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1 
 
 
PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DA ESCOLA 
1 
 
 
 
Sumário 
 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 
Planejamento da Escola .......................................................................... 4 
O que é o planejamento escolar .............................................................. 6 
Como fazer um planejamento escolar eficiente ..................................... 12 
Planejamento: momento de repensar a escola ...................................... 18 
Planejamento como principal ferramenta educativa .............................. 19 
Planejamento Curricular ........................................................................ 21 
Planejamento escolar ............................................................................ 23 
O planejamento da ação didática .......................................................... 25 
Elaborando um plano de aula ................................................................ 27 
CONCLUSÃO ........................................................................................ 40 
REFERÊNCIA ........................................................................................ 41 
 
 
2 
 
 
 NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O planejamento geralmente está integrado à jornada pedagógica, que 
acontece entre o fim de janeiro e o início de fevereiro. Ele pode se estender por 
um período de três dias a uma semana. Na programação, há momentos 
específicos para discussões entre profissionais de três níveis: os responsáveis 
pela articulação do trabalho na rede, os gestores e os professores. Todos, nesse 
momento, ficam concentrados em antever ações que ao longo do ano letivo vão 
contribuir para o desenvolvimento educacional dos estudantes. A ideia é trocar 
informações com os pares com o objetivo de preparar uma boa recepção para 
os alunos. 
O planejamento é um processo vivo e não se resume ao preenchimento 
de quadros com planos que, sob o pretexto de serem flexíveis, nunca são 
praticados como foram concebidos. Por isso, nesse processo é importante 
garantir que sejam seguidas três etapas: a elaboração, a execução e a 
avaliação. 
O planejamento é o principal instrumento norteador da ação dos 
coordenadores e profissionais da educação. Espera-se que todas as escolas 
realizem o planejamento, uma vez que sem ele não se pode estabelecer as 
metas e projetos de ação para o ano escolar. 
Cada unidade escolar estabelece a sua própria forma de planejamento 
de trabalho, e, em cada unidade escolar, diretor, coordenador e professores 
devem, colaborativamente, a partir das diretrizes encaminhadas pelo sistema de 
ensino, elaborar o planejamento de atividades da escola. 
 
 
 
4 
 
 
 
Planejamento da Escola 
 
 
 
O planejamento da escola consiste na elaboração de seu Projeto Político 
Pedagógico (PPP). O PPP é o planejamento geral que envolve o processo de 
reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento e a proposta 
pedagógica da instituição (BRASIL, 2006, p. 42). É um processo de organização 
e coordenação da ação dos professores. Ele articula a atividade escolar e o 
contexto social da escola. É o planejamento que define os fins do trabalho 
pedagógico. 
 
Nessa perspectiva, o planejamento escolar deve pautar-se pelo princípio 
da busca da unidade entre teoria e prática, e se institui como momento de 
tomada de decisões acerca das finalidades da educação básica. 
5 
 
 
Enquadra-se no cenário da educação como uma tarefa docente que inclui 
tanto a previsão das atividades didáticas em termos da sua organização e 
coordenação, em face dos objetivos propostos, quanto a sua previsão e 
adequação no decorrer do processo de ensino. 
O planejamento, no âmbito da unidade escolar, caracteriza-se como meio, 
por excelência, do exercício do trabalho pedagógico de forma coletiva, ou seja, 
como possibilidade ímpar de superação da forma fragmentada e burocrática de 
realização desse trabalho. 
Adentrando no conceito de planejamento e da importância dessa 
metodologia, Libâneo (1994, p. 222) ainda salienta que: 
“A ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples preenchimento de 
formulários para controle administrativo, é, antes, a atividade consciente da 
previsão das ações político – pedagógicas, e tendo como referência permanente 
as situações didáticas concretas (isto é, a problemática social, econômica, 
política e cultural) que envolve a escola, os professores, os alunos, os pais, a 
comunidade, que integram o processo de ensino”. 
Na definição do Projeto Político-Pedagógico, materializam-se os 
diferentes momentos do planejamento: a definição de um marco referencial; a 
elaboração de um diagnóstico; e a proposição de uma programação com vistas 
à implementação das ações necessárias à realização de uma prática pedagógica 
crítica e reflexiva. 
Sendo assim, pode-se dizer que cabe à Escola a elaboração de seus 
planos curriculares, partindo da orientação dada pela Lei ou pelos sistemas, com 
a finalidade de atender às características locais e às necessidades da 
comunidade e, sobretudo às necessidades do aluno. 
Porém o planejamento escolar não é o único fator determinante para o 
sucesso ou fracasso do aluno, mas é importante que os professores se 
preocupem em organizá-lo, visando à realização de um processo de ensino e de 
aprendizagem embasado, fortalecido e consciente, para a formação de um 
cidadão crítico, um ser humano socializado, capaz de participar de forma eficaz 
e eficiente das atividades familiares e da comunidade em geral. 
6 
 
 
 
O que é o planejamento escolar 
 
 
O planejamento escolar é um plano elaborado periodicamente para definir 
as atividades futuras da escola. No entanto, além das questões que podem 
parecer meramente burocráticas, como distribuição dos conteúdos pela grade 
de horários, definição das turmas, elaboração do calendário escolar, etc. 
 Esse documento é fundamental para entender como a escola pode 
cumprir sua missão diante de suas demandas e obstáculos particulares. 
Para isso, o planejamento deve acontecer em três etapas, que 
destacamos a seguir: 
1. O que é para quê: finalidade 
Em primeiro lugar, o planejamento serve para questionar e precisar o que 
será ensinado e por quais motivos. Assim, ele esboça as intenções da instituição 
de ensino, explicitando o que cada turma ou professor espera atingir ao final do 
período letivo contemplado no plano. 
No momento de esclarecer o que será ensinado, ou seja, o conteúdo de 
cada disciplina, para cada ano e em cada etapa, é importante basear-se nas 
7 
 
 
diretrizesrepassadas pelo MEC — por meio da Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC), por exemplo — e pelas secretarias municipais e estaduais. 
Além disso, cabe lembrar que a escola também tem liberdade 
para acrescentar seus próprios projetos e conteúdos no currículo. É sobretudo 
neste ponto que entra a questão do para quê e da própria identidade da escola. 
Isso porque o planejamento não deve limitar-se aos conteúdos 
curriculares previstos por lei, mas deve focar-se ainda em cumprir a missão 
proposta pela escola em seu Projeto Político Pedagógico (PPP), considerando 
seus valores e o tipo de cidadão que pretende formar. 
Outro ponto indispensável nesse momento e que contempla tanto a 
questão curricular em si quanto sua finalidade, é a necessidade de se considerar 
a progressão dos alunos pelo conhecimento de uma maneira mais 
macroscópica. Isso significa não perder de vista, no planejamento de cada série, 
o panorama de todo um ciclo de aprendizado em que cada nova etapa exigirá o 
domínio de conhecimentos prévios. 
Trata-se, em suma, de um projeto muito amplo, e que exatamente por isso 
deve ser elaborado com o apoio de toda a equipe pedagógica e deve ser revisto 
periodicamente. 
2. Onde: realidade 
Se o passo anterior concentra-se de uma maneira mais teórica nas 
intenções da escola para o próximo período letivo, neste ponto deve-se 
compreender a realidade em que a instituição está inserida. 
Nesta parte do planejamento, devem-se analisar dois aspectos da 
realidade escolar: 
 a realidade interna, que reflete a infraestrutura da instituição, a 
qualificação e o número dos docentes, os resultados dos alunos nas 
últimas etapas, as principais dificuldades enfrentadas pela gestão 
pedagógica, entre outros; 
8 
 
 
 a realidade externa, que inclui, por exemplo, o relacionamento com os 
pais e responsáveis dos alunos e com a comunidade escolar, além do 
cumprimento das exigências do mercado e do governo. 
Pesquisas, análises, avaliações diagnósticas e coleta de depoimentos de 
todos os membros da comunidade podem ser úteis para ajudar a compreender 
a situação da escola de maneira mais apurada e completa. 
 
