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Fichamento de Comentário ou Analítico - O Caso dos Exploradores de Caverna

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ 
 
 
 
WELLINGTHON EVARISTO BARBOSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHAMENTO DE COMENTÁRIO OU ANALÍTICO DA OBRA “O 
CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS”, DO AUTOR LON L. 
FULLER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARINGÁ 
2020 
 
 
WELLINGTHON EVARISTO BARBOSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHAMENTO DE COMENTÁRIO OU ANALÍTICO DA OBRA “O 
CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS”, DO AUTOR LON L. 
FULLER 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Fichamento de Comentário ou 
Analítico apresentado à Universidade Estadual 
de Maringá como exigência parcial para a 
obtenção de nota na avaliação do 1° bimestre da 
disciplina de Pesquisa Jurídica, sob a orientação 
da Prof.ª. Dra. Valéria Silva Galdino Cardin. 
 
 
 
 
MARINGÁ 
2020 
 
 
FICHAMENTO DE COMENTÁRIO OU ANALÍTICO 
 
 
Título Principal: O caso dos exploradores de cavernas Número de ficha: 1 
 
FULLER, Lon L. O caso dos exploradores de cavernas. Tradução do original inglês e 
introdução por Plauto Faraco de Azevedo. Porto Alegre, RS: Fabriz, 1976. 
 
“O caso dos exploradores de cavernas” é indiscutivelmente um livro clássico dentro dos 
cursos de direito no mundo todo. Sua popularidade é tão notória que antes mesmo de iniciar a 
graduação já tinha conhecimento de que viria a lê-lo. Na introdução dessa edição, Plauto Faraco 
de Azevedo, faz um excelente trabalho de forma concisa e clara apresentando informações 
referentes ao caso (que por incrível que pareça é fictício), a Lon L. Fuller e às inspirações do 
livro, sem deixar de instigar a curiosidade dos leitores a fim de ficarem a par de todos os detalhes 
que virão. 
Eu li em três blocos: do começo até a metade, repeti a metade e o final. Inicialmente tive 
uma leitura com uma visão mais “condenatória” a respeito dos quatro homens. Não sei 
exatamente a razão, mas foi algo no sentido dos espeleólogos terem assassinado Roger 
Whetmore - o então líder da expedição - e se alimentado da carne dele para manter suas vidas, 
mesmo já estando cientes de que o resgate trabalhava incessantemente. Não teria sido uma 
decisão precipitada? Por que não escutaram a opinião do líder e resistiram por mais sete dias? 
Uma vida vale mais do que as outras? Que acepção foi essa? Onde estão as crenças, valores e a 
moral desses homens? 
Todavia, após novas análises e “flash’s” de reflexão ao decorrer das páginas fui 
captando detalhes importantes que me trouxeram uma nova perspectiva sobre o cenário e os 
agentes atuantes na tragédia. Desde já, é importante salientar que a morte teve o pré-
consentimento da vítima por meio de um “contrato oral” e que todas as informações que não 
foram compartilhadas com o meio externo são fruto de depoimentos dos envolvidos no caso, 
agora condenados pela Suprema Corte de Newgarth. Sabemos, até que se prove o contrário, 
que houve um sorteio para eleger o “boi de piranha” por meio do lançamento de dados e logo 
em seguida a consumação dessa catástrofe, digna de roteiro cinematográfico, que 
indubitavelmente foi uma situação extraordinária. Os envolvidos não tinham noção de tempo, 
estavam afetados em todos os níveis: físico, psíquico, emocional e espiritual. Ademais, todos 
foram postos em ‘xeque’ dentro daquela caverna. Se instaurou um bloco que alterou aquelas 
vidas em dois cursos: antes e depois do soterramento. Há quem diga que o que houve lá dentro 
 
 
 
Número de ficha: 2 
talvez seja uma conspiração ou até um surto instintivo pela sobrevivência, entretanto, há trechos 
de Foster e até mesmo de Keen, na obra, que permitem convergir essas explanações a um ponto 
que prova o contrário: os espeleólogos estavam sob o intenso e constante terror. Aquelas 
histórias, aquelas vidas sofreram! O que ainda não me faz sentido é a maneira 
descompromissada com a qual a Corte julgou, no meu ponto de vista, rapidamente e 
superficialmente aqueles homens que talvez demorem anos para entender a sucessão dos fatos 
naquela caverna. Seria justo penalizar com a morte quem recorre a fins extremos pela vida? Me 
parece antitético! Isso nos leva a outro questionamento: será que Newgarth trata com respeito 
e dignidade a vida? Aqueles magistrados estavam “preparados”, no sentido de aparados, para 
um caso dessa magnitude? Como aquele empate não foi questionado com maior atenção? 
 Enfim, contestações não faltam quando se é debatido sobre vida e aquilo que está acima 
dela a (sobre)vivência. A Zetética Jurídica e a psicanálise poderiam ter sido usadas na solução 
desse caso, visto que as suas contribuições são muito relevantes no sentido de análise e busca 
do entendimento do que estava acontecendo dentro da psique daqueles sujeitos, considerando 
suas experiências de vida, seus temperamentos, ou seja, tudo que desencadeou a tomada 
daquelas decisões por cada um dos sujeitos, e o grau de envolvimento que tiveram 
individualmente. Talvez por esses motivos já ficássemos tentados e pensar se a adoção de 
julgamentos individuais não teria sido mais justa para solucionar esse caso ou se a 
implementação de um corpo de juízes maior e mais variado não seria mais coerente. Sendo 
assim, concluo que Lon L. Fuller fez uma excelente ficção jurídica capaz de colocar as pessoas 
em discussões sobre pontos de vista diferentes e até complementares. Cada detalhe, cada 
decisão é uma reflexão inovadora. Um livro que não só nos leva para dentro da discussão 
jurídica, mas nos traz para fora da caverna, junto dela. 
 
 
Biblioteca: Professora Dra. Valéria Silva Galdino Cardin

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