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CONTABILIDADE-APLICADA

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1 
 
 
CONTABILIDADE APLICADA 
1 
 
 
SUMÁRIO 
 
A relevância da contabilidade para a logística ................................................. 3 
A aplicação da contabilidade no setor de transportes ..................................... 4 
O papel do contabilista na análise dos dados ................................................. 4 
Logística e Contabilidade ................................................................................ 5 
CONTABILIDADE DE CUSTOS ...................................................................... 6 
LOGÍSTICA...................................................................................................... 8 
HISTÓRIA DA LOGÍSTICA .............................................................................. 9 
HISTÓRIA DOS TRANSPORTES ................................................................. 11 
LOGÍSTICA EMPRESARIAL ......................................................................... 12 
LOGÍSTICA E TRANSPORTES .................................................................... 15 
TIPOS DE MODAIS ....................................................................................... 17 
CONTROLE DE CUSTOS ............................................................................. 21 
Gestão Estratégica de Custos ....................................................................... 24 
PROCESSO DE GESTÃO DE CUSTOS LOGÍSTICOS ................................ 25 
REFERENCIAS ............................................................................................. 27 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
3 
 
 
A RELEVÂNCIA DA CONTABILIDADE PARA A LOGÍSTICA 
 
A contabilidade vem mudando bastante nos últimos anos, conforme as 
alterações fiscais e tributárias que ocorrem, muitas vezes, sem qualquer tipo de aviso. 
Por esse motivo, escritórios que escrituram contas se tornam simplesmente 
imprescindíveis para o sucesso dos empreendimentos, uma vez que profissionais 
realmente capacitados podem ajudar — e muito! — na gestão dos negócios, tornando 
a burocracia uma grande aliada. 
E no ramo de logística não é diferente! Seja em grandes transportadoras ou 
em pequenas frotas, o processo para a adequada gestão do empreendimento está 
diretamente atrelado às informações repassadas aos contabilistas, afinal, esses 
profissionais têm o conhecimento necessário para interpretar os dados apresentados. 
A contabilidade é, basicamente, o melhor meio para se analisar o progresso 
das operações de uma empresa, avaliando estrategicamente o custo efetivo dos 
serviços prestados e os resultados alcançados por seu negócio. Quando bem 
orientado, o segmento de logística pode ter seus resultados mensurados 
gradativamente. Porém, esse tipo de métrica só pode ser mantida em médio e longo 
prazos se feita por um escritório de contabilidade competente, que busque a inovação 
e o crescente aperfeiçoamento. 
E atualmente o setor de transportes vem requerendo cada vez mais 
profissionais gabaritados e que atendam, além das expectativas de rotina 
administrativa e contábil, a compreensão do gerenciamento durante todo o processo 
de tomada de decisão. Dessa forma, a imagem do contador como um mero apurador 
de impostos deixa de existir, dando espaço para um trabalhador dinâmico e proativo, 
que participa e contribui efetivamente com os resultados da companhia. 
 
 
 
 
4 
 
 
A APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE NO SETOR DE TRANSPORTES 
 
Imagine uma transportadora com várias filiais em diversas cidades de um ou 
mais Estados do país. Assim como em qualquer outra empresa, suas operações 
poderão ser divididas em departamentos de atividades-meio — como a seção de 
manutenção, com serviços de reparo da frota — e atividades-fim — filiais que 
trabalham com a captação de cargas e o departamento que transporta as mercadorias 
da origem ao destino, por exemplo. 
Para avaliar se esse empreendimento está gerando lucro, o serviço de 
contabilidade da companhia poderá apurar o custo e a receita de cada sucursal. 
Assim será possível ver quais escritórios contribuem (ou não) com a renda do 
negócio. Por mais que as transportadoras de pequeno porte possam considerar esse 
tipo de trabalho analítico não muito vantajoso, a verdade é que essas informações 
setoriais certamente ajudarão muito na gestão e no direcionamento de suas decisões. 
 
O PAPEL DO CONTABILISTA NA ANÁLISE DOS DADOS 
 
Confrontar despesas e lucros e conhecer cada elemento que compõe esses 
custos poderá ser uma valiosa ferramenta de análise. A saúde de um 
empreendimento, independentemente de seu porte ou segmento, depende do 
controle efetivo e adequado de suas receitas. E por mais que cada negócio tenha 
suas particularidades, o contabilista é diretamente responsável por conciliar essas 
informações e apresentá-las aos gestores de forma que seja possível identificar se os 
resultados indicados viabilizam ou não a continuidade de determinadas linhas de 
negócio. 
 