3. Como: plano de ação 
Para compor um plano de ação é importante confrontar as intenções da 
escola com sua realidade para combinar o que se quer fazer com o que é viável 
e factível. A partir disso, será possível decidir como a escola poderá aproximar-
se dos seus objetivos sem desconsiderar o seu contexto. 
Elabora-se, então, um documento que se desdobra em vários níveis, 
afunilando-se da instituição de ensino como um todo até o planejamento de cada 
professor em cada turma e disciplina. 
De maneira mais ampla, definem-se questões burocrático-
administrativas que afetarão todos os alunos e professores (assim como, muitas 
vezes, a comunidade local), como por exemplo: 
 o calendário geral da instituição; 
 as regras de uso dos espaços coletivos (pátio, quadras, bibliotecas, 
laboratórios, entre outros); 
 os projetos interdisciplinares que devem contar com a participação de 
todos os alunos. 
A seguir, para cada ano, define-se o calendário de avaliações, distribuem-
se os alunos em turmas e monta-se a grade de horários. Por último, os 
professores devem ser orientados em relação ao cumprimento do currículo, de 
maneira a deixar claro o que se espera de cada um. 
9 
 
 
Formas de avaliação, objetivos não curriculares e diretrizes de ação em 
casos específicos também devem fazer parte do plano. Dessa forma, o 
documento cumpre seu papel como guia para toda a comunidade escolar. 
 
Planejamento escolar participativo e estratégico 
O planejamento escolar participativo envolve os membros da comunidade 
escolar. Já o planejamento estratégico tem características mais semelhantes a 
um planejamento empresarial. Esses dois modelos de planejamento geram 
dúvidas sobre qual deverá ser escolhido e é ideal à realidade da instituição de 
ensino. 
 
Planejamento escolar participativo 
O planejamento escolar participativo é o modelo em que a tomada de 
decisões é influenciada pelo coletivo. Nesse modelo, todos os integrantes da 
comunidade escolar, diretores, coordenadores, professores, funcionários e 
alunos, devem apresentar e votar pautas. 
Para que esse modelo funcione bem, é importante que todos os 
envolvidos estejam alinhados quanto ao Projeto Político Pedagógico e a 
realidade da escola. O planejamento participativo promove uma distribuição mais 
horizontal do poder de decisão e uma construção de uma cultura de 
planejamento coletiva. 
 
Planejamento escolar estratégico 
O planejamento escolar estratégico é baseado em dados quantitativos e 
qualitativos que devem direcionar as metas da instituição. Uma vez que, nesse 
modelo, o poder de decisão fica concentrado em uma pessoa geralmente, o 
diretor, a tomada de decisões acontece de forma mais objetiva. 
10 
 
 
Esse modelo de planejamento é feito por meio de uma análise de diversas 
áreas relevantes à escola, como situação financeira, mercado, metas de 
investimento e satisfação de professores, alunos e pais e responsáveis. 
 
Como escolher? 
O tipo de planejamento ideal para cada escola depende de suas 
características, dos gestores e da realidade da instituição. A busca por um 
equilíbrio é fundamental para atender às necessidades, valorizando os 
envolvidos no processo. 
Independente do modelo escolhido, é importante que o planejamento seja 
feito de maneira organizada. Manter um cronograma atualizado e alinhamento 
de informações é importante em ambos os processos. 
Qual a importância do planejamento escolar? 
Depois de entender um pouco melhor o que é, para que serve e como é 
feito o planejamento da escola, é possível analisar, em detalhes, porque ele é 
tão importante. 
Transformar ideias em realidade 
Longe de ser apenas um requisito burocrático ou um documento cujas 
propostas não vão sair do papel, o planejamento é uma oportunidade para que 
a escola repense sua missão, bem como a participação dos professores e 
coordenadores em seu cumprimento. 
Ao confrontar a realidade da escola com as intenções da equipe e elaborar 
um plano de ação, o planejamento provoca um questionamento que ajuda a 
gerar soluções para concretizar os ideais da escola, ao mesmo tempo em que 
traz esses objetivos para o dia a dia da instituição. 
Dessa forma, toda a equipe pode trabalhar junta em prol da mesma 
missão, sendo constantemente relembrada do contexto e do papel de cada um 
pelo planejamento geral. 
11 
 
 
Isso possibilita que cada membro da equipe direcione seu próprio trabalho 
para o objetivo que toda a escola tem em comum, facilitando a realização do que 
foi proposto e aliando todo o plano da instituição com sua missão e seus valores. 
 
Revisar e reavaliar o que já foi feito 
Outro ponto importante do planejamento é que ele obriga a equipe 
pedagógica a rever as ações e os resultados do passado a fim de manter as 
atitudes positivas e mudar aquelas que não têm levado a escola a alcançar seus 
objetivos. 
Por consequência, a cada novo planejamento surge a oportunidade de 
avaliar o que foi feito no planejamento anterior e, assim, pensar em novas 
estratégias para que a instituição continue avançando continuamente, sempre 
atenta aos novos desafios e às demandas que possam surgir de dentro ou de 
fora da escola. 
Nesse sentido, é muito importante pensar no planejamento escolar não 
como algo estático e definitivo, mas como um documento norteador que deve 
ser sempre revisado com base na realidade da instituição. 
 
Trocar ideias e experiências entre os docentes 
A elaboração de cada novo planejamento também representa 
uma oportunidade de incentivar a troca de ideias e experiências entre 
professores e coordenadores. 
Além de reportar problemas e obstáculos relativos ao planejamento 
anterior, chamando a atenção para o que deve ser modificado no próximo ano, 
o encontro de toda a equipe docente epedagógica possibilita, por exemplo, o 
compartilhamento de soluções encontradas por cada um no enfrentamento de 
desafios em comum, assim como conhecimentos adquiridos no dia a dia ou na 
formação continuada. 
Dessa forma, todos podem aprender uns com os outros, os laços entre as 
diferentes partes da equipe se estreitam e, claro, a escola levanta propostas mais 
12 
 
 
eficientes para cumprir sua missão com a participação quem mais entende da 
sua realidade particular. 
 
Conciliar os interesses de toda a comunidade 
Considerando todo o contexto de atuação da instituição de ensino (isto é, 
relações internas entre discentes, docentes e funcionários; assim como 
externas, com os pais, o governo e toda a comunidade), o planejamento articula 
todos os interesses diversos com o papel da própria escola a fim de atingir seu 
objetivo final — educar seus alunos — da melhor forma possível. 
Portanto, além de possibilitar a troca de experiências entre os membros 
da equipe de coordenação pedagógica e docente, o planejamento escolar 
também é o momento de dar voz ao conselho de pais e à comunidade, a fim de 
combinar os interesses de todos aqueles que de alguma forma têm participação 
na escola, tornando-a mais democrática e consciente das demandas externas. 
 
