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Educação à Distância e democratização

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Universidade de Brasília
Faculdade de Direito
18/0103474
18/0139487
18/0122584
Educação à distância: Uma alternativa na democratização do direito à educação do ensino
superior para populações de baixa renda
Professora: Doutora Loussia Penha Musse Félix
Disciplina: Pesquisa Jurídica
Brasília
2018
1
RESUMO:
Este paper tem como objetivo analisar como a adoção do ensino a distância tem
promovido maior acesso ao ensino superior em território brasileiro.
No Brasil existe uma disparidade na oferta do ensino de nível superior, o que faz com
que nem todos os cidadãos possuam oportunidade de acesso a uma universidade, sendo estes,
principalmente, os que se encontram em estado de vulnerabilidade social. Por se encontrarem
em tal estado, esses indivíduos, mesmo com as medidas afirmativas já existentes, possuem
dificuldade em comparecer às instituições de ensino superior, o que torna o modelo presencial
inviável para os mesmos.
Através da análise de leis e medidas governamentais voltadas para o ensino a
distância, seu conceito, desenvolvimento e implementação, é possível determinar como essa
modalidade de ensino tem influenciado na redução das disparidades na oferta do ensino de
nível superior nos estados brasileiros, promovendo a democratização do acesso a este.
Abstract:
This paper has as its goal to assay how the introduction of distance learning has
provided a bigger access to higher education in brazilian territory.
In Brazil exists a disparity on the offer of higher education, which results in a situation
where not every citizen has the opportunity to join an university, these are mostly people in a
state of social vulnerability. Because they find themselves in such state, these individuals,
even with the already existing affirmative measures, have trouble attending to higher
education institutions, which makes the presential model impracticable for them.
Through the analysis of governmental laws and measures directed to distance
education, its concept, development, and implementation, it is possible to ascertain how this
education model has influenced on the reduction of disparity on the offer of higher education
in brazilian states, promoting the democratization of the access to it.
1. Metodologia
O Estudo do ensino a distância como um elemento de democratização do ensino
superior tem por objetivo promover essa modalidade de ensino, posto que o sistema EaD,
apesar das diversas vantagens, ainda hoje sofre diversas críticas e por isso impede a sua
expansão. O tema “Educação a distância” é bastante discutido atualmente devido a sua
familiarização com os avanços tecnológicos, que trabalham conjuntamente com essa
2
modalidade de ensino. Durante o estudo do tema, é possível perceber que ainda que não haja
diferenciação no reconhecimento curricular da modalidade a distância e da modalidade
presencial, é notório a diferença entre a demanda por cursos presenciais. Outro ponto, também
esclarecido durante a pesquisa, trata-se sobre a necessidade da modalidade a distância por seu
caráter de expansão do ensino superior à parcelas da população que não podem frequentar o
ensino superior presencial.
2. Introdução
Entende-se atualmente que o ensino a distância atualmente é a modalidade de ensino
onde não há interação física entre professor e aluno durante a aprendizagem do conteúdo
curricular. Dentro das discussões controversas sobre a temática, encontram-se diversas
críticas, como por exemplo, sobre a efetividade desse método de ensino. Porém encontram-se,
também, diversos pontos que favorecem a necessidade da modalidade a distância. Esta
pesquisa defenderá a educação a distancia como um método benéfico para a democratização
do ensino superior devido à dispensabilidade da presença física do aluno, o que expande o
ensino a pessoas que não tem disponibilidade, por diversos fatores, de locomover-se até uma
universidade de ensino presencial.
Além disso, tratar-se-á sobre o direito à educação, garantia constitucional, como forma
de argumentação da necessidade de métodos efetivos para universalização do ensino e como o
direito à educação foi tratada pelas diversas constituições através da história brasileira.
Também é possível encontrar a passagem da educação à distância, desde sua primeira citação
na lei de diretrizes e bases até sua regulamentação efetiva em 2005, e sua expansão com a
criação do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB).
3. Direito à educação
Assim como todos os países, o Brasil é um país que sofre com diversos
problemas sociais, dentre eles está à desigualdade de acesso ao ensino superior.
