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Tutoria - Vigilância em Saúde

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Vigilância em Saúde 1
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Vigilância em Saúde
1- Compreender a Política Nacional de Vigilância em Saúde 
Art. 2o A Política Nacional de Vigilância em Saúde é uma política pública de Estado e 
função essencial do SUS, tendo caráter universal, transversal e orientador do modelo 
de atenção nos territórios, sendo a sua gestão de responsabilidade exclusiva do poder 
público.
Entende-se por Vigilância em Saúde o processo contínuo e sistemático de coleta, 
consolidação, análise de dados e disseminação de informações sobre eventos 
relacionados á saúde, visando o planejamento e a implementação de medidas de 
saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e atuação em condicionantes e 
determinantes de saúde, para a proteção e promoção da saúde na população, 
prevenção e controle de riscos, agravos e doenças;
A PNVS incide sobre todos os níveis e formas de atenção à saúde, abrangendo todos 
os serviços de saúde públicos e privados, além de estabelecimentos relacionados à 
produção e circulação de bens de consumo e tecnologias que diretamente ou 
indiretamente se relacionam com a saúde;
Art. 3o A PNVS compreende a articulação de saberes, processos e práticas 
relacionados à vigilância epidemiológica, vigilância em saúde ambiental, vigilância em 
saúde do trabalhador e v. sanitária e alinha-se com conjunto de políticas de saúde no 
âmbito do SUS;
Art. 4o A PNVS tem como finalidade definir os princípios, as diretrizes e as estratégias 
a serem observados pelas três esferas de gestão do SUS, para o desenvolvimento da 
vigilância em saúde, visando a promoção e a proteção da saúde e a prevenção de 
doenças e agravos, bem como a redução da morbimortalidade, vulnerabilidades e 
riscos decorrentes das dinâmicas de produção e consumo nos territórios.
Art. 5o A PNVS deverá contemplar toda a população em território nacional, 
priorizando, entretanto, territórios, pessoas e grupos em situação de maior risco e 
Vigilância em Saúde 2
vulnerabilidade, na perspectiva de superar desigualdades sociais e de saúde e de 
buscar a equidade na atenção, incluindo intervenções intersetoriais.
Art. 6o Para efeito desta Política serão utilizadas as seguintes definições: 
I – Ações laboratoriais: aquelas que propiciam o conhecimento e a investigação 
diagnóstica de doenças e agravos e a verificação da qualidade de produtos de 
interesse de saúde pública e do padrão de conformidade de amostras ambientais, 
mediante estudo, pesquisa e análises de ensaios relacionados aos riscos 
epidemiológicos, sanitários, ambientais e do processo produtivo. 
II – Ações de promoção da saúde: estimular a promoção da saúde como parte da 
integralidade do cuidado na Rede de Atenção à Saúde, articuladas com as demais 
redes de proteção social, abrangendo atividades voltadas para adoção de práticas 
sociais e de saúde centradas na equidade, na participação e no controle social, para o 
favorecimento da mobilidade humana e a acessibilidade e promovendo a cultura da paz 
em comunidades, territórios e municípios. 
III – Análise de situação de saúde: ações de monitoramento contínuo da situação de 
saúde da população do País, Estado, Região, Município ou áreas de abrangência de 
equipes de atenção à saúde, por estudos e análises que identifiquem e expliquem 
problemas de saúde e o comportamento dos principais indicadores de saúde, 
contribuindo para um planejamento de saúde abrangente. 
IV – Centro de Informação e Assistência Toxicológica: Estabelecimento de saúde ou 
serviço de referência em Toxicologia Clínica com atuação em regime de plantão 
permanente, podendo prestar atendimento via teleatendimento exclusivo ou via 
teleatendimento e presencial, provendo informações toxicológicas aos profissionais da 
saúde, à população e a instituições, relativas a intoxicações agudas e crônicas e 
acidentes com animais peçonhentos. 
V – Emergência em saúde pública: situação que demanda o emprego urgente de 
medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde 
pública. 
VI – Integralidade da atenção: um conjunto articulado de ações e serviços preventivos 
e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de 
complexidade do sistema. Deve compreender o acesso às ações, serviços e produtos 
seguros e eficazes, indispensáveis para as necessidades de saúde da população, 
objetivando promover a qualidade de vida e reduzir a vulnerabilidade e os riscos à 
saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes. 
