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Introdução à Fisiologia Renal 1 📑 Introdução à Fisiologia Renal Função e Organização Geral dos Rins e do Trato Urinário Componentes do Sistema Urinário Rins (par, retroperitoneal) Ureteres (transportam a urina desde os rins até a bexiga) Bexiga Uretra (porção final, eliminação da urina). Funções dos Rins Excreção de produtos indesejáveis do metabolismo, substâncias químicas estranhas, fármacos e metabólitos homonais (ex.: ureia, creatina, ácido úrico, metabólitod hormonais, produtos da degradação de hemoglobina). Regulação do equilíbrio da água e dos eletrólitos (composição dos líquidos corporais é determinasa, em ultima análise, pelo que os rins conservam no corpo). Produção de hormônios Renina (regulação da pressão arterial) Eritropoietina (estimula a produção de eritrócitos). Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Introdução à Fisiologia Renal 2 Regulação da pressão arterial (excreção de quantidades variáveis de sódio e água e síntese de renina). Regulação do equilíbrio ácido-base (secreção de íons H+ ou HCO3-). Regulação da produção de vitamina D (produção da forma ativa de vitamina D, 1,25-Di-hidroxivitamina envolvida no metabolismo do cálcio e do osso). Hidrólise de pequenos peptídeos (conservação dos aminoácidos, remoção dos peptídeos tóxicos e regula os níveis plasmáticos efetivos de alguns hormônios peptídicos). Os rins recebem um volume sanguíneo muito grande. O fluxo sangupineo para os dois rins corresponde de 20-25% do débito cardíaco. Organização Geral do Rim São dividios em duas porções principais: córtex e a medula renal. Néfrons → localizados entre o córtex e a medula. ARTERÍOLA AFERENTE → se localiza juntamente com uma porção do néfron e nessa junção acontece a filtração do sangue. Cálices maior e menor → estruturas que irão receber a urina e transportá-la para a pelve renal. Da pelve renal a urina vai para o ureter e para a bexiga em seguida. Introdução à Fisiologia Renal 3 NÉFRON São as unidades funcionais do rins, onde será produzida a urina. Há uma rede de capilares encapsulada pelo néfron, e essa cápsula é chamada de Cápsula de Bowman. Esse rede de capilares origina as arteríolas aferentes. O sangue chega pelas arteríolas aferentes, é filtrado e cai na rede de capilares que se localiza dentro da cápsula de Bowman. Esse filtrado (que ainda não é chamado de urina), prossegue ao longo da estrutura do néfron. Túbulo proximal → Ramo descendente da alça de Henle → Ramo ascendente da alça de Henle → túbulo distal → ducto coletor → bexiga urinária. Néfron é formado por: Corpúsculo renal → glomérulo + cápsula de Bowman Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Introdução à Fisiologia Renal 4 Estrutura tubular → túbulo proximal, alça de Henle, túbulos distal e ducto coletor. Cada região do néfron está ligada a uma função. Sistema Porta Renal Capilares peritubulates → fazem uma rede ao redor da alça de Henle. As alças de Henle são responsáveis pela reabsorção de água e íons e ambos passarão por difusão para os capilares peritubulares que conduzirão a água e os íons de volta para a circulação. A maior parte do que é filtrado é reabsorvido pelo néfron. Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Introdução à Fisiologia Renal 5 Néfrons Corticais e Justamedulares Néfron cortical (frequentes): glomperulo localizado na zona cortical externa; alças de Henle curtas, que penetram apenas em pequena extenção no interior da medula. Capilares peritubulares. Néfron justamedular: glomérulo localizado na zona cortical, próxima à medula; longas alças de Henle que avançam até a zona interna da medula. Capilares peritubulares especializados chamaso de Vasa Recta (papel importante na formação de urina concentrada). Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Introdução à Fisiologia Renal 6 Glomérulo A formação da urina começa com o moviemnto passivo da ultrafiltrado plasmático dos capilares glomerulares para o espaço de Bowman. O glomérulo consiste em uma rede de capilares suprida pela arteríola aferente e drenada pela arteríola eferente. TRANSPORTE DE ÁGUA E SOLUTOS AO LONGO DO NÉFRON Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Introdução à Fisiologia Renal 7 No túbulos proximal são reabsorvidos vários solutos: Na+, Cl-, K+, Ca2+, HCO3-, H20, Glicose, Aminoácidos , Vitaminas, Ureia e Colina. IMPORTANTE → em condições normais, TODA a glicose e aminoácidos são reabsorvidos, nenhuma concentração desses solutos é encontrada na urina. No ramo descendente da alça de Henle é reabsorvido apenas água, nenhum tipo de soluto é reabsorvido nessa região da alça. No ramo ascendente da alça de Henle são reabsorvidos: Na+, Cl-, K+, Mg2+, Ca2+, NH4+ Essa região da alça é impermeável a água. No túbulo distal pode haver secreção de íons como H+ e K+ e reabsorção de Ca2+, Na+, Cl-, e H2O. No ducto coletor há a reabsorção de Na+, K+, Cl-, Ca2+, HCO3-, H+, Ureia e H2O. Além disso, pode haver secreção de K+, H+ e NH4+. Reflexos da Micção Moyes & Schulte 2010. Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Introdução à Fisiologia Renal 8 A bexiga é formada por músculo liso e o esfíncter interno que ela possui também é formado por músculo liso e o esfíncter externo é formado por músculo esquelético. O esfíncter interno fica contraído passivamente e o externo também permanece contraído devido à um neurônio motor que dispara constantemente, mantendo o músculo estimulado. Quando a bexiga enche, receptores de estiramento presentes no músculo liso enviam sinais para o SNC por meio de um neurônio sensorial. Quando esse sinal chega lá, o SNC envia sinais para contração do músculo liso da bexiga, através de um neurônio parassimpático. Dessa forma a bexiga contrai, o esfíncter interno se abre e nesse momento apenas o esfíncter externo impede a micção, pois sua abertura é de controle voluntário. Quando o controle voluntário intervém, permitindo a ocorrência da micção, o neurônio motor para de enviar disparos para os músculos do esfíncter externo, Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Introdução à Fisiologia Renal 9 eles relaxam permitindo a abertura do esfíncter e assim o músculo da bexiga se contrai e a urina é expelida da bexiga. Composição da Urina 1. Filtração → movimento do plasma que está dentro do capilar glomerular para o interior da cápsula de Bowman. 2. Reabsorção → movimento de uma susbtância do túbulo para os capilares peritubulares que ocorre ao longo da estrutura tubular. 3. Secreção → movimento de substâncias do plasma para o interior do tubo. 4. Excreção urinária = Filtração - Reabsorção + Secreção. As susbtâncias não vão passar necessariamente por todos esses processos: Apenas filtração → susbtâncias como a creatina vão ser apenas filtradas e não serão reabsorvidas e nem secretadas. Sendo assim a quantidade de creatina excretada é IGUAL a quantidade filtrada (Excreção = Filtação). Filtração e reabsorção parcial → eletrólitos como Na+ e Cl- são filtrados e reabsorvidos em parte. Por isso, a quantidade excretada é MENOR do que a quantidade que foi filtrada (Excreção = Filtração - Reabsorção). Filtração e reabsorção completa → susbtâncias como os aminoácidos e a glicose são filtradas e são completamente reabsorvidas. Assim, não são excretadas (Excreção = 0). Filtração e secreção → susbtâncias como ácidos e bases orgânicas são filtradas e também secretadas, sendo assim, a excreção é MAIOR que a quantidade que foi filtrada (Excreção = Filtração + Secreção). Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017.
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