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FISIOTERAPIA NAS DISFUNÇÕES DOS MMSS - APOSTILA

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1 
 
 
FUNDAÇÃO ESPERANÇA 
INSTITUTO ESPERANÇA DE ENSINO SUPERIOR – IESPES 
PÓS GRADUAÇÃO EM TRAUMATO ORTOPEDIA COM ÊNFASE EM TERAPIA 
MANUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTARÉM/PA 
2021 
FISIOTERAPIA NAS DISFUNÇÕES DOS 
MEMBROS SUPERIORES 
 
 
 
 
FIAIOTERAPIA APLICADA AS DISFUNÇÕES DOS 
MEMBROS SUPERIOREES 
 
 
Profª Melina Laíse Nascimento dos Santos 
 
2 
 
 SEMIOLOGIA ORTOPÉDICA 
 
No Sistema Musculoesquelético pode-se avaliar diversos aspectos. A avaliação 
funcional é sempre iniciada pela anamnese completa, além disso, o exame físico completo 
(inspeção, palpação e demais observações). Dentro do exame físico pode-se incluir a 
avaliação da força muscular, avaliação neuromuscular (testes de equilíbrio, reflexo tendinoso 
profundo, sensibilidade de cada dermátomo, monitorização de pulso e pressão arterial), 
amplitude de movimento (ADM), testes especiais, avaliação da dor, avaliação postural, testes 
funcionais (movimentos específicos) e avaliação da marcha. 
A partir da avaliação, o fisioterapeuta irá definir o diagnóstico funcional, os objetivos 
do tratamento (protocolo de tratamento), selecionar métodos terapêuticos adequados a serem 
postos em prática (conduta) e o prognóstico. A reavaliação sistemática do paciente também é 
fundamental pois permite uma análise do desempenho do paciente e da eficácia do tratamento 
proposto. 
 
 
 
3 
 
⁃ ANAMNESE: 
 
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: A anamnese se inicia pela identificação do paciente, 
preenchendo-se a ficha com todos os dados necessários: nome, idade, gênero, 
profissão/ocupação, diagnóstico clínico, dentre outros. 
QUEIXA PRINCIPAL: Condição, sintoma, sinal ou disfunção que levou o paciente ao 
consultório Fisioterapêutico. É o que mais incomoda o paciente, ou seja, sua preocupação 
primária. Deve ser breve e preferencialmente escrito com as próprias palavras do pacientes, 
entre aspas. 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Descritivo; Detalhista; Cronológico (início, meio e 
fim); Como e quando começaram os sintomas ou sinais? Como se deu a evolução da doença? 
Períodos de crise ou abolição dos sintoma ou sinais? Tratamentos já realizados? Sucesso ou 
fracasso? Condição atual? 
HISTÓRIA DA DOENÇA PREGRESSA: Relacionadas ou que podem ter influência sobre 
o problema atual; Anotar períodos de ocorrência; Anotar seqüelas ou permanência de 
sintomas. 
HISTÓRIA DA DOENÇA FAMILIAR: Relacionadas ou que podem ter influência sobre o 
problema atual; Anotar grau de parentescos. 
ROTINA PROFISSIONAL: Horas de trabalho/dia; Posturas desempenhadas; Sinais e 
sintomas durante as atividades. 
CONDIÇÕES CO-MÓRBIDAS: Patologias ou disfunções crônicas; Anotar medicações em 
uso. 
HÁBITOS SOCIAIS: Rotinas diárias, semanais ou mensais. Hábitos de Etilismo, 
Tabagismo, Drogas Ilícitas. 
IMPRESSÃO PSICOLÓGICA: Variação de Humor, Nível de sociabilidade, Grau de 
concentração 
 
⁃ EXAME FÍSICO: 
 
SINAIS VITAIS: Temperatura, Pressão Arterial (P.A.), Pulso, Freqüência cardíaca, 
Freqüência respiratória 
INSPEÇÃO: Integridade da pele, Coloração da pele e mucosas, Trofismo muscular, 
Distribuição pilosa, Zonas de sudorese, Deformidades, Cicatrizes, Sinais. 
4 
 
PALPAÇÃO: Temperatura, Tônus muscular, Presença de bloqueios ou limitações, Avaliação 
de edema, Pontos dolorosos. 
ANÁLISE ARTICULAR: Amplitude de movimento (A.D.M.) passiva e ativa (goniometria) 
EXAME NEUROLÓGICO: 
- Sensibilidade de cada dermátomo 
- Reflexo tendinoso profundo 
- Força muscular 
TESTES ESPECÍFICOS: Avaliação Traumatoortopédica: 
-Testes Ortopédicos - Osteomioarticulares e ligamentares. 
 
- EXAMES COMPLEMENTARES: 
- Raio X 
- Tomografia Computadorizada 
- Ressonância Magnética 
- Ultra-sonografia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 LESÕES TRAUMATO-ORTOPÉDICAS 
 
 LESÕES ÓSSEAS: FRATURAS 
Fratura é uma lesão traumática que acontece quando uma carga de alta magnitude é 
imposta ao osso, resultando na perda da mobilidade e do suporte ósseo e em dor. A fratura 
ocorre quando as forças aplicadas no osso são superiores ao que ele consegue suportar, 
principalmente em situações de quedas, pancadas e/ou traumas. Juntamente à perda de 
continuidade óssea, ocorre ruptura de vasos sanguíneos e lesão de tecidos moles próximos ao 
local da fratura. 
Os ossos, partes fundamentais do corpo humano, estão sujeitos a diversos tipos de 
fraturas, que costumam ocorrer quando sofrem uma força que não são capazes de absorver. 
Para resolvê-las, foram desenvolvidos diferentes métodos, que vão desde talas, passando pela 
aplicação de parafusos até o uso de hastes e barras de metal. 
O osso é um tecido impressionante porque sua recuperação, quando há uma fratura, 
acontece pela formação de osso novo, fato que não ocorre nos outros tecidos. Fraturas 
ocorrem quando uma força imposta a um osso supera a sua capacidade de absorver essa carga. 
Elas podem acontecer por trauma direto, indireto ou lesão em rotação e podem ser fechadas, 
quando a fratura fica limitada ao interior do corpo, ou abertas (também conhecidas como 
fraturas expostas), quando uma parte do osso é exposto ao ambiente. As fraturas, além disso, 
são classificadas em transversas, oblíquas, em espiral, cominutiva ou avulsão (Figura 1). Após 
a lesão, há o processo de cicatrização, que pode ser dividido em quatro estágios principais: 
hematoma, calo mole, calo duro e remodelagem (Quadro 1). 
 
