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Raissa Morais TXI Introdução ao Sistema Endócrino Integração entre os sistemas: Homeostase Participa do processo de regulação e controle no organismo, atuando nos demais sistemas e auxiliando na manutenção do estado de homeostase; Logo, o Sistema Endócrino somado ao Sistema Nervoso apresenta um papel central à Homeostase. Representação da integração dos sistemas, tais como tegumentar, muscular, nervoso, respiratório, imunológico, circulatório, digestivo, reprodutivo e urinário. Hipotálamo: Recepção de informações tanto do organismo, como do ambiente externo. Dessa forma, é responsável por acionar o sistema nervoso e o endócrino. Obs.: a medula adrenal e a hipófise secretam em sua maior parte seus hormônios em resposta a estímulos neurais. Estudo da fisiologia do sistema endócrino Funções, importância, componentes, disfunções Glândulas Hormônios Integração entre sistemas (órgãos, tecidos, células) Doenças (patologias causadas por disfunções das glândulas) Fisiologia ↔ Homeostase ↔ Integração de funções Sistema Endócrino: Funções e Importância Sistema regulador (em conjunto com o sistema nervoso) Responsável pela coordenação e integração de todos os sistemas do organismo Importante para manter a homeostase, controlando praticamente todas as funções orgânicas: Reprodução Desenvolvimento e crescimento: controle da proliferação, da diferenciação e da morte celular Metabolismo Balanço hidroeletrolítico, pressão arterial Secreção de substâncias Raissa Morais TXI Controle da fome e da saciedade etc. Sistema Endócrino: Componentes Sob o ponto de vista da Endocrinologia Clássica Glândulas endócrinas: Estruturas formadas, em grande parte das vezes, por células de origem embrionária epitelial que sintetizam e secretam os hormônios. Possuem função secretora. Ex.: Pâncreas – Glândula Mista: Endócrina e Exócrina Produção do Suco Pancreático e de Substâncias distribuídas pelo sangue Hormônios: Mensageiros químicos secretados por glândulas no líquido intersticial e distribuídos pela corrente sanguínea podendo atuar em células-alvo próximas e distantes; Tais células-alvo possuem receptores. Obs.: Hormônios Neuroendócrinos são produzidos por neurônios. Sob o ponto de vista da Endocrinologia Atual Células Secretoras: Em teoria, qualquer célula do corpo; Hormônios: Mensageiros químicos ou substâncias não nutrientes (não será degradada para produção de energia) que se ligam em células-alvo e induzem respostas celulares Obs.: Não é o fato de a substância não passar pela corrente sanguínea que altera a sua função. Necessidade de receptores e tecido-alvo. É necessária a comunicação celular. Exemplos: Endocrinologia Clássica Glândulas endócrinas: hipotálamo, hipófise, pineal, tireoide, paratireoides, timo, pâncreas, adrenais, gônadas Hormônios: hormônio antidiurético (ADH), hormônio do crescimento (GH), insulina, adrenalina, hormônios sexuais, etc. Endocrinologia Atual Células secretoras: Adipócitos, células endoteliais, mastócitos e basófilos etc. Hormônios: Leptina, endotelina, histamina etc. Hormônios produzidos pelo tecido adiposo: Leptina Hormônio produzido pelo endotélio: Endotelina Obs.: Substância com ação parácrina possui atuação local. Raissa Morais TXI Sistema Endócrino e Comunicação celular Indicadas as principais glândulas endócrinas Os hormônios são considerados os primeiros mensageiros do sistema endócrino A integração de funções depende da comunicação celular Emissão de sinais/mensagens, tais como de alerta, de elevação da PA... Os hormônios endócrinos são transportados pelo sistema circulatório para células em todo o corpo; O hormônio do crescimento (da hipófise anterior) causa crescimento da maioria das partes do corpo e a tiroxina (da tireoide) aumenta a velocidade de muitas reações químicas em quase todas as células do corpo. Outros hormônios afetam principalmente os tecidos-alvo específicos: Por exemplo, o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), da hipófise anterior, estimula, especificamente, o