consequentemente, a PA também diminui. Explicando melhor: PA= DC x RVP PA: Pressão arterial DC: Débito cardíaco (frequência cardíaca x Volume sistólico) RVP: Resistência vascular periférica (vasoconstrição aumenta a RVP e a vasodilatação diminui a RVP. * Quimiorreceptores: monitoram a concentração de vários produtos químicos no sangue. Detectam mudanças nos níveis sanguíneos de O2, CO2 e H+. Em casos de, Hipoxia= baixa disponibilidade de O1 Acidose= aumento na concentração de H+ Hipercapnia= excesso de CO2 o centro CV aumenta a estimulação simpática de arteríolas e veias, reestabelecendo tais concentrações. * Regulação hormonal Angiotensina e antidiurético: aumentam a pressão arterial Epinefrina e norepinefrina: aumentam o débito cardíaco Peptídio natriurético atrial: reduz a pressão arterial Circulação sistêmica: transporta oxigênio e nutrientes para os tecidos do corpo e remove o dióxido de carbono, escórias metabólicas e o calor dos tecidos. Todas as artérias sistêmicas se ramificam da aorta. O sangue desoxigenado retorna ao coração pelas veias sistêmicas. Todas elas drenam para a veia cava superior, inferior ou o seio coronário. Circulação pulmonar: leva o sangue desoxigenado do ventrículo direito para os alvéolos nos pulmões e retorna o sangue oxigenado dos alvéolos para o átrio esquerdo. O tronco pulmonar divide em dois ramos: a artéria pulmonar direita para o pulmão direito e a artéria pulmonar esquerda para o pulmão esquerdo. Após o nascimento essas são as únicas que transportam o sangue venoso. Ao entrar nos pulmões, os ramos se dividem e subdividem até que por fim formam os capilares em torno dos alvéolos no interior dos pulmões. O CO2 passa do sangue para os alvéolos e é expirado. Já o O2 inalado passa do ar dos pulmões para o sangue. Os capilares pulmonares se unem para formar vênulas e, por fim, as veias pulmonares, deixam os pulmões, transportando o sangue oxigenado para o átrio esquerdo. Duas veias pulmonares direitas e esquerdas entram no átrio esquerdo. Após o nascimento, são as únicas quetransportam o sangue oxigenado. Por fim, as contrações do ventrículo esquerdo ejetam o sangue oxigenado para a circulação sistêmica. Sinais vitais são as medidas corporais básicas de um ser humano, essenciais para que ele esteja bem. São quantificados mediante avaliações numéricas e comparados a parâmetros tidos como normais, que podem variar de acordo com a idade, peso, sexo e saúde do paciente. Os principais sinais vitais são: * Frequência cardíaca (FC): é definida como a quantidade de vezes que o coração bate por minuto e é expressa em batimentos por minuto (bpm). Existem 2 principais técnicas para aferição da FC: ausculta cardíaca ou palpação. Sendo a palpação da artéria radial no pulso ou a artéria carótida, na lateral do pescoço. Conta o batimento durante um minuto. • De 0 a 2 anos – entre 120 e 140 bpm; • Entre 8 e 17 anos – entre 80 e 100 bpm; • Adulto sedentário – entre 70 e 80 bpm; • Adultos praticantes de atividades físicas e idosos – entre 50 a 60 bpm. Fatores que podem causar variação na frequência cardíaca: - Exercício físico - Tabagismo; drogas - Ansiedade e estresse - Hipoglicemia - Anemia, febre, hipertireoidismo - Medicamentos; álcool; cafeína * Frequência respiratória (FR): corresponde ao número de ciclos respiratórios que uma pessoa realiza em um intervalo de um minuto, sendo que esse ciclo é composto pela inspiração, momento em que o ar entra nos pulmões, e pela expiração, quando o gás carbônico é eliminado dos pulmões para o ambiente. Não se deve contar ao paciente que sua FR está sendo verificada, uma vez que inconscientemente alteramos o nosso padrão respiratório. Observar os ciclos respiratórios e contar durante 1 minuto inteiro; Os valores considerados normais, são: • Mulher: – 18 a 20 mpm; • Homem: – 16 a 18 mpm; • Criança: – 20 a 25 mpm; • Lactantes: – 30 a 40 mpm. Fatores que podem causar variação na frequência respiratória: - Oxigênio - Temperatura - Lesões e ferimentos - Exercício físico - Doenças cardiorrespiratórias * Pressão arterial (PA): é definida como a força aplicada pelo sangue nas paredes internas das artérias enquanto está em circulação. Ela é escrita com valores sistólicos (contração) e diastólicos (relaxamento). Dessa forma, a pressão de um indivíduo saudável gira em torno de 120×80 mmHg, sendo que 120 mmHg é a pressão de sístole, e 80 mmHg é a pressão de diástole. Uso do esfigmomanômetro. Fatores que podem causar variação na PA: - Obesidade - Álcool - Sedentarismo - Idade - Colesterol - Genética * Temperatura corporal (°C): corresponde à temperatura média do organismo humano. Geralmente, os valores normais estão entre 35,5 até 37,4°C sendo que temperaturas abaixo de 35,5º C indicam um estado de hipotermia e temperaturas acima de 37,4°C são indicativas de febre (hipertermia). Uso do termômetro. Fatores que podem causar variação na temperatura: - Idade - Ambiente - Nível hormonal - Exercício físico - Estresse - Ritmo cardíaco Anamnese - Identificação - Queixa e duração - História pregressa da doença atual - Interrogatório sobre os diversos aparelhos - Antecedentes pessoais - Antecedentes familiares - Hábitos de vida - Histórico socioeconômico Prevenção no ambiente de trabalho • Utilize os Equipamentos de Proteção Individual (EPI); • Mantenha áreas de circulação desobstruídas; • Não obstrua o acesso aos equipamentos de emergências (macas, extintores, etc.) • Informe ao superior imediato sobre a ocorrência de incidentes, para que se possa corrigir o problema e evitar futuros acidentes; • Não execute atividade para a qual não está habilitado; • Não improvise ferramentas. Solicite a compra de ferramentas adequadas à atividade; • Não faça brincadeiras durante o trabalho. Sua atenção deve ser voltada apenas para a atividade que está executando; • Oriente os novos colaboradores sobre os riscos das atividades; • Cuidado com tapetes em áreas de circulação; • Não retire os Equipamentos de Proteção Coletiva das máquinas e equipamentos. Eles protegem você e demais trabalhadores simultaneamente; • Não fume em locais proibidos. Procure os locais destinados para tal; • Evite a pressa, ela é “inimiga da perfeição”. Além de se expor ao nível de risco maior, seu trabalho não terá uma boa qualidade; • Confira sua máquina ou equipamento de trabalho antes de iniciar suas atividades, através do check list;
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