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SISTEMA DE ENSINO
CONHECIMENTOS 
REGIONAIS DO 
ESTADO DO PIAUÍ
Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
Livro Eletrônico
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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
Sumário
Conhecimentos Sobre o Piauí – Parte I ...................................................................................... 3
Apresentação ................................................................................................................................... 3
1. Introdução ..................................................................................................................................... 3
2. Características Gerais do Piauí ................................................................................................ 4
3. Brasil Colônia ............................................................................................................................... 6
Formação Histórica do Piauí ......................................................................................................... 9
3.1. O Desenvolvimento da Pecuária ..........................................................................................13
3.2. A Decadência da Pecuária e a Crise da Economia Piauiense ........................................ 14
Economia do Piauí ......................................................................................................................... 18
4. População ...................................................................................................................................20
5. Agricultura .................................................................................................................................. 25
Questões de Concurso ................................................................................................................. 29
Gabarito ...........................................................................................................................................43
Referências Bibliográficas ..........................................................................................................44
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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
CONHECIMENTOS SOBRE O PIAUÍ – PARTE I
ApresentAção
Olá, futuro(a) policial militar do Piauí!
Como você está? Firme e forte nos estudos? Sou o professor Cleber Monteiro, graduado 
em geografia e pós graduado em coordenação pedagógica e supervisão escolar. Fui aprovado 
nos concursos da Polícia Militar do estado de São Paulo (PMSP) e Polícia Militar do estado 
de Santa Catarina (PMSC). Atualmente, sou professor do Colégio Militar Dom Pedro II em Bra-
sília e ministro aulas em vários cursinhos preparatórios para carreiras militares e concursos 
públicos nas disciplinas de geopolítica, RIDE-DF, atualidades, história e geografia dos estados 
e municípios. E agora estamos juntos pelo Gran Cursos, para que você possa conseguir a sua 
tão sonhada aprovação no serviço público.
Você verá ao longo desse material que estudar a história e a geografia de um município, por 
maior que seja o conteúdo, é super tranquilo. Como em todas as outras disciplinas, iremos usar es-
tratégia para que você poupe seu tempo e consiga assimilar o maior número de conhecimento ne-
cessário para a sua prova, sempre focando naqueles assuntos pertinentes em certames anteriores.
Ao longo desse material, você encontrará dicas e lembretes que ajudarão na compreensão 
do conteúdo. Nessa etapa iremos focar e destrinchar a história do Piauí e os principais aconte-
cimentos desde o período colonial. Ao final, teremos uma bateria de questões comentadas para 
serem resolvidas. Lembrem-se: só passa em concurso quem faz questões. Portanto, faça todas!
Eu e toda a equipe do GRAN estamos aqui para oferecer tudo o que for necessário para sua 
aprovação. Em caso de dúvidas, entre em contato pelo fórum que terei um enorme prazer em 
te atender. Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir.
Cleber Monteiro – @Profclebermonteiro
1. Introdução
Querido(a) aluno(a), para uma melhor compreensão da história do Piauí, é necessária uma 
breve explicação sobre a história do Brasil. Os processos de ocupação e exploração no cenário 
nacional irão te ajudar a entender como ocorreu a ocupação do território piauiense.
Você sabe que temos, na história do Brasil, como dominantes os portugueses e os domi-
nados, os indígenas. Em vários momentos históricos, perceberemos a existência de conflitos 
entres eles, e consequentemente a fuga, morte ou exploração dos indígenas ou do território.
O PULO DO GATO
Muitos itens referentes a história do Piauí podem ser respondidos com os conhecimentos pré-
vios básicos sobre a história do Brasil. Portanto, analisar o que se pede em um contexto macro 
pode te ajudar a acertar a questão. Fica a dica!
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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
Você precisa compreender e reconhecer casos específicos do Piauí, como personagens 
importantes, conflitos locais e acontecimentos regionais que ganharam uma repercussão es-
tadual ou nacional. Dessa forma, a história do Brasil será uma grande aliada sua para que 
possa gabaritar os itens referentes a história do Piauí na sua prova! Então, sem mais delongas 
vamos iniciar nossos estudos falando sobre a colonização portuguesa.
2. CArACterístICAs GerAIs do pIAuí
Na regionalização brasileira das macrorregiões, o território piauiense se encontra no Nor-
deste e é o terceiro maior da região em área territorial, mesmo apresentando uma das menores 
densidades demográficas do Brasil. O estado possui o menor litoral do país, sendo apenas 66 
km de extensão.
LEGENDA: Disponível em: <https://www.dicionariotupiguarani.com.br/dicionario/piaui/>. Acesso em 08 de 
Jun. 2021.
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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
A bandeira do estado foi adotada em 24 de julho de 1922, pela lei estadual n. 1050. Ela é 
composta por treze listras, sendo 7 na cor verde e 6 na cor amarela, e, no canto superior esquer-
do, há um retângulo azul com uma estrela de cinco pontas branca ao centro dele. Encontra-se, 
logo abaixo da estrela, na cor branca, a data “13 de março de 1823” que representa quando 
ocorreu a Batalha do Jenipapo, importante no processo de Independência do Brasil. Ocorrida 
no território do Piauí, a batalha contou com apoio dos cearenses, maranhenses e piauienses 
que lutaram contra tropas portuguesas contrárias à independência.
Você deve ter observado que as cores presentes na bandeira do Piauí são as mesmas 
encontradas na bandeira do Brasil. Dessa forma, elas representam a integração do estado à 
nação brasileira. Os seus significados também são parecidos, sendo eles:
Cor Amarela Representaas riquezas minerais, principalmente o ouro.
Cor Verde
Representa o sentimento de esperança 
vivo no povo piauiense, assim como as 
riquezas naturais do estado.
Estrela branca de cinco pontas 
dentro do retângulo azul
Representa a Estrela Antares. Integrante 
da constelação de Scorpius, Antares é 
quase 800 vezes maior que o Sol. Na 
bandeira do Piauí, essa é a estrela que 
simboliza o brilho do estado.
LEGENDA: Disponível em: <https://www.estadosecapitaisdobrasil.com/bandeira/bandeira-do-piaui/>. 
Acesso em 08 de Jun. 2021.
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Acesso em 08 de Jun. 2021.
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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último censo, o estado 
do Piauí ocupa uma área de 251.616,823 km², com uma população de 3.118.360 habitantes, 
sendo 1.067.401 rurais e 2.050.959 urbanos, distribuídos em quatro mesorregiões (centro-nor-
te, norte, sudeste e sudoeste), 15 microrregiões e 224 municípios.
Candidato(a), é importante lembrar que o Piauí apresenta uma diversidade de biomas 
(manguezais, caatinga, cerrado e mata de cocais), tendo a agropecuária, o extrativismo vegetal 
e a pesca como atividades econômicas em destaque, indo da agricultura empresarial, voltada 
à produção de commodities, à agricultura familiar.
3. BrAsIl ColônIA
Quando os colonizadores atracaram na região litorânea brasileira, encontraram uma popu-
lação nativa com características culturais e linguísticas parecidas. Eles se distribuíram ao lon-
go do vasto litoral e próximos a alguns rios. O encontro entre portugueses e indígenas marcou 
o início de relação violenta e desumana dessa colonização. Os índios que foram capturados ou 
que se submeteram aos portugueses sofreram um verdadeiro genocídio cultural e físico. Nes-
se momento histórico, iniciava-se a miscigenação entre etnias diferentes, que foi fundamental 
para a formação do povo brasileiro.
Uma maneira encontrada pelos índios para resistir à colonização, foi organizar fugas para 
áreas interioranas. Essa ação garantiu uma herança genética à cultura brasileira. Porém, lem-
bre-se que milhões de índios ocupavam o Brasil no século XVI e, hoje (século XXI), não chegam 
500 mil indígenas.
O território pertencente a Portugal foi dividido em quinze faixas de terras que iam da costa 
oeste até a linha de Tordesilhas. O nome dado a essas terras foi capitanias hereditárias e elas 
foram entregues aos capitães donatários, que eram pessoas com ligações com a Coroa. O 
principal objetivo de Portugal era que cada capitania se desenvolvesse economicamente.
