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1 APG 1 Pressão Arterial Lorrainy Abade Brito - 3º Período Medicina SOI III FASA – Faculdade Santo Agostinho Objetivo 1 Os principais componentes do sistema cardiovascular são: 1. Coração O coração é o principal órgão do sistema cardiovascular e é caracterizado por um músculo oco, localizado no centro do tórax, que funciona como uma bomba. Ele é dividido em quatro câmaras: • Dois átrios: por onde o sangue chega no coração vindo do pulmão através do átrio esquerdo ou vindo do corpo através do átrio direito; • Dois ventrículos: é a partir daí que o sangue vai para o pulmão ou para o resto do corpo. O lado direito do coração recebe o sangue rico em gás carbônico, também conhecido como sangue venoso, e o leva para os pulmões, onde recebe oxigênio. Dos pulmões, o sangue segue para o átrio esquerdo e desse, para o ventrículo esquerdo, de onde sai a artéria aorta, que leva o sangue rico em oxigênio e nutrientes para todo corpo. 2. Artérias e veias Para circular por todo o corpo, o sangue flui dentro de vasos sanguíneos, que podem ser classificados como: • Artérias: são fortes e flexíveis pois precisam transportar o sangue do coração e suportar pressões sanguíneas elevadas. Sua elasticidade ajuda na manutenção da pressão arterial durantes os batimentos cardíacos; • Artérias menores e arteríolas: possuem paredes musculares que ajustam seu diâmetro a fim de aumentar ou diminuir o fluxo sanguíneo em uma determinada área; • Capilares: são vasos sanguíneos pequenos e de paredes extremamente finas, que atuam como pontes entre artérias. Estes permitem que o oxigênio e os nutrientes passem do sangue para os tecidos e que os resíduos metabólicos passem dos tecidos para o sangue; • Veias: transportam o sangue de volta para o coração e geralmente não estão sujeitas a grandes pressões, não precisando ser tão flexíveis como as artérias. Todo o funcionamento do sistema cardiovascular está baseado no batimento do coração, onde os átrios e ventrículos do coração relaxam e se contraem formando um ciclo que garantirá toda a circulação do organismo. 3. Grandes vasos Grandes vasos é um termo usado para se referir coletivamente aos principais vasos sanguíneos, que transportam sangue do e para o coração. Que incluem: https://pt.wikipedia.org/wiki/Vasos_sangu%C3%ADneos https://pt.wikipedia.org/wiki/Vasos_sangu%C3%ADneos https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o 2 APG 1 Pressão Arterial Lorrainy Abade Brito - 3º Período Medicina SOI III FASA – Faculdade Santo Agostinho Veia cava As veias cavas superior e inferior são as Veias que levam de volta o Sangue venoso do corpo para o coração: em direção ao átrio direito do coração • Veia cava superior A veia cava superior é uma das duas principais veias sistêmicas, ou seja, que vêm do organismo e desaguam no átrio direito do coração ao nível da 3ª cartilagem costal direita. Ela drena o sangue que vem da cabeça e dos membros superiores. É o resultado da união das veias braquiocefálicas direita e esquerda ao nível do bordo inferior da 1ª cartilagem costal direita. Não apresenta válvulas. Recebe como tributária a veia Ázigos. Por ela circula sangue venoso, pobre em oxigênio e rico em gás carbônico. • Veia cava inferior a veia cava inferior é a principal veia que transporta o sangue venoso do abdómen e dos membros inferiores para o coração. Forma- se a nível da quinta vértebra lombar através da junção das veias ilíacas comuns, e termina no átrio direito . No caminho entre a cavidade abdominal e a cavidade torácica, passa pelo forame da veia cava até chegar ao coração. Depois que a veia cava atravessa sua abertura no centro tendíneo do diafragma, tem um percurso intratorácico de 2 a 3 cm, antes de penetrar no átrio direito. No átrio, a VCI possui um óstio com uma válvula imperfeita. Artéria pulmonar As artérias pulmonares são os vasos sanguíneos que, partindo do coração, em particular do ventrículo direito, alcançam os pulmões, penetrando no hilo pulmonar e se ramificando junto aos brônquios. São as únicas artérias (além das artérias umbilicais) que transportam sangue pobre em oxigénio e rico em dióxido de carbono (sangue venoso). • Tronco pulmonar • Artéria pulmonar direita • Artéria pulmonar esquerda Veias pulmonares As veias pulmonares são vasos sanguíneos que carregam sangue rico em oxigênio dos pulmões até o átrio esquerdo do coração. Elas são as únicas veias da circulação pós-fetal do corpo humano que carregam sangue oxigenado (vermelho). • Superior direita • Inferior direita • Superior esquerda • Inferior esquerda Aorta Aorta é a maior e mais importante artéria de todo o sistema circulatório do corpo humano. Dela se