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ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Caro pós graduando, 
 
O desenvolvimento de um trabalho acadêmico é essencial para a formação de 
um profissional, onde realizando pesquisas construirá conhecimento ao longo de sua 
vida acadêmica. 
 
Você lembra o que é um trabalho científico? Na disciplina de Metodologia do 
Trabalho Científico foram abordados os diversos tipos de trabalhos 
acadêmicos/científicos, que são processos de estudos, pesquisas e reflexões que 
darão origem a um texto que discorrerá sobre os resultados deste processo. 
 
O passo inicial deste processo é a elaboração do projeto de pesquisa. Vamos 
iniciar este processo juntos? 
 
 
2 PROJETO DE PESQUISA 
 
Primeiramente é necessário compreender o que é um projeto de pesquisa. 
Sabe-se que um trabalho Científico deve ser planejado antes de ser executado e este 
planejamento consiste na elaboração do Projeto de Pesquisa. Ele descreverá as fases 
e os procedimentos de um processo de investigação científica a ser realizado. 
 
Projeto de Pesquisa pode ser definido como um roteiro a ser seguido pelo 
acadêmico para a realização de um trabalho. Sua finalidade é traçar um caminho 
eficaz para que se atinja o objetivo da pesquisa, livrando o acadêmico do perigo de se 
perder antes de tê-lo alcançado, além de organizar a ação de tal maneira que não 
permita que o acadêmico desvie do assunto tratado. 
 
 
2.1 ETAPAS PARA ELABORAR O PROJETO DE PESQUISA 
 
A estrutura do projeto de pesquisa é composta por: tema, delimitação do tema, 
justificativa (relevância do tema), pergunta de pesquisa, objetivo geral e específicos, 
metodologia de pesquisa, instrumentos de coleta de dados e referências bibliográficas. 
Veremos cada um desses itens a seguir: 
 
2.1.1 Tema 
 
A realização de uma pesquisa é um processo que se dá a partir de uma 
necessidade, onde se define um tema e gradativamente define-se um problema e as 
formas de solucioná-lo. Existem alguns fatores que interferem na escolha de um tema 
para o trabalho de pesquisa, e que devem ser levados em consideração nesta 
escolha: 
 
 Relação com o curso: O tema escolhido deve estar relacionado ao curso que o aluno 
está estudando. 
 
 Afinidade com o tema ou grande interesse pessoal: Para realizar uma pesquisa é 
preciso ter um mínimo de prazer com a atividade. O acadêmico precisa gostar do 
assunto a ser trabalhado, pois trabalhar um assunto que não seja do seu agrado 
tornará a pesquisa uma tortura. 
 
 Tempo disponível para a realização da pesquisa: Deve-se levar em consideração 
as atividades que o acadêmico precisará realizar para executar o trabalho e comparar 
com o tempo que leva para cumprir com as atividades do cotidiano (trabalho, estudos, 
família, etc.). Dessa forma, o aluno saberá se será possível ou não, realizar a pesquisa 
sobre aquele tema. 
 
 Limite das capacidades do pesquisador em relação ao tema pretendido: É 
preciso que o pesquisador tenha consciência de sua limitação de conhecimentos para 
não entrar num assunto fora de sua área. Se a área for ciências humanas, deve-se 
ater a temas relacionados a esta área. 
 
 A significação do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus 
valores acadêmicos e sociais: Na escolha do tema é preciso cuidar para não realizar 
um trabalho que não interessa a ninguém. Se o trabalho merece ser feito, que ele 
tenha relevância para um grupo de pessoas ou para a sociedade. 
 
 O limite de tempo e espaço disponível para discorrer sobre o assunto: Quando a 
instituição determina um prazo para a entrega do trabalho e uma quantidade mínima e 
máxima de páginas para a elaboração do trabalho, não se pode enveredar por 
assuntos que não permitirão cumprir com este prazo e/ou que não seja possível 
discorrer sobre ele naquele espaço. 
 
 Material de consulta e dados necessários: Outro aspecto a ser observado na 
escolha do tema é a disponibilidade de material para consulta. Muitas vezes o tema 
escolhido é pouco trabalhado por outros autores e não existem fontes secundárias 
para consulta. A falta dessas obriga o acadêmico buscar fontes primárias 
necessitando de um tempo maior para a realização do trabalho. Este problema não 
impede a realização da pesquisa, mas deve ser levado em consideração para que o 
tempo institucional não seja ultrapassado. 
 
 
2.1.2 Delimitação do Tema 
 
Para tornar a pesquisa objetiva e guiar a respostas específicas devem-se 
pesquisar temas específicos. Delimitar um tema em um projeto de pesquisa significa: 
 
 Selecionar alguns aspectos ou problemas específicos do assunto em questão; 
 Informar como irá “restringir” o assunto, o objeto de estudo específico que irá 
pesquisar, e a área do conhecimento que o tema está inserido; 
 Definir de forma clara a abrangência da pesquisa – demarcação do ponto de vista 
teórico/histórico/geográfico/temporal. 
 
