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Resumo 17- Pneumopatias Intersticiais Difusas

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PNEUMOLOGIA- DOENÇAS INTERSTICIAIS PULMONARES DANIEL DUARTE T79 
As pneumopatias Intersticiais Difusas são 
caracterizadas por doenças, as quais acometem os 
septos alveolares. Desse modo, lesão o tecido 
conjuntivo de sustentação e o parênquima 
pulmonar (Pneumócitos I e II, endotélio). 
O principal achodo desse grupo de 
Doenças são os Infiltrados Difusos em ambos os 
pulmões na radiografia; 
 
 Patogenia 
Os achados patológicos das Doenças 
intersticiais vão variar de acordo com o estágio da 
doença. No momento inicial, temos uma reação 
inflamatória, em virtude da infecção pelo 
microrganismo. 
Essa reação inflamatória é caracterizada 
pela presença de Macrófagos, de Linfócitos e de 
Neutrófilos, os quais ocupam o espaço alveolar. 
Além disso, temos o espessamento da septo 
alveolar, o que é caracterizada pela diminuição de 
Pneumócitos tipo I e pela Proliferação do Tipo II. 
Já na fase mais tardia da doença não a 
reconstituição do parênquima pulmonar. Nessa 
fase, temos a presença de Processos fibróticos 
nas regiões lesadas. Há a formação de múltiplas 
áreas císticas, as quais são descritas como 
Faveolamento pulmonar. 
 
 
 Classificação 
As Doenças pulmonares intersticiais são 
classificadas em doenças de causa conhecida e 
doenças de causa desconhecida. Assim, temos os 
seguintes exemplos: 
 
 
 Padrões Radiológicos da 
Pneumopatias intersticiais 
Essa grupo de doenças não apresentam um 
padrão patognomônico, ele podem apresentarem 
padrões intersticiais micronodular, padrões 
intersticiais reticular e ainda um misto 
(Reticulonodurar). 
 
Figura 1- Padrão Intersticial Micronodular 
•Processo Inflamatório (Alveolite);
•Espessamento dos Septos
alveolares;
Fase 
Inicial
•Processos Fibróticos (Múltiplos 
Cisto difusos);
Fase 
Tardia
•Exposições Ambientais 
•Pneumonias de Hipensnsibilidade - Estão 
relacionadas ao Mofo
•Pneumoconiose - Trabalhadores de minas
•Fármacos (Amildarona);
•Colagenoses (Artrite Reumatóide, 
Esclerodermia);
•Neoplasias
Causas 
Conhecidas
•Pneumonias Intersticiais Idiopáticas (FIP)
•Doenças Granulomatosas
•Sarcoidose
•Outras formas de DP. Desconhecida
•Linfangiomiomatose
•Proteinose alveolar
Causas 
Desconhecidas
 
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PNEUMOLOGIA- DOENÇAS INTERSTICIAIS PULMONARES DANIEL DUARTE T79 
 
Figura 2- Padrão Intersticial Reticular 
Situação clínica: Paciente chega com tosse sem 
expectoração e febre há 3 dias. Ele apresentava o 
seguinte raio-x: 
 
No raio-x, temos a presença de infiltrados 
intersticiais difusos, o que fala em favor de 
doenças intersticiais pulmonares. Associado a 
clínica (Sem expectoração e tosse e febre), 
podemos ter um caso de infecção Viral ou germes 
atípicos. 
 
 Avaliação do Paciente com DP 
Crônica 
Os principais sintomas desses pacientes 
são: 
 