Os capitães donatários tinham autonomia e poder com relação à economia e à esfera ad-
ministrativa, e parte dos tributos que eram destinados à Coroa ficava retida com os donatários 
das capitanias. No campo administrativo, eles poderiam autorizar a criação de vilas, formar 
milícias sobre seu comando e doar sesmarias.
Sesmaria é a doação de uma extensão de terra a uma pessoa com a obrigação de cultivá-la em 
um período de cinco anos e de pagar os impostos à Coroa. Essa prática de doação de terras 
(sesmaria) foi extremamente importante, pois originou à formação de grandes latifúndios.
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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
LEGENDA: Disponível em: <https://escola.britannica.com.br/artigo/capitania/483156>. Acesso em 17 de Mar. 2021.
Com exceção de São Vicente e Pernambuco, as demais capitanias fracassaram. Mediante 
resultados negativos, a Coroa portuguesa começou a retomar as capitanias e, posteriormente, 
criar outra forma de administração do território, denominada Governo Geral.
Junto com Tomé de Sousa, primeiro governador Geral, vieram os primeiros jesuítas com o 
objetivo de catequizar os indígenas. Com a necessidade de um polo administrativo na colônia, 
Tomé de Sousa iniciou os trabalhos para construir São Salvador, a primeira capital do Brasil.
Durante a colonização portuguesa, uma das formas de trabalho existentes na colônia era 
o trabalho escravo. Inicialmente, os portugueses tentaram escravizar grupos indígenas, porém 
sem sucesso. Os índios resistiram às diversas investidas dos europeus em escravizá-los. Uma 
das formas de resistência era fugindo para o interior do país, local até então desconhecido pe-
los portugueses. Outra forma foi com conflitos diretos, dentre os quais podemos citar inclusive 
guerras sangrentas. Devido à dificuldade encontrada em escravizar os indígenas, inicia-se a 
escravidão de negros africanos.
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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
Os africanos vieram para desenvolver atividades nas lavouras que aqui se iniciavam, com 
destaque para a lavoura de cana-de-açúcar. Porém, várias outras funções foram atribuídas a 
eles, como, por exemplo, trabalhos domésticos. O Piauí também foi palco de trabalhadores ne-
gros que estavam na condição de escravos, muitos destinados às fazendas que criavam gado.
A cultura indígena era incompatível com o trabalho regular e intenso proposto por Portugal. 
Diferente do que os europeus pensavam, os indígenas não eram preguiçosos, apenas faziam o 
que fosse necessário para sua sobrevivência.
Podemos caracterizar o Nordeste como o primeiro centro de ocupação e colonização do 
Brasil. Consequentemente, a região também concentrou as primeiras atividades econômicas 
da colônia – inicialmente, com a extração do pau-brasil, e, posteriormente, com o desenvolvi-
mento da cana-de-açúcar e pecuária. O destaque, no entanto, ficou com a produção açucarei-
ra. Os grandes centros produtores foram Bahia e Pernambuco devido a fatores climáticos e 
geográficos.
Essas atividades econômicas passaram por mudanças ao longo da história do Brasil e, 
consequentemente, expandiram também o território brasileiro e suas áreas ocupadas. Surgi-
ram novas cidades e áreas produtoras com variedades em que se produzia e diversificação da 
ocupação territorial. Observe no organograma as mudanças econômicas que o Brasil passou:
Como você pode observar, em cada período apresentado, temos um novo cultivo ou produ-
to explorado. Também se percebe que as áreas de atuação são interiorizadas, não se limitando 
apenas ao Nordeste, como ocorria inicialmente.
Candidato(a), para compreender a expansão do território brasileiro e sua ocupação, associe 
com as atividades econômicas desenvolvidas. Quando se tem uma atividade econômica, con-
sequentemente, temos uma presença maior de pessoas. Fica a dica!
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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
FormAção HIstórICA do pIAuí
Os primeiros relatos históricos sobre o território que se tornaria o Piauí dizem respeito a 
terras situadas na costa do Brasil concedidas a um donatário, cuja capitania abrangia a do Ma-
ranhão. Nessas regiões que constituem o território do Piauí, concedidas através de Carta Régia 
de 19 de novembro de 1535.
As primeiras expedições às terras do Piauí ocorreram somente 70 anos depois, em 1606. 
Posteriormente, várias incursões ocorreram ao território piauiense, normalmente de passagem 
entre as capitanias do Maranhão e Pernambuco. A partir de então, o domínio dessas terras se-
ria causa de disputa entre Pernambuco, Bahia e Maranhão, até criar a instalação da Capitania 
de São José do Piauí, em 1759.
Entre 1660 e 1680, ocorreu uma entrada mais intensa no território piauiense, liderada por ban-
deirantes paulistas e fazendeiros baianos, tendo como fator de atração a “caça ao índio”, ou seja, 
a procura por nativos para servir como mão de obra escrava. Importante lembrar que surgiu nesse 
período a instalação da Casa da Torre (1674), responsável por abrir campos para os rebanhos 
bovinos que rapidamente se multiplicaram, espalhando-se na direção do sudeste piauiense.
A Casa Torre foi uma instituição fundada e administrada pela família Ávila, de origem baiana, 
sendo que o principal objetivo era financiar aventureiros, um misto de apresadores de índios e 
conquistadores de terras destinadas à pecuária, para que eles desbravassem os Sertões.
Entre os vários elementos que contribuíram para a expansão portuguesa nas capitanias do 
Maranhão e do Piauí, a criação de gado foi a que se destacou. Essas regiões interioranas da 
América portuguesa eram dominadas por diversos grupos indígenas e foram transformadas 
em importantes áreas criatórias, fundamentais para o abastecimento de carne em outras regi-
ões da colônia. Dessa forma, essa região ficou marcada pelo desenvolvimento da pecuária e 
pelos conflitos com os índios.
A ocupação do Piauí ocorreu com atraso e de forma vagarosa, pois, por um lado tinha a 
família que estava ausente do ambiente da conquista territorial e, por outro, a região era con-
quistada por uma única atividade, a pecuária, que exigia poucas pessoas para trabalharem.
Com a ocupação portuguesa nas terras do litoral nordestino com o cultivo da cana de açúcar, 
surgiu a necessidade de encontrar outras regiões para desenvolver atividades que iriam auxiliar a 
Zona da Mata. Esse apoio ocorreria com o abastecimento de gêneros agrícolas alimentares, car-
ne, couro e outros. Essa situação gerou a necessidade de expansão portuguesa para o interior.
Ocorreram, a partir do século XVII, as primeiras atividades exploratórias ao território do 
atual Piauí. Esse período ficou conhecido como a chegada das bandeiras entradistas, que, par-
tindo das regiões litorâneas da Bahia, São Vicente, Maranhão e Pernambuco, fizeram guerras 
e extermínio às populações indígenas e implantaram suas experiências de criação de gado e 
agricultura de subsistência.
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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
O povoamento do Piauí não recebeu, inicialmente, apoio de Portugal, sendo ele promovido 
por particulares, sesmeiros e posseiros. A ocupação era constituída na seguinte ordem:
Podemos concluir então que existiam três tipos étnicos definidos na origem do povoamen-
to do Piauí: o índio nativo, o europeu português e o negro africano. A miscigenação formou 
gerações sobre gerações de mestiços.
A atividade da pecuária ganhou destaque durante a ocupação interiorana, tornando-se a 
mais importante atividade subsidiária dos canaviais. Um dos fatores que favoreceram a prá-
tica pecuária no interior foi não ter necessidade de grandes investimentos financeiros e nem 
grande quantidade de trabalhadores. Claro que as terras disponíveis no interior eram apropria-
das para o desenvolvimento de pastagens.
A atividade pecuária ocorreu de forma constante, chegando ao curso médio do rio São 
Francisco no início do século XVII. A partir desse ponto, o povoamento continua em direção às 
chapadas do Araripe e Mangabeiras, chegando ao lado oriental da bacia do Parnaíba, forman-
do diversos currais e fazendas de gado. É nessa região que vai formar-se o território do Piauí.
O início da ocupação da região referente ao Piauí, denominada como a área do “Sertão de 
Dentro”, consolidou-se na segunda metade do século XVII, inicialmente pela costa leste e sul 
do território pelos rios Piauí, Canindé, Paraim e Gurgueia. Posteriormente, a atividade pecuária 
atingiu as margens dos rios Parnaíba e das Balsas.