Como fazer um planejamento escolar eficiente 
 
O planejamento é importante para que as ideias e propostas da escola 
não fiquem só no papel. 
Para isso, é fundamental passar da teoria à prática. A seguir, veja como 
elaborar um bom planejamento na sua instituição. 
 
13 
 
 
Reúna toda a equipe e incentive o debate e o diálogo 
O primeiro requisito para se fazer um planejamento eficiente é reunir 
professores e coordenadores pedagógicos para dialogar sobre o futuro da 
escola. 
É importante estabelecer uma relação de igualdade entre os participantes 
do debate, acolhendo a opinião e o conhecimento de cada um como essencial 
para a formação do novo planejamento. Nesse contexto, o coordenador pode 
servir como mediador da discussão, dando voz a todos os participantes, 
anotando as pautas e propostas levantadas e conciliando interesses diversos a 
fim de se chegar a um consenso. 
Vale lembrar que quanto mais experiências e opiniões forem partilhadas 
mais rico será o debate e, consequentemente, mais democrático e assertivo será 
o planejamento. Principalmente nos quesitos mais polêmicos ou em relação aos 
obstáculos enfrentados pela escola, a diversidade de pontos de vista poderá 
contribuir para que se encontre mais facilmente a raiz do problema e, assim, uma 
solução viável para ele. 
Por meio da discussão, a escola garante ainda que todos os professores 
e coordenadores se sintam contemplados pelo novo planejamento e 
compreendam sua importância, dando o seu melhor para que ele seja cumprido. 
 
Contraste dados recentes com planejamentos anteriores 
Um bom planejamento escolar é construído com base não apenas no 
contexto e a realidade da escola do presente, mas também nos resultados e 
documentos de anos anteriores, mesmo que tenham sido elaborados por 
processos distintos. 
Nesse contexto, é muito importante analisar os resultados por meio de 
dados, que oferecem uma perspectiva objetiva e precisa do que aconteceu. 
Assim será possível identificar de maneira assertiva as estratégias e atitudes que 
não têm sido positivas e substituí-las por novas soluções. Além disso, a análise 
de dados também vai ajudar a escola a levantar dificuldades e desafios para que 
sejam trabalhados e superados com a ajuda do novo planejamento. 
14 
 
 
 
Transforme o planejamento em metas realizáveis 
Para que aquilo que foi planejado no início ano seja realmente aplicável, 
é imprescindível que se estabeleçam ações passíveis de serem realizadas pelos 
docentes. Para isso, é recomendável que todo o planejamento transforme seus 
objetivos propostos em tarefas que sejam: 
 objetivas, no sentido de trazerem ações concretas e claras; 
 mensuráveis, possibilitando que, mais tarde, seja possível verificar 
nitidamente se a ação foi concluída ou não; 
 datadas, isto é, com um prazo para seu cumprimento. 
Nesse caso, se a escola quer melhorar o desempenho dos alunos no 
ENEM, por exemplo, os professores poderiam incluir no planejamento o seguinte 
objetivo: 
“Conseguir uma média geral acima de X pontos no próximo ENEM” 
Esse objetivo deve ser desdobrado em tarefas de curto prazo que 
permitam, ao longo do ano letivo, verificar se a escola está caminhando para o 
cumprimento do que foi proposto ou não. Ainda no exemplo da média geral do 
ENEM, uma maneira de fazer isso seria por meio de simulados regulares que 
indiquem o que precisa ser melhorado para se atingir o objetivo final. 
 
 
Permita a flexibilidade e faça revisões regulares do plano 
Como todo planejamento, aquele feito pela escola também enfrentará, ao 
longo de seu cumprimento, imprevistos e incidentes que obrigam a equipe a 
mudar de curso no meio do caminho. Diante disso, nada melhor do que prever a 
necessidade dessas alterações e organizar reencontros periódicos com todos os 
docentes e coordenadores para avaliar e revisar o planejamento proposto. 
É possível, por exemplo, promover reuniões bimestrais ou trimestrais em 
que os objetivos estabelecidos no planejamento são contrastados com os 
15 
 
 
últimos resultados dos alunos e a vivência dos professores a fim de verificar se 
alguma intervenção é necessária ou se as estratégias estão mesmo 
funcionando. 
Baseado nesses encontros, pode-se mudar de tática ou mesmo alterar as 
prioridades da escola e propor novas tarefas, de acordo com o que aconteceu 
desde o planejamento inicial. 
 
Colha feedbacks diversos constantemente 
Para acompanhar o efeito do planejamento ao longo do ano letivo, é 
interessante que a escola esteja sempre aberta ao diálogo e incentive 
o feedback de toda a comunidade escolar. Isso significa que, além de organizar 
as reuniões regulares com os membros da equipe, é importante consultar 
também pais e alunos, bem como outros membros da comunidade escolar e 
local. 
Dessa maneira, será possível manter o planejamento em concordância 
com as demandas e necessidades de cada um, monitorar os obstáculos 
enfrentados dentro e fora da escola e atentar-se para que as ideias e intenções 
elaboradas de início estejam sempre de acordo com a realidade mais da sala de 
aula e dos estudantes. 
Não é recomendável que a escola busque um planejamento escolar 
pronto. O ideal é a construção do planejamento, que deve ser feito levando em 
consideração a realidade da instituição, seus pontos fortes e pontos de melhoria. 
 
Vantagens e benefícios de se ter um planejamento escolar 
Depois de explorar o que é o planejamento escolar, qual é a sua 
importância e como ele pode ser elaborado, cabe ressaltar, ainda, alguns 
dos principais benefícios dessa ação para a escola e para a comunidade. 
 
 
16 
 
 
 
Guia para o planejamento cotidiano dos professores 
Ao organizar — com base no Projeto Político Pedagógico da escola e na 
BNCC — os conteúdos a serem estudados por cada série em cada disciplina, o 
planejamento não só garante que todo o currículo seja contemplado 
adequadamente, como também facilita a organização cotidiana dos professores 
e a preparação das aulas. 
Assim, o planejamento ajuda a nortear a atividade do professor, que deve 
decidir, a partir disso, como cada assunto será trabalhado e como se adequar às 
atividades interdisciplinares do calendário. Dessa forma, é possível: 
 reduzir o tempo gasto pelo professor no plano de aula diário, já que 
o planejamento escolar servirá de guia para orientá-lo; 
 organizar o conteúdo ensinado em cada ano nas diferentes 
turmas (para as escolas com mais de um professor da mesma disciplina 
lecionando no mesmo nível, por exemplo, isso é especialmente 
importante); 
 dar espaço para que intervenções pedagógicas específicas (como a 
necessidade darevisão de conteúdos) sejam aplicadas sem afetar os 
prazos gerais. 
Emprego correto dos dados obtidos nas avaliações dos alunos 
Coletar dados e informações sobre o desempenho dos alunos — seja por 
meio das próprias atividades avaliativas internas e/ou por avaliações externas — 
é uma excelente maneira de identificar lacunas no aprendizado e o planejamento 
é o momento ideal para se pensar em ações específicas e colocá-las em prática. 
Quando as provas e exames indicam, por exemplo, uma dificuldade de 
determinada turma em Matemática, é possível ir mais fundo para descobrir 
precisamente qual é o problema e, por meio do planejamento, organizar a 
aplicação de uma intervenção pedagógica específica para que a dificuldade seja 
sanada. 
17 
 
 
Da mesma forma, quando os resultados são positivos, pode-se recorrer 
ao planejamento para destacar as ações que deram certo para que continuem a 
ser aplicadas em outros contextos ou nos próximos anos letivos. 
 
