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Eduardo Ferreira da Silva Turma 145- M1 – 25/08/2018 Fisiologia Transmissão Sináp�ca Resumo do capítulo 5 do livro “paradiso”. O processo de transferência de informação na sinapse é denominado de transmissão sináp�ca. A sinapse é um sí�o de transferência de informação de um neurônio ao outro ou a um músculo. Tipos de sinapses Sinapses Elétricas (SE) São simples em estrutura e função e permitem a transferência direta da corrente iônica de uma célula para outra. Ocorrem em sí�os especializados denominados junções comunicantes (Gag em inglês, as Junções comunicantes podem ser encontradas em diferentes células do corpo, portanto isso não é sinônimo de sinapse elétrica). Essa junção estreita é atravessada por grupos de proteínas especiais denominadas conexinas . Seis conexinas reunidas formam o canal denominado conéxon, e dois conéxons combinam-se para formar um canal de junção comunicante. Seu diâmetro é grande o suficiente para deixar passar os principais íons e muitas moléculas pequenas orgânicas As sinapses elétricas são bidimensionais. As células acopladas por junções comunicantes são denominadas eletricamente acopladas. A transmissão da sinapse elétrica é muito rápida e se for grande é, também, infalível. Um potencial de ação num neurônio pré-sináp�co pode provocar um potencial de ação, quase instantaneamente, num neurônio pós-sináp�co. São encontradas, em vertebrados, algumas vezes em neurônios sensoriais e motores, em circuitos neurais mediando a resposta de fuga. Essa corrente iônica causa um potencial pós-sináp�co (PPS) no segundo neurônio. Como a maioria dessas sinapses são bidirecionais, quando o segundo neurônio produz um potencial de ação, ele irá, por sua vez, produzir um PPS no primeiro neurônio. Várias PPS podem juntar-se e excitar fortemente um neurônio. Sinapses Químicas (SQ) A membrana pré-sináp�ca e pós-sináp�ca são separadas pela fenda sináp�ca . A fenda é preenchida por uma matriz extracelular de proteínas fibrosas, uma das suas funções é manter a adesão das membranas. O elemento pré-sináp�co geralmente é um terminal axonal. Um terminal �pico contém dúzias de organelas esféricas delimitadas por membranas: Vesícula Sináp�ca que armazenam neurotransmissores. Muitos terminais contêm vesículas maiores chamadas grânulos secretores. Acumulações densas de proteínas na e a adjacentes à membrana plasmá�ca, de ambos os lados da fenda sináp�ca, são cole�vamente denominadas diferenciações da membrana. Na membrana pré-sináp�ca: a membrana e a porção de proteínas, em formato de pirâmide ao longo da face intracelular da membrana, são sí�os de liberação de neurotransmissores e são chamados Zonas a�vas. A espessa camada proteica na e sob a membrana pós-sináp�ca é denominada densidade pós-sináp�ca. 1 Eduardo Ferreira da Silva Turma 145- M1 – 25/08/2018 Quando ocorrem no sistema nervoso central Se a conexão do terminal axonal for com um dendrito, a sinapse é dita axodendrí�ca. Se a membrana pós-sináp�ca for um corpo celular, é denominada axossomá�ca. Em alguns casos, a membrana pós-sináp�ca está em outro neurônio, então chamamos de Axoaxônica. Em neurônios especializados pode ocorrer a sinapse dendrito-dendrito, denominada dendodentrí�cas. Sinapses cujas diferenciações na membrana pós-sináp�cas são mais espessas do que na da pré-sináp�ca são denominadas sinapses assimétricas ou Sinapses do �po I de Gray; aquelas cujas diferenciações têm espessura similar são sinapses simétricas, ou sinapses do �po II de Gray. As sinapses do �po I de Gray são geralmente excitatórias, enquanto que as sinapses do �po II são geralmente inibitórias. Junção neuromuscular Junções sináp�cas fora do sistema nervoso central: por exemplo axônios do sistema neurovegeta�vo inervam glândulas, músculos lisos e o coração. Ocorre também entre neurônios motores da medula espinal e o músculo esquelé�co, tal sinapse é denominada Junção neuromuscular . Um potencial de ação no axônio motor sempre causa um potencial de ação na fibra muscular que ele inerva. Sua principal especialização é o tamanho, uma das maiores do corpo, contém um grande número de zonas a�vas . Além disso, a