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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP MBA EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL E SUPPLY CHAIN Maurício de Ávila Pinto IMPORTAÇÃO DE MÁQUINAS – UM ESTUDO DE CASO São Paulo 2013 Maurício de Ávila Pinto 9002613 Orientação Prof. José Luiz Borges Bandeira IMPORTAÇÃO DE MÁQUINAS – UM ESTUDO DE CASO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de MBA EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL E SUPPLY CHAIN da Universidade Paulista Unip, orientado pela Prof. José Luiz Borges Bandeira, como requisito para obtenção do título de especialista em MBA EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL E SUPPLY CHAIN. São Paulo 2013 Pinto, Maurício de Ávila. Importação de máquinas : um estudo de caso / Maurício de Ávila Pinto. – 2013. 66 f. : il. color. + CD-ROM Monografía (especialização) – Universidade Paulista, 2013. Orientação: Prof. Jose Luiz Borges Bandeira Dedicatória Dedico este trabalho a minha Esposa Ana Lúcia, minha filha Thifani e meus pais José Escolástico e Amélia que confiaram em meu potencial para esta conquista. Obrigada por sempre estarem ao meu lado me dando carinho, apoio, fé, confiança e incentivo. Amo vocês! Agradecimentos Acima de tudo a Deus, por me privilegiar, a minha esposa Ana Lúcia, minha filha Thifani e aos meus pais José e Amélia, que mesmo estando longe torceram e deram incentivos para chegar aonde cheguei. Pela confiança e amor que me fortalece todos os dias, agradeço também a empresa Panmachine pela confiança de me fornecer o material real de toda operação de uma importação, ao professor, José Luiz Borges Bandeira, que foi um orientador que esteve sempre presente, esclarecendo minhas dúvidas, tendo muita paciência e competência, obrigado por todos os ensinamentos. Obrigado! Frase Eu sei que posso mais. RESUMO Este trabalho aborda o estudo e análise de um processo de importação de uma máquina com todos os detalhes, desde a encomenda até o desembaraço final passando pela avaliação de preço e análise dos custos envolvidos para tomar sugestões e recomendações à empresa em foco sobre como obter os melhores benefícios, principalmente ao processo logísticos e todos os seus desdobramento. Palavras-chave: Importação, logística, desembaraço aduaneiro, despesas aduaneiras. ABSTRACT This paper deals with the study and analysis of the process of importing a machine with all the details from ordering until the end clearance through the evaluation of price and cost analysis involved to make suggestions and recommendations to the company focused on get the best benefits, especially the logistics process and all its unfolding. Keywords: Import, logistics, customs clearance, customs expenses. Lista de Abreviaturas e Siglas CCI Câmara de Comércio Internacional CIM Declaração de Expedição de Tráfego Internacional SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 11 2 IMPORTAÇÃO ..................................................................................................................................... 12 2.1 Definição de Importação ............................................................................................................. 12 3 EXPORTAÇÃO ...................................................................................................................................... 13 3.1 Definição de Exportação ............................................................................................................. 13 4 TIPOS DE TRANSPORTE MAIS USADO EM UM PROCESSO DE IMPORTAÇÃO .................................... 14 4.1 Transporte Rodoviário ................................................................................................................. 14 4.2 Transporte Ferroviário ................................................................................................................ 14 4.3 Transporte Aquaviário ................................................................................................................. 15 4.4 Transporte Dutoviário ................................................................................................................. 16 4.5 Transporte Aéreo ........................................................................................................................ 16 5 OS INCOTERMS ................................................................................................................................... 18 5.1 EXW – Ex Works .......................................................................................................................... 