 
 
 
5 
 
 
LOGÍSTICA E CONTABILIDADE 
 
De forma resumida, a contabilidade é responsável pela geração de 
informações para a gestão de qualquer empreendimento, apesar do grande 
envolvimento que lhe é atribuído no atendimento das questões fiscais e legais. A 
logística, por sua vez, tem a função de dispor mercadorias e serviços de forma rápida 
e com informações precisas, de acordo com as necessidades dos clientes, no lugar 
e na hora certa, agregando valor a atividade. 
A informação, portanto, pode ser considerada um recurso comum das duas 
ciências, evidenciado quando o autor Sérgio R. Dias escreveu o livro, Estratégias e 
canais de distribuição, em 1993, falando de logística integrada, no qual apresenta um 
fluxo de materiais que segue do fornecedor para suprimentos, para a produção, para 
a distribuição, chegando ao cliente e um fluxo de informações, que retorna do cliente 
para distribuição, distribuição para suprimentos e fornecedor, de suprimentos para 
produção como exemplos. 
As operações de uma empresa de logística englobam atividades que geram 
custos, e realizar as coisas melhor e ao menor custo é um dos fatores estratégicos 
que determinam o sucesso desta atividade. Os custos envolvidos na logística reflete 
na importância que pode ser atribuída ao setor contábil da empresa. 
A informação, portanto, pode ser considerada um recurso comum das duas 
ciências, evidenciado quando o autor Sérgio R. Dias escreveu o livro, Estratégias e 
canais de distribuição, em 1993, falando de logística integrada, no qual apresenta um 
fluxo de materiais que segue do fornecedor para suprimentos, para a produção, para 
a distribuição, chegando ao cliente e um fluxo de informações, que retorna do cliente 
para distribuição, distribuição para suprimentos e fornecedor, de suprimentos para 
produção como exemplos. As operaçõesde uma empresa de logística englobam 
atividades que geram custos, e realizar as coisas melhor e ao menor custo é um dos 
fatores estratégicos que determinam o sucesso desta atividade. Os custos envolvidos 
na logística reflete na importância que pode ser atribuída ao setor contábil da 
empresa. 
Na outra via, a utilização dos conceitos da logística proporcionam para a 
contabilidade uma série de reflexões sobre suas práticas. De um lado a diminuição 
6 
 
 
do fluxo de papéis, com uso de contratos e documentos assinados de forma digital, a 
redução das idas e vindas de documentos entre cliente e escritório, a folha de 
pagamentos assinada pelo funcionário diretamente na tela do computador e outros 
recursos mais. Masayuki Nakagawa e Sandra L. W Biasuz comentam sobre cinco 
certos da logística, produto, lugar, momento, condições e custo. 
 
CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
O grande segredo da eficiência e da eficácia de uma empresa está ligado 
diretamente à análise de custo do produto ou do serviço prestado e verificação do 
lucro que irá obter. A empresa que utiliza a contabilidade de custo, terá mais chance 
de crescimento e sucesso, além de obter informações úteis ao processo decisório. 
Segundo Schier (2006, p. 25), “contabilidade de custos é uma técnica utilizada para 
identificação e mensuração dos custos, dos produtos em todo processo produtivo”. 
A contabilidade de custos é uma variável da contabilidade financeira e da 
contabilidade geral e teve seu início na Revolução Industrial, usada no momento 
como um instrumento para resolução dos problemas da mensuração monetária dos 
estoques de matéria prima, demandando um controle e atribuição de custos para o 
processo de fabricação de forma mais efetiva e específica. Por ter sido utilizada 
parcialmente, a contabilidade de custos ficou estagnada, não evoluiu como 
instrumento de gestão. (Schier, 2006) 
A partir do desenvolvimento das empresas, houve a necessidade de controle 
e da racionalização efetiva sobre os custos, então, após algumas adaptações, 
começou a ser aproveitada também como instrumento de gestão. Para Schier (2006, 
p.26), “nessa nova atividade, a contabilidade de custos exerce duas funções de 
relevante importância: auxílio ao controle e auxilio à tomada de decisões”. Como em 
qualquer área do conhecimento, a contabilidade de custo possui sua própria 
terminologia que será abordada a seguir. 
Segundo Martins (2003, p. 17) gasto é um “sacrifício financeiro com que a 
entidade arca para obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício este 
representado por entrega ou promessa de entrega de ativos”. Ou seja, qualquer 
7 
 