Em uma pesquisa é preciso delimitar o que se quer pesquisar. Isso é 
necessário para que esse trabalho tenha relevância e abra possibilidade de novas 
pesquisas (MACHADO, 2005). 
 
Segue um exemplo de delimitação do tema Educação. 
 
 
 
2.1.3 Relevância do Tema (Justificativa) 
 
A justificativa consiste em um texto sucinto, porém completo, com as razões de 
natureza teórica e dos motivos de natureza prática que traduz a importância da 
realização da pesquisa. É o elemento que contribui mais diretamente na aceitação da 
pesquisa, expondo as razões de maneira clara e convincente. 
 
 
2.1.4 Pergunta de Pesquisa 
 
A formulação da pergunta de pesquisa deve estar diretamente relacionada ao 
tema proposto, ela informa exatamente aquilo que se pretende resolver por intermédio 
da pesquisa. 
 
Uma pergunta ou problema de pesquisa deve: 
 
 Ser formulado em forma de questionamento; 
 Ser claro e conciso; 
 Não envolver valores pessoais; 
 Ser suscetível de solução; 
 Ser delimitado e de fácil memorização; 
 Ser inquietante. 
 
Formulação da pergunta/problema de pesquisa: 
 
 
 
2.1.5 Elaboração do Objetivo Geral e Específicos 
 
Objetivo geral da pesquisa: é uma visão global da pesquisa. Define o que se 
pretende alcançar com a pesquisa. 
 
Objetivos específicos da pesquisa: é o desdobramento do objetivo geral, 
pois esse é amplo e necessita ser subdividido em partes menores. 
 
Atenção! 
Reunidos todos os objetivos específicos, chega-se ao objetivo geral da pesquisa. 
 
Importante! 
Todos os objetivos devem iniciar com o verbo no infinitivo. 
Lembrando que o verbo utilizado no objetivo geral não poderá se repetir nos objetivos 
específicos. 
 
Exemplos de verbos que podem ser usados nos objetivos: 
 
 
Exemplo de formulação dos objetivos: 
 
 
 
2.1.6 Metodologia de Pesquisa 
 
A metodologia de pesquisa apresenta as formas utilizadas para realizar a 
pesquisa. As pesquisas podem ser classificadas quanto: 
 
 Quanto a Natureza da Pesquisa: 
 
 Básica (teórica): é uma pesquisa de caráter intelectual. Visa aquisição de 
conhecimento sobre um determinado assunto, sem aplicação prática. 
 Aplicada: esta pesquisa visa produzir conhecimento para solucionar o problema 
identificado aplicando os resultados obtidos, sempre utilizando o conhecimento da 
pesquisa básica como referencial. 
 
 Quanto à Abordagem do Problema: 
 Pesquisa quantitativa: são dados que possam ser traduzidos em números. São 
opiniões e informações que após traduzidas são passíveis de analisar e classificar. 
Envolve técnicas estatísticas. 
 Pesquisa qualitativa: caracteriza-se pela subjetividade, são dados que não podem 
ser mensuráveis.É uma técnica descritiva. 
 Pesquisa quali-quanti: é uma pesquisa que utiliza das duas formas de abordagem 
supracitadas. 
 
 Quanto à Realização dos Objetivos: 
 
 Exploratória: muito utilizada onde existe pouco conhecimento sobre o campo que se 
pretende abordar. Possui como objetivo a familiarização sobre o assunto. 
 Descritiva: discorre sobre características e propriedades de determinada população 
ou fenômeno. Esse tipo de pesquisa pode estabelecer relações entre as variáveis. 
 Explicativa: Possui como objetivo principal identificar variáveis que definam ou que 
colaboram para a ocorrência do fenômeno. É o tipo que mais se aprofunda no 
entendimento da realidade, por isso se baseia em métodos experimentais. 
 
 Quanto aos Procedimentos Técnicos: 
 
