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Nathália Santana Rodrigues SOI IV Consiste na hiperplasia de células estromais e epiteliais da região periuretral/zona de transição. Fatores de risco principais são o envelhecimento e testículos funcionantes. Fisiopatologia A DHT promove a proliferação celular das células estromais e inibe a morte celular das epiteliais – formação de nódulos hiperplásicos pequenos – coalescem – comprimem a cápsula = HIPERPLASIA PROSTÁTICA. HPB – aumento = obstrução urinária e contração prostática por músculo liso; Manifestações clínicas Hesitação (micção adiada), esforço ao urinar, sensação de esvaziamento incompleto, intermitência, jato urinário fraco e gotejamento pós-miccional – obstrução mecânica do colo vesical. Aumento se dá tanto pelo aumento da próstata (estático) como pelo aumento do tônus adrenérgico na próstata (dinâmico) – predominam os alfa2-adrenergicos. Polaciúria, nictúria, urgência e incontinência de urgência – contrações musculares. As contrações ocorrem devido a obstrução, e essas levam a maior pressão do musculo detrusor, resultando em hipertrofia e posteriormente em fibrose. Nathália Santana Rodrigues SOI IV Diagnóstico História clínica Homem mais velho (>50 anos) com sintomas urinários; Equilíbrio entre sintomas obstrutivos e irritativos; Evolução lenta com a idade dos sintomas; Analisar os medicamentos tomados pelo paciente. Exame físico Toque retal – aumento prostático simétrico e consistência firme (ponta do nariz); Exame neurológico – bexiga neurogênica. Achados laboratoriais Urinálise – piúria e hematúria; Creatinina sérica elevada – correlação com a dilatação da pelve – quando elevado, solicita USG; PSA – prever os riscos futuros de progressão para cirurgia ou retenção urinária aguda quando muito elevado; Fluxo de urina (urofluxometria) - <10ml/s; Pressão vesical elevada em relação ao fluxo – teste padrão ouro. o Ureia e creatinina para avaliar nefropatia obstrutiva, parcial de urina para avaliar possiblidade de infecção urinária e PSA para descartar a possibilidade de câncer de próstata. Tratamento Pontuação Internacional de Sintomas Prostáticos (IPSS) - A pergunta 8 é avaliada separadamente. 0-7 – leve – observação; 8-19 – moderados – início de tratamento farmacológico; 20-35 – grave – cirurgia. Nathália Santana Rodrigues SOI IV Fármacos Alfa-bloqueadores – amenizam os sintomas pelo relaxamento da musculatura. o Primeira linha; o TANSULOSINA e DOXAZOSINA. Inibidores da 5alfa-redutase – diminuição do tamanho da próstata; o Dutasterina e finasterida; o São usados em associação com os medicamentos da primeira classe se eles não resolverem sozinhos. Cirurgia Indicativos são presença de complicações da HPB: Litíase vesical; Retenção urinária aguda; Insuficiência renal; Prostatite/Infecção urinária de repetição; IPSS >20 (ou seja, sintomas graves); Falha do tratamento clínico. Malignidade não cutânea mais comum nos homens; Segunda principal causa de morte por câncer entre os homens – só perde para o de pulmão; Zona periférica da glândula é o principal local! Câncer de Próstata => P de PERIFÉRIC**A Fatores de risco Aumento da idade, história familiar, etnia afro-americana e fatores nutricionais – alta ingesta de gorduras ou carcinogênicos presentes em carnes vermelhas carbonizadas; Ingesta de licopenos (tem no tomate), produtos de soja e vitamina D – fatores protetores. HIPERPLASIA PRÓSTATICA BENIGNA E VASECTOMIA NÃO SÃO FATORES DE RISCO! Fisiopatologia As lesões genéticas adquiridas mais comuns em carcinomas da próstata são genes de fusão TPRSS2-ETS e mutações ou deleções que ativam a via de sinalização PI3K/AKT. Células tumorais expressam muitos receptores androgênicos (RA), no qual se ligam a di-hidrotestosterona, levando a expressão de fatores de crescimento; Nathália Santana Rodrigues SOI IV Testosterona leva ao desenvolvimento do tumor; Inibição da sinalização leva a apoptose e involução do tumor, todavia, em alguns casos se criam resistências, onde a inibição não é mais suficiente para retardar a progressão do câncer! o Amplificação do RA / ativação do RA independente do ligante / ativação de outras vias que não requerem a ativação do RA. Histologia Adenocarcinoma – > 95% Outros: Neuroendócrina, carcinoma urotelial (células de transição) – 1-4% (raros), carcinossarcoma, carcinoma de células basais, e linfomas ou sarcoma estromal. Adenocarcinoma ACINAR DUCTAL Mais comum Pior prognóstico Células cuboides, organizadas e menores Células colunares altas, formando glândulas grandes / desorganizadas Ambos crescem infiltrando a glândula; O citoplasma das células tumorais costuma ser roxo e mais escuro; As células tumorais frequentemente apresentam aumento nuclear, irregularidade e hipercromasia. Neuroendócrino Adenocarcinoma prostático com diferenciação neuroendócrina focal: cromogranina, sinaptofisina, enolase neurônio-específica ou CD56 Tumores de alto grau Tumores neuroendócrinos bem diferenciados, Carcinoma neuroendócrino de células pequenas: pequenas células tumorais com diferenciação neuroendócrina e ausência de estruturas glandulares. Carcinoma neuroendócrino de células grandes Quadro clínico Nathália Santana Rodrigues SOI IV Estágio inicial (localizado) – assintomático na maioria; Hesitação, fluxo urinário intermitente, jato urinário fraco, hematúria e hematospermia – doença local avançada para uretra e colo vesical; Edema de MMII e desconforto na região – disseminação para linfonodos pélvicos; Dor intensa e persistente, com fraturas patológicas e as vezes até compressão de medula óssea – metástase óssea (PRINCIPAL). Diagnóstico Toque retal (consistência dura, nodular e irregular) + sintomas + PSA elevado = biópsia Uma velocidade de aumento de PSA maior que 0,75ng/mL por ano fala a favor de malignidade, sendo indicada a biópsia transretal para confirmação. Biópsia: padrão-ouro; 12 amostras; Antibiótico antes e após para evitar prostatite; Guiado por USG transretal; Quando câncer, deve-se estabelecer a agressividade histológica utilizando o escore de Gleason. Rastreamento A partir dos 50 anos para a população geral, mas para afrodescendentes e pacientes com história familiar de câncer de próstata (primeiro e segundo grau) essa discussão deve ser iniciada aos 45 anos; O rastreamento deverá ser realizado após ampla discussão de riscos e potenciais benefícios, em decisão compartilhada com o paciente; Após os 75 anos, poderá ser realizado apenas para aqueles com expectativa de vida acima de 10 anos. ESCORE DE GLEASON Nathália Santana Rodrigues SOI IV Classifica a citoarquitetura tecidual ao microscópio em pequeno aumento, baseado na diferenciação glandular, em 5 graus distintos, sendo nessa graduaçãoas células do câncer comparadas às células prostáticas normais. Dessa forma, o grau 1 é o mais bem diferenciado e menos agressivo, possuindo melhor prognóstico, e o grau 5 é o menos diferenciado e mais agressivo, com pior prognóstico. A pontuação é derivada da soma dos valores numéricos para os dois padrões de diferenciação mais prevalentes (uma série primária e uma série secundária); >ISUP = PIOR PROGNÓSTICO.
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