 
sacrifício que tenha desembolso ou que a empresa assuma um passivo, 
independente de onde este sacrifício tenha incorrido dentro da organização, é 
classificado como gasto. 
Martins (2003) destaca ainda que gasto se subdivide genericamente em: 
custos, despesas e investimentos. Os custos em uma empresa são todos os gastos 
que estão diretamente ligados com a produção da mesma. Padoveze (2004, p. 312) 
conceitua custo como: 
[...] gastos, não são investimentos, necessários para fabricar os produtos da 
empresa. São os gastos efetuados pela empresa que farão nascer os seus produtos. 
Portanto, podemos dizer que os custos são os gastos relacionados aos produtos, 
posteriormente ativados quando os produtos objetos desses gastos forem gerados. 
De modo geral são os gastos ligados à área industrial da empresa. 
Já despesas, de modo geral, são os gastos desembolsados por uma 
organização, que se torna necessário para o desenvolvimento de suas operações. 
Iudícibus (1998, p.66) acrescenta que despesa corresponde ao: 
Consumo de bens ou serviços, que, direta ou indiretamente, ajuda a produzir 
uma receita. Diminuindo o Ativo ou aumentando o Passivo, uma despesa é realizada 
com a finalidade de se obter uma receita cujo valor se espera seja superior a 
diminuição que provoca no Patrimônio Líquido. 
Despesa envolve ainda tudo o que uma empresa precisa ter para manter seu 
funcionamento. Alguns exemplos de despesas são: despesas administrativas; 
despesas de vendas e despesas financeiras. Investimento também é um tipo de gasto 
e, corresponde a valores dispendidos com a finalidade de retorno. Padoveze (1997, 
p. 213) diz que investimentos “são os gastos efetuados em ativo ou despesas e custos 
que serão imobilizados ou diferidos. São gastos ativados em função de sua vida útil 
ou benefícios futuros”. Martins (2003, p.25) complementa que investimentos: 
Podem ser de diversas naturezas e de períodos de ativação variados: a 
matéria-prima é um gasto contabilizado temporariamente como investimento 
circulante: a máquina é um gasto que se transforma num investimento permanente: 
as ações adquiridas de outras empresas são gastos classificados como investimentos 
circulantes ou permanentes, conforme a intenção que levou a sociedade a aquisição. 
8 
 
 
A Figura 1 demonstra uma síntese dos gastos envolvidos em uma empresa. 
Figura 1- Gastos Empresa 
 
Fonte: Bruni, Famá (2004) 
Por meio da Figura 1 é possível constatar que gastos incorrem em todas as 
áreas da empresa se dividindo de acordo com a finalidade do desembolso. Os custos 
são gastos consumidos na produção e despesas gastos consumidos por período para 
manutenção das áreas administrativas do negócio. Já investimentos são gastos 
incorridos na empresa que serão ativados e, posteriormente em virtude da utilização 
deste ativo serão mensalmente depreciados e classificados em custo ou despesa, 
dependendo da finalidade pela qual o investimento foi realizado. 
 
LOGÍSTICA 
 
Existe um conjunto de atividades chamado de logística, onde se tem 
suprimento de insumos, distribuição de produtos acabados e alguns fluxos reversos 
relacionados aos processos produtivos em geral. São usadas estratégias baseadas 
em transporte, estoque e informação nesses processos. O sistema de Logística foca 
no serviço de atendimento ao cliente com base no projeto e escolha de canais de 
suprimentos e de distribuição através de recursos de transporte, mesmo estas 
estratégias vêm se alterando no tempo. Nos anos 60 e 70, produtividade e informática 
era a grande questão. Já nos anos 80 vem o desafio de menor tempo e qualidade. 
Finalmente nos anos 90 surgiu a ideia de coordenação externa dos colaboradores e 
com ela a reestruturação organizacional, gerenciamento de riscos, custos baseados 
em atividades, e a globalização das operações. 
9 
 
 
O planejamento logístico nas organizações está relacionado à adoção de 
medidas contínuas que visam à economia de valores gastos com frete e redução de 
estoques. Nesse sentido, a identificação de modais mais apropriados ao tipo de carga 
ou ao tipo de infraestrutura presente na região de origem é fundamental para a 
redução dos valores gastos com fretes, armazenagens, embalagens e transbordos. 
Para Novais (2004), no moderno conceito de Supply Chain Manegement 
(SCM), as funções logísticas devem ser executadas de forma integrada tornando mais 
difícil a identificação de cada elemento dentro do sistema. Soma-se a isso, o fato de 
o SCM possuir um caráter estratégico, o que faz com que as decisões sejam tomadas 
com vista em objetivos mais amplos além de receberem um foco com resultados a 
longo prazo. Tais decisões são cruciais para a sobrevivência das empresas que 
fazem parte desta cadeia. 
 
HISTÓRIA DA LOGÍSTICA 
 
Conforme Siqueira (2010), a palavra logística é derivada francês Logistique e 
tendo como significado: "a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da 
realização de projeto, desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, 
distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material para fins operativos ou 
administrativos". Ainda Segundo Siqueira (2010), a Logística também se refere a 
satisfação do cliente ao menor custo total. 
Assim definimos que os termos Logísticos e Cadeia de Suprimentossignificam 
a mesma coisa, já que ambos têm a finalidade de satisfazer o cliente com o menor 
custo possível. A palavra logística, segundo outros historiadores, é proveniente do 
antigo grego logos, que significa razão, cálculo, pensar e analisar, a logística é vista 
também como ramo da ciência militar responsável por obter, dar manutenção e 
transportar material, pessoas e equipamentos. 
Outra definição para logística é: O tempo relativo ao posicionamento de 
recursos. Filho (2001.p.26), nos diz que, Logística é definido como o “Processo de 
planejar, implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e 
armazenagem de matéria-prima, estoque durante a produção e produtos acabados, 
10 
 
