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Pincel Atômico - 04/01/2022 21:37:43 1/3 Avaliação Online (SALA EAD) Atividade finalizada em 18/10/2021 15:06:32 (tentativa: 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTÓRICOS [capítulos - 4,5,6] - Avaliação com 10 questões, com o peso total de 30,00 pontos Turma: Segunda Graduação: Formação Pedagógica para Graduados - Licenciatura em História - Grupo: SETEMBRO/2021 - FPGLICHIS [25448] Aluno(a): 91236262 - GUILHERME DE SOUSA POLICENA - Respondeu 9 questões corretas, obtendo um total de 27,00 pontos como nota Questão 001 Leia o texto a seguir. “O homem cordial pode ser visto como um tipo ideal weberiano: ele seria o precipitado de uma formação social caracterizada pela onipresença da esfera privada, logo, pelo primado das relações pessoais. Ora, a cordialidade não deve ser compreendida como uma característica essencialmente brasileira, mas antes como um traço estrutural de sociedades cujo espaço público enfrenta dificuldades para afirmar sua autonomia em relação à esfera privada. O conceito de cordialidade é um importante instrumento analítico para o estudo de grupos sociais dotados de elevado grau de autocentramento, portanto, em alguma medida, resistentes a pressões externas. ” (Rocha, João Cezar de Castro. Brasil nenhum existe. Folha de São Paulo, Domingo, 09 de janeiro de 2000). O texto acima propõe uma revisão da tese do “homem cordial”, desenvolvida pelo seguinte intelectual brasileiro: João Ubaldo Ribeiro. Afonso Arinos de Melo Franco. Machado de Assis. Ribeiro Couto. X Sérgio Buarque de Holanda. Questão 002 Leia o texto para responder às questões 6 e 7. “O desenvolvimento de diferentes áreas de estudo e a sofisticação das pesquisas elaboradas tornam complexa a tarefa de mapear as diversas tendências históricas que se entrecruzam no país, marcadas por uma grande variedade e riqueza, desde então. Das questões femininas e do gênero à masculinidade, da sexualidade às relações raciais, da história do público ao privado, da ciência à religiosidade e à magia, da cultura erudita à cultura popular e à mídia, da história social à história cultural, assistimos a uma crescente produção acadêmica, criativa, instigante e polêmica, nas últimas décadas. De modo geral, essa produção acadêmica procura acompanhar e atualizar-se com os desenvolvimentos teóricos e temáticos que se produzem no exterior, em especial, na França, Inglaterra, Itália, Estados Unidos, de onde vêm nossas principais referências teóricas, metodológicas e temáticas. Contudo, também fica clara a preocupação de trabalharem-se as especificidades locais das experiências históricas tal qual se constituem no país, nos diferentes estados, cidades e municípios e outras regiões, diferindo radicalmente, daquelas vivenciadas em outros contextos históricos. Segundo o texto, a pluralização das abordagens e temáticas que a historiografia brasileira passou nos anos 1990 se deveu ao fato de X os historiadores brasileiros procurarem se atualizar e acompanhar as mudanças ocorridas na historiografia produzida em outras partes haver uma demanda por diversidade e novas narrativas advindas dos movimentos sociais os historiadores perceberem que seria impossível produzir conhecimento histórico sem dialogar com cidades, regiões e estados haver internacionalização das instituições de ensino superior no Brasil, grandes produtoras de conhecimento histórico. modelos historiográficos desenvolvidos pelos próprios historiadores brasileiros terem sido apropriados pela historiografia estrangeira Questão 003 Leia. I. A produção do conhecimento histórico só pode ser feita a partir de registros deixados pelo homem, MAS II. esses registros não significam um acesso direto ao passado, devendo-se compreender suas nuances, pontos obscuros e questões não ditas. Sobre as afirmativas: a I está correta e a II falsa as duas estão erradas X as duas são corretas, e a II complementa a I as duas são corretas, mas a II contradiz a I as duas estão corretas e a II não dialoga com a II Pincel Atômico - 04/01/2022 21:37:43 2/3 Questão 004 Leia o texto. Estreará em alguns cinemas brasileiros, no próximo dia 31 de março, o vídeo 1964: Entre armas e livros. A produção é da Brasil Paralelo, uma produtora. [...] A empresa, contudo, afirma que, “como todo conteúdo gerado pela Produtora”, o vídeo “não possui qualquer viés político ou ideológico”: trata-se de “uma análise puramente historiográfica do Regime Militar no Brasil”. [...] Como se percebe, se a ideia de imparcialidade efetivamente não se aplica a esta produção, tampouco podemos supor tratar-se de uma “análise puramente historiográfica”, já que faltaria um tanto para que pudesse ser definido como análise e outro tanto para que pudesse ser chamado plenamente de