córtex adrenal, fazendo com que ele secrete hormônios adrenocorticais e os hormônios ovarianos têm seus principais efeitos sobre os órgãos sexuais femininos e sobre características sexuais secundárias do corpo feminino. Conceitos Importantes Comunicação celular Sinalização celular ou biossinalização São sinônimos? A comunicação pode ocorrer com ou sem a participação de mensageiros; Comunicação Celular É um conceito mais amplo. Há comunicação celular sem ou com a participação de mensageiros químicos. Sem a participação de ligantes e receptores Junções comunicantes ou canais de comunicação (gap junctions). Canais proteicos que, sob estímulo, se abrem e permitem a passagem de íons e pequenas moléculas Ex..: junções nos discos intercalares (músculo cardíaco), sinapses elétricas Contração do músculo cardíaco, com a participação de Ca+. Raissa Morais TXI Sinapses Elétricas: Potencial de Ação sem a participação de neurotransmissores. Ocorre somente a participação de íons. Com a participação de ligantes e receptores Sinalização/”Comunicação Celular” ou Biossinalização Obs.: Comunicação celular é um termo mais amplo. Já a sinalização celular envolve um sinal, representando uma comunicação mais direta. Necessidade de MENSAGEIROS e RECEPTORES Comunicação por sinais químicos ou mensageiros químicos Esquema Geral da Sinalização Celular Uma célula produz uma molécula sinalizadora que vai se ligar a um receptor em outras células-alvo próximas ou distantes desencadeando uma ou mais respostas celulares Mecanismo denominado Transdução de Sinal Interpretação da célula-alvo a respeito da resposta que deve ocorrer. A classificação didática do tipo de sinalização celular depende da distância que a molécula sinalizadora percorre até interagir com seu receptor na célula-alvo Ex.: Adrenalina – Aumento da FC do miocárdio Receptores no músculo cardíaco para a Adrenalina Obs.: Diferença Envolve ligante e receptor: Sinalização Receptores são sempre PROTEICOS. Tipos de Sinalização Celular É baseada na distância em que o sinal percorre até interagir com seu receptor na célula-alvo Sinalização dependente de contato (ou justácrina) Sinalização parácrina (sendo a autócrina um subtipo desta) Autócrina: Produção de subst. que agem nela mesma. Sinalização endócrina Sinalização por neurotransmissores ou Neurotransmissão Raissa Morais TXI Justácrina • Ex.: Células do sistema imune TCD4+... • Sinalização durante o desenvolvimento embrionário • Dependente de contato Parácrina • Inflamação • Reações alérgicas (hipersensibilidade) • Atuação local • Ex.: Histamina Autócrina • Angiogênese • Células do sistema imune • Sinalização durante o desenvolvimento embrionário • A própria célula sinalizadora libera e apresenta receptores para a substância Sinalização Endócrina ou Hormonal Exemplos • Sinalização hormonal (visão clássica) • Ação pelo organismo como um todo • Sistema Circulatório • Exemplos de hormônios: adrenalina, cortisol, hormônio do crescimento (GH), hormônios sexuais etc. Neurotransmissão • Sinapses • Envolve neurotransmissoresEx.: Placa Motora Neurônio Motor Mecanismo de Contração Muscular Moléculas Sinalizadoras • Sinônimos: sinais químicos, ligantes, mensageiros químicos ou hormônios • Definição atual de hormônio: qualquer substância química não nutriente capaz de conduzir determinada informação entre uma ou mais células e induzir respostas nas células-alvo • Importante no conceito: substância capaz de se ligar a um receptor específico e induzir uma ou mais respostas celulares Mensageiros químicos Quanto ao comportamento em água, os hormônios podem ser: Raissa Morais TXI • Hidrofílicos – não passam pelas membranas Obs.: A maior parte dos hormônios. • Hidrofóbicos ou lipofílicos – passam pelas membranas, mas necessitam de transportadores no sangue (proteínas plasmáticas, ex.: albumina e globulinas) • Sua estrutura e comportamento em água determinam a localização do receptor (na membrana plasmática ou no interior da célula - intracelulares) • A maioria são receptores de membrana - Hidrofilia • Ex. de receptores intracelulares – T3, T4 (Tireoide) - Hidrofobia Classes de Mensageiros Químicos • Peptídeos e proteínas Ex.: insulina, glucagon, GH • Esteroides (TODOS derivados do colesterol) Ex.: Cortisol, Aldosterona, Hormônios Sexuais, tais como Estrogênio, Progesterona, Testosterona • Derivados de aminoácidos (tirosina e triptofano) Ex.: Tirosina - T3, T4, Adrenalina e Noradrenalina, Dopamina Obs.: São considerados peptídeos, moléculas de até 100 aminoácidos; polipeptídios de 100 aminoácidos ou mais são chamados de proteínas Peptídeos e proteínas • Sintetizados como precursores inativos (pré-pró-hormônios) e armazenados em vesículas secretoras até a liberação por exocitose Ex.: A primeira insulina que é produzida. Obs.: Um pró-hormônio liberado na corrente sanguínea não funcionará. (Cadeia já sintetizada, mas faltando a ativação. Primeira clivagem) Quando o hormônio está pronto para ser liberado – já se encontra processado – completou-se a clivagem - no Golgi - da molécula. • Interagem com receptores de superfície, induzem alteração de atividade enzimática e/ou a síntese de segundos mensageiros • Os segundos mensageiros auxiliam na continuidade da resposta • Exemplos: hormônios do hipotálamo, da hipófise, da paratireoide, do pâncreas, fatores de crescimento teciduais etc. • Os hormônios proteicos e peptídicos são sintetizados na extremidade rugosa do retículo endoplasmático das diferentes células endócrinas; • Geralmente, são sintetizados primeiro, como proteínas maiores que não são biologicamente ativas {pré-pró-hormônios) e clivados para formar pró-hormônios menores, no retículo endoplasmático. • Estes são então transferidos para o aparelho de Golgi, para acondicionamento em vesículas secretoras. • Obs.: Nesse processo, as enzimas nas vesículas clivam os pró-hormônios para produzir os hormônios menores biologicamente ativos e fragmentos inativos. • As vesículas são armazenadas no citoplasma e muitas ficam ligadas à membrana celular até que o produto da sua secreção seja necessário. Raissa Morais TXI • A secreção dos hormônios (bem como os fragmentos inativos) ocorre quando as vesículas secretoras se fundem com a membrana celular e o conteúdo granular é expelido para o líquido intersticial ou diretamente na corrente sanguínea, por exocitose. Obs.: • Em muitos casos, o estímulo para a exocitose é o aumento da concentração citosólica de cálcio, causado por despolarização da membrana plasmática. • Em outros casos, a estimulação de receptor endócrino na superfície celular causa aumento do monofosfato cíclico de adenosina (AMPc) e, subsequentemente, ativação de proteinocinases que iniciam a secreção do hormônio. • Os hormônios peptídicos são hidrossolúveis, o que permite que entrem facilmente no sistema circulatório, para serem transportados para seus tecidos- alvo. Obs.: VANTAGENS DOS HORMÔNIOS PROTEICOS A própria célula regula a quantidade a ser produzida e liberada (Transcrição e Tradução) Regula a transcrição • Ex.: GH (Hormônio de crescimento) • PDGF (Fator de crescimento derivado de plaquetas) Esteroides (derivados do colesterol) • Sintetizados a partir do colesterol e não são armazenados nas células; necessitam de transportadores no sangue (globulinas) • Interagem com receptores intracelulares, alteram a expressão gênica (complexo hormônio + receptor atua como fator de transcrição) Produção de enzimas, proteínas diferentes, por exemplo. Atuação de Médio-Longo prazo principalmente • Ligado a uma globulina de transporte • Obs.: os hormônios ligados a proteínas não conseguem se difundir facilmente e pelos capilares e ganhar acesso às suas células-alvo, sendo, portanto, biologicamente inativos até que se dissociem das proteínas plasmáticas. • A ligação de hormônios a proteínas plasmáticas torna sua remoção do plasma muito mais lenta. • NÃO são armazenados • Exemplos: Hormônios do córtex adrenal, das gônadas (ovários e testículos), da placenta e a vitamina D. Hormônios do Córtex da Adrenal: Cortisol, Aldosterona (Concentração de minerais, principalmente