VII – Linha de Cuidado (LC): uma forma de articulação de recursos e das práticas de 
Vigilância em Saúde 3
produção de saúde, orientadas por diretrizes clínicas, entre as unidades de atenção de 
uma dada região de saúde, para a condução oportuna, ágil e singular, dos usuários 
pelas possibilidades de diagnóstico e terapia, em resposta às necessidades 
epidemiológicas de maior relevância. 
VIII – Modelo de Atenção à Saúde: sistema lógico que organiza o funcionamento das 
redes de atenção à saúde, articulando, de forma singular, as relações entre os 
componentes da rede e as intervenções sanitárias, definido em função da visão 
prevalecente da saúde, das situações demográfica e epidemiológica e dos 
determinantes sociais da saúde, vigentes em determinado tempo e em determinada 
sociedade. 
IX – Rede de Atenção à Saúde: arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, 
de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas técnico, 
logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado. 
X – Vigilância em saúde ambiental: conjunto de ações e serviços que propiciam o 
conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes 
do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e 
adotar medidas de promoção à saúde, prevenção e monitoramento dos fatores de 
riscos relacionados às doenças ou agravos à saúde. 
XI – Vigilância em saúde do trabalhador e da trabalhadora: conjunto de ações que 
visam promoção da saúde, prevenção da morbimortalidade e redução de riscos e 
vulnerabilidades na população trabalhadora, por meio da integração de ações que 
intervenham nas doenças e agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de 
desenvolvimento, de processos produtivos e de trabalho. 
XII – Vigilância epidemiológica: conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e 
a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes da saúde 
individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de 
prevenção e controle das doenças, transmissíveis e não-transmissíveis, e agravos à 
saúde. 
XIII – Vigilância sanitária: conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir 
riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do ambiente, da 
produção e circulação de bens e da prestação de serviços do interesse da saúde. 
Abrange a prestação de serviços e o controle de bens de consumo que, direta ou 
indiretamente se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e 
processos, da produção ao consumo e descarte. 
XIV – Vulnerabilidade: designa tanto os processos geradores quanto as características 
das populações e territórios que possuem maiores dificuldades em absorver os 
Vigilância em Saúde 4
impactos decorrentes de diferentes e variados graus de eventos de risco 
XV – Risco: Compreende a probabilidade de ocorrência de evento adverso ou 
inesperado, que cause doença, danos à saúde ou morte em um ou mais membros da 
população, em determinado lugar, num dado período de tempo.
Art. 7o A PNVS tem como princípios: 
I – Conhecimento do território: utilização da epidemiologia e da avaliação de risco para 
a definição de prioridades nos processos de planejamento, alocação de recursos e 
orientação programática. 
II – Integralidade: Articulação das ações de vigilância em saúde com as demais ações 
e serviços desenvolvidos e ofertados no SUS para garantir a integralidade da atenção à 
saúde da população. III – Descentralização político-administrativa, com direção únicaem cada esfera de governo. 
IV – Inserção da vigilância em saúde no processo de regionalização das ações e 
serviços de saúde. 
V – Equidade: Identificação dos condicionantes e determinantes de saúde no território, 
atuando de forma compartilhada com outros setores envolvidos. 
VI – Universalidade: Acesso universal e contínuo a ações e serviços de vigilância em 
saúde, integrados a rede de atenção à saúde, promovendo a corresponsabilização pela 
atenção às necessidades de saúde dos usuários e da coletividade. 
VII – Participação da comunidade de forma a ampliar sua autonomia, emancipação e 
envolvimento na construção da consciência sanitária, na organização e orientação dos 
serviços de saúde e no exercício do controle social. 
VIII – Cooperação e articulação intra e intersetorial para ampliar a atuação sobre 
determinantes e condicionantes da saúde. 
IX – Garantia do direito das pessoas e da sociedade às informações geradas pela 
Vigilância em Saúde, respeitadas as limitações éticas e legais. 
X – Organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins 
idênticos.
Art. 8o A PNVS tem as seguintes diretrizes: 
I – Articular e pactuar responsabilidades das três esferas de governo, consonante com 
os princípios do SUS, respeitando a diversidade e especificidade locorregional. 