Mas ocupação definitiva do território do Piauí foi oficializada em 1682, com a criação do 
primeiro povoado do “Sertão de Dentro”, tendo como referência o rio Piauí. A partir de então, 
iniciou-se a conquista e ocupação das terras, empreendida por sesmeiros e posseiros lutando 
entre si e contra índios, cada qual defendendo seus objetivos.
A ocupação territorial do Piauí tem uma relação direta com a expansão e dominação de ter-
ras conquistadas pela Casa Torre, criada pela família Ávila. Quando chegavam as novas terras, 
os membros da Casa Torre requeriam a posse sobre elas por meio das sesmarias. Como sua 
criação de gado não abrangia toda extensão oferecida, eles repassavam para rendeiros que se 
arriscavam em ocupá-las.
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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
Analise a seguir os fatos ocorridos a partir do século XVII e que definiram uma etapa impor-
tante na colonização do Piauí, diferenciando-a da ocupação em etapas posteriores:
Um dos rendeiros mais influentes da família Ávila era Domingos Afonso Mafrense ou, como 
era conhecido, Sertão. Ele foi uma forte liderança nos grupos que adentraram no Sertão do 
Piauí, configurando-se como um dos primeiros colonizadores da região. Nas margens dos rios 
Canindé e Piauí, fundou, aproximadamente, 30 fazendas de gado confiadas à administração de 
vaqueiros. A partir desse momento, surge o início do povoamento piauiense.
Tanto o grupo dos Mafrense e o dos Casa Torre, foram os primeiros a receberem títulos de 
terras no Piauí. Quando somadas as extensões de terras desses exploradores, o resultado era 
quase a totalidade do território da região. Uma característica de sua administração era o extremo 
autoritarismo, fazendo com que poucos desafiassem o poder de tais famílias em seus territórios.
Porém, não podemos atribuir a dominação das terras da capitania do Piauí a um grupo de 
desbravadores associados a Casa da Torre. Na verdade, devemos atribuir essa responsabilida-
de a pessoas anônimas, com destaque para os arrendatários e vaqueiros que adentraram no 
interior do Sertão em busca de terras novas, as quais seriam futuramente repassadas aos seus 
donatários, deixando os verdadeiros conquistadores no prejuízo.
Os verdadeiros donos das terras não participavam efetivamente da ocupação do território 
piauiense. Inclusive, o próprio Mafrense, que era arrendatário da famíliaÁvila e chegou no Piauí 
na condição de sesmeiro, não ficou ali por muito tempo. Normalmente, essas fazendas eram 
arrendadas ou administradas por vaqueiros, fazendo a participação dos proprietários no povo-
amento das terras se tornarem insignificantes. Essa característica era comum não apenas no 
estado do Piauí, mas em todo o Sertão Nordestino, onde predominava a pecuária.
O fato de os proprietários não permanecerem em suas terras é explicado por vários mo-
tivos, entre eles as precárias condições de vida que apresentavam na região interiorana no 
Nordeste, onde não havia praticamente nada além das fazendas. Podemos destacar também 
a difícil comunicação com as cidades litorâneas. Até o contato com outras fazendas era con-
siderado difícil, devido a grandes distâncias. Não podemos esquecer do perigo iminente dos 
ataques indígenas, que eram considerados extremamente bravos, valentes e guerreiros.
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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
Normalmente, o contato com as cidades litorâneas ocorria com a passagem de transpor-
tadores de boiadas, sendo eles as únicas fontes de notícias de outras áreas. Portanto, esses 
aspectos contribuíam para o isolamento da população piauiense, fazendo com que a vida se 
resumisse ao trabalho nas fazendas, sem uma comunicação eficiente com o mundo exterior.
A primeira ocupação definitiva e oficial das terras do Piauí ocorreu em 1682, com o registro 
do primeiro povoado do Sertão de Dentro (região da Bacia do Parnaíba). E, posteriormente, 
foi realizado o início da formação do Estado através da instalação da Capitania de São José 
do Piauí, em 1759 – data que se refere a posse do primeiro governador do Estado, João Pe-
reira Caldas.
Como consequência dessas situações, o interior nordestino permaneceu com a ausência 
de núcleos urbanos nos primeiros anos de colonização. Apenas no fim do século XVII, nas ter-
ras pertencentes das fazendas de Mafrense, surgiu a primeira área povoada no Piauí: a fregue-
sia de Nossa Senhora da Vitória, em que, na época, estavam registradas 129 fazendas de gado, 
onde viviam 605 pessoas. Na segunda metade do século XVIII, ela foi elevada à categoria de 
vila, mudando o nome para Vila da Mocha. Futuramente, quando o Piauí se tornou uma capi-
tania autônoma, essa vila transformou-se na sede do governo, recebendo o nome de Oeiras.
Durante esse período, foram criadas e consolidadas algumas vilas, entre elas: Parnaguá, 
Jerumenha, Valença, Campo Maior, Marvão (Castelo do Piauí) e São João da Parnaíba. Desse 
pequeno núcleo urbano, surgiu uma nova organização socioespacial da capitania, confirman-
do então, a estrutura econômico-social na Bacia do Parnaíba.
PEGADINHA DA BANCA
Candidato(a), o examinador irá colocar algumas atividades econômicas que foram importan-
tes para o Brasil, porém que não tem muita representatividade para o Piauí, como por exemplo, 
a Cana de açúcar. Então lembre-se: a principal atividade econômica do Piauí no período colo-
nial foi a pecuária.
A pouca urbanização, no entanto, que caracterizava o povoamento do Piauí não resultava 
da falta de população, pois esta havia em número considerável, mas do fato dos habitantes 
permanecerem nas fazendas, poucos optando pela vida nas cidades. Assim, percebe-se uma 
instalação irregular das cidades no território piauiense.
Além dos fatores aqui apresentados, outro elemento natural foi de extrema importância 
para a ocupação do Piauí: a água. Em torno de fontes hídricas vão surgindo a organização es-
pacial piauiense, que mantém suas características até os dias de hoje com o desenvolvimento 
urbano em regiões úmidas.
A presença de água se tornou algo fundamental para a fixação do homem no Piauí, sendo 
nas proximidades de seus cursos que se instalaram as fazendas de gado, os sítios e a maioria 
das áreas urbanas. Nas margens dos poucos rios perenes que passam na região que se desen-
volvem as atividades humanas, destacando-se os rios São Francisco, Piauí e do alto Maranhão. 
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
A presença fluvial foi um relevante papel para definir os locais de referência para requerimentos 
de terras no Piauí. Era uma prática comum, desde o início do povoamento, fixar-se ou querer 
doações de terras próximo aos principais rios perenes. Até mesmo a organização espacial de 
uma fazenda de gado no Piauí era estabelecida com o critério da presença de água. Inclusive, 
calculava-se o valor de um sítio ou de uma fazenda pela distribuição e disponibilidade de água 
encontrada nelas.
Lembre-se Candidato(a), as referências históricas apresentadas acima, são referentes ape-
nas aos séculos da colonização. Atualmente, as terras do Piauí reconhecem populações desde 
pelo menos 50 mil anos. São fortes os indícios da existência dessas comunidades primitivas 
na história local, especialmente na região denominada como Serra da Capivara.
3.1. o desenvolvImento dA peCuárIA
A pecuária foi determinante para a ocupação do território piauiense, pois, nessa região, 
vários fatores foram favoráveis para o desenvolvimento das criações, inclusive melhor que o 
Sertão da Bahia. Os principais motivos relatados no território do Piauí são:
• a disponibilidade de terras, que foram divididas em latifúndios, quase todos com a pre-
sença de cursos d’água e pastagens naturais;
• chuvas em maior número e bem distribuídas;
• as facilidades de instalações das fazendas que, com um número reduzido de trabalha-
dores, possibilitava o início de seu funcionamento com a criação de gado.
O Piauí era visto como uma área para o desenvolvimento da pecuária, fato que se confir-
mou ao longo do povoamento. Essa foi a principal atividade desenvolvida na região por anos, 
sendo ela responsável pela dinâmica econômica da população que ali habitava. O aumento no 
número de fazendas de gado fez com que a capitania se tornasse, durante o século XVIII, uma 
das maiores áreas produtoras do rebanho bovino, enviando sua produção para Pernambuco e 
Bahia, os primeiros mercados consumidores da região.