 
desde do ponto de origem até o consumidor final, visando atender os requisitos do 
cliente.” 
De acordo com Rabelo (2014), a logística teve inicio na década de 50, onde o 
mercado vivia seus dias de tranquilidade, sem grandes cobranças por parte dos 
consumidores, onde o marketing era responsável pela distribuição dos produtos, os 
primeiros conceitos de logística surgiram a partir das atividades logísticas militares da 
Segunda Guerra Mundial, onde a administração mudou o foco da produção para a 
orientação do marketing começando a avaliar as necessidades dos clientes. 
 Mas o foco na distribuição física, que é o primordial da logística, veio em 
meados da década de 50 e 70, onde houve um desenvolvimento representativo em 
relação às teorias e práticas logísticas. Assim, as empresas passaram a melhorar a 
filosofia econômica de uma gestão melhor dos suprimentos em vez de estímulo de 
demanda. 
Ballou (1993), nos fala que, a logística são todas atividades de movimentação 
e armazenagem que melhoram o fluxo dos produtos desde a fabricação até o 
consumo final, e também os fluxos de informação que disponibilizam os produtos em 
movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço de qualidade e menor 
preço possível. “A Logística é responsável pelo planejamento, operação e controle de 
todo o fluxo de mercadorias e informação, desde a fonte fornecedora até o 
consumidor [...]” (MARTINS; ALT, 2005, p.252). E com o desenvolvimento do 
capitalismo mundial, sobretudo a partir da Revolução Industrial, a logística tornou-se 
cada vez mais importante para as empresas num mercado competitivo uma vez que 
a quantidade de mercadorias produzidas e consumidas aumentou, e nos dias de hoje, 
com a globalização da economia, os conhecimentos de logística são de fundamental 
importância para as empresas. 
Goulart e Zanatta (2009), falam que foi em meados de 1980 que a logística 
surgiu no Brasil, exatamente depois de acontecer a explosão da Tecnologia da 
Informação. Surgindo algumas entidades dando enfoque a Logística como: ASBRAS 
(Associação Brasileira de Supermercados), ASLOG (Associação Brasileira de 
Logística), IMAM (Instituto de Movimentação e Armazenagem), entre outras, com 
objetivo de disseminar este novo conceito voltado para as organizações. Atualmente, 
é comemorado no dia 6 de junho é o Dia da Logística. A data é uma referência ao dia 
11 
 
 
em que ocorreu possivelmente o maior movimento logístico já conhecido na história 
que foi o desembarque das forças aliadas na Europa, ao término da II Guerra Mundial, 
imortalizado como o “Dia D”. 
Enfim, a Logística é o principal departamento para exercer a atividade de 
redução de custo em uma organização, é impossível se pensar em otimização dos 
recursos, redução de custo, sem que não se pense em Logística antes. Com isso vem 
a necessidade de aliar conhecimento, habilidade e atitude ao capital humano na área 
de logística. 
 
HISTÓRIA DOS TRANSPORTES 
 
De acordo com Keedi (2004), na história dos transportes existem fases 
distintas. A primeira fase, situa-se antes da Revolução Industrial na qual, utilizava-se 
a força humana, a força animal, tanto para tração, bem como para carga, além das 
correntes de água e da força eólica. 
A segunda fase é compreendida logo após a Revolução Industrial, na qual, 
começam a utilizar o vapor, a eletricidade, além de máquinas de combustão como 
fontes de força motriz. Desde o início da utilização dos transportes, o modal mais 
utilizado foi o rodoviário, porque mesmo quando as cargas eram transportadas em 
animais, usavam-se vias de acesso para ir e vir. Muito tempo depois do 
desenvolvimento deste, o modal ferroviário começou a se desenvolver também. Além 
desses, existem também os modais marítimo, que também já é bem antigo, o 
aquaviário, o aeroviário e dutoviário. 
Estes, no decorrer de seus respectivos desenvolvimentos, foram se 
aprimorando e passando por mudanças. O fator de impacto para estas mudanças foi 
a condição de cada um deles. 
As condições de cada meio de transporte foram cruciais para determinar seu 
modelo de utilização bem como sua estrutura organizacional, além da definição dos 
direitos de propriedade sobre os mesmos, sendo uma estrada de rodagem mais 
utilizada do que uma estrada de ferro, pois diversos tipos de veículos fazem uso da 
12 
 