II – Abranger ações voltadas à saúde pública, com intervenções individuais ou 
coletivas, prestadas por serviços de vigilância sanitária, epidemiológica, em saúde 
Vigilância em Saúde 5
ambiental e em saúde do trabalhador, em todos os pontos de atenção 
III – Construir práticas de gestão e de trabalho que assegurem a integralidade do 
cuidado, com a inserção das ações de vigilância em saúde em toda a Rede de Atenção 
à Saúde e em especial na Atenção Primária, como coordenadora do cuidado. 
IV – Integrar as práticas e processos de trabalho das vigilâncias epidemiológica, 
sanitária, em saúde ambiental e em saúde do trabalhador e da trabalhadora e dos 
laboratórios de saúde pública, preservando suas especificidades, compartilhando 
saberes e tecnologias, promovendo o trabalho multiprofissional e interdisciplinar. 
V – Promover a cooperação e o intercâmbio técnico científico no âmbito nacional e 
internacional. 
VI – Atuar na gestão de risco por meio de estratégias para identificação, planejamento, 
intervenção, regulação, comunicação, monitoramento de riscos, doenças e agravos. 
VII – Detectar, monitorar e responder às emergências em saúde pública, observando o 
Regulamento Sanitário Internacional, e promover estratégias para implementação, 
manutenção e fortalecimento das capacidades básicas de vigilância em saúde. 
VIII – Produzir evidências a partir da análise da situação da saúde da população de 
forma a fortalecer a gestão e as práticas em saúde coletiva. 
IX – Avaliar o impacto de novas tecnologias e serviços relacionados à saúde de forma 
a prevenir riscos e eventos adversos.
Art 9o: As estratégias para organização da Vigilância em Saúde deve contemplar: a 
articulação entre as vigilâncias, os processos de trabalho integrados com a atenção à 
saúde (conhecimento epidemiológico, sanitário, demográfico...), regionalização das 
ações e serviços de vigilância em saúde articuladas coma a atenção em saúde no 
âmbito da região em saúde; a inserção da vigilância em saúde na Rede de Atenção a 
Saúde; o estímulo à participação da comunidade no controle social; a gestão do 
trabalho, desenvolvimento e educação permanente; apoio ao desenvolvimento e 
estudos e pesquisa; comunicação; respostas; planeamento; monitoramento e 
avaliação;
Art. 11 São responsabilidades da União, e compete ao Ministério da Saúde, por 
intermédio da Secretaria de Vigilância em Saúde e da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa), a gestão da vigilância em saúde no âmbito da União
Art. 12 São responsabilidades dos Estados, e compete às Secretarias de Saúde, a 
gestão da vigilância em saúde no âmbito estadual, compreendendo:
Vigilância em Saúde 6
Art. 13 São responsabilidades dos Municípios, e compete às Secretarias de Saúde, a 
gestão da vigilância em saúde no âmbito municipal, compreendendo:
Art. 14 As responsabilidades do Distrito Federal, e competências de sua Secretaria de 
Saúde, compreendem, simultaneamente, aquelas relativas a Estados e Municípios. 
Art. 15 As metas e os indicadores para avaliação e monitoramento da Política Nacional 
de Vigilância em Saúde devem estar contidos nos instrumentos de gestão definidos 
pelo sistema de planejamento do SUS:
Art. 16 O financiamento das ações da vigilância em saúde, garantido de forma 
tripartite, deve ser específico, permanente, crescente e suficiente para assegurar os 
recursos e tecnologias necessários ao cumprimento do papel institucional das três 
esferas de gestão, bem como deve contribuir para o aperfeiçoamento e melhoria da 
qualidade de suas ações.