Inclusão da formação docente continuada nos objetivos da escola 
Com um plano organizado que norteia a ação de toda a equipe, fica mais 
fácil tornar a formação continuada dos docentes uma prioridade para a escola, 
bem como direcionar essa formação para as necessidades internas e 
externas já apontadas pelo próprio planejamento. 
Ao incluir essa questão entre os objetivos da escola, a direção garante 
que ela será contemplada e tranquiliza os professores ao conciliar, no 
planejamento, sua formação com seu trabalho na instituição. Além disso, é válido 
destacar que a própria instituição é beneficiada, diante do conhecimento 
adquirido pelos docentes por meio dessa oportunidade. 
 
 
Cumprimento das exigências externas 
Outro benefício do planejamento escolar é o fato de ele prever o 
cumprimento das exigências do Ministério da Educação de tal forma que, com o 
plano pronto, basta à direção e à coordenação da escola verificar se todos 
requisitos estão sendo atendidos. Assim, não se corre o risco de se esquecer de 
algum ponto importante nem de se ter que reformular o plano no meio do 
semestre para acatar alguma exigência negligenciada, por exemplo. 
Além disso, como o planejamento também pressupõe uma pesquisa 
prévia quanto às demandas dos pais e do próprio mercado de trabalho, ele serve 
ainda como forma de aproximar a escola dessas exigências e, 
consequentemente, de oferecer uma formação mais relevante aos estudantes. 
 
 
18 
 
 
 
 
Planejamento: momento de repensar a escola 
 
A montagem de um projeto de ensino deve levar em conta vários 
aspectos, mas ter apenas uma finalidade: garantir que o aluno aprenda 
 
 
 
O ano letivo se inicia e, com ele, professores e gestores escolares se 
reúnem para fazer o planejamento anual. Essa atividade, embora seja sempre 
desafiadora, não deve ser vista como mera burocracia: é o melhor momento para 
que todos os atores envolvidos no processo educacional estejam juntos para 
repensar a escola e sua missão, a atuação dos professores e quais finalidades 
desejam atingir. 
O planejamento não se restringe ao programa de conteúdo a ser 
ministrado em cada disciplina. Ele vai muito além. Está inserido dentro do plano 
global da escola, que inclui o papel social, as metas e seus objetivos. A escola, 
por sua vez, faz parte do sistema educacional e é ligada às secretarias de 
Educação nos diversos níveis, que também determinam expectativas de 
aprendizagem para as diferentes áreas de conhecimento. 
Segundo o professor Celso Vasconcellos, doutor em Educação, diretor do 
Centro de Pesquisa, Formação e Assessoria Pedagógica Libertad e autor de 
19 
 
 
diversos livros sobre a questão, a elaboração do planejamento tem como 
elementos básicos a finalidade, a realidade e o plano de ação. "Acima de tudo, 
nessa hora o professor tem de assumir seu papel, pois o planejamento é uma 
organização de intencionalidades", afirma. 
 
Planejamento como principal ferramenta educativa 
 
O Planejamento é a principal ferramenta de trabalho do professor. É o fio 
condutor da ação educativa. As concepções do planejamento são funcionalistas 
e dialéticas. A concepção funcionalista é a tradicional no ensino, sendo um 
instrumento de poder. A concepção dialética tem no planejamento a práxis que 
surge da realidade. Nele são congregados aspectos históricos, políticos, sociais 
e econômicos. Ao mesmo tempo consolida tarefas e saberes críticos, criativos, 
reflexivos, transformadores. Conceituando planejamento de acordo com 
Sacristán: “Planejar é dar tempo para pensar a prática, antes de realizá-la, 
esquematizando os elementos mais importantes numa seqüência de atividades”. 
A LDBEN nº. 9394/96 prevê dimensões de planos para a área educacional que 
20 
 
 
se repartem conforme sua abrangência, em: Plano Político Pedagógico, Plano 
de Ensino, Plano de aula. 
O Plano Político pedagógico diz respeito aos pressupostos filosóficos, 
sociológicos e políticos que norteiam a instituição. Deve ser construído 
coletivamente, envolvendo todos do universo educativo: diretores, especialistas, 
professores, alunos e pais. Deve estimular o processo de autoconhecimento da 
realidade escolar, possibilitando o envolvimento de toda a comunidade na 
definição do Projeto Político Pedagógico – PPP e no Plano de Desenvolvimento 
da Escola – PDE. O Plano Político pedagógico se caracteriza como trabalho 
coletivo, isto é, trabalho com e não trabalho para os envolvidos no processo 
educativo. O enfrentamento de saberes e práticas de todos os componentes do 
grupo acaba dando margem à instauração de um sistema de trocas que resulta 
na essência desse projeto e no seu caráter crítico-pedagógico. 
No Planejamento de Ensino temos alguns elementos essenciais: 
conhecimento da realidade; dados de identificação; ementa; finalidade; 
conteúdos (o quê?), factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais; 
metodologia (como?); atividades discentes; cronograma; recursos (quais?); 
avaliação (para verificar se os objetivos estão sendo alcançados); bibliografia. 
Quanto ao planejamento de uma disciplina devemos elaborar antes do 
início do ano letivo, organizar as ações, e esse plano deve ser flexível, permitindo 
adaptações ao longo do processo, possibilitando a co-participação dos alunos, 
permitindo organização seqüencial de decisões. O planejamento de uma 
disciplina busca eficiência, deve ser claro e realizável, é elemento de 
comunicação entre professor e coordenador, assim como entre professores e 
alunos, evita duplicação de programas e possibilita integração das disciplinas. 
Na construção de um plano de aula devemos indicar o que fazer no dia-
a-dia da sala de aula propondo o bom emprego do plano de ensino. Os 
elementos de um plano de aula são: tema/assunto; público-alvo; objetivo(s), 
cronograma; conteúdos; atividades/estratégias; recursos; avaliação; registro das 
atividades. 
Na avaliação devemos considerar o processo, por isso a avaliação deverá 
ser: contínua, participativa, diagnóstica, investigativa, deve servir para retomar a 
21 
 
 
prática pedagógica, reorientando-a se necessário, e propondo novas ações para 
o planejamento. A avaliação nada mais é do que uma reflexão para refazer a 
trajetória educativa, caso seja indispensável. 
Quanto ao registro, devemos ao final de cada unidade de trabalho, anotar 
as ocorrências, episódios e situações, resultantes de observação coletiva com 
os alunos, com o intento de aperfeiçoar e aprimorar aspectos que tenham 
facilitado ou dificultado a desempenho do plano e o alcance dos objetivos. 
Destacamos que, um profissional da educação não deve apenas ter 
conhecimentos sobre o seu trabalho, é fundamental que saiba mobilizar esses 
conhecimentos transformando-os em ação, pois toda sistematização teórica 
deverá ser articulada com o fazer e todo fazer deve ser articulado com a reflexão. 
Para ser protagonista da ação de educar é necessário que os professores 
saibamcomo são produzidos os conhecimentos que ensina, que tenham 
conhecimentos básicos dos contextos e dos processos de investigação usados 
pelas diferentes ciências, para que não se tornem apenas multiplicadores de 
informações.É necessário ter conhecimento sobre a dimensão cultural, social, 
política e econômica da educação. 
Planejamento Curricular 
 