6 
 
 
Após a fratura, pode haver a necessidade de realinhar o osso. Essa técnica de 
reestabelecimento do alinhamento da fratura é chamada de redução e pode ser feita por meios 
abertos ou fechados. Caso a redução seja realizada e a possibilidade de deslocamento em 
seguida seja latente, essa situação é chamada de fratura instável. Nesse caso, a fratura instável 
deve ser estabilizada por meios fechados (gessos, talas) ou abertos (exposição da fratura por 
meio de cirurgia com subsequente fixação interna ou externa). Normalmente, as talas são 
feitas de gesso e são usadas por um curto período de tempo quando o edema é preocupante e a 
síndrome compartimental é uma possibilidade. A consolidação óssea demanda condições 
mecânicas e biológicas, como: aporte sanguíneo, estímulo hormonal e imobilização. Para 
prover essas condições, pode ser necessária a fixação cirúrgica, que pode ser interna ou 
externa. Nas fixações internas, são utilizados: 
 parafusos, que é a forma mais comum e simples de fixação — os parafusos 
podem ser usados isolados ou fixando uma placa óssea; 
 hastes de titânio e aço inoxidável, que são utilizadas de forma intramedular; 
 placa óssea, barra de metal com perfurações para a inserção de parafusos. 
Já as fixações externas têm uma estrutura externa na qual os pinos, que são 
posicionados em pontos proximais e distais da fratura, são fixados para estabilizar a fratura. 
São utilizadas frequentemente nas fraturas expostas ou nas fraturas cominutivas. 
7 
 
 LESÕES ARTICULARES E DE TECIDOS MOLES 
 
⁃ LUXAÇÃO: É a perda da continuidade (total) do contato de um dos ossos que 
constitui a articulação. Normalmente por trauma intempestivo. 
⁃ SUB-LUXAÇÃO: É a perda da continuidade parcial do contato de um dos 
ossos que constitui a articulação. 
⁃ ENTORSE: Movimento por estresse além de sua ADM normal, levando à 
lesão do ligamento de uma determinada articulação, encontrando como sinais e sintomas a 
dor, inchaço e uma incapacidade para a movimentação. 
⁃ ESTIRAMENTO: Se caracteriza pelo alongamento excessivo, acima dos 
limites normais, das fibras musculares. 
⁃ DISTENSÃO: Se caracteriza pelo alongamento excessivo, acima dos limites 
normais, do tendão ou da junção músculo-tendínea. 
⁃ CONTUSÃO: É causado por um trauma/batida/queda/força compressiva em 
um tecido mole, causando a ruptura de vasos sanguíneos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 DISTÚRBIOS/AFECÇÕES DO MEMBRO SUPERIOR: AVALIAÇÃO ETRATAMENTO – OMBRO 
 
O êxito de um tratamento fisioterapêutico depende fundamentalmente da correta 
avaliação e da identificação de distúrbios. O ombro é uma estrutura complexa e com 
articulações de diferentes amplitudes de movimento. Por isso, a compreensão das estruturas 
anatômicas e funções desempenhadas por essas articulações é indispensável no planejamento 
de um tratamento. 
O complexo do ombro apresenta diferentes possibilidades de movimentos e também é a 
articulação mais móvel e instável do corpo humano (KENDALL et al., 1995). Além das 
funções de suporte e estabilização, dependemos de um ombro saudável para realizar as 
atividades do membro superior em sua totalidade. A seguir, veremos alguns dos principais 
distúrbios do ombro e técnicas fisioterapêuticas que podem ser utilizadas. 
 
 Síndrome do Impacto do Ombro 
Ocorre quando há compressão das estruturas da região do ombro, sendo mais 
comumente encontrada a compressão anterior e superior das estruturas. Caracteriza-se por 
uma patologia inflamatória e degenerativa, geralmente resultado de uma compressão 
mecânica das estruturas que estão no espaço subacromial (METZKER, 2010). Esse impacto 
pode estar relacionado às compressões envolvendo o espaço subacromial ou coracoacromial, 
mas também é utilizado para definir compressões e/ou pinçamentos de qualquer outra 
estrutura do ombro (MAGEE, 2010). Qualquer pessoa está sujeita a esse distúrbio, que 
também é encontrado em atletas de arremesso ou esportes de contato. 
A fisioterapia é a principal escolha para tratamento nos casos de síndrome do impacto, 
inicialmente para controle da dor e redução de processos inflamatórios por meio de 
eletroterapia e crioterapia (10 a 20 minutos contínuos, dependendo da modalidade utilizada). 
No caso da eletroterapia, o ultrassom terapêutico é uma das indicações (1 MHz, modo 
pulsado, 3 a 5 minutos/área). A tração articular associada a manobras miofasciais e de 
alongamento passivos é indicada para o início do tratamento, assim como os exercícios 
pendulares de Codman. Posteriormente, devem ser incluídos exercícíos ativos para 
recuperação e ganho de força, sempre de maneira bilateral e funcional, buscando o equilíbrio 
das forças atuantes na cintura escapular (KISNER; COLBY, 2015). Deve-se iniciar com 
exercícios para alongamento do músculo supraespinhal e fortalecimento dos músculos do 
9 
 
manguito rotador, como o subscapular, o infraespinhal e o redondo menor. Os músculos 
trapézio, serrátil anterior e os romboides também devem ser fortalecidos, pois auxiliam na 
estabilidade da articulação (DUTTON, 2004). 
 
 Lesões do manguito rotador e tendinites 
Tendinites são caracterizadas por inflamação nos tendões musculares que podem 
apresentar graus e comprometimentos variados e aparecer associadas a diferentes distúrbios 
do complexo do ombro, como, por exemplo, nas lesões do manguito rotador, o conjunto de 
quatro músculos que se originam na escápula e se inserem no úmero — redondo menor, 
supraespinhal, infraespinhal e subscapular — e estão envolvidos na estabilização e na 
movimentação escapuloumeral, envolvendo a porção superior do úmero (MAGEE, 2010). A 
lesão do manguito rotador é considerada multifatorial e pode ocorrer tanto por um trauma 
direto na região e por rupturas de tendão quanto por esforços repetitivos, tendinites e 
luxações, sendo um dos principais distúrbios do ombro (LECH; VALENZUELA NETO; 
SEVERO, 2000). É uma lesão muito encontrada em atletas, mas ocorre na população geral 
durante atividades da vida diária (AVDs) que associam movimentos como flexão e rotações 
repetidas ou com carga. O tratamento pode ser cirúrgico ou conservador, dependendo dos 
acometimentos causados e da extensão destes acometimentos. O principal sintoma relatado é 
dor, e muitos pacientes se queixam de dificuldade ou incapacidade de deitar sobre o lado 
acometido, sendo uma característica comumente presente em lesões do manguito 
(ANDRADE; CORREA FILHO; QUEIROZ, 2004). 
Durante o exame físico, o fisioterapeuta deve procurar por assimetrias e deformidades, 
sendo importante a verificação das ADMs dos ombros, pois, em geral, não são amplamente 
comprometidas quanto em outras lesões, como na capsulite adesiva, que veremos em seguida. 
Outro sinal característico nas lesões do manguito rotador é a crepitação articular durante a 
movimentação passiva, especialmente no movimento de rotação. Para a avaliação desse 
distúrbio, podem ser utilizados alguns dos testes específicos que vimos, como os testes de 
Neer, Hawkins e o Yocum, além de outros (ANDRADE; CORREA FILHO; QUEIROZ, 
2004). 
O tratamento fisioterapêutico consiste primeiramente em analgesia. A crioterapia é uma 
técnica interessante tanto para ser realizada no local de atendimento quanto para orientar o 
paciente a fazer compressas em casa. Em seguida, faz-se trabalho de ganho de amplitude 
articular passiva seguido de alongamento dos músculos do manguito rotador dentro dos 
10 
 
limites que não causem dor ao paciente. O fisioterapeuta deve incluir no programa de 
tratamento exercícios ativos isométricos e também concêntricos para ganho de força do 
redondo menor, supra e infraespinhal, subscapular e deltoides, além de movimentos de 
consciência e estabilização escapular (ANDRADE; CORREA FILHO; QUEIROZ, 2004). 
Também pode ser incluída a terapia miofascial, o ultrassom (modo pulsado, 1MHz, 0,3-
1,0W/cm2 — (FARCIC et al., 2012), exercícios ativos e ativos resistidos com o auxílio do 
Theraband, especialmente para o trabalho de rotação do ombro (LECH; VALENZUELA 
NETO; SEVERO, 2000). 
 