historiográfico.” [...] O mesmo ocorre com o livro aqui resenhado, pois uma simples leitura já é suficiente para constatar equívocos factuais, erros interpretativos, desleixo documental e certos disfarces terminológicos. O termo tortura que nunca aparece no livro, por exemplo, se transforma em “extorsão de informação” e terrorismo de Estado é convertido em “política coibitiva”. Ou seja, trata-se de uma obra com claro viés político e ideológico, resultando paradoxalmente em algo que seus próprios autores e colaboradores condenam. O problema, gostaria de deixar claro, não é a existência do viés, mas sua vergonhosa negação. ” Disponível em: https://www.sul21.com.br/opiniaopublica/2019/03/a-historia-da-ditadura-contada-pelo-brasil-paralelo-por-fernando-nicolazzi/. Acesso em: 21 abril 2020. Sobre as obras produzidas pela Brasil Paralelo e suas relações com as finalidades do conhecimento histórico, é correto afirmar que o texto X faz uma denúncia do caráter político e ideológico das mesmas, evidenciando seus erros teóricos e metodológicos advoga que essas interpretações do passado humano procuram legitimar as interpretações consagradas pelos outros historiadores evidencia que todas as finalidades do conhecimento histórico, inclusive o entretenimento, devem ser validadas pelo historiador acriticamente defende a validade dessas interpretações alternativas sobre o passado humano releva os erros documentais e equívocos factuais em nome da liberdade dos autores Questão 005 Leia o texto. (ENADE) Vivemos em um mundo dominados por imagens e sons obtidos diretamente da realidade, seja pela encenação ficcional, seja pelo registro documental, por meio de aparatos técnicos cada vez mais sofisticados. E tudo pode ser visto pelos meios de comunicações e representado pelo cinema, com um grau de realismo impressionante. Cada vez mais, tudo é dado a ver e a ouvir, fatos importantes e banais, pessoas públicas influentes ou anônimas e comuns. Esse fenômeno, já secular, não pode passar despercebido pelos historiadores, principalmente para aqueles especializados em História do século XX. As fontes audiovisuais e musicais ganham crescentemente espaço na pesquisa histórica. Do ponto de vista metodológico, são vistas pelos historiadores como fontes primárias novas, desafiadores, mas seu estatuto é paradoxal. NAPOLITANO, M. A História depois do papel. In: PINSKY. C.B. (Org.). Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2005, p. 235 (adaptado). O paradoxo a que se refere o autor fica evidente no cinema, cujo realismo e o cuidado dispensado às produções históricas o convertem em fonte primária do passado e retratados nos filmes. no documentário, que ao se basear em pesquisa sobre a realidade configura uma fonte confiável X no videogame, cujas características tecnológicas, lúdicas e mercadológicas são elementos importantes para a sua classificação como fonte primária. no jornalismo televisivo, cujo controle exercido pela emissora sobre os conteúdos veiculados impedem de considerá-lo uma fonte primária na fotografia, cujas características técnicas a transformam em fonte primária neutra Questão 006 Leia o texto para responder a questão. A trajetória do homem na terra é indeterminada,em busca de sua própria razão de ser. A finalidade desse conhecimento não é explicar a razão de ser do homem na terra, não é dar uma justificativa do que aqui estamos fazendo. Sua finalidade é estudar e analisar o que realmente aconteceu e acontece com os homens, o que com eles se passa concretamente. Essa análise não é para buscar uma filosofia de vida. [...] Explicar as transformações sociais esclarecendo seus comos e porquês leva a perceber que a situação de hoje é diferente da de ontem. Isso pode nos permitir, seja uma grande satisfação proporcionada pelo conhecimento, seja um melhor embasamento de nossas situações concretas na sociedade, ou mesmo as duas coisas. Não estamos aqui falando em se tirar lições de moral da história. (BORGES, 1993, p. 53-54) ” Segundo o texto, o conhecimento histórico tem como tarefa X facilitar aos seres humanos a compreensão de sua historicidade fornecer modelos de conduta aos seres humanos inspirar por meio de exemplos as ações humanas embasar a ação de grupos sociais marginalizados e estigmatizados. proporcionar momentos de lazer e diversão Questão 007 Sobre o contexto de produção de conhecimento histórico no Brasil, é correto afirmar que somos herdeiros exclusivamente do passado colonial português. X a herança cultural de povos africanos e de indígenas pré-1500 e pós-1500 muitas vezes foi desconsiderada. as condições de produção desse conhecimento mantiveram-se basicamente semelhantes desde o século XIX. Pincel Atômico - 04/01/2022 21:37:43 3/3 as metodologias utilizadas para produção desse