O planejamento curricular abrange o planejamento das experiências 
vividas pelos alunos em uma escola (PILETTI, 1991). 
É o processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar. 
É previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno. Portanto, 
essa modalidade de planejar constitui um instrumento que orienta a ação 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/planejamento-curricular/42498
22 
 
 
educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta geral das 
experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através 
dos diversos componentes curriculares (VASCONCELLOS, 1995, p. 56). 
Cada escola deve elaborar seu planejamento de currículo, inserindo todos 
os componentes escolares que, direta ou indiretamente, fazem parte do 
processo educativo, como diretor, supervisor pedagógico, orientador 
educacional e professores. Assim, definirão juntos os objetivos finais, o conteúdo 
básico e delinearão os métodos e as estratégias de avaliação. 
De acordo com Luckesi (2006, p.112), o planejamento curricular é uma 
tarefa multidisciplinar que tem por objetivo a organização de um sistema de 
relações lógicas e psicológicas dentro de um ou vários campos de conhecimento, 
de tal modo que se favoreça ao máximo o processo ensino-aprendizagem. É, 
dessa forma, a previsão de todas as atividades que o educando realiza sob a 
orientação da escola para atingir os fins da educação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
Planejamento escolar 
 
 
O ato de planejar está associado à organização de uma determinada 
ação. No âmbito das atividades escolares o planejamento é fundamental para o 
desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem e para o bom 
funcionamento da escola, pois é imprescindível para orientar a ação educativa 
de acordo com as necessidades e possibilidades de cada instituição. 
Ao realizar seu planejamento, a escola define qual o tipo de formação vai 
oferecer e organiza as etapas do trabalho a ser realizado, o que servirá de eixo 
condutor aos professores de diferentes componentes curriculares. O 
planejamento também é um momento de reflexão sobre a ação pedagógica e de 
tomada de decisões sobre as estratégias que serão utilizadas e quais formas de 
avaliação serão aplicadas no decorrer do processo de ensino. 
De acordo com Celso Vasconcelos, o planejamento escolar deve ser 
estruturado e articulado através de três níveis: o planejamento da escola, o plano 
de ensino ou plano curricular e o plano de aula. O planejamento da escola é o 
24 
 
 
plano integral da instituição composto pelos referenciais que dizem respeito aos 
objetivos e metas estabelecidas para cada uma das dimensões de gestão da 
escola: pedagógica, administrativa, recursos humanos, recursos financeiros e 
resultados educacionais. O plano curricular ou de ensino constitui-se no 
referencial com os fundamentos de cada disciplina. Nele devem estar expressos 
as expectativas de aprendizagem, os conteúdos previstos e as propostas de 
avaliação para cada ano/série. Em coerência com o planejamento da escola e 
com o plano de ensino, o plano de aula deve constituir-se na organização 
didática do processo de ensino destinado a cada turma, levando em 
consideração tanto as defasagens como os conhecimentos prévios dos alunos 
de modo a garantir que todos os alunos alcancem os objetivos de aprendizagem 
contidos no plano de ensino; contudo, enquanto instrumento personalizado de 
trabalho deve ser desenvolvido para atingir os objetivos de cada turma em 
separado. 
Planejar o processo educativo significa, portanto, organizar, racionalizar e 
coordenar a ação docente visando à articulação entre os programas curriculares 
(oficiais ou de redes privadas), a prática da sala de aula e as problemáticas 
inerentes ao contexto social e cultural onde cada instituição está inserida. Nesse 
sentido, quanto maior a clareza do docente no que diz respeito ao conceito de 
planejamento e ao ato de planejar propriamente dito, maior liberdade e 
autonomia serão aplicadas no processo de ensino e aprendizagem. Logo, a 
tarefa de ensinar não pode ser concebida como um processo cujos resultados 
estão definidos e podem ser pré-determinados como produto de uma ação 
mecanizada, pois a sala de aula constitui-se como espaço privilegiado de 
negociação, formação do pensamento crítico e de produção de novos sentidos 
ao conhecimento formal a partir de situações de aprendizagem previamente 
planejadas. 
 
25 
 
 
O planejamento da ação didática 
 
O planejamento é uma necessidade constante em todas as áreas da 
atividade humana. Planejar é analisar uma realidade e prever as formas 
alternativas da ação para superar as dificuldades ou alcançar os objetivos 
desejados. 
Em suma, planejar consiste em prever e decidir sobre o que pretendemos 
realizar; o que vamos fazer; como vamos fazer; o que e como devemos analisar 
a situação, a fim de verificar se o que pretendemos foi atingido. Já o plano é o 
resultado, é o esboço das conclusões resultantes do processo de planejar, que 
pode ou não assumir uma forma escrita. 
Quando falamos em planejar o ensino, ou a ação didática, estamos 
prevendo as ações e os procedimentos que o professor vai realizar junto a seus 
alunos, e a organização das atividades discentes e da experiência de 
aprendizagem, visando atingir os objetivos educacionais estabelecidos. Nesse 
sentido, o planejamento de ensino torna-se a operacionalização do currículo 
escolar. 
Assim, no que se refere ao aspecto didático, segundo HAIDT (1995), 
planejar é: 
26 
 
 
 Analisar as características da clientela (aspirações, necessidades e 
possibilidades dos alunos); 
 Refletir sobre os recursos disponíveis; 
 Definir os objetivos educacionais considerados mais adequados para a 
clientela em questão; 
 Selecionar e estruturar os conteúdos a serem assimilados, distribuídos ao 
longo do tempo disponível para o seu desenvolvimento; 
 Prever e organizar os procedimentos do professor, bem como as 
atividades e experiências de construção do conhecimento consideradas 
mais adequadas para a consecução dos objetivos estabelecidos; 
 Prever e escolher os recursos de ensino mais adequados para estimular 
a participação dos alunos nas atividades de aprendizagem; 
 E prever os procedimentos de avaliação mais condizentes com os 
objetivos propostos. 
O planejamento didático também é um processo que envolve operações 
mentais, como: analisar, refletir, definir, selecionar, estruturar, distribuir ao longo 
do tempo, e prever formas de agir e organizar. O processo de planejamento da 
ação docente é o plano didático. Em geral, o plano didático assume a forma de 
um documento escrito, pois é o registro das conclusões do processo de previsão 
das atividades docentes e discentes. 
Outro aspecto a ser lembrado é que o plano é apenas um roteiro, um 
instrumento de referência e, como tal, é abreviado, esquemático, sem colorido e 
aparentemente sem vida. Compete ao professor que o confeccionou dar-lhe 
vida, relevo e colorido no ato de sua execução, impregnando-o de sua 
personalidade e entusiasmo, enriquecendo-o com sua habilidade e 
expressividade. 
 