 Luxações e subluxações 
A glenoumeral é a articulação com maior mobilidade no corpo humano, o que lhe 
confere a característica de instabilidade articular. Essa instabilidade pode, entre outros 
distúrbios, acarretar luxação articular, que ocorre quando há um deslocamento ósseo de sua 
posição articular ideal. Um exemplo é a luxação anterior e posterior da glenoumeral, que 
ocorre quando a cabeça do úmero se desloca respectivamente para a frente ou para trás da 
glenoide, cavidade da escápula que se articula com a cabeça do úmero (KENDALL et al., 
1995; MAGEE, 2010). 
Além de serem classificadas de acordo com a direção do deslocamento, as luxações de 
ombro também podem ser totais ou parciais. A subluxação (luxação parcial) ocorre quando a 
cabeça do úmero se desloca da glenoide e depois retorna à sua posição original. Já na luxação 
total, a cabeça do úmero se desloca completamente de sua posição e assim permanece. Causas 
comuns de luxação são sobrecargas e movimentações bruscas para a frente e para trás dos 
ombros, quedas, fraturas, como luxação anterior ou posterior e em atletas de esportes de 
contato (KENDALL et al., 1995). 
A fisioterapia em casos de luxação e subluxação deve priorizar o fortalecimento 
muscular, uma vez que costumam estar presentes nesses distúrbios frouxidão ligamentar, 
hipermobilidade e a própria fraqueza muscular. Uma vez que os ligamentos não são 
suficientes para estabilizar a articulação, exercícios posturais e de fortalecimento ativo 
resistido de todos os músculos do complexo do ombro e do tronco são necessários (KISNER; 
COLBY, 2015). 
 
 
 
11 
 
 Capsulite adesiva 
A capsulite adesiva, popularmente conhecida como ombro congelado, é a inflamação da 
cápsula articular do ombro que causa edema, dor e perda da elasticidade. A limitação 
progressiva da função articular associada à dor caracteriza a capsulite adesiva. A cápsula 
articular do ombro é uma estrutura fl exível formada por colágeno. Nas fases iniciais de lesão, 
o paciente relata dor e, posteriormente, ocorre a fase restritiva de movimento ou 
congelamento (LECH; SUDBRACK; VALENZUELA NETO, 1993). 
Classicamente, a patologia se divide em três fases. Primeiro, a fase dolorosa, com 
aumento gradual da dor inclusive em repouso — a dor aguda pode estar presente em alguns 
movimentos. Em seguida,inicia-se a fase adesiva, com redução da dor e perda progressiva da 
ADM de movimento do ombro. A terceira e última fase são as de resolução, quando ocorre 
melhora na funcionalidade articular e, progressivamente, ausência de dor. Todo o processo de 
migração entre as fases varia, podendo levar anos até a completa resolução (LECH; 
SUDBRACK; VALENZUELA NETO, 1993). Nesses casos, o tratamento fisioterapêutico é 
fundamental para o alívio das dores e recuperação da função em menor tempo. 
A fisioterapia nos casos de capsulite adesiva de ombro costuma ser prolongada e com 
várias sessões semanais. Para a escolha do tratamento, leva-se em conta o estágio da lesão, e o 
foco inicial está em reduzir a dor do paciente. O segundo objetivo será aumentar o espaço 
articular e descomprimir as estruturas; para isso, poderão ser utilizadas técnicas como 
Kaltenborn, Maitilan e Mulligan para a promoção de mobilização passiva, ativa ou 
combinada. Exercícios pendulares de Codman e o fortalecimento isométrico são importantes 
para que o paciente ganhe consciência corporal e não sobrecarregue a articulação, assim como 
exercícios de fortalecimento concêntrico, excêntrico e resistidos, que devem ser utilizados 
logo que a dor e a sensação de congelamento articular diminuam. Nesse caso, prioriza-se 
inicialmente o fortalecimento dos músculos do manguito rotador e deltoide (KISNER; 
COLBY, 2015). 
 
 Tendinite calcária 
A tendinite calcária se caracteriza por calcificação dos tendões. Sua etiologia não é 
totalmente conhecida, mas pode ocorrer devido ao acúmulo de cálcio nos tendões e também 
por uma redução da vascularização e hipoperfusão local, promovendo degeneração e 
calcificação. As mulheres fazem parte do grupo mais acometido, especialmente a partir dos 50 
anos de idade (FERREIRA NETO et al., 2010; SANTOS et al., 2012). 
12 
 
A tendinite calcária pode ser classificada pela duração e pela gravidade dos sintomas em 
aguda, subaguda e crônica; quanto ao tamanho visualizado em exame de imagem, em pequena 
(< 0,5 cm), média (0,5 a 1,5 cm) e grande (maior do que 1,5 cm) ou até mesmo de acordo com 
características radiográfica (FERREIRA NETO et al., 2010). 
O tratamento médico prescrito, geralmente, inclui medicamentos analgésicos e anti-
inflamatórios, podendo ter indicação cirúrgica para remoção da calcificação (FERREIRA 
NETO et al., 2010). A fisioterapia é extremamente importante e, no início, o principal 
objetivo é o alívio de dores. Resultados interessantes têm sido observados com o uso da 
eletroterapia, especialmente o ultrassom (SANTOS et al., 2012). 
No estudo de revisão publicado por Santos et al. (2012), a frequência do ultrassom 
terapêutico que apresentou resultados positivos variou de 0,89 a 3 MHz, intensidade entre 0,8 
e 2,5 W/cm2 e tempo de aplicação entre 5 e 15 minutos, conforme as particularidades da lesão 
e do paciente. É importante lembrar que a recomendação é não exceder 15 minutos por área 
aplicada. O TENS (estimulação elétrica nervosa transcutânea, do inglês Transcutaneous 
Electrical Nerve Stimulation) também é uma boa ferramenta para a analgesia desses 
pacientes. Além da função de analgesia, a fisioterapia deve incorporar execícios de 
mobilização passiva e ativa, assim como fortalecimento muscular resistido. O ganho de força 
muscular de toda a cintura escapular e estabilização articular é fundamental para que o 
paciente não volte a sentir dor ou perda de funcionalididade. 
Muitos distúrbios do complexo do ombro têm indicação cirúrgica, pois podem ser 
ocasionados por fraturas ósseas, rupturas de tendão, calcificações irreversíveis ou outras 
condições que necessitem de procedimento invasivo. Porém, mesmo em casos de maior 
complexidade, a indicação cirúrgica dependerá da intensidade e do grau da lesão apresentada. 
É importante lembrar que, mesmo nos casos cirúrgicos, a fisioterapia é indicada tanto no pré 
quanto no pós-operatório, podendo auxiliar na redução das dores, dos quadros inflamatórios e 
na recuperação mais rápida das funções do paciente, assim como melhorar suas condições de 
retorno às AVDs. Em muitos casos, o tratamento fisioterapêutico será exclusivo, em outros, 
estará acompanhado de medicação como analgésicos e anti-inflamatórios. As técnicas 
envolvendo calor, crioterapia, massagens, eletroestimulação e outros métodos de tratamento 
fisioterapêuticos também podem ser aplicadas nos distúrbios do complexo do ombro, mas 
sempre com critérios definidos e lembrando que o fortalecimento muscular ativo é 
fundamental para que o ganho de função aconteça e seja mantido. 
13 
 