derivam todas as outras artérias do organismo, com exceção da artéria pulmonar. A aorta se inicia no coração, na base do ventrículo esquerdo, e termina à altura da quarta vértebra lombar, onde se divide nas artérias ilíacas comuns. Ela leva sangue oxigenado para todas partes do corpo através da circulação sistêmica. https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_cava https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_cava https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_cava https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_cava https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_cava https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_cava_superior https://pt.wikipedia.org/wiki/Aur%C3%ADcula https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Cabe%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Membro_superior https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue_venoso https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A1s_carb%C3%B4nico https://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_cava_inferior https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue_venoso https://pt.wikipedia.org/wiki/Abd%C3%B3men https://pt.wikipedia.org/wiki/Membro_inferior https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A9rtebra_lombar https://pt.wikipedia.org/wiki/Veias_il%C3%ADacas_comuns https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81trio_direito https://pt.wikipedia.org/wiki/Forame_da_veia_cava https://pt.wikipedia.org/wiki/Forame_da_veia_cava https://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria_pulmonar https://pt.wikipedia.org/wiki/Vaso_sangu%C3%ADneo https://pt.wikipedia.org/wiki/Vaso_sangu%C3%ADneo https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Ventr%C3%ADculo_direito https://pt.wikipedia.org/wiki/Pulm%C3%B5es https://pt.wikipedia.org/wiki/Hilo https://pt.wikipedia.org/wiki/Br%C3%B4nquio https://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria_umbilical https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%A9nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_carbono https://pt.wikipedia.org/wiki/Veias_pulmonares https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio https://pt.wikipedia.org/wiki/Pulm%C3%B5es https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81trio https://pt.wikipedia.org/wiki/Aorta https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_circulat%C3%B3rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_humano https://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria_pulmonar https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Ventr%C3%ADculo_esquerdo https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A9rtebra_lombar https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_circula%C3%A7%C3%A3o 3 APG 1 Pressão Arterial Lorrainy Abade Brito - 3º Período Medicina SOI III FASA – Faculdade Santo Agostinho A artéria aorta pode ser dividida em 5 partes: Aorta ascendente: É uma pequena porção desta artéria, que se inicia com a raiz da aorta (esta por sua vez comunica-se com o ventrículo esquerdo do coração), e segue até a altura do ângulo esternal, onde se inicia o arco da aorta. São ramos da aorta ascendente as artérias coronárias direita e esquerda. Arco da aorta (ou arco aórtico): É o trecho da aortano qual seu trajeto muda de ascendente para descendente. Neste trecho. o tronco braquiocefálico, a artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda se originam. Aorta descendente: A porção terminal da aorta, vai do arco da aorta até seu final. Aorta torácica: Vai do arco da aorta até aproximadamente o nível da 12ª vértebra torácica, onde atravessa o hiato aórtico do diafragma e se torna a aorta abdominal. Emite vários ramos, classificados em parietais e viscerais. Aorta abdominal: inicia-se no nível da 12ª vértebra torácica e termina à altura da quarta vértebra lombar, quando se divide nas artérias ilíacas comuns direita e esquerda. Durante seu trajeto, possui várias ramificações, que também podem ser divididas em ramos parietais (artérias frênicas inferiores, lombares, ilíacas comuns e sacral mediana) e viscerais (artérias suprarrenais, renais, gonadais e tronco celíaco, artérias mesentéricas superior e inferior). → O sistema cardiovascular pode ser dividido em duas partes principais: a circulação pulmonar (pequena circulação), que leva o sangue do coração aos pulmões e dos pulmões de volta ao coração e a circulação sistêmica (grande circulação), que leva o sangue do coração para todos os tecidos do organismo através da artéria aorta. A fisiologia do sistema cardiovascular é ainda composta por diversas