2- Explicar a atuação da vigilância epidemiológica e sanitária nos determinantes 
do processo saúde-doença 
Vigilância Epidemiológica: definida pela lei 8080/90 como um ´´conjunto de ações 
que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos 
fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com finalidade 
de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos´´;
O seu objetivo principal é fornecer orientação técnica permanente para os profissionais 
de saúde, que têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de 
controle de doenças e agravos; constitui-se importante isntrumento para planejamento, 
organização e operacionalização dos serviços de saúde, como também para a 
normatizaçãi de atividades técnicas; 
Coordenar a resposta estadual às doenças e agravos transmissíveis de notificação 
compulsória, além dos riscos existentes ou potenciais, com ênfase no 
planejamento, monitoramento, avaliação, produção e divulgação de 
conhecimento/informação para a prevenção e controle das condições de saúde da 
população, no âmbito da saúde coletiva, baseados nos princípios e diretrizes do 
SUS;
Gerir e apoiar a operacionalização do Programa de Imunizações no Estado; 
contribuindo para o controle, eliminação e/ou erradicação de doenças 
imunopreveníveis, utilizando estratégias básicas de vacinação de rotina e de 
campanhas anuais, desenvolvidas de forma hierarquizada e descentralizada;
Vigilância em Saúde 7
Planejar, acompanhar e normatizar técnicas das ações de imunização no Estado;
Instituir, desenvolver, implementar, capacitar, coordenar e avaliar ações de 
vigilância epidemiológica e assistenciais, relativas às infecções sexualmente 
transmissíveis (IST), HIV/Aids e Hepatites Virais no Estado;
Participar de ações de cooperação técnica intra e interinstitucional para a vigilância, 
prevenção e controle das doenças e agravos transmissíveis, infecções 
sexualmente transmissíveis, HIV/Aids e Hepatites Virais e ações de Imunização no 
Estado;
Elaborar e divulgar informes epidemiológicos e notas técnicas relacionadas às 
doenças transmissíveis, infecções sexualmente transmissíveis, HIV/Aids, Hepatites 
Virais e ações de Imunização no Estado.
Vigilância Sanitária: 
Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir 
ou previnir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio 
ambiente, da produção e da circulação de bens; abrenge o controle de bens de 
consumo, que direto ou indiretamente se relaciona com a saúde e o controle da 
prestação de serviços que se relaciona com a saúde;
Áreas de atuação: medicamentos, alimentos, cosméticos e saneantes, produtos para 
saúde, segurança do paciente e serviços de saúde;
Que instituição da União é responsável pela Vigilância Sanitária hoje no Brasil? 
É a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Ela faz a gestão de todo serviço 
de Vigilância Sanitária, que compete ao nível federal. Cada um desses responsáveis 
nós chamamos de gestor. Para vocês entenderem esta questão, vou explicar o 
seguinte: gestão é a palavrachave quando se quer falar da gerência e administração 
dos serviços de saúde. Na verdade, ela significa mais do que isto, pois é da 
competência do gestor dar as diretrizes da atuação do órgão que ele dirige. Neste 
sentido, o gestor formula, executa, supervisiona, controla e pode rever as políticas de 
saúde. Para citar alguns exemplos, o gestor nacional do Sistema Único da Saúde, 
SUS, é o Ministro, já o estadual é o secretário de estado e o municipal, o secretário 
municipal de saúde. O gestor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária é seu diretor-
presidente. O Conselho de Saúde, através de seus conselheiros, formula as 
prioridades e as diretrizes para a saúde. Isso também é parte da gestão do sistema de 
Vigilância em Saúde 8
saúde. Afinal, quem conhece as necessidades de saúde de uma comunidade é o povo. 
E o conselheiro é o representante do povo no Conselho.
riscos ambientais: 
água (consumo e mananciais hídricos), esgoto, lixo (doméstico, industrial, hospitalar), 
vetores e transmissores de doenças (mosquitos,barbeiro,animais), poluição do ar, do 
solo e de recursos hídricos, transporte de produtos perigosos, etc. 
riscos ocupacionais: 
processo de produção, substâncias, intensidades, carga horária, ritmo e ambiente de 
trabalho 
riscos sociais: 
transporte, alimentos, substâncias psicoativas, violências, grupos vulneráveis, 
necessidades básicas insatisfeitas 
riscos iatrogênicos: 
(decorrentes de tratamento médico e uso de serviços de saúde) 
medicamentos, infecção hospitalar, sangue e hemoderivados, radiações ionizantes, 
tecnologias médico-sanitárias, procedimentos e serviços de saúde 
riscos institucionais: 
creches, escolas, clubes, hotéis, motéis, portos, aeroportos, fronteiras, estações 
ferroviárias e rodoviárias, salão de beleza, saunas, etc.
3- Descrever a relevância das notificações compulsórias e sua determinância 
para o planejamento e avaliação das ações em saúde
O combate à pandemia causada pelo novo Coronavirus mostrou que o SUS vai muito 
além das consultas e procedimentos que são realizados pelas Unidades de Saúde, 
colocando em evidência um sistema de saúde muito mais complexo e bem articulado, 
que tem em sua organização o serviço de Vigilância em Saúde, composto por quatro 
grandes áreas: a saúde do trabalhador, a vigilância sanitária, a vigilância ambiental e a 
vigilância epidemiológica. 