Os gados comercializados nos grandes centros consumidores saíam, normalmente, de 
duas regiões distintas e de acordo com as distâncias e as condições naturais para o translado 
do gado. As fazendas localizadas próximas aos rios Piauí, Canindé, Parnaíba e Apodi eram des-
tinados ao mercado de Pernambuco, e as fazendas do Sul abasteciam a cidade de Salvador.
Mesmo percorrendo grandes distâncias e existindo a perda significativa do rebanho duran-
te o translado, a pecuária era uma atividade lucrativa para os fazendeiros locais, o que justifi-
cou a rápida difusão de fazendas de gado por toda região. Além disso, os proprietários tinham 
que pagar um quarto da criação ao vaqueiro, ao dízimo e acrescentar os prejuízos ocasio-
nados pelas doenças, e poucas atividades superavam a renda obtida na pecuária. Conforme 
aumentava a quantidade de fazendas de gado no Piauí, expandiam-se também os mercados 
consumidores de seu rebanho. No século XVIII, essas fazendas passaram a fornecer para o 
Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
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Dessa maneira, a organização socioespacial do Piauí foi influenciada diretamente pela ati-
vidade pecuária. Poucos desenvolviam a agricultura, atividade considerada secundária pelos 
piauienses e, por muitos, desprezada. Isso ocorria devido ao fato de que quase não existia 
terras voltadas ao cultivo, pois aquelas que apresentavam condições para essa atividade eram 
ocupadas inteiramente para a pastagem. Desenvolveu-se uma sociedade cujo modo de vida 
era relacionado direta e indiretamente à dinâmica da pecuária.
As pastagens naturais são fatores de extrema importância para o desenvolvimento da ati-
vidade bovina no Piauí. Elas encontram-se por várias regiões daquela capitania, sendo presen-
tes, praticamente, o ano todo. Dessa forma, nos períodos chuvosos o gado permanecia nas 
pastagens localizadas próximas aos principais cursos hídricos. Enquanto no período seco, 
soltava-o nas pastagens das chapadas. São identificadas duas formas de pastagens: as do 
agreste e as de capim mimoso. Estas últimas apresentavam melhor qualidade proporcionando 
maior rendimento do rebanho.
A atividade de pecuária foi responsável, também, pelo surgimento de várias freguesias e 
vilas no território do Piauí. Várias delas são formadas pelos caminhos percorridos pelos boia-
deiros, que as levavam para os centros consumidores. Nessas regiões permaneciam poucos 
moradores, normalmente lavradores, que sobreviviam de suas pequenas roças, onde planta-
vam para subsistência e comercializavam os excedentes com os viajantes que passavam pelo 
local. Nesses vilarejos e freguesias também ficavam os prestadores de serviços ao gado e aos 
seus transportadores, inclusive pequenos fazendeiros que se sustentavam do comércio.
3.2. A deCAdênCIA dA peCuárIA e A CrIse dA eConomIA pIAuIense
No século XIX, a produção pecuária piauiense passa por uma intensa crise em sua produ-
ção. A produção bovina era, até então, a principal atividade desenvolvida no Piauí, porém, ela 
começa não apresentar o dinamismo dos séculos passados, quando o estado era o principal 
fornecedor dos centros urbanos. As causas que levaram a esse declínio estão relacionadas à 
organização estrutural da atividade criatória na região e à conjuntura em que viviam as regiões 
compradoras dos rebanhos piauienses.
A própria economia piauiense pode ser considerada como uma das causas responsáveis 
pelo aprofundamento da crise de sua pecuária, pois o modelo adotado pelos fazendeiros ba-
seava-se em uma atividade criatória extensiva e em grandes latifúndios, com poucos centros 
urbanos importantes e dispersos pelo território. O comércio no Piauí ocorria de maneira precá-
ria: o comércio estabelecido era, em grande parte, realizado fora dos limites de seu território; 
vendia-se o gado e compravam-se mercadorias em outras regiões, concretizando uma depen-
dência do mercado externo.
Outro motivo influenciador eram os baixos investimentos realizados nas fazendas. Exis-
tiam nelas apenas casas simples, alguns currais e instrumentos rudimentares para realizar o 
trabalho com o gado. As pastagens utilizadas eram naturais, necessitando apenas a realização 
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de pequenas queimadas em determinadas épocas do ano com o objetivo da vegetação cres-
cer com melhor qualidade e de forma mais abundante. Quando o pasto se tornava escasso, 
mudava-se o gado para outras áreas.
Poucos fazendeiros investiam em empreendimentos industriais sofisticados na época ou 
em novas técnicas de produção pecuária. Os métodos utilizados eram simples e rudimentares. 
Este fator foi de extrema importância para contribuir com a fragilidade da atividade criatória na 
região, que foi atingida quando surgiram outras áreas de produção que entraram na concorrên-
cia pelo mercado das minas, como é o caso da região Sul do Brasil. No Rio Grande do Sul, por 
exemplo, as condições naturais eram muito mais favoráveis para a criação, obtendo vantagem 
sobre a pecuária nordestina, principalmente a piauiense.
A segunda metade do século XVIII também é marcada por uma conjuntura externa desfa-
vorável à pecuária piauiense. Percebe-se que as regiões consumidoras do gado do Piauí não 
apresentavam o mesmo desempenho econômico de anos anteriores ou tinham a possibilida-
de de adquirir produtos da pecuária de outras regiões.
A primeira regressão no comércio ocorreu na Zona da Mata Nordestina, onde, nesse perío-
do, os engenhos já estavam em decadência, em função da concorrência do açúcar produzido 
nas Antilhas e dos interesses da metrópole portuguesa voltados para as regiões de produção 
mineral. Dessa forma, ocorria uma redução dos engenhos, e, consequentemente, a demanda 
pela pecuária, não somente da carne e do couro, mas também de animais de tração e trans-
porte, essenciais no funcionamento dos engenhos. O prejuízo dessa crise era refletido sobre a 
produção piauiense.
Outro fator importante é que, nas regiões das Minas Gerais, que se tornaram, nesse mo-
mento, o centro econômico mais dinâmico da Colônia e que desde o início de suas atividades 
tinha a pecuária piauiense como a principal fornecedora de charque, couro e animais vivos. 
Porém, surge a participação de outros fornecedores de rebanhos bovinos, com destaque para 
as produções do Maranhão e, principalmente, do Rio Grande do Sul. O Sul do país se tornou a 
região fornecedora de gado mais importante para as regiões das Minas, devido aos rebanhos 
que chegavam em melhores condições. A pecuária sulista foi, portanto, responsável pelo agra-
vamento da crise da atividade criatória piauiense.
Mesmo durante a crise, a pecuária piauiense se manteve como principal atividade eco-
nômica até meados do século XIX, ou seja, quase um século depois dos primeiros sinais de 
decadência. Essa atividade vai reduzindo e se restringindo a um mercado regional. O fato de 
não modernizar o quadro de sua economia e a constante dependência de mercados externos 
contribuíram para que o Estado do Piauí se tornasse, atualmente, uma das unidades da fede-
ração mais pobres.
O Piauí ganhou o status de província em 1821, um ano antes da Proclamação da Indepen-
dência de Portugal. Porém, esse período foi marcado pela mesma instabilidade administrativa 
existente no período anterior, com a formação de juntas para governar e curtos períodos de 
estabilidade.
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Na data de 7 de setembro de 1822, o Piauí apoiou à declaração de independência políti-
ca proclamada por D. Pedro I e foi o cenário, em 1823, da batalha contra o jugo português: a 
Batalha do Jenipapo. Outro acontecimento histórico nesse período que ocorreu no Piauí foi a 
transferência da capital de Oeiras para Teresina em 1852. Segundo José Antônio Saraiva, essa 
transferência mudaria os rumos econômicos piauienses, pois trazer a capital paraas margens 
do Parnaíba seria uma forma de justificar sua navegação, fato que se consolidou em 1858, 
quando foi organizada uma companhia de navegação a vapor que contou com o auxílio dos 
governos da província em parceria com a iniciativa privada.