Além disso, fazem parte do tratamento fisioterapêutico as orientações relacionadas ao 
movimento articular correto. Por isso, é preciso orientar o paciente a realizar as AVDs de 
maneira adequada, fornecer orientações e dicas sobre como levantar e carregar um peso e 
treinar essas atividade com ele. Além disso, é preciso indicar como o paciente deve realizar o 
treinamento funcional das atividades e os movimentos realizados por um atleta. É importante 
ter em mente, também, que, embora a fisioterapia atue diretamente no tratamento de 
disfunções estabelecidas, o trabalho fisioterapêutico preventivo é fundamental. Cabe ao 
fisioterapeuta, por meio da avaliação física, identificar probabilidades de desenvolver futuros 
distúrbios no ombro e inserir no programa de tratamento as técnicas que garantam a 
manutenção da funcionalidade global do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 DISTÚRBIOS/AFECÇÕES DO MEMBRO SUPERIOR: AVALIAÇÃO E 
TRATAMENTO – COTOVELO 
 
O formato do cotovelo e o do antebraço aumentam a mobilidade da mão no espaço, 
encurtando e alongando a extremidade superior e girando o antebraço. Um complexo de 
cotovelo bastante móvel, porém forte e estável, é necessário para a função normal da 
extremidade superior. Os músculos, ligamentos e cápsula fornecem controle e estabilidade à 
região. Mesmo assim, o cotovelo está exposto a lesões por esforço repetitivo e lesões 
traumáticas nas estruturas laterais, pelo estresse em valgo ou varo. 
O cotovelo é uma articulação muito forte e estável, mas, mesmo assim, está exposto a 
lesões por esforço repetitivo e lesões traumáticas nas estruturas laterais pelo estresse em valgo 
ou varo. Devido a sua formação óssea, o cotovelo não consegue realizar compensações, o que 
também favorece a ocorrência de lesões. Nos esportes, como tênis, golfe, beisebol, esgrima e 
outros com arremesso e/ou marcação, essa articulação está mais exposta a trauma mecânico e 
a esforço repetitivo. 
Algumas das lesões que acometem o cotovelo com mais frequência são fraturas, 
luxações, lesão do ligamento colateral ulnar, epicondilite medial, epicondilite lateral, bursite 
olecraniana e síndrome do túnel ulnar. 
 
 Fraturas do cotovelo 
O mecanismo de lesão da fratura de cotovelo se deve a queda sobre a mão estendida ou 
sobre o cotovelo flexionado ou a um golpe direto ao cotovelo. Essa lesão acomete mais 
crianças e jovens do que adultos. Tanto o úmero quanto o rádio e a ulna podem ser fraturados 
por esses mecanismos. A fratura no úmero (condilar) pode causar deformidade em coronha e, 
nessa deformidade, quando o antebraço é estendido, cria um ângulo que se assemelha a uma 
coronha. Os sintomas associados com as fraturas de cotovelo são hemorragia, edema, 
espasmo muscular e, não necessariamente, deformidades ósseas visíveis (PRENTICE, 2012). 
As fraturas de cotovelo podem ser instáveis ou estáveis, e o tratamento deve ser 
realizado para evitar deformidades e, consequentemente, limitações de amplitude de 
movimento (ADM). O tratamento recomendado para as fraturas instáveis é cirurgia, para 
estabilizar e alinhar o foco da fratura, seguida de reabilitação física por fisioterapia. Para as 
estáveis, o tratamento conservador pode ser utilizado por meio de imobilização por 6 a 8 
15 
 
semanas, seguida de reabilitaçãofísica pela fisioterapia (PRENTICE, 2012; KISNER; 
COLBY, 2015). 
 
 Luxação do cotovelo 
O mecanismo de lesão das luxações de cotovelo é queda sobre a mão estendida com o 
cotovelo em hiperextensão ou em uma torção grave com o cotovelo em posição de flexão. 
Nessa lesão, o rádio e a ulna podem ser luxados posterior (mais comum), anterior ou 
lateralmente e, ainda, pode ocorrer fratura da cabeça do rádio. Os sintomas dessa lesão são 
dor, limitações de movimento, edema e hemorragia devido a laceração e ruptura dos tecidos 
ligamentares. As complicações das luxações podem envolver lesão neural (mediano e radial), 
de artérias e veias, além de miositeossificante (PRENTICE, 2012; KISNER; COLBY, 2015). 
O tratamento da luxação consiste em redução, seguida de imobilização em flexão por 
três semanas e reabilitação física na fisioterapia, com o objetivo de melhorar os sintomas da 
lesão e prevenir recidivas no futuro (PRENTICE, 2012; KISNER; COLBY, 2015). 
 
 Lesão do ligamento colateral ulnar 
Para que a lesão do ligamento ocorra, é preciso um trauma em valgo, que costuma 
ocorrer em esportes com lançamentos, na tacada do golfe e no forehand do tênis. Entretanto, o 
estresse repetitivo nessa região pode gerar inflamação do nervo ulnar ou dos tendões dos 
flexores do punho. Os sintomas são sensibilidade a palpação no ligamento colateral ulnar e a 
dor, podendo ocorrer parestesia. No teste de estresse do cotovelo em valgo, o paciente refere 
exacerbação dos sintomas e é perceptível a frouxidão no final do movimento (PRENTICE, 
2012). 
Em função da instabilidade presente nessas lesões, o tratamento mais adequado é a 
reabilitação física na fisioterapia para melhorar a força muscular e a propriocepção do 
cotovelo. No caso de falha do tratamento conservador, a estabilização cirúrgica pode ser 
considerada (PRENTICE, 2012; KISNER; COLBY, 2015). 
 
 Epicondilite lateral (cotovelo do tenista) 
O mecanismo de lesão da epicondilite lateral é a repetição dos movimentos de extensão 
do punho, seja no trabalho (digitação) ou no esporte (tênis), que provocam microtraumas no 
tendão dos extensores do punho. Geralmente, afeta o tendão do músculo extensor radial curto 
16 
 
do carpo e do extensor comum dos dedos ou do pronador redondo e do flexor radial do carpo 
medialmente (PRENTICE, 2012; KISNER; COLBY, 2015). 
As queixas do paciente serão de dor na região do epicôndilo, durante e após a atividade 
que causa estresse, fraqueza na mão e no punho, sensibilidade a palpação na região e dor na 
extensão do punho resistida e na extensão completa do cotovelo. A reabilitação física deverá 
incluir medidas que minimizem os sintomas, fortaleçam a musculatura, melhorem a 
propriocepção, recuperem a ADM, entre outros. A cirurgia não é indicada (PRENTICE, 2012; 
KISNER; COLBY, 2015). 
 
 Epicondilite medial (cotovelo do golfista, do arremessador) 
A epicondilite medial ocorre pelo estresse repetitivo dos movimentos de flexão do 
punho e sobrecarga em valgo no cotovelo. Os tendões acometidos nessa lesão são o pronador 
redondo, o flexor radial e ulnar do carpo e o palmar longo. Pela proximidade com o túnel do 
nervo ulnar, pode haver uma neuropatia associada, produzindo dor que irradia para a parte 
medial do antebraço e para os dedos (PRENTICE, 2012; KISNER; COLBY, 2015). 
Os sintomas da epicondilite medial são muito semelhantes aos da lateral e incluem dor, 
sensibilidade a palpação, dor ao movimento de flexão do punho com resistência. Em relação 
ao tratamento, as condutas utilizadas para a epicondilite lateral também se parecem com as da 
medial. A escolha pelo tratamento conservador é mais indicada (PRENTICE, 2012; KISNER; 
COLBY, 2015). 
 