etapas, que incluem: 1. O sangue vindo do corpo, pobre em oxigênio e rico em gás carbônico flui através das veias cavas até o átrio direito; 2. Ao encher, o átrio direito envia o sangue até o ventrículo direito; 3. Quando o ventrículo direito fica cheio, ele bombeia o sangue através da válvula pulmonar até as artérias pulmonares, que vão suprir os pulmões; 4. O sangue flui para os capilares nos pulmões, absorvendo o oxigênio e eliminando gás carbônico; 5. O sangue rico em oxigênio, flui através das veias pulmonares até o átrio esquerdo no coração; 6. Ao encher, o átrio esquerdo envia o sangue rico em oxigênio até o ventrículo esquerdo; 7. Quando o ventrículo esquerdo fica cheio, ele bombeia o sangue através da válvula aórtica até a aorta; Por fim, o sangue rico em oxigênio, irriga todo o organismo, fornecendo a energia necessária para o funcionamento de todos os órgãos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Arco_a%C3%B3rtico https://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria_coron%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Arco_a%C3%B3rtico https://pt.wikipedia.org/wiki/Hiato_a%C3%B3rtico https://pt.wikipedia.org/wiki/Hiato_a%C3%B3rtico https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A9rtebra_tor%C3%A1cica https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A9rtebra_lombar https://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria_il%C3%ADaca_comum 4 APG 1 Pressão Arterial Lorrainy Abade Brito - 3º Período Medicina SOI III FASA – Faculdade Santo Agostinho Objetivo 2 O sistema nervoso autônomo é responsável pelo controle neural da circulação. Sendo a função do sistema nervoso simpático a de vasoconstrição e aumento da frequência e débito cardíaco, enquanto o parassimpático trabalha como antagonista dessas funções, porém sem efeito vascular. Esse sistema é ativado por centros localizados na medula espinhal, no tronco cerebral e no hipotálamo. E sua grande característica é a rapidez na resposta. O controle neural da pressão depende de quatro arcos reflexos bem destacados, o barorreflexo, o quimiorreflexo, o reflexo cardiopulmonar e reflexos estabelecidos por outros receptores de menor importância. Controle Neural → • Barorreceptores estão localizados nas paredes das principais artérias e veias, e no coração. Sua ativação ocorre pelas elevações na pressão arterial e/ou no volume sanguíneo, havendo especificidades entre os receptores em diferentes sítios; • A sinalização a partir dos barorreceptores é conduzida pelos nervos glossofaríngeo e vago até o tronco cerebral; • A ativação dos barorreceptores determina inibição da descarga simpática a partir do núcleo do trato solitário no bulbo. Como consequência, ocorrem quedas na pressão arterial e na frequência cardíaca. De todos os reflexos cardiovasculares ativados por um distúrbio cardiovascular, o barorreflexo arterial é geralmente elencado como o mais importante. Sinais emergentes desses receptores levam a modificações na frequência cardíaca, na atividade vasomotora simpática e na taxa de secreção de vasopressina. Em situações de elevação da pressão arterial há um aumento na deformação da membrana das terminações nervosas dos barorreceptores, permitindo a abertura de canais iônicos mecanossensíveis que, dependendo da magnitude da deformação, leva à despolarização dos terminais. Caso haja despolarização suficiente para a abertura dos canais de sódio voltagem dependentes, há o surgimento de um potencial de ação que é transmitido por toda a fibra com frequência de impulsos relacionada à magnitude da despolarização. O barorreflexo também pode ser modulado por mecanismos humorais, uma vez que angiotensina II (ANG II) circulante reduz a transmissão de barorreceptores aferentes e de neurônios de segunda ordem. O mecanismo da ANG II no controle do barorreflexo consiste no aumento da produção de óxido nítrico (NO) pelo endotélio capilar; isso ocorre, pois, a ANG II atua nos receptores AT1 (um dos tipos de receptores de angiotensina II), localizados no endotélio e em neurônios aumentando a produção de NO, que irá atuar sobre o NTS ativando receptores gabaérgicos nessa área, que resulta em inibição tanto dos neurônios glutamatérgicos quanto da transmissão de impulsos nervosos dos barorreceptores. → As trocas gasosas realizadas pelos pulmões e a excreção de ácidos e bases realizada pelos rins são responsáveis pela manutenção dos níveis adequados de pressão parcial oxigênio (PO2, pressão parcial de dióxido de carbono (PCO2) e concentração de íons de hidrogênio (pH). São os quimiorreceptores, localizados estrategicamente nas artérias (seio carotídeo e arco aórtico), que detectam o aumento 5 APG 1 Pressão Arterial