18 5.2 FCA – Fre Carrier ......................................................................................................................... 18 5.3 FAS – Free Alongside Ship ........................................................................................................... 19 5.4 FOB – Free On Board ................................................................................................................... 19 5.5 CFR – Cost And Freight ................................................................................................................ 20 5.6 CIF – Cost, Insurance and Freight ................................................................................................ 20 5.7 CPT – Carriage Paid To................................................................................................................. 21 5.8 CIP – Carriage And Insurance Paid To ......................................................................................... 21 5.9 DAP – Delivered At Place ............................................................................................................. 22 5.10 DAT – Delivered At Terminal ..................................................................................................... 22 5.11 DDP – Delivered Duty Paid ........................................................................................................ 23 6 FLUXOS REAIS DE UMA OPERAÇÃO DE IMPORTAÇÃO ....................................................................... 24 6.1 Pro Forma Invoice ....................................................................................................................... 24 6.2 Contrato de Câmbio de Importação ............................................................................................ 24 6.3 Comercial Invoice ........................................................................................................................ 25 6.4 Declaração de Importação .......................................................................................................... 25 6.5 Importador .................................................................................................................................. 26 6.6 Características do Produto .......................................................................................................... 26 6.7 Características da Embalagem .................................................................................................... 26 6.8 Preparação da Carga ...................................................................................................................27 6.9 Preparação para Transporte ....................................................................................................... 27 6.10 Transporte Internacional ........................................................................................................... 28 6.11 Descarregamento do Container ................................................................................................ 29 6.12 Transferência ............................................................................................................................. 29 6.13 Transit Time Total ...................................................................................................................... 30 6.13.1 Matriz 1 .................................................................................................................................. 31 6.13.2 Matriz 2 .................................................................................................................................. 31 6.13.3 Matriz 3 .................................................................................................................................. 33 6.13.4 Custo na Cadeia de Suprimentos ........................................................................................... 33 7 SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES ....................................................................................................... 35 8 ANEXOS .............................................................................................................................................. 36 7 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICA ............................................................................................................ 