As três primeiras são mais conhecidas por realizarem atividades de inspeção, controle 
de vetores de transmissão de doenças e ações de prevenção à saúde do trabalhador. 
Já a vigilância epidemiológica tem uma atuação mais voltada para compreender o 
comportamento epidemiológico de determinada doença, sendo esse um trabalho de 
grande importância para as tomadas de decisões na saúde.
Mas então, o que é a Vigilância Epidemiológica? 
Vigilância em Saúde 9
A vigilância epidemiológica reconhece as principais doenças de notificação, investiga 
epidemias que ocorrem no território e age no controle dessas doenças. A principal 
fonte destas informações é a notificação de agravos e doenças que constam na lista 
nacional de doenças de notificação compulsória. Essas notificações alimentam a base 
nacional do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
Quem deve fazer a notificação? 
A notificação é obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde ou 
responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência ao 
paciente, em conformidade com o art. 8º da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.
Onde é feita essa notificação? 
Até dezembro de 2019 as notificações eram encaminhadas para a vigilância 
epidemiológica e estas eram lançadas no Sistema de Informação de Agravos de 
Notificação (SINAN). Em janeiro de 2020, o Estado do Espírito Santo instituiu o 
Sistema de Informações em Saúde, o e-SUS Vigilância em Saúde (VS), como o 
sistema oficial para notificação compulsória no estado. 
Este sistema funciona on-line e permite que todos os profissionais de saúde façam a 
notificação no momento do atendimento do paciente, além de agilizar o trabalho da 
vigilância epidemiológica que agora visualiza as notificações em tempo real.
Quais são as doenças de notificação obrigatória? 
A Portaria nº 204/2016 define as doenças ou agravos de notificação obrigatória às 
autoridades competentes de saúde. A COVID-19 foi incluída na Lista Nacional de 
Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública pela Portaria 
nº 264, de 17 de fevereiro de 2020. Além da COVID-19, são exemplos de doenças de 
notificação obrigatória: dengue, zika e chikungunya, hepatites, sífilis, toxoplasmose, 
tuberculose, hanseníase, leptospirose, febre amarela, acidentes de trabalho, violências, 
tétano entre outras.
Por que essas doenças devem ser notificadas? 
Algumas doenças, agravos ou eventos em saúde podem levar a surtos, apresentar 
uma alta letalidade ou gerar algum impacto na saúde pública. Assim, a comunicação da 
ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde permite a realização de um 
Vigilância em Saúde 10
diagnóstico desse evento na população, indicando riscos aos quais as pessoas estão 
sujeitas, contribuindo assim, para a identificação da realidade epidemiológica de um 
território.
Como é feita a publicação das informações? 
O banco de dados do sistema e-SUS VS fica armazenado no servidor da Secretaria de 
Estado de Saúde (SESA). Ela é a responsável por fazer a transmissão dos registros 
para o SINAN. 
Os municípios podem gerar as planilhas referentes a cada agravo e realizar a 
divulgação das informações por meio de boletins epidemiológicos. 
Considerando a emergência em saúde pública da COVID-19, os dados são divulgados 
diariamente. Porém, para os demais agravos, a Secretaria Municipal de Saúde divulga 
um Boletim Epidemiológico a cada quatro meses.
Como o boletim é feito? 
Todos os dias, a equipe da Secretaria de Saúde faz o download no sistema do e-SUS 
VS do arquivo com os dados das notificações, faz a compilação dos dados, os ajustes 
no sistema e encaminha os dados para a comunicação do município para a divulgação 
do Boletim nas redes sociais, site oficial e aplicativos de mensagens. O texto do 
Boletim é padrão, sofrendo alterações apenas quando há algum fato novo que 
necessita de destaque e esclarecimentos. 
O sistema e-SUS VS passa por manutenções periódicas, e nessas ocasiões não é 
possível realizar o download do arquivo, gerando possíveis inconsistências nos dados 
apresentados. Assim, por se tratar de um sistema dinâmico, as informações dos 
Boletins sofrem alterações diárias conforme o banco de dados é atualizado.

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