 
mesma, o que no transporte ferroviário é mais difícil disso ocorrer visto ser um modal 
que aceita apenas o tipo de veículo para o qual foi projetada. (KEEDI, 2004). 
Os diversos modais, citados acima, compõem a matriz de transporte da maioria 
dos países. No que diz respeito à matriz de transporte brasileira, esta, vem sofrendo 
alterações ainda que muito discretas, com mudanças graduais e lentas, mas para um 
futuro distante. 
Para Keedi (2004), o modal rodoviário sempre se apresentou soberano em 
todos os aspectos porque até hoje, ele é o único capaz de realizar um transporte de 
ponta a ponta sem a necessidade de complementação de outros modais. 
Entretanto, na nova ordem Logística, este modal deverá integrar-se ao todo de 
modo a assumir um papel mais nobre do que o que vinha apresentando até o 
momento. Essa característica de cobrir desde o ponto de origem ao ponto de destino, 
tende a ser substituída por outro tipo de modal que seja mais indicado para longo 
curso, fazendo com que o rodoviário passe a atender as pontas do percurso, 
dependendo da quilometragem deste. 
O modal rodoviário deverá tornar-se um importante elo da intermodalidade e 
da multimodalidade que já existe no país em forma de lei, embora não de maneira 
funcional, facilitando o transporte, a distribuição e a entrega de mercadoria. 
Cumprindo esse papel, o modal rodoviário se tornará por assim dizer uma estrela do 
transporte, provavelmente na mesma linha do container. 
 
LOGÍSTICA EMPRESARIAL 
 
A logística é uma das atividades econômicas mais antigas e um dos conceitos 
gerenciais mais modernos. Resumidamente a logística está ligada diretamente à 
compra, armazenagem e distribuição de materiais e mercadorias, ou seja, é uma 
ferramenta que está presente desde o início da produção até seu destino final, sempre 
procurando diminuir custos (CAMPOS; BRASIL, 2008). 
Diante do contexto de globalização, onde cada vez mais as empresas estão 
inseridas em um mercado de concorrência global, a logística, ferramenta de gestão 
13 
 
 
moderna, pode assegurar a competitividade das organizações. Esta nova dinâmica 
de mercado é marcada pela rapidez que transitam as informações tornando o 
ambiente empresarial cada vez mais incerto e inseguro. Dessa forma, a logística, 
como ferramenta empresarial, busca garantir a competitividade de um novo modelo 
de gestão que acompanhe o paradigma pós-industrial, aonde os fluxos de materiais 
tendem a se movimentar mais rapidamente. (SILVA, 2011). 
Não apenas hoje, mas há muito tempo, a logística está presente no cotidiano 
das pessoas, não se sabe exatamente quando ela surgiu, Razzolini Filho afirma que: 
Não sabemos exatamente quando o homem começou a transportar coisas, 
uma vez que a arqueologia não consegue determinar com precisão quando 
foi que o homem criou o primeiro equipamento (ou dispositivo) de transporte.Porém, temos certeza de que foi no momento em que o homem deixou de 
ser nômade para fixar-se em algum lugar que surgiu a necessidade de 
buscar coisas em outros lugares e, também, de levar para esses ambientes 
aquilo que ele poderia trocar com outros indivíduos. Na verdades, à medida 
que o ser humano foi se tornando agrário, dominando os recursos da 
natureza, iniciou-se um processo de desenvolvimento que demandou o 
transporte de bens de um lugar para outro, a fim de que se realizassem 
processos de trocas. (2009 p. 19). 
No início era apenas uma necessidade de transportar algo de um lugar para 
outro, mas essa ferramenta foi se aperfeiçoando com o passar do tempo e hoje ela 
se tornou uma ferramenta utilizada para reduzir gastos, ganhar competitividade 
diminuir estoque e muitas outras finalidades além do simples transporte de 
mercadorias. 
A partir da Segunda Guerra mundial tornou-se nítida a importância das 
atividades logísticas nas organizações. Com o advento de novas metodologias de 
produção, exemplificadas pelo just-in-time, no qual se substituiu a antecipação pela 
reação à demanda, o equacionamento logístico dos fluxos de materiais em toda a 
cadeia de suprimentos tornou-se fundamental. (LEITE, 2009) 
A figura a seguir demonstra as diversas áreas de atuação da logística 
empresarial: 
14 
 
 
 
As definições de logísticas rementem à conclusão de um processo estratégico 
de gerenciamento das aquisições, movimentações e armazenagem de peças e 
produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas) através das organizações 
e dos seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades 
presentes e futuras por meio do atendimento de pedidos a baixo custo (CAMPOS; 
BRASIL, 2008). Os fluxos logísticos são fundamentais para a atividade empresarial, 
o objetivo de um gestor da área de logística é na verdade gerir toda a cadeia para 
reduzir custo e tempo, aperfeiçoar processos e consequentemente ganhar 
competitividade perante o mercado (SILVA, 2011). 
Existem várias características que apontam uma logística eficaz, Campos; 
Brasil apontam as seguintes: 
Uma logística eficaz coloca o produto certo, no local correto, no tempo exato, 
no estado adequado e ainda com custo competitivos: valores reais, 
verdadeiros. É considerada eficaz (como uma arma competitiva) a logística 
administrada de forma a possuir características como: Maiores expectativas 
no atendimento dos serviços; Pedido sempre perfeito (100% de 
conformidade com planos); Conectividade de informações em tempo real 
com ferramentas como EDI, internet, intranet e extranet; Maior 
racionalização de Supply Chain por meio de serviços compartilhados, com 
menos níveis de divisão de trabalho e com a utilização de tecnologias 
atualizadas. Isso significa fazer chegar aonde não chega hoje, assim como 
aonde os outros não chegam, com menor custo, mais rápido, com constância 
e com menos estoque. (2008, p. 145) 
Não basta apenas saber que a demanda afeta todo o processo produtivo, 
desde fornecedores até clientes. A adequada administração do abastecimento de 
15 
 
 
forma integrada exige o conhecimento dos impactos causados (presentes e futuros) 
nas organizações envolvidas, assim como na sociedade em geral. (CAMPOS; 
BRASIL, 2008). 
 