66 11 O estudo de caso foi realizado na empresa Panmachine que foi criada pelo grupo Pan Metal, a ideia se deu pelo simples fato de estarem importando máquinas para o consumo próprio para fabricação de peças aeroespacial começando assim a fazer importação para revenda. Para que eu pudesse realizar esta pesquisa comecei falando um pouco de exportação e importação para poder explorar a diferença entre as duas, tipos de transportes usado em situações de importação, todos os incoterms que podem fazer a diferença em uma operação aonde esses termos mostram qual a real responsabilidade entre comprador e vendedor além de ter influência em valores dependendo do tipo termo usada. A parte mais importante foi destrinchar uma operação de importação, explicar passo a passo para que se pudesse chegar à conclusão, existem anexos, documentos reais de uma operação de importação que foi realizada pela empresa Panmachine / Pan Metal, esses documentos estavam mostrando valores em reais e em dólar, mas foi usada uma taxa cambial fixa de R$1,8194 (anexo pag. 51) o dólar para toda a pesquisa, os valores em reais foi dividido pela taxa cambial para que a pesquisa fosse apresentada em uma única moeda, o dólar, foi um valor pego pelo autor em um dos anexos porque durante a operação de importação que é longa o dólar varia muito e precisava de um valor fixo, os valores apresentados no trabalho também não são reais o autor multiplicou ou dividiu por tantas vezes para ficar um valor proporcional, foi usado desenhos ilustrativos fornecido pela empresa para ajudar no entendimento da pesquisa, as fotos não são reais dos locais e sim só ilustrativas. Depois de todos os cálculos o autor foi obrigado a fazer alterações nos anexos como apagar valores, contatos, e-mails, registros, omitir o atual fornecedor dando um novo nome (KWY), tudo isso para preservar e respeitar a empresa Panmachine pelos documentos entregues ao autor aonde exigiu esta confidencialidade. 1 INTRODUÇÃO 12 Importação é compra de um serviço ou mercadoria de outro país, é o processo comercial e fiscal que consiste em trazer um bem, que pode ser um produto ou um serviço, do exterior para o país de referência aonde o procedimento deve ser efetuado via nacionalização do produto ou serviço que ocorre a partir de procedimentos burocráticos ligados a Receita do país de destino, bem como da alfândega, durante o descarregamento e entrega que pode ser por via Rodoviário, Ferroviário, Marítimo, Dutoviário e Aéreo. Importação é uma operação de relação de trocas entre países distintos, concernente à entrada de mercadorias contra a saída de divisas (Souza, 2003, p. 103). 2 IMPORTAÇÃO 2.1 Definição de Importação 13 Exportação é a venda de serviço e mercadoria para outro país, é à saída de bens, produtos e serviços além das fronteiras do país de origem. A atividade de exportação consiste na prática comercial de mandar para fora dos limites territoriais de um país artigos e/ou mercadoria nele produzidos (Souza, 2003, p. 19). 3 EXPORTAÇÃO 3.1 Definição de Exportação 14 O motivo da apresentação dos modais rodoviário, ferroviário, aquaviário, dutoviário e aéreo é os que são mais usados em uma operação de importação que se refere a minha pesquisa, existem diversos tipos de modais de transportes mas, cada um com sua finalidade e essas outras modalidade não se adequam a uma importação. O transporte rodoviário é o transporte feito por estradas, rodovias, ruas e outras vias pavimentadas ou não, com a intensão de movimentar materiais de um determinado ponto a outro, podendo ser nacional ou internacional, os mais usados para transporte de mercadoria são os caminhões, carretas e treminhões. Algumas das variáveis que envolvem os custos de transporte são: remuneração de capital, pessoal (motorista), seguro do veículo, IPVA, seguro obrigatório, custos administrativos, combustível, pneus, lubrificantes, manutenção e pedágio. Por ser limitado quanto ao espaço em comparação com as outras modalidades eles apresentam grande agilidade, flexível e versátil, o único capaz de realizar uma operação de porta a porta, também o único que se uni com as demais modalidades. Transporte ferroviário é a transferência de pessoas ou bens, entre dois locais geograficamente separados, efetuada por um comboio, automotora, o mesmo circula em via férrea composto por carris dispostos ao longo de um percurso determinado com sinalização e um sistema de eletrificação. 