 Bursite olecraniana 
A bursite olecraniana se caracteriza pela infl amação, por estresse repetitivo ou golpe no 
olecrano, da bursa do olecrano, que, por sua localização superfi cial, fi ca mais exposta a 
lesões. Os sintomas da bursite são dor, edema e sensibilidade na região do olecrano. O 
tratamento é direcionado para resolver os sintomas da fase aguda e, depois, para resolver o 
que causa a sobrecarga na bursa, não sendo necessária correção cirúrgica (PRENTICE, 2012). 
 
 Síndrome do túnel ulnar 
Os mecanismos que podem gerar a síndrome do túnel ulnar são tração por uma força em 
valgo, irregularidades dentro do túnel, subluxação do nervo ulnar por causa de um ligamento 
frouxo e compressão progressiva do nervo pelo ligamento (PRENTICE, 2012). 
17 
 
Os sintomas referidos pelo paciente são dor na face medial do cotovelo com irradiação, 
sensibilidade a palpação e parestesia (queimação e formigamento) referida para o quarto e 
para o quinto dedo. O tratamento inicial indicado é repouso e imobilização por duas semanas, 
pois o paciente deve evitar flexão do cotovelo e estresse em valgo. Caso os sintomas piorem, 
pode ser realizada uma descompressão ou transposição cirúrgica de um nervo ulnar subluxado 
(PRENTICE, 2012; KISNER; COLBY, 2015). 
 
 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA AS LESÕES 
MUSCULOESQUELÉTICAS DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO (ADM) DO 
COTOVELO 
 
O complexo do cotovelo é muito importante para o desempenho das atividades do dia a 
dia, e o seu formato anatômico permite que a mão tenha mais mobilidade no espaço, consiga 
alcançar objetos longe e que o antebraço gire para realizar todas as funções. Qualquer lesão 
que acometa o cotovelo, seja articular, muscular ou de tecidos moles, pode causar 
comprometimento da ADM e restringir a função física do paciente. Por exemplo, a perda da 
flexão trará prejuízos para atividades como comer e beber (ato de levar o alimento a boca), e a 
perda da extensão impede que a pessoa se levante da cadeira ou alcance um objeto 
(DUTTON, 2010, PRENTICE, 2012; KISNER; COLBY, 2015). A partir disso, o tratamento 
adequado dessas lesões deve ser realizado a fim de evitar essas deformidades e limitações, tão 
prejudiciais aos pacientes. Muitas das lesões do cotovelo se resolvem com fisioterapia, 
enquanto outras precisam do procedimento cirúrgico antes da reabilitação física (KISNER; 
COLBY, 2015). 
Os objetivos da reabilitação física para as lesões do complexo do cotovelo são diminuir 
dor e edema, controlar processo inflamatório, reduzir o espasmo muscular e contraturas, 
reestabelecer a ADM, melhorar força, controle neuromuscular e propriocepção do ombro, do 
cotovelo, do punho e da mão, permitir o retorno às atividades de vida diária e esportiva, 
enfim, melhorar a qualidade de vida e a função física do paciente (PRENTICE, 2012; 
KISNER; COLBY, 2015). 
Na fase aguda (logo após a ocorrência da lesão até umas três semanas) ou no pós-
operatório, a intenção da fisioterapia é controlar dor, edema e o processo inflamatório, 
diminuir os pontos de tensão dos músculos envolvidos e favorecer a cicatrização dos tecidos 
lesados. Inúmeras condutas da fisioterapia podem auxiliar nessa fase, como crioterapia, TENS 
18 
 
(do inglês transcutaneous electrical nerve stimulation, estimulação elétrica transcutânea do 
nervo), laser, ultrassom, terapia manual, mobilizações articulares passivas, entre outros. Ainda 
nessa fase, a educação e orientação do paciente devem ser iniciadas. 
O objetivo é explicar o que é a lesão, os sintomas, causas, prognóstico e automanejo dos 
sintomas para realizar em casa, no trabalho e/ou durante a prática esportiva (DUTTON, 2010; 
KISNER; COLBY, 2015). 
- Crioterapia: efetivo em controlar a dor, o edema e o processo inflamatório. Ideal para a 
fase aguda, pode ser aplicado por até 20 minutos, a cada duas horas (TOMADON et al., 
2014). 
- TENS: essa corrente elétrica pode auxiliar na analgesia local e ser utilizada com 
frequência de 100 Hz, intensidade confortável e posicionamento dos eletrodos na forma 
bipolar por um tempo de 20 minutos (CARDOSO; BARRETO; PÉRES, 2013). 
- Laser: pode favorecer o processo de cicatrização e reparo tecidual por meio de 
proliferação de fibroblastos,redução do processo inflamatório, aceleração na síntese de 
colágeno, facilitando a formação de fibrilas colágenas e o aumento na força tênsil final de 
tendões em processo de recuperação. Pode ser utilizado na forma de varredura ao longo do 
tendão, tempo e duração de pulso: 80 nseg, tempo de emissão: 0,0000008 s, comprimento de 
onda de 904 nm, uma potência de 50 mW, uma densidade de energia de 2,9 mW/mm2 e dose 
de 3 J/cm2 (JUSTINO et al., 2014). 
- Ultrassom: auxilia no controle do processo inflamatório, na cicatrização e no reparo 
tecidual; como consequência, diminui os sintomas álgicos. Pode ser aplicado por 8 minutos, 
com frequência de 3 MHz e potência de 1,5 W/cm2 (SILVA et al., 2013; CARDOSO; 
BARRETO; PÉRES, 2013). 
- Terapia manual: massagem, liberação miofascial, liberação de pontos gatilhos, 
drenagem, mobilização cicatricial, entre outros. Pode ajudar no alívio da dor, no controle do 
edema, na liberação de espasmos, contraturas e pontos de tensão muscular e para evitar 
aderências cicatriciais, no caso de pós-operatório (KISNER; COLBY, 2015). 
- Mobilizações articulares passivas: movimentos passivos leves, dentro da tolerância de 
dor do paciente, com o objetivo de manter a ADM do cotovelo livre (movimentos de flexão e 
extensão do cotovelo, pronação e supinação do antebraço e flexão e extensão de punho) 
(KISNER; COLBY, 2015). 
- Educação e automanejo dos sintomas: é fundamental ensinar o paciente sobre o que é 
a lesão, por que ela aconteceu e como será o prognóstico a partir de então, explicar a 
19 
 