Na+ e K+ Hormônios Sexuais: Testosterona, Estradiol, Progesterona Derivados do aminoácido tirosina (Tyr): há duas subclasses Hormônios da tireoide – tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) • Sintetizados e armazenados (exceção de hidrofóbicos armazenados) na tireoide, incorporados à proteína tireoglobulina. Obs.: lentamente libera os hormônios para os tecidos-alvo. • Para secreção, ocorre clivagem e o hormônio livre é liberado por exocitose. Raissa Morais TXI • No sangue são transportados pela globulina de ligação à tiroxina • Interagem com receptores nucleares, alteram a expressão gênica Hormônios da medula adrenal: as catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) • Proporção Hormonal: Adrenalina (80%), Noradrenalina (20%), Dopamina • Medula adrenal: células nervosas pós-ganglionares modificadas do sistema nervoso autônomo simpático (SNAS) Obs.: Como Neurotransmissores, há o predomínio de Noradrenalina. • Catecolaminas (ou aminas do catecol): são sintetizadas e armazenadas em vesículas até a secreção, são hidrossolúveis • Armazenadas em grânulos secretores, as catecolaminas também são liberadas das células da medula adrenal por exocitose. • Uma vez que as catecolaminas entrem na circulação, elas podem existir no plasma, na forma livre ou em conjugação com outras substâncias. Secreção Hormonal • Cada um dos diferentes hormônios tem suas próprias características para início e duração da ação — cada um é moldado para realizar sua função de controle específica. • Cada um dos diferentes hormônios tem suas próprias características para início e duração da ação — cada um é moldado para realizar sua função de controle específica. A maioria dos hormônios peptídicos e das catecolaminas é hidrossolúvel e circula livremente no sangue. • Em geral, são degradados por enzimas no sangue e nos tecidos e rapidamente excretados pelos rins e fígado, permanecendo assim no sangue por apenas curto período. • Hormônios que se ligam a proteínas plasmáticas são removidos do sangue com intensidade muito menor. Classe de Receptores • A primeira etapa da ação do hormônio é a de se ligar a receptores específicos, na célula- alvo • Quando o hormônio se combina com seu receptor, isso, em geral, inicia cascata de reações na célula, com cada etapa ficando mais potencialmente ativada, de modo que até pequenas concentrações do hormônio podem ter grande efeito. • Os tecidos-alvo que são afetados por um hormônio são os que contêm seus receptores específicos.• Natureza PROTEICO • Interação com os mensageiros e dar continuidade às respostas celulares Receptores de superfície ou de membrana plasmática A maioria Ligam-se a hormônios hidrofílicos Receptores intracelulares Interior Celular A minoria Ligam-se a hormônios lipofílicos Características da interação hormônio – receptor Especificidade – relaciona-se à estrutura (encaixe) Afinidade (sensibilidade) – relaciona-se à concentração do ligante Raissa Morais TXI Ex.: Mecanismo de Ação de Hormônio Esteroide Receptores do Citoplasma: Esteroides Nuclear: Hormônios da Tireoide Hormônio-Receptor: ESPECIFICIDADE O receptor reconhece um hormônio específico! • Alta AFINIDADE • Concentração As localizações para os diferentes tipos de receptores de hormônios, em geral, são as seguintes: 1.Na membrana celular ou em sua superfície. Os receptores de membrana são específicos, principalmente, para os hormônios proteicos, peptídicos e catecolamínicos. 2.No citoplasma celular. Os receptores primários para os diferentes hormônios esteroides, são encontrados, principalmente, no citoplasma. 