Lorrainy Abade Brito - 3º Período Medicina SOI III FASA – Faculdade Santo Agostinho desses fatores e desencadeiam respostas homeostáticas para corrigir essas variações. A ativação dos quimiorreceptores no corpo carotídeo pela hipóxia ou pela hipercarpnia estimula a ventilação (aumento da frequência e amplitude respiratória), causa a excitação e aumento da ativação do SNA para o coração e vasos sanguíneos. → Estudos histológicos e eletrofisiológicos demonstraram a presença de receptores nos átrios, ventrículos, coronárias, pericárdio, artéria pulmonar e junção entre a veia cava e veias pulmonares com os átrios. Esses receptores foram chamados de “receptores cardiopulmonares”. As aferências desses receptores podem ser mielinizadas ou não mielinizadas e elas se projetam até o bulbo através do nervo vago (aferentes vagais) ou via medula espinhal, acompanhando os nervos simpáticos (aferências espinhais). → Esses aferentes podem ser terminações mecânicas ou terminações quimiossensíveis. Suas respostas se assemelham muito aos mecanorreceptores arteriais, por isso é proposto que as vias de integração bulbar desses aferentes sejam as mesmas dos barorreceptores. Em situações de controle, esses aferentes contribuem menos que os barorreceptores na regulação momento a momento dos parâmetros cardiovasculares. Porém, aferentes vagais não-mielinizados tem se mostrado importantes em situações patológicas. Por exemplo, na hemorragia (com hipotensão hipovolêmica), a ativação deles é importante para reforçar e potencializar a ação dos barorreceptores; na insuficiência cardíaca congestiva, eles se opõem à ação dos barorreceptores, permitindo uma regulação mais precisa dos parâmetros cardiovasculares.A estimulação das terminações quimiossensíveis determina redução da FC e da pós-carga, reduzindo a demanda metabólica do miocárdio. → São terminações nervosas grandes e não- encapsuladas, localizadas nas junções das grandes veias com os átrios. Possuem velocidade de condução elevada (8-30 m/s). São divididos em dois tipos de receptores: os receptores A descarregam durante a sístole e são localizados em série aos miócitos; já os receptores B são ativados durante a diástole e estão localizados paralelamente aos miócitos. Esses receptores fornecem informações ao SNC, a cada ciclo cardíaco, sobre a FC e o retorno venoso, determinado pela pressão venosa central. Os aferentes vagais mielinizados são tônicos e são os principais responsáveis pela regulação reflexa da volemia, evocados por manobras experimentais (tais como expansão da volemia, imersão do corpo em água, postura recumbente, dentre outras), por diferentes enfermidades (tais como insuficiência cardíaca congestiva e taquicardia paroxística supraventricular) e também por elevações crônicas da concentração sérica de peptídeo natriurético atrial (ANP) durante a ingestão aumentada de sal. → São terminações nervosas livres espalhadas pelas coronárias, grandes vasos torácicos e câmaras cardíacas. Elas caminham junto ao simpático cardíaco e seus corpos celulares estão localizados nos gânglios da raiz dorsal. Seus receptores são ativados por ação mecânica ou por substâncias liberadas localmente durante a isquemia ou aplicadas no epicárdio (bradicinina, ácidos orgânicos, cloreto de potássio). Suas principais funções consistem em sinalizar a perfusão e/ou fluxo sanguíneo nas coronárias, levando a uma 6 APG 1 Pressão Arterial Lorrainy Abade Brito - 3º Período Medicina SOI III FASA – Faculdade Santo Agostinho dilatação desses vasos em casos de isquemia. As fibras quimiossensíveis sinalizam sensações dolorosas, como aquelas observadas em quadros de angina pectoris. Em síntese, sua principal função é proteger o miocárdio contra isquemia. Controle Humoral A regulação humoral da circulação significa a regulação por substâncias secretadas ou absorvidas para os líquidos corporais como hormônios, íons e assim por diante. Algumas dessas substâncias são formadas por glândulas especiais e, então, transportadas no sangue por todo o corpo. Outras são formadas em áreas localizadas de tecido em resposta a condições locais ou são liberadas por nervos excitados. Causam então efeitos circulatórios locais. Entre os fatores humorais mais importantes que afetam a função circulatória estão os seguintes: agentes vasoconstritores e agentes vasodilatadores. Os agentes vasoconstritores mais conhecidos são: norepinefrina, epinefrina, angiotensina, vasopressina e a endotelina. • Norepinefrina A norepinefrina é um hormônio vasoconstritor muito poderoso. A epinefrina é menos e, em algumas instâncias, até causa discreta vasodilatação. Quando o sistema nervoso simpático é estimulado durante o estresse ou o exercício, as