4 TIPOS DE TRANSPORTE MAIS USADO EM UM PROCESSO DE IMPORTAÇÃO 4.1 Transporte Rodoviário 4.2 Transporte Ferroviário 15 A operação é realizada por uma empresa ferroviária, que se compromete a fazer o transporte. O transporte ferroviário é o mais seguro dos transportes terrestres e é considerada uma parte fundamental da cadeia logística que facilita as trocas comerciais e o crescimento econômico. É o meio de transporte com uma elevada capacidade de carga e energeticamente eficiente, embora careça de flexibilidade e exija uma contínua aplicação de capital. Grande parte desse transporte esta ligado ao transporte de carga de baixo valor total, em grandes quantidades, entre uma origem e um destino, a grandes distâncias, enfim essas cargas são de minérios, produtos siderúrgicos, agrícolas, fertilizantes, entre outros. O transporte ferroviário tem sofrido significativas evoluções técnicas, tornando-se cada vez mais rápido, seguro, cómodo e económico. Com a evolução, houve a criação de vagões que dão resposta à necessidade de deslocação de certas mercadorias, como vagões frigoríficos, vagões cisterna, entre outros. A circulação de bens e mercadorias entre diferentes países obriga ao cumprimento de um agregado de formalidades, todas as mercadorias que circulam nas diversas redes ferroviárias têm de se fazer acompanhar por um documento identificativo denominado CIM (Declaração de Expedição de Trafego Internacional), que substitui o documento de trânsito, facilitando todo o procedimento.Conhecido também como transporte marítimo é um dos transportes aquaviários que utiliza como via de passagem os mares abertos, para transporte de mercadorias é o que representa a grande maioria nesta modalidade e o mais utilizado internacionalmente para o deslocamento de mercadoria através do planeta. Este transporte engloba todo o tipo de carga desde químico, combustíveis, alimentos, areias, cerais, minérios a automóveis e por ai adiante. 4.3 Transporte Aquaviário 16 A vantagem é que permite deslocar cargas de maior tamanho e em maior quantidade com menores custos associados em comparação com o transporte aéreo ou terrestre. A desvantagem é que tem pouca flexibilidade da carga, baixa velocidade, necessidade dos produtos transitarem nos portos e alfândega implicando assim um maior tempo de descarga, distância dos portos aos centros de produção. O transporte tubular é utilizado normalmente para transportar produtos através de condutores tubulares subterrâneos, normalmente petróleo e gás natural como gasoduto que é o gás natural, oleoduto que é o petróleo, o alcoolduto que é o etanol e minerioduto que é o transporte de minério. São meios de transporte mais seguro e econômico que existe para grandes quantidades, as vantagens é a redução de custos, diminuição de poluição. Transporte aéreo é o movimento de mercadorias pelo ar usando aviões ou helicópteros preferencialmente quando são urgentes ou de alto valor. Tem como grande vantagem à possibilidade de um transporte rápido de cargas aonde tem como grande vantagem à rapidez e como desvantagem o alto frete. A capacidade de armazenagem é reduzida dependendo do tamanho da aeronave, além de seus custos elevados é utilizado somente em circunstâncias especiais que podem justificar por apresentar um nível de perdas baixas para produtos de alto valor, o frete aéreo não se justifica em custo para artigos de baixo valor porque o alto preço do frete representaria muito do custo do produto. 4.4 Transporte Dutoviário 4.5 Transporte Aéreo 17 O ideal para esta escolha seria para médias e longas distâncias, em caso de produtos de alto valor agregado desta maneira são menores os custos com seguro e embalagem em função do menor tempo de transito. 18 Os Incoterms são termos, é à maneira da escolha correta e que melhor se aplica em uma negociação de importação, é acordado no acerto comercial entre vendedor e comprador além de envolver custos, mostra a responsabilidade de ambas as partes. São aceitas nas importações brasileiras quaisquer condições de negociação praticadas no comércio internacial, principalmente aquelas previstas pela CCI, na publicação n.560, vigente desde 01/01/2000. Entretanto, deverá ser sempre observado se a modalidade de transporte que será utilizada na vinda da mercadoria para o País é compatível com a condição negociada (Bizelli, 2002, p. 51). A mercadoria é colocada à disposição do comprador no estabelecimento do vendedor, ou em outro local nomeado, não desembaraçada para exportação e não carregada em qualquer veículo coletor. Este termo representa obrigação mínima para o vendedor. O comprador arca com todos os custos e riscos envolvidos em retirar a mercadoria do estabelecimento do vendedor. Desde que o contrato de compra e venda contenha cláusula explícita a respeito, os riscos e custos envolvidos e o carregamento da mercadoria na saída, poderão ser do vendedor. O EWX não deve ser usado se o comprador não puder se responsabilizar, direta ou indiretamente, pelas formalidades de exportação. Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte. 5 OS INCOTERMS 5.1 EXW – Ex Works 5.2 FCA – Fre Carrier 19 O vendedor completa suas obrigações quando entrega a mercadoria, desembaraçada para a exportação, aos cuidados do transportador internacional indicado pelo comprador, no local determinado. A partir daquele momento, cessam todas as responsabilidades do vendedor, ficando o comprador responsável por todas as despesas e por quaisquer perdas ou danos que a mercadoria possa vir a sofrer. O local escolhido para entrega é muito importante para definir responsabilidade quanto à carga e descarga da mercadoria: se a entrega ocorrer nas dependências do vendedor, este é o responsável pelo carregamento no veículo coletor do comprador; se a entrega ocorrer em qualquer outro local pactuado, o vendedor não se responsabiliza pelo descarregamento do seu veículo. O comprador poderá indicar outra pessoa, que não seja o transportador, para receber a mercadoria. Nesse caso, o vendedor encerra suas obrigações quando a mercadoria é entregue àquela pessoa indicada. Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte. O vendedor encerra suas obrigações no momento em que a mercadoria é colocada ao lado do navio transportador, no cais ou em embarcações utilizadas para carregamento, no porto de embarque designado. A partir daquele momento, o comprador assume todos os riscos e custos com carregamento, pagamento de frete e seguro e demais despesas. O vendedor é responsável pelo desembaraço da mercadoria para exportação. Este termo pode ser utilizado somente para transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre). 5.3 FAS – Free Alongside Ship 5.4 FOB – Free On Board 20 O vendedor entrega a mercadoria a bordo do navio no porto de embarque indicado, e a partir daquele momento, o comprador assume todas as responsabilidades quanto à perda e danos. A entrega se consuma a bordo do navio designado pelo comprador, quando todas as despesas passam a correr por conta do comprador. O vendedor é o responsável pelo desembaraço da mercadoria para exportação. Este termo pode ser utilizado exclusivamente no transporte aquaviávio (marítimo, fluvial e lacustre). O vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos necessários para colocar a mercadoria a bordo do navio. O vendedor é responsável pelo pagamento do frete até o porto de destino designado. O vendedor é responsável pelo desembaraço da exportação. Os riscos de perda ou dano da mercadoria, bem como quaisquer outros custos adicionais são transferidos do vendedor para o comprador o momento em há que a mercadoria cruza a murada do navio. Caso queira se resguardar, o comprador deve contratar e pagar o seguro da mercadoria. Cláusula utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre). A responsabilidade sobre a mercadoria é transferida do vendedor para o comprador no momento da transposição da amurada do navio no porto de embarque. 5.5 CFR – Cost And Freight 5.6 CIF – Cost, Insurance and Freight 21 O vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos e do frete necessários para levar a mercadoria até o porto de destino indicado. O comprador deverá receber a mercadoria no porto de destino e daí para frente se responsabilizar por todas as despesas. O vendedor é responsável pelo desembaraço das mercadorias para exportação. O vendedor deverá contratar e pagar o prêmio de seguro do transporte principal. O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mínima, de modo que compete ao comprador avaliar a necessidade de efetuar seguro complementar. Os riscos a partir da entrega (transposição da amurada do navio) são do comprador. Cláusula utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre). O vendedor contrata e paga o frete para levar as mercadorias ao local de destino designado. A partir do momento em que as mercadorias são entregues à custódia do transportador, os riscos por perda e danos se transferem do vendedor para o comprador, assim como possíveiscustos adicionais que possam incorrer. O vendedor é o responsável pelo desembaraço das mercadorias para exportação. Cláusula utilizada em qualquer modalidade de transporte. Nesta modalidade, as responsabilidades do vendedor são as mesmas descritas no CPT, acrescida da contratação e pagamento do seguro até o destino. 