3.No núcleo da célula. Os receptores para os hormônios da tireoide são encontrados no núcleo e se acredita localizados em associação direta com um ou mais dos cromossomos. Exemplo: Mecanismo de Ação de Hormônio Esteroide Na figura, pode-se notar a membrana de uma célula-alvo de um hormônio esteroide. A maioria dos receptores se encontram no citosol, o hormônio esteroide atravessa a membrana e se liga ao receptor. Esse complexo atuará no mecanismo de transcrição gênica, regulando a transcrição de determinado gene. Esse processo é mais lento. No citosol, ocorrerá a tradução. Receptores Hormonais Intracelulares e Ativação de Genes. • Vários hormônios, incluindo os hormônios esteroides adrenais e os gonádicos, os hormônios da tireoide, os hormônios retinoides e a vitamina D, se ligam a receptores proteicos dentro da célula, e não na membrana • Como esses hormônios são lipossolúveis, eles, prontamente, atravessam a membrana celular e interagem com receptores no citoplasma ou no núcleo. O complexo hormônio-receptor ativado então se liga à sequência do DNA regulador (promotor) Raissa Morais TXI específico chamado de elemento de resposta hormonal e, dessa maneira, ativa ou reprime a transcrição de genes específicos e a formação de RNA mensageiro (RNAm). • Portanto, minutos, horas ou até dias, depois do hormônio entrar na célula, aparecem proteínas recém-formadas na célula, que passam a ser as controladoras das funções celulares novas ou alteradas. Via de Sinalização Eficiente: • Liberação do Sinal • Resposta Celular • Especificidade • Amplificação do Sinal • Finalização do Sinal Tipos de Receptores de Superfície • A maioria dos receptores é de superfície porque os hormônios são, na maior parte, hidrofílicos • São glicoproteínas de membrana, podendo apresentar um ou mais segmentos transmembrana • Obs.: PTN que sua ação depende de interações, tais como receptor- ligante, possui carboidratos na composição. São de três tipos principais: Receptores acoplados a canais iônicos Receptores acoplados à proteína G Receptores com atividade enzimática Receptores acoplados a canais iônicos • Alteram a permeabilidade das células-alvo • Canal no qual permite a passagem de substâncias desde que esteja aberto. Há uma regulação desse canal. • As substâncias neurotransmissoras, como a acetilcolina e a norepinefrina, combinam-se com receptores na membrana pós-sináptica • Isso quase sempre causa alteração da estrutura do receptor, geralmente abrindo ou fechando o canal para um ou mais íons. • Alguns desses receptores ligados a canais iônicos abrem (ou fecham) canais para íons • Ex.: Receptor de acetilcolina no músculo esquelético estriado ▪ O receptor de ACh no músculo esquelético. Na região de sinapse, a ACh é liberada e se liga ao receptor, isso muda a conformação do canal, o qual se abre. Pode-se observar a passagem de Sódio e Potássio pelo Canal. ▪ Desse modo, se estabelece o Potencial de Ação, esse percorre e atinge o sarcoplasma, liberando o Cálcio estocado. De tal forma, ocorre a contração muscular. ▪ O próprio receptor é um canal iônico cuja abertura depende da ligação do ligante/mensageiro ao receptor. Receptores acoplados à proteína G • Mensageiros secundários são um dos componentes de iniciação de cascatas de transdução de sinal intracelulares. • Quando um receptor celular é ativado por um ligante (por exemplo um hormônio) a proteína G muda sua Raissa Morais TXI conformação, separando sua subunidade alfa da subunidade beta- gama, e trocando GDP por GTP, e move-se através da membrana celular ativando segundos mensageiros. O segundo mensageiro usado depende do efetor ativado. • Proteínas contendo sete segmentos transmembrana • Podem ativar ou inibir reações nas células-alvo • Resultam na síntese de segundos mensageiros (AMP cíclico, GMP cíclico, cálcio, derivados de lipídios de membrana) • Resposta envolve a ativação de proteínas quinase multifuncionais Adição de P Multifuncionais: Vários substratos – continuidade da resposta • Ex.: receptor da epinefrina e do glucagon GTP: Um nucleotídeo de guanina. Equivale à ATP, do ponto de vista energético. Porém os de guanina são muito envolvidos em mecanismos de ação. Obs.: Quando o ligante (hormônio) se une à parte extracelular do receptor, ocorre alteração da conformação no receptor, ativando as proteínas G e induzindo sinais intracelulares que ▪ abrem ou fecham os canais iônicos da membrana celular ou ▪ mudam a atividade de uma enzima no citoplasma da célula. • O segundo