LOGÍSTICA E TRANSPORTES 
 
A logística é uma variável extremamente importante no atual contexto mundial 
e globalizado, com o mundo integrado e sem fronteiras. Isto se deve ao alto grau de 
competitividade que as empresas têm sido obrigadas a mostrar para que possam 
participar neste jogo internacional de comercio exterior cada vez mais disputado por 
empresas e países. 
Para Ballou (2001, p. 19), a Logística está “para agrupar conjuntamente as 
atividades relacionadas ao fluxo de produtos e serviços para administrá-las de forma 
coletiva é uma evolução natural do pensamento administrativo”. 
As demais atividades que fazem parte das relações comerciais internacionais 
são muito importantes. No entanto, a atividade de Logística tem se destacado das 
demais. É ela quem está fazendo a diferença na competitividade das empresas. Isto 
tem ocorrido no plano mundial. Pode-se dizer que no Brasil o que vem ocasionando 
estas mudanças é a privatização de operações portuárias, privatização operacional 
da malha ferroviária, o renascimento da navegação de cabotagem. 
Internacionalmente, a abertura econômica mundial tem sido uma das principais 
responsáveis por este cenário. 
A logística como diferencial competitivo agrega cada vez mais valor aos 
serviços de comercio exterior prestado por empresas e países. No atual cenário 
globalizado, o aumento da concorrência mundial tem impulsionado as empresas a 
atenderem satisfatoriamente aos seus clientes internacionais. Ligada a essa 
mudança comportamental dos mercados, viu-se a necessidade de adaptação destes 
à medida que o relacionamento entre empresas e clientes se desenvolvem e se 
afirmam. 
Sendo assim, a Logística vem em auxílio a estas organizações que procuram 
se destacar internacionalmente. Produtos semelhantes, várias empresas oferecem; o 
16 
 
 
que irá diferenciar uma da outra será a forma, a rapidez e a eficiência com 14 que 
estes chegarão aos seus destinos finais. 
Também segundo Ballou (2001, p.38), “tem como objetivo [...] providenciar 
bens e serviços corretos, no lugar certo, no tempo exato e na condição desejada ao 
menor custo possível.” Para oferecer tais serviços, a empresa exportadora tem a 
necessidade de conhecer bem o mercado para o qual vai exportar, além de conhecer 
a cultura deste. De acordo com o Council of Logistics Management - CLM “é o 
processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e 
economicamente eficaz de matérias-primas, estoque em processo, produtos 
acabados e informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, 
com o propósito de atender às exigências dos clientes”. 
Desse modo, os componentes da Logística, ou os elementos que a formam, 
são: 
 Processo de planejar, operar e controlar; 
 Fluxo e armazenagem (do ponto de origem a ponto de destino); 
 Matéria prima; 
 Produtos em processo 
 Informações; 
 Dinheiro. 
Tais componentes devem ser de forma econômica, eficiente e efetiva além de 
satisfazer as necessidades e preferências do cliente. 
Os componentes logísticos devem ser de mão dupla, ou seja, estes devem 
tanto levar informações do consumidor final ao fornecedor para promover mudanças 
e melhorias nos produtos, o fluxo de materiais vai em direção ao consumidor, e este 
devolve ao fornecedor o fluxo de dinheiro. Todos estes fluxos 15 devem ter uma 
finalidade fundamental, que é satisfazer as necessidades e preferências do 
consumidor final. Porém, 
Porém, dentro da Cadeia Logística, cada elemento é cliente de seu fornecedor. 
É neste ponto em que há a necessidade da gestão da cadeia, a fim de se 
estabelecerem parcerias fidedignas e que estejam atendendo aos objetivos comuns 
dos demais componentes da cadeia, chegando-se assim ao seu objetivo primário: a 
17 
 
 
satisfação plena do consumidor final. Por isso, dentro da cadeia, se faz necessário 
um rígido controle para que cada um dos elementos estejam de acordo ao 
modificarem seus processos e ao se adequarem a fim de atender às necessidades 
específicas almejadas. (NOVAIS, 2004). Tendo estas premissas, a Logística moderna 
deve incorporar: 
 Prazos previamente acertados e cumpridos integralmente, ao longo de 
toda a Cadeia de Suprimento; 
 Integração efetiva e sistêmica entre todos os setores da empresa; 
 Integração efetiva e estreita (parcerias) com fornecedores e clientes; 
 Busca da otimização global, envolvendo a racionalização dos processos 
e a redução de custos em toda a Cadeia de Suprimento; 
 Satisfação plena do cliente, mantendo nível de serviço preestabelecido 
e adequado. 
 