5.7 CPT – Carriage Paid To 5.8 CIP – Carriage And Insurance Paid To 22 A partir do momento em que as mercadorias são entregues à custódia do transportador, os riscos por perdas e danos se transferem do vendedor para o comprador, assim como possíveis custos adicionais que possam incorrer. O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mínima, de modo que compete ao comprador avaliar a necessidade de efetuar seguro complementar. Cláusula utilizada em qualquer modalidade de transporte. O vendedor deve colocar a mercadoria à disposição do comprador, no ponto de destino designado, sem estar desembaraçada para importação e sem descarregamento do veículo transportador. O vendedor assume todas as despesas e riscos envolvidos até a entrega da mercadoria no local de destino designado, exceto quando ao desembaraço e custos dos direitos de importação. Cabe ao comprador o pagamento de direitos, impostos e outros encargos oficiais por motivos da importação. Cabe ao comprador o pagamento de direitos, impostos e outros encargos oficiais por motivo da importação. Este termo pode ser utilizado para qualquer modalidade de transporte. A responsabilidade do vendedor consiste em colocar a mercadoria à disposição do comprador, não desembaraçada para importação, no terminal do porto ou local de destino designado. O vendedor arca com os custos e riscos inerentes ao transporte até o porto de destino e com a descarga da mercadoria no cais. A partir daí a responsabilidade é do comprador, inclusive no que diz respeito ao desembaraço aduaneiro de importação. 5.9 DAP – Delivered At Place 5.10 DAT – Delivered At Terminal 23 Terminal inclui qualquer local, coberto ou não, tais como um cais, um armazém, um terminal de container, um terminal aéreo ou rodoviário. O vendedor entrega a mercadoria ao comprador, desembaraçada para importação no local de destino designado. É o incoterm que estabelece o maior grau de compromisso para o vendedor, na medida em que o mesmo assume todos os riscos e custos relativos ao transporte e entrega da mercadoria no local de destino designado. Não deve ser utilizado quando o vendedor não está apto a obter, direta ou indiretamente, os documentos necessários à importação da mercadoria. Embora esse termo possa ser utilizado para qualquer meio de transporte, deve-se observar que é necessária à utilização dos termos DES ou DEQ nos casos em que a entrega é feita no porto de destino (a bordo do navio ou no cais). 5.11 DDP – Delivered Duty Paid 24 Para efeito deste trabalho foi selecionada uma operação real de importação a partir da compra realizada pela empresa Panmachine / Pan Metal do fornecedor KWY, maquinários de grande porte, tanto físico e em valor. A taxa cambial utilizada foi de R$1,8194 o dólar, o mesmo será utilizado como base nos valores encontrado nesta pesquisa. A sequência dos subtítulos vai mostrar passo a passo todo um processo real de importação, do início ao fim, irei seguir a sequência de toda documentação fornecida pela empresa Panmachine / Pan Metal, nesses documentos irei falar da fatura pro forma, contrato de câmbio, comercial invoice, NCM, taxas aplicadas, cargas tributários, modalidade de transporte utilizado, impostos, Incoterms aplicados, etc. A parte comercial de importação começa com uma Pro Forma Invoice, conhecida também como fatura pro forma, é uma cotação do produto aonde ambas as partes formalizam um contrato com todos os dados necessários tanto do comprador e vendedor, descrição do produto, preço, condições de pagamento. Como irão verificar no anexo pag.35 e 39 mostra o modelo de formulário preenchido da Pro Forma Invoice aonde a negociação foi de 30% de entrada no fechamento do contrato e 70% quando os maquinários estiverem prontos, sendo assim gerou duas Pro Forma Invoice. Com a Pro Forma Invoice fechada partimos para o Contrato de Câmbio de Importação, no caso da operação realizada o pagamento é a vista via transferência bancária aquele efetuado anteriormente ao desembaraço da mercadoria. 6 FLUXOS REAIS DE UMA OPERAÇÃO DE IMPORTAÇÃO 6.1 Pro Forma Invoice 6.2 Contrato de Câmbio de Importação 25 A vista dos documentos de embarque da mercadoria, encaminhados por via bancária para cobrança, com instruções de liberação contra pagamento. Neste formulário conforme anexo pag. 37, 38, 41 e 42 contem todos os dados do comprador e fornecedor, contas bancárias, tudo por intermédio de uma agência bancária. Quando os maquinários estiverem prontos é emitida a fatura comercial ou comercial invoice como é conhecida, ela é o documento hábil que define na compra e venda as condições da transação comercial, tudo aquilo que foi pactuado para não provocar desavenças entre as partes. Conforme anexo pag. 43 o formulário contem os dados do fornecedor e comprador, a pro forma invoice da negociação, descrição, quantidade e preço do produto, NCM, incoterms utilizado, peso e tipo de embalagem. Conforme anexo pag. 49, 50, 51 e 52 o despacho aduaneiro tem por base declaração formulado pelo importador, ou por seu representante, no Siscomex, devendo nela consultar informações gerais como importador, transporte, carga, pagamento, fornecedor, mercadoria, valor aduaneiro, Incoterms, tributos II (Imposto de Importação) e IPI. Deverá ser formulada uma única declaração de importação para cada conhecimento internacional, entretanto em função do tipo de produto, da via de transporte utilizada, da operação comercial desde que o importador se encontre em situação regular na Secretaria da Receita Federal poderá autorizar o registro de uma declaração desde que assegurados os meios de controle aduaneiro. Nesta fase, deverá o usuário selecionar o tipo de declaração e a modalidade de despacho aduaneiro que envolve a operação conforme as opções disponibilizadas pelo programa do Siscomex. 