importância do comprometimento do paciente com a reabilitação física em função das 
complicações que podem surgir e gerar limitações e restrições nessa articulação (PRENTICE, 
2012; KISNER; COLBY, 2015). 
Se a articulação do ombro estiver sem sintomas associados com a lesão do cotovelo, é 
imprescindível realizar alongamentos, mobilizações ativas e exercícios para manutenção e 
ganho de força muscular. No caso da articulação do punho e dos dedos, pode ser difícil fazer 
isso na fase aguda pela relação dos tendões extensores e flexores de punho, que estão 
ancorados no cotovelo (KISNER; COLBY, 2015). 
A partir dessas condutas, alguns sintomas serão resolvidos e poderá ter início a segunda 
fase da reabilitação física, que tem o objetivo de reestabelecer função e desempenho físico. 
Esse objetivo será alcançado a partir de alongamentos musculares, treino de força muscular, 
treino de atividades funcionais e treino proprioceptivo (KISNER; COLBY, 2015). 
- Alongamentos musculares: iniciar com alongamentos passivos leves e progredir para 
alongamentos ativos, que devem ser ensinados ao paciente. Os alongamentos devem ser 
direcionados aos músculos bíceps braquial, tríceps, pronadores, supinadores, flexores de 
punho e extensores de punho, além dos músculos do ombro (KISNER; COLBY, 2015). 
- Treino de força muscular: iniciar com exercícios isométricos e progredir para 
dinâmicos (concêntricos e excêntricos), dos músculos bíceps braquial, tríceps, pronadores, 
supinadores, flexores de punho e extensores de punho, além dos músculos do ombro 
(KISNER; COLBY, 2015). 
- Exercícios isométricos: realizar tanto para extensores quanto flexores do punho, 
manter a contração por 6 segundos e repetir algumas vezes (KISNER; COLBY, 2015). 
- Exercícios concêntricos e excêntricos: iniciar com treino de resistência (3 a 5 séries de 
15 a 25 repetições, com intervalo de 1 minuto entre as séries) e progredir para o treino para 
ganho de força muscular (3 séries de 8 a 12 repetições, com intervalo de 2 a 3 minutos entre 
as séries) (GARBER et al., 2011). 
Para passar para a terceira fase e, consequentemente, para a alta da fisioterapia, o 
paciente deve estar sem sintomas álgicos, com ADM ativa completa e força muscular 
reestabelecida para realizar suas atividades. O foco é treinar as atividades funcionais, a 
propriocepção e a pliometria para garantir que o paciente esteja apto para retornar às suas 
atividades sem dor. 
- Atividades esportivas e funcionais: tentar adaptar as atividades e gestos que o paciente 
executa normalmente e realizar na fisioterapia com carga, faixas elásticas, tornando as 
20 
 
atividades mais desafiadores e próximas da realidade (DUTTON, 2010; KISNER; COLBY, 
2015). 
- Propriocepção e pliometria: atividades complexas que exijam que o paciente melhore 
o senso de posição articular e o equilíbrio, desafie com gestos em grandes amplitudes e alta 
velocidade (DUTTON, 2010; KISNER; COLBY, 2015). 
Nessa última fase, o fisioterapeuta deverá realizar adaptações ergonômicas ou reeducar 
gestos esportivos que tenham provocado a lesão para evitar a reincidência e/ou piora dos 
sintomas. A alta da fisioterapia será no momento em que todos esses objetivos forem 
alcançados e o paciente tiver retornado ao esporte, ao trabalho e a suas atividades sem 
nenhum prejuízo de movimento e/ou dor (KISNER; COLBY, 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 DISTÚRBIOS/AFECÇÕES DO MEMBRO SUPERIOR: AVALIAÇÃO E 
TRATAMENTO – MÃOS, PUNHOS E DEDOS 
 
As extremidades superiores são geralmente responsáveis por quase todas as atividades 
da vida diária (AVDs). Os movimentos repetitivos dessas estruturas podem inflamar músculos 
e tendões e comprimir nervos. Essas extremidades também podem estar sujeitas a lesões 
traumáticas causadas por acidentes. A seguir, você confere algumas lesões do punho e da mão 
e a intervenção fisioterapêutica para cada uma delas. 
 
 Fratura do escafóide 
 O escafoide é um dos ossos do carpo mais submetido a fraturas causadas por uma 
queda sobre a mão estendida ou de um golpe direto na mão. O mecanismo da lesão é descrito 
como uma queda sobre o punho e a mão estendidos que faz com que o escafoide seja 
comprimido entre o processo estiloide do rádio e os ossos carpais próximos (HANKIN; 
MORSE; BENNETT-CLARKE, 2015). 
Nos sinais e sintomas, podem ser observados déficit sensorial (dor, tumefação e 
hipersensibilidade) e déficit motor (desvio radial ou dor resultante da hiperextensão do 
punho). Para seu diagnóstico, o médico solicita radiografia do punho e da mão (HANKIN; 
MORSE; BENNETT-CLARKE, 2015). 
Muitas vezes, a fratura pode não aparecer na radiografia, sendo necessária a realização 
de uma tomografia computadorizada para confirmar o diagnóstico. Se o escafoide não for 
deslocado, o membro é imobilizado com gesso por aproximadamente seis semanas e, após a 
liberação médica, inicia-se o tratamento de reabilitação (VOIGHT; HOOGENBOOM; 
PRENTICE, 2014). 
Após a retirada do gesso, devem ser realizados exercícios ativos e passivos para 
aumentar a amplitude de movimento (ADM), que engloba movimentos de flexão do punho, 
desvio radial e ulnar, flexão, adução e abdução do polegar e oposição de cada dedo 
(VOIGHT; HOOGENBOOM; PRENTICE, 2014). Após aproximadamente 4 semanas, deve-
se iniciar com exercícios de fortalecimento leve de preensão, já que esse movimento é perdido 
após o longo período de imobilização (DUTTON, 2010). 
Os exercícios de fortalecimento podem ser realizados com peso, bastão e bolas. Podem 
ser realizadas três séries de 10 repetições ou de acordo com a tolerância do paciente. Os 
22 
 
exercícios de fortalecimento de preensão podem ser realizados com diversos dispositivos, 
como massa, espuma, exercitador power web ou bolas de borracha. 
 
 Tenossinovite de Quervain 
A tenossinovite de Quervain é a infl amação do tendão do polegar que pode estar 
associada aos movimentos repetitivos. Geralmente, ocorre contratura e estreitamento do túnel 
chamado primeiro túnel por conta da irritação causada pela inflamação do revestimento 
sinovial; nesse local, os tendões, o extensor curto do polegar e o abdutor longo do polegar se 
movem por meio de um sulco no processo estiloide do rádio — esse movimento constante do 
punho é a causa dessa irritação (PRENTICE, 2012). 
Os pacientes com a tenossinovite podemsentir dor, que irradia para a mão ou para o 
antebraço. Seu diagnóstico é realizado por meio do teste de Fikelstein, que é positivo quando 
o paciente relata sensibilidade e fraqueza durante os movimentos de extensão e abdução do 
polegar ou, ainda, estalido associado com dor e rigidez dos tendões durante o movimento 
(PRENTICE, 2012). 
O tratamento envolve a imobilização do membro afetado, anti-inflamatórios, 
crioterapia, técnicas de mobilização articular e exercícios para ganho da ADM (PRENTICE, 
2012). Geralmente, é realizada a imobilização da articulação metacarpofalângica do polegar e 
do punho em tempo integral de 4 a 6 semanas, e a tala é retirada para a higiene das mãos ou 
durante o banho (VOIGHT; HOOGENBOOM; PRENTICE, 2014). Os exercícios para o 
ganho de ADM podem incluir oposição leve do polegar, flexão e extensão do polegar e do 
punho e alongamentos leves dos flexores e extensores do punho. 
 