Pacientes com doenças intersticiais 
permanentes cão apresentar uma dispneia ao 
esforço associado a uma tosse seca. A dispneia 
pode ser melhorada com a reabilitação pulmonar, 
como acontece no Covid-19. 
 Exame Físico 
Esses pacientes vão apresentar: 
 Estertores finos (Som de Velcro); 
 Baqueteamento digital; 
 Associados a Colagenosas: 
o Edema articular; 
o Espessamento da pele; 
 Anamnese 
Devemos investigar quanto a presença de 
doenças intersticiais pulmonares na família. Além 
disso, questionar quanto a ocupação (Exposições 
ambientais podem levar a isso – silicose, pulmão 
de fazendeiro, P. Hipersensibilidade) e quanto ao 
uso de algum medicamento, o qual possa levar a 
essa doença. 
Doenças intersticiais Ocupacionais: 
 Asbestose (Mecânicos, Eletricistas, 
encanadores); 
 Pneumonia de Hipersensibilidade 
(agricultores ou contato com pássaros); 
 Silicose (Mineradores e trabalhadores 
de empresas de cerâmica, jateando 
areia); 
 Pneumoconiose (Mineradores de 
carvão); 
 
 Investigação de pacientes com 
suspeita de DPDP 
Com a clínica e após a identificação dos 
infiltrados intersticiais na radiografia, devemos 
solicitar alguns exames para ir direcionando a 
hipótese diagnóstico. Assim solicitaremos: 
Dispneia 
Ao Esforço
Tosse seca 
persistente
 
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1- Tomografia Computadorizada de Alta 
Resolução 
2- Testes de Função Pulmonar 
a. Espirometria (Espera-se 
encontrar DV. Restritivo); 
b. Teste da caminhada; 
i. Avaliação durante o 
tratamento; 
c. Medidas da Difusão do 
Monóxido de carbono (DLCO); 
3- Gasometria arterial 
 
 Silicose 
Padrões específicos para Silicose são: 
 Micronódulos nos ápices Pulmonares; 
 Calcificação dos Linfonodos (Visível na 
observação do Hilo); 
 
Figura 3- Esquerda: Micronódulos nos ápices. Esquerda: 
Calcificação dos linfonodos. 
 
 Sarcoidose 
Na fase inicial, temos o aumento dos 
linfonodos (Para diferenciar se o aumento é dos 
linfonodos ou do Hilo, deve ser solicitado TV de 
Contraste). 
Nas fases mais tardias, podemos ter o 
comprometimento intersticial também (Infiltrado 
reticular). 
 
Paracocidiomicose  Padrão em asa de 
borboleta. 
 
 Fibrose Pulmonar Idiopática 
(FIP) 
É comum em pacientes mais velhos, acima 
dos 50 anos e é caracterizada por focos fibróticos 
pequenos e na periferia acompanhado de 
dilatação dos brônquios (Devido a Tração). 
 
 
 Linfangite Carcinomatosa 
É caracterizada pelo comprometimento 
Hilar e dos linfonodos, porém Unilateral. 
 
 
Pneumonia de Hipersensibilidade 
Teremos dois padrões, um na fase aguda e 
outro na fase crônica. Assim, são eles: 
 
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Figura 4- Aguda à esquerda e Crônica à direita 
 
 Asbestose 
É comum em trabalhadores que 
manuseiam cimento ou lajeando areia. A 
asbestose vai acometer principalmente a Pleura, 
leva um padrão em dente de serra. 
Na radiografia, temos áreas com muita 
opacidade justas pleurais. 
 
 
 Investigação pós TC 
Após a TC de alta resolução, devemos 
buscar novos exames para nos auxiliar a 
diferenciar as doenças intersticiais pulmonares. 
Entre os exames que podem ser 
solicitados, temos: 
 Suspeita de Colagenosas  Solicitar 
FAN, Fator Reumatoide, Auto-
Anticorpos e marcadores séricos 
específicos para doenças do colágeno; 
 Suspeita de Infecção, neoplasias ou 
filtrados peribrônquicos  Realizar 
broncoscopia com lavado 
Broncoalveolar e biopsia 
transbrônquica. 
 Biópsia Pulmonar a céu aberto  
último estágio da pesquisa. 
o É contraindicado para pacientes 
muito idosos, com Insuficiência 
respiratória grave, doenças 
associadas graves. 
o É desnecessário também na 
investigação da FIP. 
 
 
 
•Micronódulos centrolobulares
Fase 
Aguda
•Comprometimento das Vias aéreas
•Aprisionamento de ar
•Padrão: de perfusão em mosaico
Fase 
Crônica

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