27 
 
 
 
Elaborando um plano de aula 
O plano de aula é um documento no qual o professor, ao planejar o que 
será lecionado, registra qual o tema da aula, qual objetivo dela, a metodologia 
que será utilizada, como irá avaliar o aprendizado dos alunos, as referências 
bibliográficas e muitas outras informações. 
Através do plano de aula, o professor deve fazeruma reflexão detalhada 
sobre o tema, e pode identificar, por exemplo, pontos onde os alunos possam 
apresentar dificuldades e como solucionar eventuais problemas. 
Conteúdo é o conjunto de valores, conhecimentos, habilidades e atitudes 
que o professor deve ensinar para garantir o desenvolvimento e a socialização 
do estudante. Pode ser classificado como conceitual (que envolve a abordagem 
de conceitos, fatos e princípios), procedimental (saber fazer) e atitudinal (saber 
ser). 
O plano de aula é importante pois explicita o que são os objetivos da aula, 
como serão atingidos e em quanto tempo. Ele funciona como uma guia que 
orienta o professor sobre seus objetivos e abre um leque de opções criativas a 
fim de alcançá-los. 
28 
 
 
 
 PLANO DE AULA: CONCEITO 
Um plano de aula é um instrumento de trabalho do professor, nele o 
docente especifica o que será realizado dentro da sala, buscando com isso 
aprimorar a sua prática pedagógica bem como melhorar o aprendizado dos 
alunos. 
É uma ferramenta muito importante para o professor. Por meio dele, o 
educador pode fazer a previsão dos conteúdos que serão dados, as atividades 
que serão desenvolvidas, os objetivos que pretende alcançar, e as formas de 
avaliação. 
 OS OBJETIVOS DO PLANO DE AULA 
Para um plano de aula é fundamental a elaboração dos objetivos da aula 
relacionados ao tema e que visa a aprendizagem do aluno. 
Assim sendo, para a elaboração dos objetivos do plano de aula faz-se 
necessário a articulação deles sob as três perspectivas. 
“_Qual o objetivo para a aula que está relacionada aos conceitos?” 
“_Quais objetivos estão relacionados aos procedimentos da execução dos 
conteúdos?” 
“_Quais objetivos a aula pretende para que o educando construa 
valores?” 
Essas são perguntas que o educador poderá questionar-se para um 
melhor planejamento de seus objetivos e elo com sua futura avaliação. Neste 
item observa-se que a avaliação deverá estar relacionada aos objetivos 
propostos nos planos de aula. 
No caso dos exemplos acima relacionados podem-se realizar os 
seguintes questionamentos: 
“_Quais os objetivos para o conteúdo verbete do dicionário?” 
A partir deste questionamento pode-se ter vários objetivos como por 
exemplo que o aluno reconheça a diferença entre o verbete de dicionário e a 
29 
 
 
nota de enciclopédia, buscar no dicionário os significados das palavras do texto 
e dar-se conta da utilidade e o número de informações de um verbete de 
dicionário. 
Observa-se que foram utilizados três objetivos: o primeiro a nível 
conceitual, quando o educando reconhece a diferença entre dois conceitos que 
foram trabalhados nas aulas; o segundo procedimental, quando o aluno busca o 
significado, o educando experimenta, são ações realizadas; e em terceiro a 
atitude, o aluno está consciente da utilidade e as informações que irá encontrar 
em um verbete de dicionário. 
O objetivo geral deve resumir e apresentar a ideia central, descrevendo 
também a sua finalidade. Os objetivos específicos darão uma maior delimitação 
ao tema, além de detalhar os processos necessários para a realização do 
trabalho. 
 
Objetivo geral 
O objetivo geral deve apresentar a ideia central. Assim, deve descrever 
de forma sucinta e objetiva a finalidade pela qual você está realizando o estudo 
e qual meta busca ser atingida. 
Ele deve conter a hipótese ou o problema que será investigado no 
trabalho, assim como a delimitação do tema. 
Nele, o sujeito pode explicar o que procura obter com o estudo. Além de 
realizar uma proposta que solucione um problema que queira resolver, explorar 
uma oportunidade, propor a análise de uma solução, entre outros. 
Exemplo de objetivo geral 
"Verificar se existe relação entre o aumento do acesso à internet com a 
diminuição do uso da televisão na região sudeste do Brasil." 
Nesse caso, a finalidade do trabalho seria "verificar se existe relação entre 
o aumento do acesso à internet com a diminuição do uso da televisão”. A 
delimitação seria “na região sudeste do Brasil”. 
30 
 
 
 
Objetivo específico 
Os objetivos específicos se relacionam diretamente com o objetivo geral. 
Isto porque detalham os processos necessários para a sua realização. Dessa 
forma, os objetivos específicos servem como um guia do conteúdo que será 
abordado no trabalho. 
Os objetivos específicos devem apresentar de forma mais detalhada as 
ideias do projeto. Assim, relacionar o objeto estudado com suas particularidades 
e identificar mais propriamente quais são os resultados desejados. 
Exemplo de objetivo específico 
Em continuação ao exemplo anterior, os objetivos específicos poderiam 
ser: 
Analisar o aumento ao acesso à internet no último ano; 
Analisar o número de televisores nos lares da região sudeste brasileira; 
Verificar uso da televisão nos lares da região sudeste; 
Comparar o padrão de aumento do acesso à Internet com uma diminuição 
do uso de televisores. 
 
PASSOS PARA A ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE AULA 
ESTABELEÇA QUAIS SÃO OS MELHORES CONTEÚDOS PARA SUA 
AULA 
Assim como no mercado, quando se trata de planejamento de aulas, a 
preocupação com o conteúdo deve ser uma das primeiras ações. 
Afinal, trata-se de algo que será usado para promover o aprendizado e 
para atrair os estudantes. 
Diante disso, podemos dividir o conteúdo em três bases: 
1. Conceitual: foca no aprendizado de conceitos, teorias; 
31 
 
 
2. Procedimental: voltado ao aprendizado sobre saber fazer; 
3. Atitudinal: que preza por ensinar o que o aluno deve aprender a ser. 
 
CONHEÇA AS NECESSIDADES DE SEU PÚBLICO 
É preciso estudar e pesquisar sobre as pessoas que têm potencial de 
serem seus alunos. 
Isso significa não basta só entender suas necessidades educacionais e 
dificuldades, mas também compreender seus anseios enquanto pessoa, ou seja, 
os objetivos de vida que a fizeram chegar até você. 
SAIBA QUAIS SÃO SUAS METAS E AONDE VOCÊ QUER CHEGAR 
COM SUAS AULAS 
Quais são as metas estabelecidas para seu trabalho? A maneira como 
você está gastando seu tempo está ligada a elas? 
Essas perguntas ajudam a refletir sobre a ordem de priorização das 
tarefas e a entender se as ações praticadas estão ligadas aos seus objetivos. 
O primeiro passo é enumerar todas as metas, colocando no papel tudo o 
que você almeja alcançar em curto, médio e longo prazo. 
Sabe aquela pesquisa sobre os anseios de seu público? 
Escreva-as em uma lista ao lado para conferir o nível de alinhamento de 
ambas. 
A partir disso, determine os prazos para cada meta para colocá-las em 
ação. 
FLEXIBILIZE SEU PLANO DE AULA 
Nem sempre o plano de aula feito será cumprido da maneira como foi 
estabelecido. Portanto, é importante que a metodologia esteja preparada para 
alterações. O ideal é deixar espaços para encaixes de novos conteúdos, por 
exemplo. 
32 
 