membrana pós-sináp�ca é chamada de placa motora terminal, contém uma série de dobras. As zonas a�vas pré-sináp�cas estão precisamente alinhadas com dobras nas junções, e a membrana pós-sináp�ca tem uma alta densidade de receptores para neurotransmissores. Princípios da transmissão sináp�cas química Neurotransmissores (1) Aminoácidos (2) Aminas (3) pep�deos. 1 e 2 são pequenas moléculas orgânicas contendo pelo menos um átomo de nitrogênio armazenadas em/liberadas de vesículas sináp�cas. 3 são grandes moléculas armazenadas em/liberadas de grânulos secretores. A transmissão sináp�ca rápida na maioria das sinapses do SNC é mediada pelos aminoácidos glutamato (Glu), ácido gama-aminobu�rico (GABA) e glicina (Gly). A junção neuromuscular a amina ace�lcolina (ACo) medeia. Síntese e Armazenamento Neurotransmissores aminoácidos e aminas são sinte�zados de diferentes formas. Concentrar neurotransmissores dentro da vesícula é trabalho dos transportadores, proteínas especiais embu�das na membrana vesicular. No caso dos neurotransmissores pep�dicos, ocorre a síntese no re�culo endoplasmá�co rugoso. Geralmente pep�deos longos, sinte�zados no RER, são clivados no aparelho de Golgi produzindo fragmentos menores, sendo um deles o neurotransmissor a�vo. Liberação de neurotransmissores A despolarização da membrana do terminal causa a abertura de canais de cálcio dependentes de voltagem nas zonas a�vas. A concentração de Ca 2+ no meio intracelular no repouso é baixa, o aumento de sua concentração é sinal que causa liberação de neurotransmissores. Em “microdomínios” local próximo as zonas a�vas, o cálcio pode a�ngir concentrações muito altas. As vesículas liberam seus conteúdos por exocitose. A vesícula sináp�ca se funde com a membrana pré-sináp�ca nas zonas a�vas. A boca do poro que ancora se abre até que a membrana da vesícula esteja completamente ancorada na membrana pré-sináp�ca. A 2 Eduardo Ferreira da Silva Turma 145- M1 – 25/08/2018 membrana vesicular é posteriormenterecuperada por endocitose, a vesícula reciclada é recarregada com neurotransmissor. A liberação dessas vesículas do citoesqueleto e seu atracamento às zonas a�vas são também desencadeados por elevações de [Ca 2+ ]. Os grânulos de secreção liberal, normalmente fora da zona a�va. Os neurotransmissores pep�dicos têm liberação mais lenta que os outros. Canais iônicos a�vados por neurotransmissores São proteínas transmembrana, compostas por quatro ou cinco subunidades, que juntas formam um poro. Na ausência de neurotransmissor, o poro do receptor estará fechado. Não apresentam mesmo grau de sele�vidade iônica dos canais iônicos dependentes de voltagem. Uma despolarização transitória da membrana pós-sináp�ca causada por uma liberação pré-sináp�ca de neurotransmissores é denominada potencial excitatório pós-sináp�co (PEPS). Canais iônicos abertos por ace�lcolina e por glutamato causam PEPSs. Se os canais iônicos dependentes de neurotransmissores são permeáveis ao Cl - , o efeito resultante será a hiperpolarização da membrana da célula pós-sináp�ca a par�r do potencial de repouso (porque o potencial de equilíbrio do cloreto é nega�vo). Como o neurotransmissor tende a afastar o potencial de membrana do limiar de geração do potencial de ação, esse efeito é dito inibitório. Uma hiperpolarização transitória do potencial de membrana pós-sináp�co causada pela liberação pré-sináp�ca de neurotransmissores é chamada potencial inibitório pós-sináp�co (PIPS). A a�vação sináp�ca de canais iônicos abertos por Glicina ou GABA causa uma PIPS. Receptores acoplados a proteínas G A transmissão sináp�ca química rápida é mediada por neurotransmissores dos �pos aminoácidos e aminas, agindo em canais iônicos a�vados por esses neurotransmissores. Entretanto, totós os três �pos de neurotransmissores, agindo sobre receptores acoplados a proteínas G, podem ter ações pós-sináp�cas mais lentas, mais duradouras e mais diversificadas. 