terminações nervosas simpáticas liberam norepinefrina, que excita o coração, as veias e as arteríolas. Os nervos também fazem com que as medulas adrenais secretem tanto norepinefrina quanto epinefrina no sangue. Esses hormônios então circulam no sangue e causam quase os mesmos efeitos excitatórios sobre a circulação que a estimulação simpática direta, fornecendo assim um duplo sistema de controle. A angiotensina é uma das substâncias vasoconstritoras mais poderosas das que são conhecidas. Uma quantidade tão pequena como um milionésimo de grama pode aumentar a pressão arterial (PA) de uma pessoa por até 50 ou mais mmHg. O efeito da angiotensina é provocar constrição muito intensa das pequenas arteríolas. A verdadeira importância da angiotensina no sangue é que ela normalmente atua de forma simultânea sobre todas as arteríolas do corpo para aumentar a resistência periférica total, aumentando assim a pressão arterial. Por causa disso e de vários efeitos estimulatórios renais e adrenocorticais da angiotensina, esse hormônio desempenha um papel integral na regulação da PA. • Vasopressina A vasopressina, também chamada de hormônio antidiurético, é formada no hipotálamo, mas é transportada para baixo, ao longo do centro de axônios nervosos, para a glândula hipófise posterior, onde é finalmente secretada no sangue. A vasopressina é ainda mais poderosa que a angiotensina como vasoconstritor, que talvez a torne assim a substância constritora mais potente do corpo. Normalmente apenas quantidades muito diminutas de vasopressina são secretadas. Entretanto, após a hemorragia grave que cause uma grande baixa da PA, a concentração de vasopressina pode subir o suficiente para aumentar a PA até 60 mmHg. Em muitos casos, isso pode, por si só, trazer a PA quase de volta ao normal. • Endotelina A endotelina é um grande peptídeo com 21 aminoácidos que, com pequenas quantidades, pode causar uma vasoconstrição poderosa. Essa substância está presente nas células endoteliais de todos ou quase todos os vasos sanguíneos do corpo. O estímulo usual para a liberação é a lesão do endotélio, como a causada pelo esmagamento dos tecidos ou pela injeção de uma substância química traumatizante dentro do vaso sanguíneo. Após lesão grave do vaso sanguíneo, são provavelmente a liberação de endotelina local e a vasoconstrição subsequente que impedem o sangramento profuso das artérias de até 5 mm de diâmetro, que foram abertas para lesão do esmagamento. Os agentes vasodilatadores mais importantes na regulação humoral são: bradicinina, histamina e prostaglandinas. 7 APG 1 Pressão Arterial Lorrainy Abade Brito - 3º Período Medicina SOI III FASA – Faculdade Santo Agostinho • Bradicinina e Histamina Várias substâncias chamadas de cininas, que podem causar vasodilatação potente, são formadas no sangue e nos líquidos teciduais de alguns órgãos. Uma dessas substâncias é a bradicinina. As cininas são pequenos clivados por enzimas proteolíticas a partir de globulina alfa 2 no plasma ou nos líquidos teciduais. Uma vez formada, a bradicinina persiste por apenas alguns minutos porque é inativada pela enzima carboxipeptidase ou pela enzima de conversão, uma enzima que também desempenha um papel essencial na ativação da angiotensina. A bradicinina causa dilatação arteriolar muito potente e também permeabilidade capilar aumentada. A injeção, por exemplo, de 1 micrograma de bradicinina na artéria braquial de uma pessoa, aumenta o fluxo sanguíneo do braço até seis vezes, e mesmo pequenas quantidades ainda menores, injetadas localmente nos tecidos, podem causar edema acentuado por causa do aumento do tamanho dos poros dos capilares. A histamina é liberada essencialmente em cada tecido do corpo quando este é lesado, inflamado ou sujeito a uma reação alérgica. A maior parte da histamina é derivada dos mastócitos nos tecidos acometidos e dos basófilos no sangue. A histamina tem poderoso efeito vasodilatador sobre as arteríolas e, como a bradicinina, também tem a capacidade de aumentar muito a porosidade capilar, permitindo o extravasamento tanto de líquido quanto de proteínas plasmáticas para dentro dos tecidos. → Reações Alérgicas Em muitas condições patológicas, a intensa dilatação arteriolar e a porosidade capilar aumentada, causadas pela histamina, motivam o vazamento de tremendas quantidades de líquidos para fora da circulação e para dentro dos tecidos, induzindo ao edema. Os efeitos vasodilatadores e produtores de edema locais da histamina são especialmente proeminentes nas reações alérgicas. 8 APG1 Pressão Arterial Lorrainy Abade Brito - 3º Período Medicina SOI III FASA – Faculdade Santo Agostinho
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