 Pesquisa bibliográfica: Elaborada a partir materiais já publicados, livros, artigos, 
testes, monografias, entre outros. Lembrando que deve ser fontes confiáveis. 
 Pesquisa documental: Elaborada a partir de materiais já publicados, porém o 
material não precisa passar por um crivo analítico. Podem ser utilizados: documentos 
conservados em arquivos de órgãos públicos e privados, entre outros. 
 Pesquisa Experimental: Utiliza de experimentos para testa e/ou obter validação de 
uma hipótese. 
- Pesquisa de Laboratório: Ela descreve e analisa o que será ou ocorrerá em situações 
controladas. Exige instrumental específico, preciso, e ambientes adequados. 
- Pesquisa de Campo: É feito por meio de questionários, formulários ou entrevistas. 
Pode ser realizado em pesquisas de campo. 
 Estudo de caso: A pesquisa de estudo de caso baseia-se na análise de um caso real 
e a sua relação com hipóteses, modelos e teorias existentes. É desenvolvida a partir 
do estudo profundo de uma realidade específica, que pode ser: uma instituição, 
comunidade, família, grupo reduzido de pessoas, um único indivíduo. 
 Pesquisa Participante: A pesquisa participante consiste na inserção do pesquisador 
no ambiente natural de ocorrência do fenômeno e de sua interação com a situação 
investigada. 
 Pesquisa ação: O pesquisador propõe uma ação com o objetivo de solucionar um 
problema coletivo. 
 Ex-post-facto: Esta é uma pesquisa comparada a pesquisa experimental. Porém na 
ex-post-facto o processo que originou as hipóteses já ocorreram e ao contrário da 
pesquisa experimental as variáveis não são controláveis. 
 
Dessa forma, o pesquisador apresenta e justifica a classificação da 
metodologia relacionando-a com o tema e objetivos da pesquisa. 
 
 
2.1.7 Instrumentos de Coleta de Dados 
 
Neste item, o pesquisador apresenta como foi realizada a coleta dos dados 
relativos à pesquisa. Todas as formas de coleta de dados devem ser mencionadas e 
de que fontes foram coletadas. 
 
A coleta de dados pode ser realizada das seguintes formas: 
 
 Coletas bibliográficas 
Na coleta bibliográfica realiza-se o levantamento, seleção, fichamento e 
arquivamento de informações relacionadas à pesquisa, abrangendo toda bibliografia já 
publicada em relação ao tema de estudo, cujas fontes são: publicações avulsas, 
boletins, jornais, revistas, livros, pesquisa, monografias, teses, material cartográfico, 
até meios de comunicação. 
 
 Coletas documentais 
Os documentos coletados são dados brutos que devem ser trabalhados. São 
considerados documentos: regulamentos, normas, pareceres, cartas, memorandos, 
diários pessoais, autobiografias, jornais, revistas, discursos, roteiros de programas de 
rádio e televisão, estatísticas, arquivos escolares. 
 
 
 
 
 Questionário 
“instrumento de coleta de dados constituído por uma série de perguntas, que 
devem ser respondidas por escrito” (Marconi & Lakatos, 1999, p. 100). 
 
Formas de Perguntas 
 Abertas: O entrevistado pode responder de forma livre. 
 Fechadas: Existem categorias diferenciadas, limitando o entrevistado. 
 Alternativa: sim - não 
 Escalas: 1 a 5 (1=concordo totalmente a 5=discordo totalmente) 
 Relacionadas: dependendo da resposta de uma questão é indicada a 
próxima questão a ser respondida. 
 
 Entrevista 
“Encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a 
respeito de um determinado assunto” (Marconi & Lakatos, 1999, p. 94). 
 
Tipos de Entrevista 
 Estruturada: as questões são elaboradas antes da entrevista. Essa segue 
o roteiro pré-estabelecido sem que ocorram alterações durante a mesma. 
 Não Estruturada: as questões são elaboradas na hora da entrevista, não 
existe um roteiro pré-estabelecidos, sendo direcionadas de acordo com a 
situação. 
 Semi-Estruturada: o entrevistador possui um roteiro, porém durante a 
entrevista pode-se aprofundar alguns temas que vão surgindo com novas 
perguntas. 
 Informal: é uma espécie de conversação, porém com o intuito de coletar 
informações que sejam relevantes a sua pesquisa. O entrevistador deve 
estar munido de um diário de campo para registrar essas informações. 
 
 Técnica de observação 
“[...] utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. 
Consiste de ver, ouvir e examinar fatos ou fenômenos” (Marconi &Lakatos, 1999:90). 
 
Segundo a participação do observador: 
 
 Participante: o pesquisador participa ativamente da comunidade ou grupo, 
interagindo de forma direta com o fenômeno a ser observado. A 
observação participante se dá de duas formas: 
 Natural – onde o observador faz parte da comunidade ou grupo que 
será investigado. 
 Artificial – onde o observador passa a fazer parte do grupo com 
objetivo de captar informações. 
 Não participante (simples): o observador permanece alheio à 
comunidade, grupo ou realidade estudada. Apenas observa os fatos que 
ocorrem e os registra, sem interação. 
 
 
2.1.8 Referências 
 
O acadêmico deve apresentar no mínimo três referências (livros, artigos 
científicos, documentos oficiais, etc.) que servirão de base para elaboração do seu 
artigo científico. Estas referências devem ser apresentadas e formatadas de acordo 
com as normas da ABNT. 
 