 
No entanto, observe também as críticas dos alunos. Às vezes, as 
mudanças precisam ser mais profundas. 
Logo, esteja aberto para mudar e escutar. Isso é uma forma de crescer 
enquanto profissional e de aperfeiçoar seus ensinamentos, garantindo o maior 
aproveitamento daquilo que você está compartilhando. 
FOQUE NA AVALIAÇÃO 
Existem diferentes metodologias de avaliação, cabe a você escolher 
aquela que melhor atende às suas necessidades. 
Suponhamos que você tenha um curso online. Agora, imagine que um dos 
objetivos dele é justamente fazer com que os alunos sejam criativos na resolução 
de cases. 
Pode-se propor questões para que eles respondam em um fórum, criando 
um espaço para interação com outros estudantes. 
Ao final, vocês poderão promover uma discussão para garantir uma 
avaliação completa. 
MODELOS DE PLANO DE AULA 
Fazer um plano de aula exige dedicação e objetividade. Porém, os 
melhores docentes fazem uso desse tipo de planejamento e se destacam por 
isso. Chegar em uma sala de aula já sabendo como vão decorrer as próximas 
horas é fundamental para o desempenho, tanto dosprofessores quanto dos 
alunos. 
Logo, é primordial fazer um plano de aula. No começo, ele leva mais 
tempo do que deveria, mas depois que você se habitua, ele se torna uma 
ferramenta impreterível para melhorar a rotina de trabalho. 
 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 
No topo do plano de aula vale colocar o seu nome, qual o nome do curso 
que você leciona (muito importante para sua organização caso você dê mais de 
uma matéria) e quais as turmas que irão ter essa aula. 
33 
 
 
Caso você não considere necessário, não tem problema, pode começar 
logo do tema e do objetivo da aula. 
TEMA E OBJETIVO 
É importante pensar que o tema é o que será abordado naquela aula, e 
não no curso em geral. Por exemplo, se você é professor de português para 
concursos, o tema da aula não seria ‘português’, mas, por exemplo ‘verbos de 
ação’. Já o objetivo, é tudo que você deseja alcançar ao final da aula, ou seja, 
tudo que você quer que os alunos tenham aprendido. Por exemplo, seguindo a 
linha do português para concursos, uma aula com tema ‘verbos de ação’ pode 
ter como objetivo: “Alunos entenderem a função de um verbo de ação na 
sentença”. 
Você pode listar várias coisas como objetivo final da sua aula, por 
exemplo, além do objetivo listado acima, poderia ainda incluir “fazer com que os 
alunos entendam a diferença entre um verbo de ação e os demais tipos de 
verbo.” e “Alunos entenderem como esse tipo de assunto é tratado em questões 
de concurso”. 
Os objetivos descritos no seu plano de aula devem ter as seguintes 
características: 
 Devem ser realistas: O professor não deve somente imaginar os 
objetivos sem levar em conta se eles são possíveis de serem alcançados. 
É preciso pensar na realidade dos alunos, no que eles já sabem e no que 
é possível, na prática, alcançar. 
 Devem ser viáveis: Os objetivos devem ser viáveis dentro da realidade 
de tempo e materiais disponíveis. 
 Devem ser específicos: Eles precisam apontar, claramente, o que deve 
ser alcançado ao final da aula, para nortear todo o restante do 
planejamento da aula. 
 
 
 
34 
 
 
CONTEÚDO 
O conteúdo, apesar de desenvolvido separadamente da seção anterior, 
deve ser elaborado de forma articulada com os objetivos. Afinal, o conteúdo é o 
meio pelo qual você irá chegar nos objetivos. 
O conteúdo é o que você irá apresentar ao aluno para ajudá-lo no 
aprendizado. Não só a matéria em si, com os conceitos, mas exemplos e 
informações que se aproximem da realidade do aluno. Os conteúdos podem ser: 
 Conceituais: O que o aluno deve aprender e conhecer enquanto 
conceitos. Ex: Aprender o que é empreendedorismo. 
 Procedimentais: O que o aluno deve aprender a fazer. Ex: Aprender a 
resolver equações de segundo grau. 
 Atitudinais: O que o aluno deve aprender a ser. Ex: Aprender a ser mais 
honesto. 
Após a definição de qual conteúdo você irá passar você deve pensar em 
como esse conteúdo será ensinado. 
 
METODOLOGIA OU ESTRATÉGIA 
A metodologia pode ser uma das partes mais importantes do seu plano 
de aula, pois é aí que você irá cativar os alunos e mantê-los atentos e 
interessados. Pense: Irá ser uma aula expositiva? Irá usar de animações? 
Exemplos práticos? Exercícios de fixação? Tudo isso irá contribuir para o 
aprendizado dos alunos. 
Esse ponto é especialmente importante para quem trabalha com conteúdo 
em vídeo e aulas online, afinal, quando o aluno não está presente fisicamente, é 
muito mais fácil para ele se dispersar e perder o interesse. Ou seja, a 
metodologia deve ser especialmente pensada para o ambiente online e 
trabalhada para manter o aluno focado o tempo todo. 
E claro, é sempre bom lembrar que cada tipo de conteúdo encaixa melhor 
com um tipo de metodologia. Uma aula expositiva pode não funcionar muito bem 
35 
 
 
para assuntos muito complexos, pois o aluno pode ficar confuso. Já exercícios 
podem não funcionar muito bem para aulas de filosofia, por exemplo. 
E uma dica importante: um dos métodos mais infalíveis para se cativar um 
aluno é fazendo ele rir. Sempre nos lembramos mais daqueles professores 
engraçados, que usavam os melhores exemplos e piadas para nos ensinar as 
matérias. 
Modelo de plano de aula 1 
 
Modelo de plano de aula 2 
36 
 
 
 
 
 Elementos Conceituais do Plano de Aula. 
 São elementos conceituais do plano de aula: 
Estrutura Didática: Compreende organizar e desenhar a estrutura básica 
do plano de aula a ser desenvolvido. Para isto o professor deve planejar, 
coordenar, dirigir e avaliar todas as atividades por meio de uma dimensão 
educacional crítica, política, ética e social. 
37 
 
 
Temática: O tema da aula deve estar inserido no conteúdo programático 
do curso e vinculado ao objetivo geral do mesmo, devendo refletir a realidade, 
podendo apresentar-se de forma abrangente ou especifica. 
Objetivo: Consiste na organização de conteúdos orientado procedimento 
que circunscrevem e antecipam possíveis resultados. Os objetivos devem der 
formulados de forma clara, dos mais simples para os mais complexos, de 
maneira concreta e pratica. Os verbos devem ser escritos no infinitivo, evitando 
varias interpretações. A validade, a precisão e o significado dos objetivos estão 
vinculados ao conteúdo programático, ao período especifico de tempo disponível 
e principalmente ao preparo dos alunos para aprendizagem. 
Conteúdo Programático: o conteúdo programático deve estar 
subdividido em Apresentação, Introdução, desenvolvimento do tema, Síntese e 
Avaliação. 
 