Às margens do Riacho Jenipapo, em Campo Maior, piauienses, maranhenses e cearenses lu-
taram pela independência do país contra as tropas portuguesas comandadas pelo major João 
José da Cunha Fidié. Em uma parte do Brasil valeu o 7 de setembro, mas no resto do país a 
independência de fato ocorreu depois, até porque as notícias ali demoram a chegar. As tropas 
portuguesas lutaram com armas de fogo e os sertanejos com o que tinham. Apesar da vitória, 
os portugueses bateram em retirada. No Piauí, na cidade de Campo Maior, às margens do Rio 
Jenipapo, os portugueses perderam a esperança de ter uma colônia na América e foram expul-
sos das terras brasileiras.
LEGENDA: Disponível em: <https://www.camara.leg.br/radio/programas/509146-no-dia-13-de-marco-de-1823-o-
correu-a-batalha-do-jenipapo/>. Acesso em 03 de Jun. 2021.
Durante o século XX, na economia piauiense surge uma nova produção para o desenvol-
vimento da região: a exploração da borracha de maniçoba. Por 15 anos, a maniçoba foi o 
maior produto de exportação do Piauí, sendo 62% das exportações no ano de 1910. Durante 
duas décadas de crescimento da borracha, as tradicionais atividades familiares de subsistên-
cia ocupavam a maior parte da população ativa do estado, com uma grande preocupação em 
sobreviver às estiagens que assolavam a região. Outros produtos deram prosseguimento ao 
desenvolvimento no Estado, como a cera de carnaúba e o babaçu.
A participação do Piauí no cenário mundial por meio da exportação de itens provenientes 
das atividades extrativistas, iniciada com a borracha e consolidada com a cera de carnaúba e 
o babaçu, veio a oferecer a sobrevivência e o fortalecimento dos grandes pecuaristas, extrati-
vistas e dos comerciantes e, também, manteve o Estado, enquanto instituição, em crescimento 
no que se refere a meios financeiros. Porém, paralelamente, aumentava o empobrecimento da 
população, que gerou como consequência um aumento da emigração para os centros urbanos.
Na primeira metade do século XX, a venda produtos extrativistas foi de grande importância 
econômica para o Estado. Como resultado para o estado, foram surgindo algumas indústrias, 
a expansão comercial, o aumento das receitas e das finanças estaduais e, consequentemente, 
diversas melhorias urbanas, como a criação da rede de abastecimento de água na capital, a 
construção de prédios públicos e o surgimento de ruas e praças na capital e nas cidades in-
terioranas.
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A partir de 1950, houve uma redução significativa dos preços e, consequentemente, da pro-
dução extrativista. Nessa situação, a produtividade da agricultura aumentou sua importância 
na economia piauiense. Com esse enfraquecimento no cenário mundial, a renda foi garantida 
pela expansão de produtos agrícolas de subsistência, como arroz, milho, feijão, mandioca, al-
godão e cana-de-açúcar.
Durante a década de 60, ocorreu um novo marco para o Nordeste brasileiro, uma era de 
modernidade e de um aumento na integração com todo o país. Com a criação do órgão deno-
minado como Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), ressurgiram as 
esperanças por dias melhores, a partir de uma política de desenvolvimento regional, criada por 
Celso Furtado e o Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste (GTDN).
A ideia principal da SUDENE era a necessidade de combater e reduzir a desigualdade que 
prevalecia entre as condições de vida do Nordeste e o restante do país. A diferença de níveis 
de renda entre o Nordeste e o Centro-Sul do país constitui um grave problema socioeconômico 
a ser combatido. Na região interiorana do Nordeste, existia uma acentuada desigualdade nas 
condições de vida entre as unidades federativas. E o Piauí apresentava-se negativamente.
Nessa época, o Nordeste apresentava a metade da renda per capita nacional e o Piauí 
a metade da renda do Nordeste, sendo que os dados do PIB per capita demonstram que a 
situação era mais grave. Na década de 1970, os índices indicavam que a renda per capita 
dos piauienses não representavam mais de 21% da média nacional. A partir desse momento, 
passou a aumentar esses indicadores, como reflexo da velocidade do crescimento econômico 
piauiense.
Entre 1970 e 2010, o Nordeste apresentou uma evolução no PIB de aproximadamente 
11,71% para 13,07%. Um crescimento pequeno quando comparado aos dados nas regiões Cen-
tro-Oeste e Norte. Porém, diferentemente do Nordeste, o Piauí apresentou um crescimento sig-
nificativo, criando um polo importante para o agronegócio, parte do que viria a ser denominado 
de MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia). Mesmo ocorrendo a ocupação na década 
de 1970, a produção dessa área foi efetivada apenas na década de 90.
Em um período de 45 anos (1970/2015), o PIB per capita do Piauí aumentou de 21% para 
42% da média nacional. Destaca-se que a partir do século XXI, cresce a velocidade de aproxi-
mação entre as unidades federativas nordestinas, apesar de continuar existindo um enorme 
desequilíbrio.
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
LEGENDA: Disponível em: <http://www.seplan.pi.gov.br/download/202009/SEP30_bfde406fb5.pdf>. Acesso em 
03 de Jun. 2021.
Durante o século XXI, o Piauí vem valorizando a abordagem regional, e os avanços foram 
tão positivos que a abordagem foi institucionalizada na Lei Complementar (LC) 87, de 22 de 
agosto de 2007. A regionalização foi elaborada levando em consideração aspectos ambientais, 
vocações produtivas e dinamismo das regiões, relações socioeconômicas e culturais estabe-
lecidas entre as cidades, a regionalização político-administrativa e a malha viária existente.
eConomIA do pIAuí
Na LC n. 87, a regionalização regional do estado se afirma das seguintes formas:
• 1. Em uma escala macrorregional – expressa em quatro subespaços bem nítidos: o Li-
toral, o Meio-Norte, o Semiárido e o Cerrado;
• 2. Em uma segunda escala, identificam-se 11 territórios de desenvolvimento sustentável;
• 3. Em uma terceira escala, é possível destacar 28 aglomerados, respeitando os limites 
dos municípios que os integram.
Porém, em 2017, os territórios de desenvolvimento do Piauí ganharam mais um membro: 
a Chapada Vale do Rio Itaim. Agora são 12 unidades de planejamento da ação governamental, 
que buscam o desenvolvimento sustentável do estado, a diminuição das desigualdades e uma 
melhor qualidade de vida da população do Piauí.
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LEGENDA: Disponível em: <http://www.fomento.pi.gov.br/camaras/turismo/>.Acessoem 23 de Jul. 2021.
A economia piauiense passa por uma intensa renovação. Primeiramente, o desenvolvimen-
to da soja, que tomou partes da região, sendo que, onde só existia pobreza, fez surgir o progres-
so. Posteriormente, a geração de fontes de energias alternativas. O vento e o sol piauienses 
criam a possibilidade de um acelerado processo de produção de energia elétrica para o Brasil. 
E, por último, observa-se, de forma inicial, o trabalho da mineração e da produção de gás natural.
O investimento em infraestrutura para atender as novas demandas econômicas está sendo 
alto. A ferrovia Transnordestina já tem, dos 1700 km projetados, 600 km realizados. Dessa ma-
neira, o transporte piauiense recebe um reforço importante para o desenvolvimento integrado 
da sua economia, pois a ferrovia é a grande possibilidade de escoamento dos recursos mine-
rais do Estado.
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
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Em relação ao porto no litoral piauiense, destacamos suas restrições técnicas, relativas a 
seu calado. Atualmente, estão realizando pesquisas sobre novas concepções do porto. Com 
novas exigências do mercado internacional, analisa-se a viabilidade da construção do primeiro 
porto brasileiro especializado em transporte de gado vivo.
Recentemente, foi divulgada uma pesquisa realizada pela MB associados, uma empresa 
de consultoria que presta serviços na área de análise macroeconômica. Em seus resultados, o 
Piauí conseguirá chegar ao segundo maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Bra-
sil. O período em que ocorreu o levantamento de dados é entre os anos de 2010 e 2022, sendo 
que o Piauí aparece com um aumento de 34,5%, índice quatro vezes maior que a média do país 
de 7,9%. O primeiro lugar do ranking é do estado do Mato Grosso, que aparece com 41,1%, no 
período citado.