 
3 CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA CIENTÍFICA 
 
Algumas características precisam ser observadas na elaboração do projeto de 
pesquisa: 
 
 Coerência: via de regra, ao artigo científico se imprime uma sequência que se repete 
em cada etapa do trabalho. A sequência de ideias que foi anunciada no resumo deve 
estar detalhada na introdução e seguir o mesmo ordenamento no desenvolvimento. 
Nas considerações finais, deve-se evidenciar os aspectos essenciais do artigo, na 
ordem em que foram apresentados no desenvolvimento. 
 
 Objetividade: os assuntos em pauta, na linguagem científica, devem ser abordados 
de maneira simples, evitando expressões evasivas, com significados dúbios e uso 
excessivo de palavras de difícil compreensão. Como mencionado, deve-se perseguir 
com afinco a objetividade e, neste sentido, reforça Gil (2002, p.164), “o texto deve ser 
escrito em linguagem direta, evitando-se que a sequência seja desviada com 
considerações irrelevantes. A argumentação deve apoiar-se em dados e provas e não 
em considerações e opiniões pessoais”. 
 
 Concisão: procurar dizer o máximo com o menor número de palavras. De acordo com 
Azevedo (1998, p.113) “a concisão se obtém com o exercício de reescrever. A cada 
vez que se faz isso, descobre-se uma repetição de ideias ou de palavras, nota-se 
vocabulário supérfluo, encontra-se uma maneira de dizer a mesma coisa com menos 
palavras”. 
 
 Clareza: o texto científico deve ser escrito de forma clara, não deixando margem à 
diversidade de interpretações. É fundamental evitar comentários irrelevantes e 
redundantes. Nas palavrasde Secaf (2004, p.47), “é a apresentação do pensamento 
em ordem natural. Cada enunciado deve ser claro e completo”. Ou, como também 
ensina Azevedo (1998, p.112), “um bom teste para a clareza de seu texto é solicitar 
sua leitura por outra pessoa. Se ela fizer alguma pergunta, não responda. Tome o 
texto e o reescreva. Depois, repita o teste”. 
 
 Precisão: toda palavra utilizada deve traduzir exatamente a ideia a ser tratada. Um 
vocabulário preciso é aquele que evita linguagem rebuscada, prolixa e atinge o seu 
propósito. Deve-se utilizar uma nomenclatura aceita no meio científico de cada área. 
De acordo com Secaf (2004, p.47, grifos nossos): “É a condição responsável pela 
exatidão do texto como um todo e pelo uso de palavras e conceitos universalmente 
aceitos. A devida precisão pode ser prejudicada pelo uso de termos como: 
maioria, bom, muito e outros”. 
 
 Imparcialidade: o trabalho científico deve evitar ideias preconcebidas. Todo 
posicionamento adotado em um texto deve amparar-se em fatos e dados evidenciados 
pela pesquisa. O autor deve primar por manter seu posicionamento e suas escolhas 
de pesquisa sem assumir uma postura unilateral. 
 
 Encadeamento: nesse quesito Azevedo (1998, p.119) indica como deve ser uma boa 
redação técnico-científica: 
 
encadeie as frases, os parágrafos, os tópicos e os capítulos entre si. 
Procure tornar cada frase um desenvolvimento do que veio antes, 
numa sequência lógica, tanto para explicar, quanto para demonstrar, 
detalhar, restringir ou negar. Cada parágrafo deve estar em harmonia 
e em tranquila transição com o anterior e com o posterior. O mesmo 
vale para tópicos e capítulos. Faça o texto fluir naturalmente e não 
andar aos solavancos. 
 
 Impessoalidade: o texto deve ser impessoal, por isso, é conveniente que seja 
redigido na terceira pessoa e que se evitem afirmações como: “a minha pesquisa”, “o 
meu estudo”, “o meu artigo”. O que se postula é que se use “esta pesquisa”, “este 
estudo”, “este artigo”. 
 
 
4 REFERÊNCIAS 
 
AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica: diretrizes para a 
elaboração de trabalhos acadêmicos. 6. Ed. piracicaba: UNIMEP, 1998. 
 
GIL, Antônio C. Métodos e técnicas em pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 
1999. 
 
MACHADO, A. R. et al. Planejar gêneros acadêmicos. São Paulo: Parábola Editorial. 
2005. 
 
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa. 4. ed. 
São Paulo: Atlas, 1999. 
 
SECAF, Victoria. Artigo científico: do desafio à conquista. 3. Ed. São Paulo: Green 
Florest do Brasil, 2004. 
 
SILVA, Renata. Modalidades e etapas da pesquisa e do trabalho científico. São 
José: USJ, 2008 (mimeo). 
 
SILVA, R. URBANESKI, V. Metodologia do trabalho científico. Centro Universitário 
Leonardo Da Vinci. Indaial: Grupo Uniasselvi. 2009.

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