Fatores econômicos, culturais, políticos, pessoais e sociais podem interferir
negativamente nesse problema. Por outro lado tem-se a busca pela minimização dessa
desigualdade. Observando as dificuldades da vida social e o avanço das tecnologias
surge à implementação do ensino a distância como forma de democratização do ensino
superior.
3
Para entender o ensino a distância como uma forma de democratização do ensino
superior é necessário compreender o direito à educação garantida por diversos artigos
da constituição de 1988. Entretanto, para chegar à garantia constitucional vigente
foram necessárias diversas discussões e modificações nas constituições passadas, visto
que ocorreram mudanças significativas durante a história brasileira.
O primeiro passo para o direito a educação é visto pela primeira vez na constituição de
1824 a qual decreta a gratuidade do ensino básico para todos os cidadãos (BRASIL,
1824). A conquista do ensino básico gratuito foi de grande relevância para o passo
futuro de direito a educação, pois surge a oportunidade de alfabetização da população
e com ela espaço para debate da importância do ensino. Posteriormente, é promulgada
a lei de 15 de outubro de 1827, a primeira lei geral da educação no Brasil. Essa lei
trazia consigo diversas inovações para o desenvolvimento da educação como:
1-Obrigatoriedade da existência de escolas de primeiras em todas as cidades as cidades;
2- Realocação de professores para cidades com maior população;
3- Remunerações dos docentes;
4- Instituição das disciplinas obrigatórias: Gramática, Matemáticas, Noções de Geometria,
princípios do cristianismo, leituras das constituições do império e história do Brasil;
5- Bonificações dos professores.
Essa Lei foi de tal importância que futuramente, pelo decreto Nº 52.682 de
1963, foi criado o dia do professor datado para a data de 15 de outubro em
homenagem a primeira lei geral da educação no Brasil.
Todavia, durante bastante tempo após a promulgação dessa lei o ensino ainda não era
previsto como obrigatório para todos. Apesar de impor sanções aos responsáveis que
não matriculavam seus filhos em escolas, antes da Constituição de 1934 houve
decretos que restringiam o ensino obrigatório apenas para jovens abaixo de quatorze
anos e que viviam em um raio de um quilometro e meio de distancia de uma escola
publica (BRASIL,1879). Este tipo de decreto tornava a obrigatoriedade ineficaz por
conta da extrema restrição do público atingido por ele.
Deste modo, apenas na constituição de 1934 que o ensino tornou-se, de fato,
um direito constitucional.
Art 149 - A educação é direito de todos e deve ser ministrada, pela família e pelos Poderes Públicos,
cumprindo a estes proporcioná-la a brasileiros e a estrangeiros domiciliados no País, de modo que
possibilite eficientes fatores da vida moral e econômica da Nação, e desenvolva num espírito brasileiro
a consciência da solidariedade humana. (BRASIL, 1934)
4
No artigo 150, observa-se a definição da obrigatoriedade do ensino primário
integral para jovens e adultos.
Art 150 - Compete à União:
Parágrafo único - O plano nacional de educação constante de lei federal, nos termos dos arts. 5º, nº XIV,
e 39, nº 8, letras a e e , só se poderá renovar em prazos determinados, e obedecerá às seguintes normas:
a) ensino primário integral gratuito e de frequência obrigatória extensivo aos adultos;(BRASIL, 1934)
A partir dessa constituição e suas diretrizes sobre educação, surgem debates sobre
a obrigação do estado perante a obrigatoriedade escolar. Assim, segundo a
interpretação de Gustavo Capanema, o Estado não tinha o dever para com o indivíduo
quando se tratava de obrigatoriedade escolar como é retratado por José Silveiro Baia
Horta: “Assim, para Capanema, o conceito de obrigatoriedade escolar, tal como se
apresentava na legislação, não implicava dever do Estado perante o indivíduo, mas
somente dever do indivíduo perante o Estado” (Horta,1998).