 
 
TIPOS DE MODAIS 
 
Existem cinco tipos de modais: o aeroviário, o rodoviário,o aquaviário, o 
ferroviário e dutoviário e cada um possui uma característica própria, um custo 
diferenciado de acordo com a capacidade, agilidade, abrangência, o que permite ao 
departamento de logística a possibilidade de traçar suas estratégias para receber a 
mercadoria no momento certo a um custo adequado. 
Se compará-los em relação à velocidade, o modal que oferece mais agilidade 
é o modal aéreo, porém isso deve ser considerado para longas distâncias, pois o 
tempo de carga e descarga nos aeroportos é relativamente longo, o que pode 
neutralizar a vantagem deste modal sobre o rodoviário, em viagens de curta distância. 
(RAZZOLINI FILHO, 2009). 
Ainda de acordo com Razzolini Filho (2009, p. 144) “A velocidade do modal de 
transporte está relacionada ao tempo disponível para a realização da entrega dos 
18 
 
 
bens nos prazos combinados e à distância pela qual esses bens serão transportados”. 
A figura abaixo apresenta a comparação entre os modais em função da sua 
velocidade: 
 
Devido a essa vantagem no fator velocidade, o modal aeroviário é indicado 
para cargas perecíveis, produtos de alto valor agregado ou materiais com urgência 
de recebimento ao destinatário. 
Outra comparação que pode ser realizada entre os modais é em relação à 
confiabilidade, ou consistência. Com base nesse parâmetro de comparação pode-se 
notar que o dutoviário aparece no topo, ao contrário do que acontece em relação à 
velocidade. Apresenta-se esse cenário, pois o modal dutoviário funciona 24 horas por 
dia, 7 dias por semana, independentemente das condições climáticas, já o modal 
aeroviário é extremamente dependente dessas condições. (RAZZOLINI FILHO, 2009) 
A figura abaixo apresenta a comparação entre os modais em função da 
confiabilidade: 
19 
 
 
 
Ao comparar os modais de acordo com suas capacidades, levando em 
consideração um único veículo, o que se apresenta com maior capacidade é o modal 
aquaviário e o com menor capacidade o dutoviário. 
 
O modal ferroviário apresenta-se em segundo lugar, pois é possível montar 
composições com vários vagões, o que aumenta a capacidade de carga em uma 
mesma viagem. O aeroviário aparece como o terceiro colocado no quesito 
capacidade de movimentação, isso se dá porque atualmente existem aeronaves com 
grandes capacidades de carga. O modal rodoviário aparece em penúltimo lugar 
devido à baixa capacidade de movimentação de cargas em um único caminhão se 
comparado aos demais modais. (RAZZOLINI FILHO, 2009). 
20 
 
 
 
Outro aspecto relevante para o desenvolvimento da cadeia logística interna e 
internacional é conhecer as vantagens e desvantagens de cada modal de transporte 
e sua forma de contratação, a tabela a seguir apresenta de forma resumida as 
vantagens e desvantagens dos modais de transporte aeroviário, aquaviário, 
ferroviário, rodoviário, dutoviário: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
Figura 7: Vantagens e desvantagens dos modais 
 
 
CONTROLE DE CUSTOS 
 
Diante de um cenário econômico altamente competitivo, o controle de custos 
torna-se essencial para o sucesso das organizações, em que nos últimos anos os 
gestores passaram a ter uma maior preocupação em como gerir seus custos de forma 
correta, a fim de garantir melhores resultados. No setor de logística não é diferente. 
As atividades empresariais devem estar voltadas para atender os processos, 
atividades e tarefas que sejam capazes de proporcionar menor custo e o melhor 
serviço, tendo em vista que caso estas medidas não sejam tomadas como 
consequências a empresa terá oportunidades perdidas na redução de custos e 
melhoria na logística dos serviços oferecidos aos clientes (BALLOU, 2006). 
Cabe ressaltar que no setor de logística os custos recebem um tratamento 
diferenciado, em que se diferem nas empresas devido às suas operações. Neste 
sentido, os custos logísticos podem ser considerados como aqueles relativos às 
22 
 
 
atividades de planejamento, implantação e controle de todos os materiais e serviços 
de entrada, bem como aqueles em processamento e os produtos ou serviços de saída 
da empresa, desde a origem até o ponto de consumo (FREIRES, 2000). 
Farahani, Rezapour e Kardar (2011) destacam que a logística tem como 
finalidade levar o produto certo, na qualidade requisitada, ao lugar certo e a um custo 
adequado. Assim, percebe-se que os gestores precisam desenvolver um sistema 
logístico diferenciado que possibilite a produção ou prestação de serviços com 
eficiência e eficácia ao menor custo possível, sendo esta a essência da logística 
integrada (FARIA; COSTA, 2010). 
Neste contexto, evidencia-se que uma das principais dificuldades dos gestores 
é o de identificar os custos logísticos nas atividades empresariais, onde na maioria 
das vezes os custos logísticos são atrelados apenas ao custo de transporte e de frete. 
Todavia, pode-se perceber que os custos logísticos não podem se resumir apenas a 
estes já mencionados. Para facilitar esta compreensão, a Figura 7 apresentará os 
principais custos logísticos e as suas definições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
Figura 8: Tipos de custos 
 
Ante o exposto, percebe-se a necessidade de os gestores conhecerem todos 
os custos atrelados ao setor logístico para que assim possam alcançar uma produção 
e prestação de serviços com a minimização dos custos e maximização da qualidade, 
satisfazendo assim as necessidades dos clientes e ganhando vantagens competitivas 
frente ao mercado. 
 