O resultado positivo é reflexo de uma combinação de fatores complexos. O agronegócio, 
principalmente na produção de soja, é um dos destaques na economia. Grandes investimentos 
em infraestrutura, com construção de estradas, pontes e outros equipamentos, também in-
fluenciaram o crescimento econômico. Estima-se que as fronteiras agrícolas que surgiram na 
região, principalmente na região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), ajudam 
no desenvolvimento desses estados. Para 2021, a projeção é que o PIB do Piauí cresça 3,99%, 
tornando-se o quarto maior índice do Brasil.
4. populAção
Segundo o IBGE, a população do estado do Piauí chegou a 3.194.718 habitantes em 2014, 
aumentando em 1,0% quando comparado ao levantamento no censo de 2010 (3.119.015 habi-
tantes), o que demonstra uma baixa densidade demográfica, de aproximadamente 12,4 hab./
km2, uma das menores da região Nordeste. O estado está dividido em 224 municípios, sendo 
que Teresina, a capital, tem 26,0% da população estadual.
Interessante lembrar que a capital piauiense é a única do Nordeste que não está localizada 
no litoral. Os municípios mais populosos do Piauí são Teresina, Parnaíba, Picos e Piripiri, que 
juntos totalizam, aproximadamente, 1.187.559 habitantes.
A mesorregião piauiense denominada Centro-Norte, concentra o maior número de habitan-
tes (46,7%), seguida pelo Norte Piauiense (20,3%). As áreas do Sudeste e o Sudoeste possuem 
pouco mais de 16% cada uma.
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MAPA – Participação das mesorregiões na população do Piauí
LEGENDA: Disponível em: <https://www.bnb.gov.br/documents/80223/4476032/PI+Perfil+2015.pdf/92901df-
6-c38a-d5cb-1896-ee4139f02599>. Acesso em: 04 de Jun. 2021.
As principais cidades estão distribuídas pelo seu território, sendo Teresina o destaque no 
polo econômico do estado, e Parnaíba, no litoral, sendo o principal polo turístico. Outras cida-
des se destacam, mesmo sendo menos populosas, como São Raimundo Nonato, no sul do 
estado, polo turístico e importante sítio arqueológico com vestígios das primeiras civilizações 
das Américas, e Uruçuí, Baixa Grande do Ribeiro e Bom Jesus, pela importância na produção 
agropecuária do estado.
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
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A expectativa de vida ao nascer no início do século XXI era de 67,9 anos. Em 2010 houve 
um pequeno aumento, chegando aos índices de 69,9 anos, ainda inferior à média do Nordeste 
(71,2 anos) e do Brasil (73,9 anos).
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Piauí, indicador que envolve saúde, educa-
ção e renda, vem passando por um intenso crescimento. Seu valor foi de 0,362 em 1991, tendo 
saltado para 0,646 em 2010, pouco abaixo da média do Nordeste no mesmo ano (0,660) e do 
Brasil (0,726).
O aumento do índice é reflexo de melhorias no quadro social. O aumento do IDH neste perí-
odo se completa com a redução da desigualdade de renda ocorrida entre 1990 e 2013, medida 
pelo índice de Gini, que, no estado, caiu de 0,666 para 0,515, respectivamente. O crescimento 
pode ser atribuído aos programas governamentais de transferência de renda, de qualificação 
profissional e do incremento do salário-mínimo.
TABELA – Evolução do IDH e Índice de Gini – Anos selecionados – Piauí, Nordeste e Brasil
LEGENDA: Disponível em: <https://www.bnb.gov.br/documents/80223/4476032/PI+Perfil+2015.pdf/92901d-
f6-c38a-d5cb-1896-ee4139f02599>. Acesso em: 04 de Jun. 2021.
É importante lembrar que esses índices sociais tiveram um incremento significativo nos 
últimos anos, embora ainda sejam menores que a média nacional. Também devemos destacar 
que as diferenças em relação aos estados mais desenvolvidos começaram a reduzir no perío-
do apresentado.
Um aspecto relevante diz respeito à transição demográfica do estado. Atualmente, o nú-
mero das pessoas com idade entre 15 e 64 anos, denominado de População Economicamente 
Ativa (PEA), somando 2,3 milhões de pessoas, é maior que o número daqueles com idade 
inferior a 15 anos e superior a 64 anos, equivalente a 790 mil pessoas, que é denominado de 
População Economicamente Inativa (PEI).
O crescimento vegetativo no estado tem diminuído ao longo das últimas décadas, e, ao 
mesmo tempo, a população idosa vem aumentando, inclusive com taxas maiores que o res-
tante das outras faixas etárias. Consequentemente, essa redução demográfica implicará em 
redução da força de trabalho e exigirá um redesenho nas políticas públicas, principalmente na-
quelas com foco na formação profissional de jovens e de assistência médica e previdenciária 
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Conhecimentossobre o Piauí – Parte I
CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
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para os idosos. Essa redução no crescimento da população no Piauí é reflexo da diminuição 
das taxas de fecundidade, natalidade e mortalidade. Os principais fatores que levaram a essa 
regressão nesses índices são o processo de urbanização, a crescente inserção da mulher no 
mercado de trabalho, os avanços na medicina e da melhoria da qualidade de vida da população.
TABELA – Evolução dos Índices de Fecundidade, Natalidade e Mortalidade – Anos sele-
cionados – Piauí, Nordeste e Brasil.
LEGENDA: Disponível em: <https://www.bnb.gov.br/documents/80223/4476032/PI+Perfil+2015.pdf/92901d-
f6-c38a-d5cb-1896-ee4139f02599>. Acesso em 04 de Jun. 2021.
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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
No infográfico abaixo, retirado do site do IBGE, podemos sintetizar todas as informações 
apresentadas sobre a demografia piauiense:
LEGENDA: Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pi/panorama>. Acesso em: 04 de Jun. 2021.
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
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Um gráfico muito utilizado para representar as mudanças na demografia de um local é a pi-
râmide etária. A do estado Piauí segue a tendência nacional, ou seja, redução na base (jovens) 
e alargamento do ápice (topo). Observe a seguir a pirâmide do estado do Piauí:
LEGENDA: Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pi/panorama>. Acesso em: 04 de Jun. 2021.
5. AGrICulturA
A atividade do agronegócio, que abrange insumos, produção agropecuária, industrialização 
e distribuição, equivale a 25% do PIB. Entre os principais produtos para exportação do Brasil, 
destaca-se a soja, milho, frango, complexo cana-de-açúcar, café, algodão e carne bovina.
A produção do agronegócio é distribuída em todo território brasileiro e envolve milhares de 
produtores. O processamento e a comercialização são realizados por meio de poucas empre-
sas que são, normalmente, compostas por capital estrangeiro.
No caso do Piauí, a região com maior produção atual é conhecida pelo nome de “Matopiba” 
(por englobar as áreas fronteiriças dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), área 
com a maior expansão na produção de grãos. O Brasil se destaca no cenário mundial como 
um dos maiores exportadores e produtores de soja. O Piauí é um dos estados brasileiros com 
maior potencial de crescimento.
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Conhecimentos sobre o Piauí – Parte I
CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
Cleber Monteiro
LEGENDA: Disponível em: < http://www.cepro.pi.gov.br/download/201608/CEPRO02_9b568b361f.pdf>. Acesso 
em 05 de Jun. 2021.
Há uma perspectiva de crescimento mundial na demanda por alimentos, especialmente 
gerada pela demanda chinesa. Os cerrados piauienses têm capacidade estimada de plantio 
entre 4 e 6 milhões de hectares. Porém, para a melhoria da rentabilidade, será necessária a 
redução dos gastos logísticos, que passa pela armazenagem e escoamento.
Outra forma de cultivo que vem crescendo no Piauí é a agricultura irrigada. Essa técnica 
permite o uso de áreas com alto índice de incidência solar, porém com pouco regime pluvio-
métrico, naturalmente não adequado para plantio, como ocorre em regiões do semiárido ou do 
cerrado brasileiro. A irrigação permite a ampliação da área agriculturável e traz a possibilidade 
de cultivos diversos.
No território piauiense, a agricultura irrigada já apresenta produção em fruticultura em seis 
regiões vinculadas ao programa Mais Irrigação do Ministério da Integração Nacional, sendo 
elas os Tabuleiros Litorâneos do Piauí, nos Platôs de Guadalupe, Gurgueia, Fidalgo, Caldeirão 
e Lagoas do Piauí.