 Dedo em gatilho 
Essa condição é causada pelos movimentos repetitivos dos dedos e resulta na irritação 
entre os tendões do punho e da mão. Quando a bainha tendinosa infl ama, podem surgir 
crepitações, dor e edema. Afeta comumente os músculos extensor comum do carpo, extensor 
longo do polegar e abdutor longo do polegar (PRENTICE, 2012). 
Posteriormente, forma-se um nódulo na membrana sinovial que aumenta a dificuldade 
de deslizamento das articulações devido ao espessamento da bainha. Em relação aos sinais e 
sintomas, o indivíduo percebe que, ao flexionar o dedo ou o polegar, há resistência no retorno 
à extensão, produzindo estalidos articulares audíveis e sensibilidade durante a palpação local 
(PRENTICE, 2012). 
23 
 
O tratamento é feito com anti-inflamatórios sugeridos pelo médico, uso de tala durante a 
fase aguda e, após três semanas, são realizados exercícios para restaurar a ADM (PRENTICE, 
2012). 
A mobilização articular pode ser passiva ou ativa. A seguir, veja duas mobilizações 
passivas que podem ser aplicadas no paciente com dedo em gatilho. 
- Mobilização articular: o paciente, em decúbito dorsal, fica à frente do fisioteraputa. 
São realizados movimentos articulares de deslizamentos anteroposterior e posteroanterior dos 
dedos e deslizamentos laterais. 
- Mobilização anteroposterior e posteroanterior: é realizada uma tração mantida nas 
metacarpofalângicas enquanto são realizados movimentos anteroposteriores e 
posteroanteriores das interfalângicas. Na mobilização de deslizamentos laterais, o 
fisioterapeuta aplica uma força de deslizamento radial ou ulnar na região distal da articulação 
do dedo. 
O tratamento fisioterapêutico relacionado às disfunções cinéticas do punho e da mão, 
em geral, segue o racional de intervenção segmentado em algumas etapas, a saber: 
- avaliação fisioterapêutica completa contendo anamnese, inspeção, testes de função e 
testes especiais; 
- manejo que controle o quadro agudo (quando for o caso) — em geral, o quadro agudo 
cursa com quadros inflamatórios que apresentam dor, edema, hiperemia, rubor e perda da 
função; 
- reestabelecimento das condições biomecânicas e cinesiologicas das áreas 
comprometidas, ou seja, reestabelecimento de ADM, mobilidade, força muscular, entre 
outros; 
- reestabelecimento da função, ou seja, integração dos movimentos únicos em 
movimentos em cadeia com foco na função (atividades de vida diária, esportivas ou laborais); 
- orientações profissionais com foco na prevenção e na educação postural relacionadas 
ao distúrbio. 
 
 
 
 
 
 
24 
 
FISIOTERAPIA EM TRAUMATOLOGIA-ORTOPEDIA E REUMATOLOGIA 
TESTES ESPECIAIS 
Profa. Melina Santos 
⁃ Complexo do Ombro 
 
Nome do Teste Objetivo/Finalidade Procedimento Sinal Positivo 
Teste da Tendinite 
do Supraespinhoso 
– Teste da Lata 
vazia – Teste de 
Jobe 
Detectar tendinite 
degenerativa ou 
ruptura do tendão 
supra-espinhoso ou 
músculo deltóide 
distendido. 
 
Membro superior a 
90º (entre abdução e 
flexão – plano da 
escápula) e rotação 
interna. 
Fisioterapeuta faz 
uma força de 
abaixamento e 
paciente tenta resistir 
a força. 
Dor e/ou fraqueza na 
inserção do tendão 
supra- espinhal ou dor 
sobre o músculo 
deltoide. 
Teste de Apley 
(coçar de Apley) 
Colocar em tensão 
os tendões do 
manguito rotador, e 
detectar qualquer 
inflamação destes. 
Orienta-se o paciente 
a colocar a mão do 
lado afetado atrás da 
cabeça e tocar no 
ângulo superior da 
escápula oposta, e a 
seguir solicita-se que 
ele tente tocar o 
ângulo inferior da 
escápula oposta. 
Exacerbação da dor 
no paciente pode 
indicar tendinite 
degenerativa de um 
dos tendões do 
manguito rotador, 
usualmente o supra- 
espinhoso. 
Teste de Impacto 
de Neer 
Identificar Tendinite 
do supraespinal. 
Com o paciente 
sentado, segurar o 
punho do paciente e 
mover passivamente 
o ombro em flexão. 
O movimento do 
ombro em flexão 
empurra o tubérculo 
maior do úmero 
contra a borda 
anteroinferior do 
acrômio 
A dor no ombro e um 
olhar de apreensão na 
face do paciente 
indicam um sinal 
positivo. Isso indica 
uma lesão por esforço 
repetitivo do músculo 
supraespinal ou às 
vezes do tendão do 
bíceps 
Teste de Impacto 
de Hawkins-
Kennedy 
Identificar Tendinite 
do supraespinal. 
Com o paciente em 
pé, flexionar o ombro 
em 90º, e depois 
forçar o ombro em 
uma rotação interna, 
sem resistência pelo 
paciente. 
A dor local indica 
tendinite do 
supraespinal 
Teste de Speed Avaliação da porção Cotovelo em Dor no tendão da 
25 
 
(PALM-UP-TEST) longa do bíceps 
(possivelmente 
tendinite) – 
Tendinite Biciptal. 
extensão, antebraço 
supinado, flexão de 
ombro em torno de 
45°. Fisioterapeuta 
coloca seus dedos 
sobre o sulco biciptal 
e sua mão oposta 
sobre o punho do 
paciente. 
Fisioterapeuta tenta 
abaixar o membro 
que está sendo 
avaliado e o paciente 
deve resistir. 
porção longa do 
bíceps através do 
sulco intertubercular. 
Teste de Yergason Verificar 
estabilidade do 
tendão biciptal no 
interior do sulco e 
possível tendinite. 
Cotovelo flexionado 
a 90° próximo ao 
tronco e antebraço 
em pronação. Neste 
momento o paciente 
deverá tentar fazer 
uma rotação externa 
de ombro, supinar o 
antebraço e flexionar 
o cotovelo, sempre 
contra a resistência 
imposta pelo 
fisioterapeuta. 
Dor e/ou luxação na 
porção longa do 
bíceps, próximo ao 
sulco intertubercular. 
 
Sinal do aperto de 
Botão subacromial 
Verificação de 
bursite subacromial. 
Com o paciente 
sentado, aplicar 
pressão na bolsa 
subacromial. 
Dor local. 
Teste de Dawbarn Verificação de 
bursite subacromial. 
Aplicar pressão 
imediatamente 
abaixo do acrômio 
anteriormente ao 
ombro e observar se 
há dor espontânea ou 
a palpação. A seguir, 
abduzir o ombro a 
90º mantendo a 
pressão ainda 
aplicada no ponto 
abaixo do acrômio. 
Dor a palpação e 
diminuição da dor ao 
realizar a abdução do 
ombro a 90°. 
 
Teste da Queda do 
Braço 
Possíveis rupturas na 
bainha rotatória 
(manguito rotador). 
Principalmente o 
supra-espinhoso. 
Solicite que o 
paciente faça uma 
abdução completa do 
ombro, e peça que 
logo em seguida o 
paciente leve o braço 
Braço tende a cair 
bruscamente ao lado 
do corpo. Paciente 
será incapaz de 
abaixar suave e 
vagarosamente. 
26 
 
vagarosamente para 
o lado do tronco. 
Fisioterapeuta pode 
testar tocando 
levemente para baixo 
no braço do paciente. 
Teste de Patte Detectar tendinite ou 
ruptura do tendão do 
infra-espinhoso. 
Membro superior 
abduzido a 90° e 
cotovelo fletido a 
90°. Paciente deve 
resistir à força de 
rotação interna 
imposta pelo 
fisioterapeuta. 
Diminuição da força 
para rotação externa 
acompanhada ou não 
de dor. 
Teste de Geber (lift 
off test) 
Detectar ruptura ou 
possível inflamação 
do tendão do 
subescapular. 
Paciente com o dorso 
da mão localizado na 
região lombar, em 
seguidaele deve 
afastar a mão numa 
atitude de rotação 
interna ativa 
máxima. 
Incapacidade de 
realizar o gesto 
descrito. 
Apreensão de 
luxação anterior 
Indicio de 
instabilidade anterior 
da cabeça umeral. 
Abduzir ombro a 
90°, flexionar 
cotovelo a 90° e 
tentar rodar 
externamente o 
ombro. 
Dor localizada. Face 
apreensiva do 
paciente, onde ele 
relata sensação de que 
a cabeça umeral 
poderá luxar. 
Apreensão de 
luxação posterior 
Indicio de 
instabilidade 
posterior da cabeça 
umeral. 
Paciente em 
Decúbito Dorsal, 
flexão de ombro e 
cotovelo a 90° e 
ombro rodado 
internamente. 
Fisioterapeuta aplica 
uma pressão no 
cotovelo do paciente 
tentando deslocar a 
cabeça umeral 
posteriormente. 
Dor localizada. Face 
apreensiva do 
paciente, onde ele 
relata sensação de que 
a cabeça umeral 
poderá luxar. 
 