Apresentação: Significa o mapeamento preliminar do conteúdo 
selecionado que deve ser apresentado numa sequência determinada. referindo 
à preparação dos alunos, provendo condições favoráveis para o 
desenvolvimento do estudo, introduzindo o assunto e a colocação didática dos 
objetivos, 
Introdução: deve oferecer suporte conceitual para a compreensão do 
tema que será desenvolvido durante a aula, relacionando os principais assuntos, 
conceitos básicos, fatos e exemplos, propiciando ao aluno uma orientação sobre 
o que será desenvolvimento durante a aula , tendo como premissa ser um 
espaço que habilite o aluno a pensar sobre o tema. 
Desenvolvimento do tema: Significa discorrer sobre o conteúdo 
especifico com abordagem teórica pratica que possibilite a conscientização e a 
construção do conhecimento. 
Síntese: Conclusão do trabalho, ressaltando os pontos mais importantes 
que foram trabalhados em aula, fixando os principais conceitos e conteúdos 
apresentados. 
38 
 
 
Avaliação: A avaliação da aula deve ser contextualizada de acordo com 
a concepção de homem e de mundo, podendo ocorrer em diferentes momentos 
com finalidades distintas. 
 
 Planejamento do ensino: 
• Plano - "Processo de tomada de decisões que estimula a aprendizagem; 
processo hierárquico capaz de controlar a ordem na qual a seqüência de 
operações deve ser realizada. 
• Objetivo educacional - É uma proposição sobre uma mudança 
comportamental desejada. (objetivos imediatos e objetivos últimos). Os objetivos 
devem ser operacionalizados em objetivos instrucionais, que são proposições 
específicas sobre as mudanças esperadas no comportamento dos alunos, e 
devem prever mudanças nos domínios cognitivo, afetivo e psicomotor. Os 
objetivos comportamentais devem descrever o que o aluno precisa fazer ou 
realizar para mostrar que está atingindo o objetivo. 
• Conteúdos - No planejamento de ensino, após a definição dos objetivos 
instrucionais, deve-se selecionar o conteúdo o conteúdo constitui o conjunto de 
conhecimentos acumulados. Envolvem fatos, conceitos, princípios, podendo 
abranger, também, os processos específicos de aquisição de conhecimentos em 
cada área de estudo. 
• Estratégia instrucional - Uma vez definidos os objetivos que constituem 
o ponto de partida para qualquer estratégia instrucional, cumpre ao professor e 
supervisor o planejamento de procedimentos, métodos e técnicas que visam 
engajaro aluno em situações capazes de produzirem aprendizagens. A 
proposição de estratégias instrucionais deve prever os seguintes momentos: 
fase de orientação de resposta. 
• Avaliação - A avaliação é a forma através da qual o professor procura 
determinar a natureza e a quantidade de mudanças efetuadas no 
comportamento, em função dos objetivos definidos e das estratégias planejadas 
as situações de avaliação são mais facilmente escolhidas quando os objetivos 
instrucionais são bem definidos. O trabalho de treinamento de professores na 
39 
 
 
teoria do planejamento envolvia a fase prática de resposta, na qual os docentes 
exercitavam a elaboração dos seus planos de ensino; para facilitar e padronizar 
os planos, foi apresentado um formulário, diagramado em colunas, onde, então, 
em cada uma delas, os professores deveriam apresentar os seus objetivos 
gerais e instrucionais, conteúdos, estratégias e Foi, portanto, dessa forma que 
teve início, pelo menos no Estado de São Paulo, a tendência tecnicista, 
influenciando a elaboração de planos de ensino, o que, de certa forma, explica 
a situação atual do planejamento do ensino na maioria das escolas públicas, 
desenvolvido de forma mecânica e burocrática. A reversão deste quadro 
envolve, necessariamente, a conquista de melhores condições de trabalho para 
os professores nas escolas; o aperfeiçoamento (transformação) do processo de 
formação do educador nas habilitações para o Magistério, Pedagogia e 
Licenciaturas; e, ainda, uma política que implante programas de formação dos 
educadores em serviço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Para desenvolver a função didática, o professor é responsável pelo 
planejamento, organização, direção e avaliação das atividades que compõem o 
processo ensino aprendizagem, Considerando a aula como a forma que 
predomina no processo de ensinar e aprender, onde se criam, se desenvolvem 
e se transformam as condições necessárias para que os alunos assimilem 
conhecimento, habilidades, atividades e convenções, desenvolvendo 
competências nos âmbitos profissional e pessoal. 
 Cada aula é uma situação didática especifica e singular, onde objetivos e 
conteúdos são desenvolvidos com métodos de realização da instrução e do 
ensino, de maneira a proporcionar aos alunos conhecimentos e habilidades, 
expressos por meio da aplicação de uma metodologia compatível com a temática 
estudada. Esta metodologia deve ser aplicada no processo didático do curso. A 
aula deve estar vinculada às temáticas abordando um conteúdo especifico. O 
professor responderá às demandas relacionadas ao aprendizado do aluno, deve 
integrar conhecimento com os princípios da LDB. Cumprir a sua função 
educativa é um método de construção continuo e não isolado, o percurso se faz 
junto aos alunos, sustentando a partir da abertura para o novo, com flexibilidade 
e autonomia para ambos os lados, valorizando o trabalho, a ciência, a tecnologia 
e respeitando a condição humana. 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
REFERÊNCIA 
A PRÁTICA DO PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO, DANILO GANDIN, 182 PÁGS., ED. 
VOZES. 
 
AVALIAÇÃO E PLANEJAMENTO, MADALENA FREIRE, 88 PÁGS., ED. ESPAÇO 
PEDAGÓGICO, 
ENSINAR - TAREFA PARA PROFISSIONAIS, DELIA LERNER, NEIDE NOGUEIRA E 
TEREZA PEREZ, 406 PÁGS., ED. RECORD, 
 
PLANEJAMENTO: PROJETO DE ENSINO-APRENDIZAGEM E PROJETO POLÍTICO-
PEDAGÓGICO, CELSO DOS SANTOS VASCONCELLOS, 206 PÁGS., ED. LIBERTAD. 
 
O PROJETO EDUCATIVO DA ESCOLA, MANUEL ÁLVAREZ (ORG.), 180 PÁGS., ED. 
ARTMED. 
 
VASCONCELLOS, CELSO DOS S. PLANEJAMENTO: PROJETO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM E PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO. 7º ED. SÃO PAULO. 2000. 
 
REZENDE, EDNA SANTIAGO DANIEL. ELEMENTOS NORTEADORES DO 
PLANEJAMENTO ESCOLAR. 
GAMA, ANAILTON DE SOUZA GAMA E FIGUEIREDO, SONNER ARFUX. O 
PLANEJAMENTO NO CONTEXTO ESCOLAR. WEB REVISTA DISCURSIVIDADE 
ESTUDOS LINGUÍSTICOS. EDIÇÃO Nº 4, AGOSTO/2009. 
RIBEIRO, VERÔNICA NUNES DE CARVALHO. PLANEJAMENTO EDUCACIONAL: 
ORGANIZAÇÃO DE ESTRATÉGIAS E SUPERAÇÃO DE ROTINAS OU PROTOCOLO 
INSTITUCIONAL. DIVISÃO DE FORMAÇÃO DOCENTE. UNIVERSIDADE FEDERAL DE 
UBERLÂNDIA, 2014.

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