Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DISFUNÇÕES E AVALIAÇÃO DO OMBRO GRUPO DE ESTUDOS FIJOD 2 ACADÊMICO EM FISIOTERAPIA, 3º CICLO, MEMBRO DA LIGA DE REABILITAÇÃO MUSCULOESQUELÉTICA DIEGO GÓIS ACADÊMICO EM FISIOTERAPIA, 3º CICLO, MEMBRO DA LIGA DE TERAPIAS MANUAIS E ALTERNATIVAS IANA ALVES ACADÊMICO EM FISIOTERAPIA, 3º CICLO, MEMBRO DA LIGA DE TERAPIAS MANUAIS E ALTERNATIVAS FRANCIELY OLIVEIRA ACADÊMICO EM FISIOTERAPIA, 3º CICLO, MEMBRO DO CENTRO ACADÊMICO E DA LIGA DE TERAPIAS MANUAIS E ALTERNATIVAS JOHNATAN ARAUJO DISFUNÇÃO Mau funcionamento ou alteração das funções normais de um órgão 3 OMBRO Todas as partes desse complexo precisam estar operando da maneira correta para que um movimento ocorra funcionalmente e sem dor A tensão muscular ocorre quando um músculo é ativado de forma gradual e repetitiva, fazendo com que a musculatura “trabalhe” mais, causando dor e perda da funcionalidade (CRUZ, 2019). O fortalecimento muscular deve ser feito nos limites fisiológicos e com a devida carga. Movimentos realizados de maneira incorreta, acarretam em compensações e estas podem, com o tempo, gerar disfunções 4 FORTALECIMENTO X TENSÃO MUSCULAR TIPOS DE ACRÔMIO Existem 3 tipos / formas de acrômio (Classificação de Bigliani): -tipo 1: plano -tipo 2: curvo (mais comum) -tipo 3: ganchoso (pode ser uma calcificação do ligamento córaco-acromial) O tipo de acrômio pode influenciar diretamente em disfunções de ombro. 5 PRINCIPAIS CAUSAS DAS DISFUNÇÕES DE OMBRO -forma do acrômio -espessura do acrômio : 12mm -inclinação do acrômio -artrose acrômio-clavicular 6 -luxação acrômio-clavicular -tendinite calcárea -bursite crônica -sequela de fratura do tubérculo maior ou acrômio -lesão neurológica com alteração biomecânica da cintura escapular -escápula alada -encurtamento da cápsula articular posterior - Fraqueza muscular INTRÍNSECAS EXTRÍNSECAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS Impacto do tendão do Supra espinhoso contra a borda anterior do acrômio, ligamento coracoacromial e/ou contra esporão da articulação acrômio clavicular. Compressão pelo aumento da Bursa. 7 SÍNDROME DO IMPACTO Alteração do ritmo escapuloumeral (REU)-> Mau posicionamento da escápula -> Redução do espaço subacromial -> IMPACTO A alteração do REU pode estar direcionada a uma fraqueza muscular de serrátil anterior. PRINCIPAL CAUSA SÍNDROME DO IMPACTO - SD 9 CLASSIFICAÇÃO DE NEER DA SD CARACTERÍSTICAS TIPO 01 edema e hemorragia / pacientes jovens até 25 anos / relacionado esporte TIPO 02 fibrose e tendinite / lesão parcial / pacientes de 25 a 40 anos / relacionado esforço repetitivo no trabalho/atividade TIPO 03 lesão completa / pacientes acima de 40 anos / relacionado a degeneração PRINCIPAIS PATOLOGIAS É uma inflamação de um ou mais tendões da articulação glenoumeral que pode produzir quadros dolorosos. 9 TENDINITE NO OMBRO Alguns fatores de risco podem determinar se uma pessoa vai desenvolver tendinite ou não, como esforço repetitivo, ficar muito tempo numa postura ruim ou esforço intenso. PRINCIPAL CAUSA PRINCIPAIS PATOLOGIAS Ao redor das articulações existe uma pequena bolsa de líquido que amortece o impacto entre ossos, tendões e musculaturas chamada Bursa. Quando inflamada é chamada de Bursite, uma inflamação da Bursa localizada no ombro 10 BURSITE NO OMBRO O uso excessivo das articulações e movimentos repetitivos dos músculos e tendões. Traumas também podem ocasionar uma bursite PRINCIPAL CAUSA PRINCIPAIS PATOLOGIAS A capsulite adesiva é uma das principais causas de incapacidade funcional do ombro, tendo como características principais a dor e a rigidez articular de origem capsular. 