1. O neurotransmissor liga-se ao receptor na membrana pós-sináp�ca. 2. O receptor proteico a�va pequenas proteínas, denominadas Proteínas G, as quais se movem livremente ao longo da face intracelular da membrana pós-sináp�ca. 3. As proteínas G a�vas, por sua vez, a�vam proteínas efetoras. As proteínas efetoras podem ser canais iônicos (a�vados por proteína G) ou podem ser enzimas que sinte�zam moléculas denominadas segundos mensageiros, que se difundem para o citosol que, por sua vez, podem regular canais iônicos e alterar o metabolismo celular. Devido aos receptores acoplados a proteínas G poderem desencadear uma variedade de efeitos metabólicos, eles são denominados receptores metabotrópicos. A ace�lcolina diminui as contrações rítmicas do coração por causar uma lenta hiperpolarização das células musculares cardíacas. Em contraste, no músculo esquelé�co, a ace�lcolina induz a contração por causar uma rápida despolarização das fibras musculares. No coração, o receptor metabotrópico de ace�lcolina é acoplado por uma proteína G a um canal de potássio. No músculo esquelé�co o receptor é um canal iônico a�vado pela ace�lcolina e permeável ao Na + . 3 Eduardo Ferreira da Silva Turma 145- M1 – 25/08/2018 Auto receptores São comumente encontrados na membrana do terminal axonal pré-sináp�co. Receptores pré-sináp�cos que são sensíveis aos neurotransmissores liberados no próprio terminal pré-sináp�co são denominados auto receptores. Tipicamente, auto receptores são receptores acoplados a proteínas G que es�mula formação de segundos mensageiros. Reciclagem e Degradação de Neurotransmissores Geralmente, aminoácidos e aminas, a difusão é auxiliada por sua receptação para dentro do terminal pré-sináp�co. A recaptação ocorre por transportadores proteicos específicos para neurotransmissores na membrana pré-sináp�ca. Uma vez dentro do citosol, os neurotransmissores podem ser degradados ou recarregados para dentro das vesículas sináp�cas. Transportadores de neurotransmissores também existem na membrana da glia que envolve a sinapse e auxiliam na remoção de neurotransmissores da fenda sináp�ca. Outra maneira é pela degradação enzimá�ca na própria fenda. É assim que a ace�lcolina é removida da junção neuromuscular. A enzima ace�lcolinesterase (ACoE) é depositada na fenda pelas células musculares. A ACoE cliva a molécula de ace�lcolina, deixando-a ina�va para os receptores de ace�lcolina. Uma ininterrupta exposição a altas concentrações de ace�lcolina leva, após vários segundos, a um processo denominado dessensibilização, no qual canais a�vados pelos neurotransmissores fecham-se apesar da con�nua presença de ace�lcolina. Neurofarmacologia Gases dos nervos podem inibir a ace�lcolinesterase, os quais inibem a função normal de proteínas específicas envolvidas na transmissão sináp�ca: tais drogas são chamadas inibidores. Denominados antagonistas de receptores, ligam-se aos receptores e bloqueiam (antagonizam) a ação normal do neurotransmissor. Outras drogas mime�zam a ação de neurotransmissores, denominados agonistas de receptores. Um exemplo de agonista de receptores é a nico�na, um derivado da planta do tabaco, ela liga-se e a�va receptores de ace�lcolina no músculo esquelé�co. Canais iônicos a�vados por ace�lcolina no músculo são denominados receptores colinérgicos nico�nicos, os receptores do coração não são a�vados por nico�na. Há também RCN no SNC, eles estão envolvidos nos efeitos de dependência ao uso do fumo. Princípios da integração sináp�ca A integração sináp�ca é o processo pelo qual múl�plos potenciais sináp�cos se combinam em um neurônio pós-sináp�co. A integração dos PEPS A mais elementar resposta pós-sináp�ca é a abertura de um único �po de canal iônico a�vado por neurotransmissor. A corrente de entrada através desses canais despolariza a membrana pós-sináp�ca, causando o PEPS. A membrana pós-sináp�ca pode ter algumas dezenas até diversos milhares de canais a�vados por neurotransmissores; a quan�dade a�vada durante a transmissão sináp�ca depende principalmente da quan�dade de neurotransmissor que é liberada. Análise quân�ca de PEPS A unidade elementar da liberação de neurotransmissores é conteúdo de uma única vesícula. Cada vesícula contém quan�dades (X) parecidas de neurotransmissores,a quan�dade total liberada é múl�pla desse número X. Consequentemente, a amplitude de PEPSs pós-sináp�co é 4
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