conhecimento avançaram bastante, mas em termos teóricos continuamos atrasados. nossa herança cultural se constituiu no período posterior a 1500 apenas. Questão 008 Leia o texto. “Para escrever o que realmente aconteceu, alguns historiadores, como é o caso de Leopold von Ranke, recorreram à legitimação da História por meio do uso de protocolos de pesquisa advindos da heurística documental e de uma racionalização objetiva, na qual a ideia de bom historiador estaria intimamente ligada com a sua capacidade de isentar-se das intenções discursivas dos documentos, na sua habilidade em apresentar-se por meio da imparcialidade e da neutralidade frente às fontes utilizadas. Uma boa história seria aquela capaz de ser contada pelo historiador, a partir das fontes em si.” FRANÇA, Cyntia Simioni. Introdução aos estudos históricos / Cyntia Simioni França, Evandro André de Souza, Julho Zamariam, Jó Klanovicz, Paulo César dos Santos. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. P.47-48. O procedimento adotado pelos estudos históricos do qual Leopold von Ranke é expoente e descrito no texto é a perspectiva etnocêntrica a valorização da diversidade de documentos a seleção de documentos com base em critérios subjetivos X a imparcialidade e neutralidade na análise das fontes históricas a não-separação entre sujeito e objeto na crítica das fontes Questão 009 Leia o texto para responder a questão. “Entre o final do século XIX e as primeiras três décadas do século XX, a noção de História foi sacudida, construída e reconstruída a partir de preocupações teórico-metodológicas e temáticas. Frente ao objetivismo e à defesa exacerbada da história política, voltada à exaltação de indivíduos e laudatória, alguns pensadores como François Simiand, Marc Bloch, Lucien Febvre pejoravam a história que era baseada em três ídolos (expressão de Simiand): o indivíduo, a data e o fato. Foram eles que, lançando uma revista nova de história, intitulada Annales d’Histoire Économique et Social, acabaram por articular uma nova forma de se fazer história, a ser difundida pelo grupo designado, posteriormente, de Escola dos Annales. As críticas sobre o documento, dentro desse grupo, seriam feitas por Fernand Braudel, que propunha a expansão ou dilatação do conceito, afirmando que o historiador não deveria apenas se pautar por documentos oficiais para construir seus enredos, mas por documentos diversos que emergiam do todo social. Civilização material, economia e capitalismo, uma coleção de três livros produzia por Braudel representa, certamente, um bom exemplo do que é o historiador, a partir da visão historiográfica dos Annales. Nela, Braudel faz uso de receitas, anotações, mapas, croquis.” FRANÇA, Cyntia Simioni. Introdução aos estudos históricos / Cyntia Simioni França, Evandro André de Souza, Julho Zamariam, Jó Klanovicz, Paulo César dos Santos. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. P.47-48. A tese central do texto é a de que a escola dos Annales renovou as concepções de documento histórico para compreender melhor a esfera política. advogou uma história social dos grandes homens e pensadores X ampliou o conceito de documento, ao incluir tanto os escritos oficiais como não-oficiais promoveu uma renovação teórico-metodológica nos estudos históricos defendeu uma história política Questão 010 Leia o texto para responder a questão. A trajetória do homem na terra é indeterminada, em busca de sua própria razão de ser. A finalidade desse conhecimento não é explicar a razão de ser do homem na terra, não é dar uma justificativa do que aqui estamos fazendo. Sua finalidade é estudar e analisar o que realmente aconteceu e acontece com os homens, o que com eles se passa concretamente. Essa análise não é para buscar uma filosofia de vida. [...] Explicar as transformações sociais esclarecendo seus comos e porquês leva a perceber que a situação de hoje é diferente da de ontem. Isso pode nos permitir, seja uma grande satisfação proporcionada pelo conhecimento, seja um melhor embasamento de nossas situações concretas na sociedade, ou mesmo as duas coisas. Não estamos aqui falando em se tirar lições de moral da história. (BORGES, 1993, p. 53-54) ” “A função da história, desde seu início, sempre foi fornecer à sociedade uma explicação sobre ela mesma.” (BORGES, 1993, p. 49). A alternativa que melhor explica a frase acima é que a história tem como função fornecer modelos de conduta aos homens. X é um conhecimento social produzido para compreender a própria sociedade. tenta resgatar o caráter edificante e sagrado dos homens é uma forma de abordagem do passado que procura lembrar os grandes feitos. procura transmitir para os homens da posteridade seus desejos e angústias.
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