24 
 
 
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS 
 
Diante do avanço tecnológico em grande parte dos setores econômicos, faz 
com que os gestores necessitem de informações mais acuradas para as suas 
decisões, tanto estratégicas como operacionais. Assim a Gestão Estratégica de 
Custos (GEC) surge como uma relevante ferramenta passível de ser utilizada para a 
tomada de decisão. Neste viés, a gestão estratégica de custos pode ser definida com 
o “uso de dados de custos para desenvolver e identificar estratégias superiores que 
produzirão uma vantagem competitiva sustentável” (HANSEN; MOWEN, 2001, p. 
423). 
Para Desai e Bhargav (2006) a GEC tornou-se essencial e de grande 
relevância para a continuidade da entidade, pois trata-se da relevância da formulação 
da estratégia para a realização de objetivos globais da organização, sendo o guia de 
custos e deve ser claramente identificada. Segundo Martins (2003) a GEC vem sendo 
utilizada nos últimos tempos para designar a relação que deve haver entre o processo 
de gestão de custos e o processo de gestão da empresa como um todo, pois a mesma 
requer análises que vão além dos limites da entidade, tornando-se necessário 
conhecer não apenas os custos de cada entidade, mas também dos seus 
fornecedores e clientes, identificando ao longo da cadeia de valor, até chegar ao 
consumidor final, onde estão as chances de redução de custos e de aumento de 
competitividade. 
Neste sentido, Muniz (2010) comenta que para que sejam supridas as 
necessidades de informações, faz-se necessário que as pesquisas tenham como 
objetivo alinhar as práticas existentes na teoria com as necessidades empresariais, 
na qual essas variam de acordo com o porte e a precisão da empresa, assim, não 
existe uma prática indicada como sendo a melhor, pois necessita do alinhamento com 
os escopos da entidade. Desta forma, a GEC é um dos responsáveis por receber e 
enviar informações ao ambiente externo, com isso é necessário verificar quais são os 
fatores que a influenciam. Para Shank e Govindarajan (1997) o surgimento da GEC 
resulta da mistura de três temas: 
a) Cadeia de valor: conjunto de atividades criadoras de valor desde as fontes 
de matéria-prima até o produto final entregue ao consumidor; 
25 
 
 
b) Posicionamento estratégico: trata-se da avaliação das oportunidades 
ambientais externas, dos recursos existentes, da definição de metas e de um conjunto 
de planos de ação para realizá-los;c) Direcionadores dos custos: entendidos como fatores determinantes de 
custos, é a busca pela compreensão da complexa interação da ocorrência de custos 
em ação numa determinada situação, sejam eles fatores estruturais – como escalas, 
escopos e tecnologia – sejam eles de execução – como capacidade de executar bem 
Cada um destes itens representa uma corrente de pesquisa e análise em que 
a informação de custos é apresentada muito distinta daquela em que é vista no custo 
tradicional. Nesta perspectiva, a gestão estratégica de custos tem por objetivo auxiliar 
a empresa a criar uma vantagem competitiva, sendo considerados como elementos 
estratégicos relevantes para o crescimento e sobrevivência da entidade em longo 
prazo. 
 
PROCESSO DE GESTÃO DE CUSTOS LOGÍSTICOS 
 
Diante de um cenário de incertezas e de competitividade, surge a necessidade 
dos gestores terem informações cada vez mais detalhadas e precisas. No que tange 
a gestão de custos logísticos, verifica-se a necessidade de serem adotadas 
ferramentas de controle e de gerenciamento que contribuam no fornecimento de 
informações úteis para a gestão eficaz e para a tomada de decisões racionais. 
Diante disso, Souza et al. (2013) discorrem que algumas práticas têm sido 
desenvolvidas para a gestão da cadeia logística de suprimentos, sendo também 
aplicáveis à gestão de custos logísticos, as quais podem ser destacadas as seguintes: 
Activity Based Costing (ABC), Costumer Profitability Analysis (CPA), Direct Product 
Profitability (DPP), Total Cost of Ownership (TCO) e Efficient Consumer Response 
(ECR). Para uma melhor visualização e compreensão, A figura 8, logo abaixo, 
sintetiza as principais características destes métodos. 
 
 
26 
 
 
Figura 9 – Práticas de gestão de custos logísticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
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