O Piauí participa de vários projetos voltados à implantação do programa Mais Irrigação, 
do Ministério da Integração Regional. No estado, existe uma base produtiva de fruticultura 
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
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com grandes possibilidades de serem ampliadas por meio da irrigação e de políticas de de-
senvolvimento local. Porém, com a falta de infraestrutura para escoar a produção de produtos 
perecíveis, como aeroportos para exportação das frutas, não há como alavancar o mercado 
consumidor.
O IBGE divulgou uma estimativa para a safra de grãos do país em 2021. No Piauí, a proje-
ção é que aumente 9,74% em relação a 2020, chegando ao total de 5,4 milhões de toneladas. 
Será o segundo maior crescimento do Brasil, que se estima ser de 2,5% este ano.
O cultivo de soja, que corresponde mais da metade da produção de grãos no estado, teve 
um aumento na área plantada de 5,8%, passando de 758,9 mil hectares para 802,9 mil hectares, 
segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse aumento na plantação está 
relacionado com a regularização fundiária, iniciada com a lei estadual n. 7.294/2019 e a parti-
cipação do Instituto de Terras do Piauí (Interpi).
A nova lei gera aos produtores agrícolas uma segurança maior para investir, já que passam a 
ter a titularidade das terras, facilitando financiamentos para o desenvolvimento de seu projeto.
Uma outra forma de desenvolver agricultura no Piauí que tem sua história é a familiar. A 
partir dos anos 2000, diversos estudos foram realizados sobre a agricultura familiar no Piauí. 
Diversas temáticas vieram à tona, como, por exemplo, assentamentos de reforma agrária, co-
munidades quilombolas, quebradeiras de coco, povos indígenas e vários outros.
De acordo com o Censo Agropecuário de 2017, o Piauí apresenta 245.601 estabelecimen-
tos agropecuários, sendo que a agricultura familiar representa 80,3%, ou seja, estabelecimen-
tos desta agricultura totalizaram 197.246 unidades. Em termos de área, os estabelecimentos 
familiares totalizam 3.852.846 hectares, ou seja 38,5% dos 10.009.857 hectares destinado a 
essa atividade econômica.
LEGENDA: Disponível em: <file:///C:/Users/profc/Downloads/1266-3967-1-PB.pdf>. Acesso em 07 de Jun. 
2021.
Os estabelecimentos de agricultura familiar, no Piauí, praticam principalmente a pecuária e 
a agricultura destinadas ao próprio consumo e, posteriormente, destinadas à comercialização. 
A produção vegetal desenvolvida compreende lavoura, extrativismo, horticultura e floricultura, 
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destacando-se as lavouras em atividades de produção vegetal em número de estabelecimen-
tos e retorno financeiro. O extrativismo vegetal, com foco na carnaúba, também constitui ativi-
dade que gera valor alto aos agricultores familiares.
Em relação as lavouras permanentes da produção da agricultura familiar do Piauí, desta-
cam-se as culturas de caju, banana, acerola e coco da baía. Elas são as mais expressivas em 
termos de quantidades produzidas e comercializadas. No que diz respeito às lavouras tempo-
rárias, a agricultura familiar do Piauí é baseada na produção de feijão, milho, arroz, mandioca, 
cana-de-açúcar, soja em grão e algodão.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (NUCEPE/PREFEITURA DE TERESINA/2019) Há muito que a posição geográfica do 
Piauí havia despertado atenção do Governo de Lisboa para o caso de uma emergência. Preven-
do que a independência do Brasil seria apenas uma questão de tempo, é opinião de abalizados 
historiadores que o governo português planejara ficar com uma parte para ele, isto é, o nor-
te, recriando o Estado do Maranhão que compreenderia as Províncias do Pará, do Maranhão 
e do Piauí.
(MONSENHOR CHAVES, Obra Completa. Teresina: Fundação Cultural Monsenhor Chaves, 1998, p. 266)
No processo de independência do Brasil, o domínio do território piauiense era estratégico, pois:
a) sua posição geográfica favorecia a navegação do norte para Portugal, reduzindo o tempo 
de viagem em relação à saída pelo Pará ou Pernambuco. Porém, a rota encontrava obstáculos 
nos ventos contrários e/ou nas calmarias das viagens por mar para a Europa.
b) tinha uma comunicação direta por terra com o Ceará, a Bahia e com Pernambuco, onde os 
movimentos de independência estavam muito fortes. Sendo o Piauí um fornecedor de carnes, 
para essas Províncias, dominá-lo era estratégico para contenção dos grupos rebeldes.
c) em Parnaíba existia uma fábrica de pólvora, produzida de contrabando, que poderia ser uti-
lizada para abastecer a resistência do norte, caso fosse necessário o enfrentamento do movi-
mento pró independência nessa parte do Brasil.
d) a província estava tranquila, sem a penetração de ecos do que acontecia lá fora. A população 
letrada defendia fortemente a Constituição portuguesa, sem ocorrência de fatos subversivos.
e) as rendas nacionais da Província, obtidas nas exportações do algodão, couro de sola, carne 
verde e frutos do mar representavam grande numerário para a Coroa, pois, sendo cobradas de 
forma rigorosa, davam lhe uma renda líquida correspondente a 80% do rendimento bruto.
Lembre-se de que a posição do Piauí era favorável à comunicação com seus estados vizi-
nhos, sendo um grande exportador de carnes na região, tornando-se um território que deveria 
ser dominado.
Letra b.
002. (NUCEPE/PREFEITURA DE TERESINA/2019)
Trecho-I
Tem o sertão do Piauí, pertencente à nova Matriz da Nossa Senhora da Vitória, quatro rios 
correntes, vinte riachos, com cinco riachinhos, dois olhos d’água e duas lagoas, à beira das 
quais estão 129 fazendas de gados, em que moram 441 pessoas entre brancos, negros, índios, 
mulatos e mestiços. [...].
(CARVALHO, Pe. Miguel de. Descrição do Sertão do Piauí. Teresina: IHGPI, 1993.p.14)
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
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Trecho-II
[...]. Daquelas 129 fazendas de gado e que se refere o Padre Carvalho, umas são administradas 
pelos próprios donos em sítios que arrendam a dez mil réis de foro cada um a Domingos Afon-
so Sertão e Leonor Pereira Marinho, esta, no momento, representante dos Ávila. Outras (e entre 
estas, algumas eram de Mafrense) são administradas por vaqueiros [...].
(NUNES, Odilon. Pesquisas para a História do Piaui. Teresina: FUNDAPI/FCMC, 2007, p, 100. v.1)
Com a leitura desses textos, conclui-se que:
a) predominou a presença de fazendeiros no processo de conquista e ocupação do Piauí, sen-
do o vaqueiro um elemento secundário.
b) as fazendas de gado foram primordiais na ocupação do solo piauiense, tendo a mão de obra 
escrava indígena predominado na administração desse processo.
c) o processo de povoamento do Piauí teve nas fazendas de gado o seu núcleo central e no 
vaqueiro o seu elemento primordial.
d) a relação entre ambos os trechos permite concluir que tanto o elemento indígena, quanto o 
trabalho escravo negro foram primordiais na administração das primeiras fazendas de gado.
e) a instalação das fazendas de gado esteve condicionada pela existência de núcleos popula-
cionais e a facilidade de rios, riachos e outros cursos de águas.
Cuidado, candidato(a): não confunda a ocupação do Piauí com a ocupação do Nordeste. 
No Piauí, a ocupação foi motivada, principalmente, pela criação do gado. Logo, o núcleo do 
povoamento foram as fazendas criadoras de gado, tendo o vaqueiro como um trabalhador 
fundamental.
Letra c.
003. (NUCEPE/PREFEITURA DE TERESINA/2019) Até meados do século XX, o Piauí tinha sua 
pauta de exportação baseada principalmente nos produtos advindos do extrativismo vegetal e 
uma estrutura econômica que convergia para o mercado internacional. Essa dependência em 
relação ao exterior se converteu em fragilidade do ponto de vista da ampliação dos mercados 
e, depois, em situação de estagnação.