mensageiro só tem sentido se o receptor é de superfície/membrana. • Possui atividade regulatória. Ex.: Hepatócito • Na membrana do hepatócito • Alfa: atividade enzimática • Beta e Gama: atividades reguladoras • Alfa, Beta e Gama: GDP CASCATA DA ADRENALINA • Adrenal libera Adrenalina. A Adrenalina se liga ao receptor do hepatócito, essa ligação altera a conformação no interior e isso resulta na ativação da subunidade alfa. Beta e Gama se afastam. • Ocorre a troca/clivagem do GDP para GTP na subunidade alfa e assim torna-se ativa. • Ativação da Adenilato Ciclase. Conversão de ATP para AMP Cíclico (o segundo mensageiro). • O aumento da concentração do AMP Cíclico se liga à Quinase A ativa a enzima, a qual irá fosforilar e ativar fator de transcrição. • Enzima da Gliconeogênese: Aumento da glicose na corrente sanguínea. Síntese do Camp e ativação da PKA • PKA = proteína quinase dependente de cAMP A resposta persiste enquanto o hormônio permanecer ligado ao receptor e o nível de AMP cíclico estiver alto dentro da célula • O cAMP é hidrolisado por uma enzima denominada fosfodiesterase – Finalização da Via Liberação de IP3 e ativação da PKC PTN G Gs: Aumento de AMP Cíclico nas células Gi: Diminuir AMP Cíclico nas células Gq: Aumento de Cálcio • Ativação de Fosfolipase: Clivagem de lipídio na membrana. Liberação de Inositol 1,4,5-trifosfato. Ativação Raissa Morais TXI dos canais de Cálcio e liberação de Ca2+ (segundo mensageiro) • Cálcio ativa a PKC • Receptores transmembranas sete segmentos, acompanhados da PTN G O Segundo Mensageiro Receptores com atividade enzimática • Induzem a ativação por meio de uma cascata de fosforilação (ativação de proteínas Ser/Thr ou Tyr – quinases) Ex.:hormônios peptídicos ou proteicos (insulina, GH, fatores de crescimento) Importância dos receptores • O mesmo ligante pode resultar em diferentes respostas celulares, dependendo do tipo de receptor presente • As respostas, por vezes, podem ser opostas • Ex.: Acetilcolina • Fibra Esquelética: Contração • Músculo Cardíaco: Relaxamento • Célula Secretora: Secreção Obs.: O receptor e a maquinaria ligada ao receptor são diferentes. O complexo hormônio-receptor ativado então se liga à sequência do DNA regulador (promotor) específico chamado de elemento de resposta hormonal e, dessa maneira, ativa ou reprime a transcrição de genes específicos e a formação de RNA mensageiro (RNAm). Portanto, minutos, horas ou até dias, depois do hormônio entrar na célula, aparecem proteínas recém-formadas na célula, que passam a ser as controladoras das funções celulares novas ou alteradas. Características da Ação Hormonal Respostas celulares resultantes da ação hormonal • Podem durar de seg. a min. (ex.: catecolaminas) até meses (ex.: GH, tiroxina) • Podem ser difusas ou mais concentradas (tecido-específicas) Difusa: Atuação no organismo inteiro – sistêmico Concentrada: Local específico de atuação • Hormônios atuam em concentrações plasmáticas muito baixas (pg a mg/mL) • Hormônios lipossolúveis ligados a proteínas plasmáticas estão na Raissa Morais TXI forma inativa, pequena proporção encontra-se livre e ativa Depuração dos hormônios do sangue • Depuração metabólica = vel. desaparecimento do H / [H] no plasma • Mecanismos: Metabolização pelos tecidos ou no sangue Ligação com os tecidos Excreção através da bile ou da urina Obs.: Dois fatores podem aumentar ou diminuir a concentração de um hormônio no sangue. Um desses é sua intensidade de secreção no sangue, o outro é a intensidade da remoção do hormônio do sangue Modulação ou Regulação do sinal hormonal Pode ocorrer por vários mecanismos: • Diferentes ritmos de secreção: em geral, a secreção hormonal tem caráter pulsátil (liberação em pequenos estímulos, quantidades) Ex.: cortisol tem um ritmo de secreção circadiano, outros hormônios mantêm uma concentração contínua ao longo do tempo • Sistemas de retroalimentação ou feedback: Base do Controle Hormonal Retroalimentação positiva ou feedback positivo Quanto maior a liberação hormonal, maior o estímulo para