11 CAPSULITE ADESIVA (OMBRO CONGELADO) Duplay (1872), pioneiro nos estudos da CA, aponta que a rigidez dolorosa do ombro ocorre em razão da presença de aderências fibrosas na bolsa serosa subacromial. Já Coodman (1934), quem criou a expressão “ombro congelado”, acredita tratar-se de uma patologia articular caracterizada por dor intensa e limitação de amplitude de movimento (ADM), tanto ativo quanto passivamente PRINCIPAL CAUSA PRINCIPAIS PATOLOGIAS A fratura é uma lesão óssea que acontece após um trauma. É mais comum em idosos devido a falta de deposição de cálcio nos ossos ocasionada pela senescência. As fraturas mais comuns ocorrem no úmero. 12 Trauma PRINCIPAL CAUSA FRATURAS NO OMBRO PRINCIPAIS PATOLOGIAS . A lesão slap (Superior Labrum Anterior and Posterior) é uma causa de dor no ombro por vezes não diagnosticada. O paciente apresenta dor principalmente em movimentos acima do nível da cabeça ou praticando exercícios como vôlei ou tênis. 13 Lesões degenerativas ou traumáticas PRINCIPAL CAUSA LESÃO SLAP PRINCIPAIS PATOLOGIAS . Expressão vinda do inglês “throwing shoulder” que define sintomas no ombro de pessoas que praticam esportes de arremesso como: Volei, Handebol, Beisebol, etc. 14 O problema pode ter origem na cadeia cinética (quadris, coluna e tronco), na escápula (discinesias escapulares), na glenoumeral (problemas capsulares) e anatômicas (lesão do manguito rotador, labro g., bíceps..) PRINCIPAL CAUSA OMBRO DO ARREMESSADOR PRINCIPAIS PATOLOGIAS Artrose é o desgaste da cartilagem articular. O ombro não é uma articulação muito acometida pela artrose, provavelmente porque não é uma articulação de carga como o joelho e quadril. 15 Podem ser causas primárias: Herança genética Ou Secundárias: Traumas, Fraturas, Cirurgias, etc. PRINCIPAL CAUSA ARTROSE DE OMBRO AVALIAÇÃO DE OMBRO 16 ➢ O primeiro passo para começar a tratar uma dor no ombro é uma boa avaliação. Primeiro será analisado o histórico clínico. ➢ Depois do histórico clínico vem a avaliação física. Momento de avaliar o ombro em todos os planos de movimento e entender mais sobre as limitações de movimento. ➢ Os testes dinâmicos e estáticos são essenciais para determinar qual é o verdadeiro problema do ombro. Analisar a força muscular das principais musculaturas estabilizadoras do ombro e também sua postura (avaliação postural) que é um ponto importante para determinar tensões nas musculaturas do ombro e compensações relacionadas à coluna torácica. ANAMNESE ➢ Dor ➢ Idade ➢ Sexo ➢ História Clínica 17 INSPEÇÃO ESTÁTICA ➢ Atitude postural ➢ Vestígios de lesões traumáticas ➢ Edema ➢ Equimose ➢ Deformidades características ➢ Escápula ➢ Formato ➢ Simetria ➢ Posição ➢ Atrofias/hipotrofias musculares ANTERIOR POSTERIOR PALPAÇÃO ➢Dor ➢Edema ➢Crepitações ➢Mobilidade anormal ➢Calor ➢Art. Esternoclavicular ➢Clavícula ➢Art. Acromioclavicular ➢Regiões deltóidea, supra e infra-espinhal FORÇA MUSCULAR ➢5: Movimento normal ➢4: Vence gravidade e alguma resistência ➢3: Vence gravidade, mas não a resistência ➢2: Não vence a gravidade ➢1: Contração visível ➢0: Ausência de contração muscular 20 INSPEÇÃO DINÂMICA GONIOMETRIA Grau de Mobilidade: ➢Abdução - 180º ➢Adução - 45º ➢Flexão - 90º ➢Extensão - 45º ➢Rotação Interna - 55º ➢Rotação Externa - 40-45º 21 INSPEÇÃO DINÂMICA PRINCIPAIS TESTES Avalia a tendinite do manguito rotador através do estiramento do manguito e da bolsa subacromial, obtida pela rotação externa e abdução do ombro. Pede-se para o paciente alcançar, por trás da cabeça, o ângulo médio superior da escápula contralateral. Resultados assimétricos entre os lados são positivos. A incapacidade de tocar o ombro do lado oposto é indicativa de adução, rotação medial e flexão horizontal na articulação glenoumeral. 