6.3 Comercial Invoice 6.4 Declaração de Importação 26 A Panmachine do grupo Pan Metal surgiu em 2009 já com um diferencial pelo mercado aonde a proprietária da Panmachine o grupo Pan Metal adquiriu 42 centros de usinagem para uso próprio utilizando as mesmas para fabricação de peças aeroespaciais. A partir desta experiência conhecendo 100% dos equipamentos que utiliza em sua sede, decidiu-se então a distribuir equipamentos no Brasil. Descrição do Produto: CENTRO DE USINAGEM CNC (anexo pag. 52). NCM: 8457.10.00 – Centros de Maquinagem. Carga não IMO, carga não perigosa, não se enquadra em nenhuma das classes de carga perigosa. Um container é de 40’ estufado com máquina (anexo pag. 50). Quantidade de 3 palete. 6.5 Importador 6.6 Características do Produto 6.7 Características da Embalagem 27 O palete contem uma máquina com 15.000 quilos (anexo pág. 49). Peso líquido de 15.000 quilos. Peso bruto 17.700 quilos. O local da estufagem é Taiwan no fornecedor. O formato da carga é paletizado. Incoterms usado é o 2010 FOB porto de Taichung. O material é disponibilizado no porto Taichung em Taiwan porque o Incoterms usado é FOB, Free on Board, FOB Taichung. Exportador: KWY 6.8 Preparação da Carga 6.9 Preparação para Transporte 28 Porto de Origem: Taichung - Taiwan A modalidade Incoterms – FOB Free on Board (anexo pag. 35), faz com que o importador seja responsável pelas despesas do transporte marítimo (frete marítimo) para o transporte do material a bordodo navio no porto de origem até o porto de destino. Despesa internacional por conta do importador aonde pelo relatório no anexo 27 o valor do frete internacional é de USD 2.834,45 (anexo pag. 61 e 64). A taxa cambial usada é de R$1,8194 o dólar. 6.10 Transporte Internacional 29 A mão de obra, desestiva do navio e o container é alocado em uma área definida, na Zona Primária, cujo prazo estimado é de até 10 dias para a nacionalização da carga, que será feita no Porto de Santos. Porto de Destino: Santos – Brasil Lead Time: Nacionalização -10 dias Over Free Time: Os containers vazios são disponibilizados ao armador dentro do free time, evitando assim a multa Demurrage. Processo realizado na Zona Primária, onde é feita a Nacionalização da carga pela Receita Federal, o container é carregado em uma carreta para facilitar o descarregamento do produto no local do importador. O custo para o transporte da carga do contêiner para uma carreta custa USD 1.368,18 (anexo pag. 61 e 64). Com o transbordo feito e o material liberado, o produto segue em transporte rodoviário para seu destino. Com a chegada da carreta, agilidade e segurança do descarregamento da carga é muito maior. 6.11 Descarregamento do Container 6.12 Transferência 30 Transporte Rodoviário Porto Santos - Brasil Destino Panmachine 6.13 Transit Time Total 31 O custo de transporte e carregamento é por conta do exportador que deve disponibilizar a carga a bordo do navio e liberada para exportação. USD 120.000,00 - Valor EXW, local do produto/exportador (anexo pag. 43). USD 120.000,00 - Total FOB Busan. KWY 3 Dias Taichung - Taiwan O custo com transporte, frete marítimo internacional e o valor do seguro correm por conta do importador, ou seja, collect. USD 2.834,45 - Frete Internacional (anexo pag. 61 e 64). 6.13.1 Matriz 1 6.13.2 Matriz 2 32 USD 122.834,45 – Total CFR – Santos 30 dias tempo de transito no transporte marítimo. Taichung - Taiwan 30 dias Porto de Santo - SP 33 Com o material no porto de Santos, desembaraço, transbordo e transporte rodoviário até a Panmachine, todo processo leva até 10 dias e são cobradas diversas taxas. USD 122.834,45 – Valor CFR – Santos. Despesas para desembaraço da carga e transporte (anexo pág. 61 e 64). Impostos: USD 14.950,13 – ICMS USD 2.585,68 – PIS USD 11.909,80 – COFINS USD 0,00 – IPI USD 17.231,09 – II – Imposto de Importação USD 46.676,70 – Sub Total Taxas: USD 1.613,02 – Armazenagem Portuária USD 82,44 – Fumigação Inspeção USD 126,41 – Taxa Liberação B/L USD 484,77 – SDA Desembaraço USD 117,89 – Taxa Siscomex USD 779,57 – AFRMM – Marinha Mercante USD 35,72 – Haldling USD 1.648,89 – Comissão Despachante USD 16,48 – ISPS Code USD 1.368,18 – Transporte Nacional USD 6.273,37 – Sub total USD 52.950,07 – Total Geral USD 175.726,34 é o total do custo da cadeia de suprimentos da Matriz 1,2 e 3 DDP São Paulo. 