liberação. Ex.: ocitocina – contrações no parto e amamentação Ex.2: surto de secreção de hormônio luteinizante (LH) que ocorre em decorrência do efeito estimulatório do estrogênio sobre a hipófise anterior, antes da ovulação. Retroalimentação negativa ou feedback negativo: mais frequente Liberação do hormônio, assim, o aumento de sua quantidade resulta na inibição de sua glândula ou de seu estimulador. Podem ser efetuados diretamente pelos próprios hormônios ou por outros metabólitos Asseguram o nível apropriado de atividade hormonal no tecido- alvo. Depois que o estímulo causa liberação do hormônio, condições ou produtos decorrentes da ação do hormônio tendem a suprimir sua liberação adicional. Em outras palavras, o hormônio (ou um de seus produtos) exerce efeito de feedback negativo, para impedir a hipersecreção do hormônio ou a hiperatividade no tecido-alvo Obs.: A variável controlada não costuma ser a secreção do próprio hormônio, mas o grau de atividade no tecido-alvo; Portanto, somente quando a atividade no tecido-alvo se eleva até nível apropriado, os sinais de feedback para a glândula endócrina serão suficientemente potentes para lentificar a secreção do hormônio. • Sinergismo / antagonismo Sinergismo: Mesmo tipo de reação. Ex.: hormônios sinérgicos – adrenalina e glucagon Raissa Morais TXI Levam ao mesmo tipo de resposta, mas ao atuarem juntos a resposta será mais intensa • Antagonismo: Respostas opostas na maioria das ações. HORMÔNIOS Ex.: Insulina e Glucagon Obs.: Antagonismo: Interação sinal- receptor MOLÉCULA/FÁRMACOS Medicação: substância que compete com hormônio, se liga ao receptor e bloqueia a resposta fisiológica ocorrer. • Dessensibilização dos receptores A resposta não ocorre, apesar do organismo liberar determinado hormônio. Ex.: Insulina. Em um estímulo muito frequente por ex. Resistência à atuação hormonal. Redução na eficiência de resposta pode ocorrer nesse caso. • Finalização da ação hormonal Vários mecanismos. Resumo: Conceitos importantes em biossinalização ✓ Células sinalizadoras (ênfase nas glândulas endócrinas) ✓ Sinais químicos (ligantes, mensageiros químicos ou hormônios) Comportamento em meio aquoso Classes Transporte no líquido intersticial e no sangue, depuração Células-alvo (são as que contêm receptores específicos para o hormônio em questão) ✓ Receptores Tipos Características: estrutura, localização celular, especificidade, afinidade Especificidade da interação sinal – receptor AGONISTA: substância de estrutura similar ao ligante que se liga ao receptor e induz resposta celular similar à do ligante ANTAGONISTA: substância de estrutura similar ao ligante que se liga ao receptor e não induz resposta (bloqueia o receptor) Amplificação do sinal: Participação de segundos mensageiros, enzimas, proteínas adaptadoras Resposta em cascata Sinergismo: a ação hormonal é intensificada pela ligação conjunta de dois hormônios em seus respectivos receptores Ex.: adrenalina e glucagon estimulando a glicogenólise (quebra do glicogênio na célula hepática) Antagonismo: hormônios que sinalizam respostas celulares opostas Ex.: glucagon e insulina no controle da glicemia Dessensibilização (ou adaptação) das células-alvo: mecanismo de atenuação da transdução de sinal, sob condições de estimulação longa ou repetida ↑ ↑ estímulo ↓ resposta (Ex.: resistência à insulina) Pode ocorrer por vários mecanismos: ✓ Redução do número de receptores (por internalização / reciclagem ou digestão de receptores) ✓ Redução da afinidade dos receptores pelos ligantes ou por proteínas intermediárias Raissa Morais TXI ✓ Uso de fármacos específicos Finalização do sinal hormonal Mecanismos principais: Fosforilação / desfosforilação proteica Proteólise pelo proteassomo Redução da atividade da proteína G Ação da fosfodiesterase (cAMP → AMP) IP3 → volta para a membrana Ca2+ → removido para o meio extracelular e para o lúmen do REA através de bombas de cálcio (Obs: REA contém calsequestrina, uma proteína ligante de cálcio)
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