22 AVALIAÇÃO TESTE DE APLEY PRINCIPAIS TESTES Avalia especificamente o músculo supraespinhoso. O fisioterapeuta instrui o paciente a realizar uma flexão e abdução de 30º de membros superiores e uma rotação interna, apontando os polegares para o chão. É imposta uma resistência e pede que se realize uma flexão contra a resistência. Deve-se suspeitar de comprometimento do músculo supra-espinhal e/ou de seu tendão em caso de fraqueza e/ou relato de dor. O teste será considerado alterado no membroque oferecer menor força. 23 AVALIAÇÃO TESTE DE JOBE PRINCIPAIS TESTES Instrui-se que o paciente realize uma flexão do braço até o cotovelo tocar a testa. O fisioterapeuta poderá auxiliar o paciente a elevar ainda mais o cotovelo. Como durante a realização do teste o tubérculo maior é deslocado sob o ligamento coracoacromial e também sob a articulação acromioclavicular, o paciente referirá dor na presença de lesão inflamatória ou degenerativa do músculo supra-espinhoso, (tendinite) como no caso de uma artrite acromioclavicular. 24 AVALIAÇÃO TESTE DO IMPACTO DE YOKUM PRINCIPAIS TESTES O paciente coloca o dorso da mão ao nível de L5 e procura ativamente afastá-la das costas rodando internamente o braço, a incapacidade de faze-lo ou de manter o afastamento, se feito passivamente pelo examinador, pode indicar patologia do músculo subescapular. 25 AVALIAÇÃO TESTE DO SUBESCAPULAR DE GERBER PRINCIPAIS TESTES O ombro afetado é flexionado a 90º, o cotovelo fica em extensão completa, e o antebraço em supinação. O examinador apoia uma das mãos sobre a face medial do antebraço e a outra mão na região proximal do úmero, próximo ao sulco intertubercular. O examinador aplica resistência contra o movimento ativo de flexão do cotovelo do paciente. Incômodo e/ou dor no sulco intertubercular é um achado positivo que pode sugerir tendinite bicipital. 26 AVALIAÇÃO TESTE DE SPEED PRINCIPAIS TESTES O examinador abduz passivamente até 90º o braço afetado do paciente e então orienta o paciente a baixá-la lentamente. Achados positivos: O paciente é incapaz de levar lentamente o braço até junto do corpo e/ou sente dor significativa quando tenta realizar o movimento. Isto é indicativo de patologia do manguito rotador. 27 AVALIAÇÃO TESTE DE QUEDA DE BRAÇO PRINCIPAIS TESTES O examinador coloca o ombro do paciente a 90º de flexão com o cotovelo flexionado a 90º e depois faz rotação interna do braço. O teste é considerado como positivo se o paciente sentir dor com a rotação interna. 28 AVALIAÇÃO TESTE DE IMPACTO DE HAWKINS-KENNEDY PRINCIPAIS TESTES Sua finalidade é avaliar a síndrome do impacto. O examinador estabilizará a escápula do paciente com a mão esquerda e elevará rapidamente o membro superior em rotação interna com a mão direita. O choque da grande tuberosidade e do acrômio provocará dor. Este teste também é positivo em capsulite adesiva, instabilidade multidirecional, lesões da articulações acromioclavicular etc., portanto não é específico. 29 AVALIAÇÃO TESTE DE IMPACTO DE NEER 1- Síndrome do impacto – Lesão do manguito rotador, disponível em: <http://ortesp.com.br/artigos-e-entrevistas-drfabiano/sindrome-do-impacto-lesao- do-manguito-rotador>, acesso em: 07 de julho de 2019 2- Patologias no Ombro – tratamento, disponível em: <https://keynerluiz.com/patologias-do-ombro-tratamento/>, acesso em: 07 de julho de 2019 3- METZKER, C. A. B.; JÚNIOR, G. O. M. Uma revisão sobre o tratamento da capsulite adesiva do ombro. Ver. Saúde publica do SUS/MG, v-2, n-2, 2017 4- Grupo de cirurgia de ombro, disponível em: <https://www.cirurgiadeombroecotovelo.com.br/patologias-do-ombro/>. Acesso em: 07 de Julho de 2019 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://ortesp.com.br/artigos-e-entrevistas-drfabiano/sindrome-do-impacto-lesao-do-manguito-rotador https://keynerluiz.com/patologias-do-ombro-tratamento/ https://www.cirurgiadeombroecotovelo.com.br/patologias-do-ombro/
Compartilhar