6.13.3 Matriz 3 6.13.4 Custo na Cadeia de Suprimentos 34 Led time total de 43 dias. Porto de origem Taichung - Taiwan. Destino Panmachine São Paulo. Porto de Origem Taichung - Taiwan Led Time Total de 43 dias Destino Panmachine São Paulo Custo Total de USD 175.726,34 35 Um aspecto importante é o processo documental, o trabalho mostra que foram necessários documentos oficiais como Proforma Invoice, Contrato de Câmbio, Comercial Invoice, Extrato da Declaração da Receita Federal do Brasil – RFB, Nota Fiscal de Entrada, documentos esses aonde mostra um processo extremamente burocrático e especializado. Com a globalização o mercado de importação e exportação esta muito concorrida, cada vez mais entram e saem mercadorias dos países fazendo com que as empresas de transporte, despachantes apresentem propostas diferenciadas. A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural e política que barateou os meios de transporte e comunicação dos países do mundo permitindo maiores mercados para os países cujos mercados internos já estão saturados. Os processos de globalização interagem e aproximam pessoas, interliga o mundo, expandindo o relacionamento dos países realizando transações financeiras expandindo seus negócios até então restritos ao seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo globalizado permite tal expansão, porém, obtêm-se como consequência o aumento acirrado da concorrência. Contudo a rigorosa análise documental do fluxo dos processos inclusive com consulta de diversas fontes revelou que a empresa em foco pratica hoje o que há de mais moderno em termos de logística, acompanhamento, aferição de preço e gestão documental. 7 SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES 36 8 ANEXOS 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 SOUZA, Cláudio Luiz Gonçalves de. Roteiro prático de exportação e importação: sistema básico operacional / Cláudio Luiz Gonçalves de Souza. – Belo Horizonte: Ed. Líder, 2003 186 páginas. https://pt.wikipedia.org/wiki/Importa%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 13/04/2013 as 13:30 horas. http://pt.wikipedia.org/wiki/Exporta%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 13/04/2013 as 13:24 horas. BIZELLI, João dos Santos. Noções básicas de importação / João dos Santos Bizelli, Ricardo Barbosa. -- 9. Ed. -- São Paulo: Aduaneiras, 2002. 266 páginas. http://www.atlantaaduaneira.com.br/incoterms.html. Acesso em: 13/04/2013 as 13:20 horas. http://www.atlantaaduaneira.com.br/incoterms.html. Acesso em: 23/06/2013 as 9:14 horas. http://economia.ig.com.br/mercados/dolar-ptax-fecha-a-r-18194-baixa-de- 031/n1597705907731.html. Acesso em: 23/06/2013 as 9:19 horas. 7 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICA https://pt.wikipedia.org/wiki/Importa%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Exporta%C3%A7%C3%A3o http://www.atlantaaduaneira.com.br/incoterms.html http://www.atlantaaduaneira.com.br/incoterms.html http://economia.ig.com.br/mercados/dolar-ptax-fecha-a-r-18194-baixa-de-031/n1597705907731.html http://economia.ig.com.br/mercados/dolar-ptax-fecha-a-r-18194-baixa-de-031/n1597705907731.html 1 INTRODUÇÃO 2 IMPORTAÇÃO 2.1 Definição de Importação 3 EXPORTAÇÃO 3.1 Definição de Exportação 4 TIPOS DE TRANSPORTE MAIS USADO EM UM PROCESSO DE IMPORTAÇÃO 4.1 Transporte Rodoviário 4.2 Transporte Ferroviário 4.3 Transporte Aquaviário 4.4 Transporte Dutoviário 4.5 Transporte Aéreo 5 OS INCOTERMS 5.1 EXW – Ex Works 5.2 FCA – Fre Carrier 5.3 FAS – Free Alongside Ship 5.4 FOB – Free On Board 5.5 CFR – Cost And Freight 5.6 CIF – Cost, Insurance and Freight 5.7 CPT – Carriage Paid To 5.8 CIP – Carriage And Insurance Paid To 5.9 DAP – Delivered At Place 5.10 DAT – Delivered At Terminal 5.11 DDP – Delivered Duty Paid 6 FLUXOS REAIS DE UMA OPERAÇÃO DE IMPORTAÇÃO 6.1 Pro Forma Invoice 6.2 Contrato de Câmbio de Importação 6.3 Comercial Invoice 6.4 Declaração de Importação 6.5 Importador 6.6 Características do Produto 6.7 Características da Embalagem 6.8 Preparação da Carga 6.9 Preparaçãopara Transporte 6.10 Transporte Internacional 6.11 Descarregamento do Container 6.12 Transferência 6.13 Transit Time Total 6.13.1 Matriz 1 6.13.2 Matriz 2 6.13.3 Matriz 3 6.13.4 Custo na Cadeia de Suprimentos 7 SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES 8 ANEXOS 7 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICA
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