Teste de 
estiramento do 
plexo braquial 
Possível indício de 
lesão no plexo 
braquial 
Paciente sentado 
instruí-lo para 
inclinar lateralmente 
a cabeça para o lado 
oposto a ser testado e 
realizar 
hiperextensão de 
ombro e extensão de 
cotovelo do mesmo 
Dor e/ou parestesia ao 
longo da distribuição 
do plexo braquial. 
 
27 
 
lado da lesão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
⁃ Complexo do Cotovelo 
 
Nome do Teste Objetivo/Finalidade Procedimento Sinal Positivo 
Cozen (cotovelo de 
tenista) 
Reproduzir a dor no 
epicôndilo lateral do 
úmero, com possível 
tendinite dos 
extensores de punho. 
Paciente com a mão 
fechada e o punho 
em extensão e 
cotovelo fletido a 
90°. A seguir 
fisioterapeuta impõe 
força no sentido de 
flexionar o punho do 
paciente. 
Dor próximo ao 
epicôndilo lateral do 
úmero. 
Cozen inverso 
(cotovelo de 
golfista) 
Reproduzir a dor no 
epicôndilo medial do 
úmero, com possível 
tendinite dos 
flexores de punho. 
Paciente com mão 
fechada e punho em 
flexão, e cotovelo 
fletido a 90°. A 
seguir fisioterapeuta 
impõe a força no 
sentido de estender o 
punho. 
Dor próximo ao 
epicôndilo medial do 
úmero. 
Estabilidade 
ligamentar (stress 
em valgo e varo) 
Detectar estabilidade 
dos ligamentos 
colateral medial 
(ulnar) e lateral 
(radial). 
O fisioterapeuta deve 
realizar um esforço 
em valgo e/ou varo 
ao nível do cotovelo 
que deve se encontrar 
em semiflexão. 
Demonstração de uma 
folga (ou um espaço) 
e/ou dor no local são 
indicadores de 
instabilidade. 
 
Tinel Avaliar sensibilidade 
no nervo ulnar 
(possível neurite). 
Fisioterapeuta percuti 
(com o dedo ou 
martelo) o nervo 
ulnar ao nível do 
sulco entre olecrano 
e epicôndilo medial. 
Sensação de dor ou 
parestesia pelo 
antebraço até o dedo 
mínimo, no trajeto do 
nervo ulnar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
⁃ Complexo do punho e mão 
 
Nome do Teste Objetivo/Finalidade Procedimento Sinal Positivo 
Tinel Avaliar sensibilidade 
do nervo mediano e 
sua possível 
inflamação. 
Percutir com martelo 
de reflexos na 
superfície anterior do 
punho com o 
antebraço supinado. 
Parestesia na mão ao 
longo da distribuição 
do nervo (polegar, 
indicador, médio e 
metade medial do 
anular). 
 
Phalen Desencadear 
parestesia e dor 
relacionado à 
síndrome do túnel do 
carpo. 
Flexionar ambos os 
punhos e aproximá-
los um do outro. 
Manter por 
aproximadamente 1 
minuto. 
Dor ou parestesia 
irradiada para uma ou 
ambas as mãos. 
Phalen inverso Desencadear 
parestesia e dor 
relacionado à 
síndrome do túnel do 
carpo. 
Instruir o paciente 
para estender o 
punho afetado e fazer 
o paciente apertar a 
mão do 
fisioterapeuta. Em 
seguida fisioterapeuta 
com o seu polegar 
comprime a face 
anterior do punho na 
linha média. 
Dor ou parestesia 
irradiada para o trajeto 
do nervo mediano. 
Finkelstein Detectar a presença 
de tenossinovite de 
De Quervain 
(abdutor longo do 
polegar e extensor 
curto do polegar). 
Instruir o paciente 
para fechar mão com 
o polegar atravessado 
na superfície palmar 
da mão e solicitar 
uma desvio ulnar 
forçado. 
Dor próximo ao 
processo estilóide do 
rádio e/ou na base do 
polegar. 
 
Froment Caracteriza lesões do 
nervo ulnar (através 
dos músculos adutor 
do polegar e parte do 
flexor curto do 
polegar). 
Paciente deve tentar 
pinçar uma folha de 
papel, aonde o 
fisioterapeuta irá 
tracionar esta folha. 
A falange distal do 
polegar entra em 
flexão acentuada, pois 
os músculos adutor do 
polegar e parte do 
flexor curto 
apresentam- se 
instáveis. 
 
30 
 
Allen Detectar se as 
artérias radial e ulnar 
estão suprindo 
adequadamente a 
mão. 
Paciente deve ser 
orientado a abrir e 
fechar a mão várias 
vezes, mantendo em 
seguida fechada. 
Posteriormente o 
fisioterapeuta deve 
comprimir com os 
dedos as artérias 
radial e ulnar do 
paciente, solicitando 
que o mesmo abra a 
mão após a 
compressão. Em 
seguida o 
fisioterapeuta libera 
uma artéria de cada 
vez e observa a 
vascularização na 
mão do paciente. 
A mão não se 
enrubescerá, ou a cor 
retorna muito 
lentamente, indicando 
que tal artéria pode se 
encontrar total ou 
parcialmente 
obstruída. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
REFERÊNCIAS 
 
CIPRIANO, J. J. Manual fotográfico de testes ortopédicos e neurológicos. 5 ed. Porto 
Alegre. Artmed, 2012. 
DUTON, M. Fisioterapia Ortopédica: exame, Avaliação e Intervenção – São Paulo: 
Artmed,2010. O´SULLIVAN, S. B.; SHCIMITZ, T. J. Fisioterapia: Avaliação e Tratamento. 
6 ed. Barueri, SP. Manole, 2018. 
WIBELINGER, L. M. Fisioterapia em Reumatologia. 2 ed. Rio de Janeiro. Revinter, 2015. 
HEGEDUS, E. J.; COOK, C. E. Testes Ortopédicos em Fisioterapia, 2ª edição. São Paulo: 
Manole, 2015. 
LEITE, C.F et al. 50 CASOS CLÍNICOS EM FISIOTERAPIA. Salvado: Sanar,2017. 
ZAFFAGNINI, S; GRASSI, A.; SERRA, M.; MARCACCI, M. Return to sport after ACL 
reconstuction: how, when and why? A narrative review of current evidence. Joints. Jan-
Mar; v.3, n.1, p. 25-30, 2015. 
O’SULLIVAN B. Fisioterapia avaliação e tratamento. SP: Manole, 2010. 
REIS, LIANA ANTONUCCI. Fisioterapia: resumos, questões, respostas comentadas/ 
Liana Antonucci Reis. - 2º ed. Rio de Janeiro: Guanaba Koogan, 2017.

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