No entanto, na segunda metade do século XX, verifica-se no Piauí
a) uma inserção no projeto nacional de integração, diminuindo sua estagnação econômica a 
partir da inserção em importantes rotas do emergente aquecimento da economia das perife-
rias do Brasil, com impactos significativos na sua configuração territorial, antes marcada pelo 
isolamento e atraso.
b) uma diversificação da estrutura econômica do Estado, que até a primeira metade do século 
XX concentra-se fortemente no setor primário da economia, e a partir de investimentos em 
infraestrutura de redes, passa a se sobressair o setor secundário, sobretudo nas décadas de 
1950 e 1960.
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
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c) um processo de integração com o restante do Brasil, sobretudo por meio de rodovias, sem 
haver, com isso, um fortalecimento econômico, mas apenas uma nova dinâmica que não su-
planta a condição de dependência do Piauí, desta vez subordinada à ascendente economia 
industrial do Centro-Sul.
d) um ritmo acelerado de crescimento, sobretudo a partir da década de 1960, elevação da par-
ticipação da iniciativa privada em parceria do setor público e a estabilidade da produção, mas 
que se distribui de maneira desigual no território, com destaque para a capital e alguns centros 
urbanos do interior.
e) um aceleradoprocesso de urbanização, que tem relação direta com o processo de industria-
lização do Brasil e com a consequente entrada do Piauí na lógica de difusão dessas mercado-
rias (a partir da difusão das rodovias, principalmente), o que representa importante indicador 
do desenvolvimento territorial do estado.
O termo “suplanta”, aplicado no item c, pode gerar uma dificuldade na resolução da questão. 
Essa palavra está empregada no sentido de “derrubar”, logo, sabendo seu significado, o item 
fica autoexplicativo. Portanto, o item apenas afirma que o Piauí passou por uma integração 
com o restante do território, mas não conseguiu diminuir sua dependência em relação a região 
Centro-Sul.
Letra c.
004. (CRESCER CONSULTORIAS/PREFEITURA DO CANINDÉ/2017) No período colonial do 
século XVIII, os padres jesuítas foram expulsos da colônia, na região do Piauí isso ocasionou 
um problema por conta:
a) Dos padres estarem com o patrimônio das antigas fazendas dadas como herança pelo ses-
meiro Capitão Domingos Afonso Mafrese.
b) Da contribuição social elevadas que a Companhia de Jesus vinha fazendo pela população 
mais pobre na região e que deixou de ser continuada.
c) Da falta que a Companhia de Jesus iria fazer na organização social da região, pois o padre 
Gabriel Malagrida havia contribuído com a organização social.
d) Do alto investimento que os jesuítas faziam na região e que foi levado embora, de volta para 
a Europa, com sua expulsão.
As terras pertencentes a Mafrense foram herdadas pelos jesuítas, e isso se tornou um proble-
ma com a saída dos religiosos do Piauí, pois eles estavam com a posse desse patrimônio.
Letra a.
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CONHECIMENTOS REGIONAIS DO ESTADO DO PIAUÍ
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005. (CRESCER CONSULTORIAS/PREFEITURA DO CONCEIÇÃO DO CANINDÉ/2018) A Ba-
talha do Jenipapo, em 1823, marca um período da história da região do Piauí importante, dada 
as mudanças políticas na região, que tinha por características:
a) Um confronto exclusivamente popular, entre a população mais pobre formadas por comer-
ciantes e artesãos que apoiavam a independência, e as tropas de fazendeiros e colonos portu-
gueses, apoiadores da Coroa.
b) O único confronto sangrento da Independência do Brasil, entre as tropas recém-formadas do 
Império Brasileiro e as tropas ainda leais à Coroa Portuguesa.
c) Ser um confronto sangrento entre populares piauienses, cearenses e maranhenses contra 
as tropas portuguesas que foram encarregadas em manter o norte da ex-colônia fiel à Coroa 
Portuguesa.
d) Um conflito breve e sem muitas vítimas de origem civil, na cidade, e também capital do Piauí 
na época, de Oeiras; tal brevidade se deu pela recente notícia da Independência do Brasil, cul-
minando na saída dos comerciantes e colonos portugueses da região.
A batalha do Jenipapo ocorreu mediante a declaração de independência da Colônia. Essa in-
formação chegou ao país em períodos distintos, e movimentou povos do Ceará, Piauí e Mara-
nhão para combater as tropas portuguesas que queriam manter o apoio à Coroa.
Letra c.
006. (NUCEPE/PREFEITURA DE TERESINA/2019) Julgue o item em Certo ou Errado
Apesar das inúmeras expedições terem sido enviadas com o objetivo de ocupar a região, so-
mente na segunda metade do século XVII a colonização foi efetivada. Colonos que vieram da 
Bahia instalaram-se na região e formaram o primeiro povoado que logo se tornou vila com o 
nome de Mocha e, quando se transformou em cidade, passou a ter o nome de Oeiras.
Não houve, na região, inúmeras expedições com o objetivo de ocupar a região.
Errado.
007. (NUCEPE/PREFEITURA DE TERESINA/2019) Julgue o item em Certo ou Errado.
O Piauí tornou-se uma capitania, quando já tinha mais de dez vilas e centenas de fazendas de 
gado. A luta pela independência durou até 1823. Outro movimento que agitou o Piauí foi a Ba-
laiada, insurreição de cunho popular.
O item relata perfeitamente o processo de formalização da capitania do Piauí. A Balaiada, 
também denominada como Guerra dos Bem-te-vis, teve seus reflexos no território piauiense.
Certo.
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008. (NUCEPE/PREFEITURA DE TERESINA/2019) A partir de 1862, Teresina passou a ser a 
capital do estado, substituindo a cidade de Parnaíba. Após a Proclamação da República, a polí-
tica da região se estabilizou. O desenvolvimento socioeconômico do estado ocorreu de forma 
bastante acelerado, em comparação com os estados vizinhos.
Na verdade, Teresina passou a ser a capital do estado, substituindo a cidade de Oeiras.
Errado.
009. (IMA/PREFEITURA DE CANAVIEIRA/2015) A respeito das bases históricas da formação 
do território piauiense, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A pecuária teve seu principal foco de irradiação na Bahia, mais precisamente na cidade de 
Salvador, centro agrícola fundado em 1549 para abrigar a sede do governo geral. Das cercanias 
desse núcleo urbano partem os primeiros criadores tocando seus gados e instalando currais 
rumo ao interior do Brasil, em áreas antes somente habitadas pela população nativa.
b) A pecuária que se constituiu na mais importante atividade subsidiária dos engenhos e des-
tes não dependentes, tornou-se também a principal desencadeadora do movimento que iria 
povoar vastas áreas do território brasileiro. Isso se deve ao fato de que desde o seu início 
adquiriu um caráter itinerante, cujo favorecimento pode ser atribuído: a suas próprias caracte-
rísticas, não necessitando de grandes investimentos de capital e de pessoal para o seu funcio-
namento; além disso, existiam grandes extensões de terras disponíveis fora da faixa litorânea 
com excelentes pastagens.
c) Devido à crescente ocupação das terras da Zona da Mata nordestina pela agricultura cana-
vieira, praticamente monopolizando-as para a fabricação de açúcar, criou-se a necessidade 
de se buscar outras áreas para o desenvolvimento daquelas atividades que seriam auxiliares 
ao funcionamento dos engenhos: gêneros agrícolas alimentares, carne, lenha, couro, animal 
de tração e de transporte etc. Tal situação provocou uma expansão portuguesa para além do 
domínio das unidades de produção de açúcar.
d) A ocupação das terras do Piauí, as quais correspondiam a uma parte da área do “Sertão 
de Dentro”, ocorreu na segunda metade do século XVII, e se iniciou pela costa leste e sul do 
território, pelas margens dos rios Piauí, Canindé, Paraim e Gurgueia. Não demorou muito para 
a atividade criatória atingir também o Parnaíba, ultrapassando rapidamente para o lado oci-
dental de sua bacia, já em território maranhense. Neste, os currais espalharam-se tanto em 
direção à montante do Parnaíba, chegando às margens do rio das Balsas e à região de Pastos 
Bons, quanto o curso médio e jusante daquele rio, de onde segue em direção aos vales dos rios 
Itapecuru e Mearim.
O item apresenta como erro, entre eles, afirmar que não eram dependentes dos engenhos. 
Lembre-se que era para a região dos engenhos que os produtos pecuários eram vendidos.
Letra b.
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