Outra significativa mudança ocorreu no ramo educacional com a aprovação da Lei
de diretrizes e bases da educação, trata-se da lei Nº 4.024 de 20 de dezembro de 1961.
Além da regularização do ensino brasileiro, essa lei traz em seu Art. 2º a afirmação
que “A educação é direito de todos e será dada no lar e na escola” (BRASIL, 1961).
Afirmando mais uma vez a educação como direito da população. É importante
ressaltar o aspecto da obrigação do poder público de assegurar o direito a educação no
Art. 3º terceiro e, também, as sanções impostas aos responsáveis por crianças que não
cumprirem a exigência da matrícula obrigatória de seus filhos em idade escolar
previstas no Art. 30.
Para a finalização do percurso para alcançar a formalização do direito à educação,
cita-se a constituição de 1988, que prevê no Art. 208 o dever do estado com a
educação e descreve-a como direito público subjetivo.
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. (BRASIL, 1988)
Ademais, pode se enfatizar dois artigos constitucionais os quais reforçam o
titulo da educação como um direito de todos. O primeiro deles pode ser encontrado no
capítulo II da constituição de 1988, que trata dos direitos sociais, o qual diz:
5
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição. (BRASIL, 1988)
Assim sendo, é importante reconhecer a educação como um direito social, pois,
conforme Rodríguez “Situar o direito à educação dentro dos direitos sociais significa
colocá-lo em destaque e conceder-lhe primazia.” e também implica a responsabilidade
de garantir à população o acesso ao ensino de qualidade ao Estado (Rodríguez, 2017).
O segundo texto constitucional encontra-se no capítulo III destinado à educação,
cultura e desporto. No Art. 205 a constituição deixa claro, novamente, a qualificação
da educação como direito de todos e reforça o dever do Estado e da família em
promovê-lo e incentivá-lo (BRASIL, 1988).
Visto isso, compreende-se que após várias mudanças nas normas a população
brasileira conquistou o direito à educação, incluindo a obrigatoriedade e gratuidade.
Mesmo sendo um direito garantido constitucionalmente, ainda é possível encontrar as
desigualdades de acesso ao ensino superior que algumas comunidades brasileiras
sofrem. Enfatizando ainda mais a problemática, é possível encontrar artigos na
constituição que garantem especificamente a universalização e a garantia da igualdade
de condições no acesso à educação.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de
colaboração seus sistemas de ensino.
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de
articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas
e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus
diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes
esferas federativas que conduzam a:
II - universalização do atendimento escolar;
Portanto, é claro a necessidade de soluções para o problema da dificuldade de
acesso ao ensino superior, visto que a educação é um dos pilares para a formação do
indivíduo e ela, como um direito social, tem papel de grande valor uma vez que “os
direitos sociais permitem às sociedades politicamente organizadas reduzir os excessos
de desigualdade produzidos pelo capitalismo e garantir um mínimo de bem estar para
todos” (CARVALHO,2009).
6
Ainda tratando sobre soluções, surge a visão do ensino a distância como um
elemento contribuinte para a democratização do ensino superior, dado que esta
modalidade de educação proporciona o ingresso na educação superior á
comunidades/pessoas que enfrentam desafios na vida social e não podem ingressar em
universidades por conta de fatores geográficos, sociais, econômicos, dentre outros.
O Ensino a distância na legislação brasileira teve sua primeira citação em
1996, na Lei Nº 9.394 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. A
LDB é composta por 92 artigos, sendo o artigo 80 o mais influente para a
concretização e regulamentação do ensino a distância no Brasil, proporcionando bases
para futuras discussões sobre a modalidade de ensino a distância.
“Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação
de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de
ensino, e de educação continuada.”
De acordo com Caram e Bizelli, esta lei confere visibilidade e legitimidade ao
ensino a distância por conta da responsabilidade atribuída ao poder público de
incentivar o desenvolvimento do ensino a distância. Porém, na prática, o desenrolar da
regulamentação desta modalidade de ensino só é realizada após a aprovação do
decreto Nº 5.622 de 19 de dezembro de 2005 (CARAM, 2017).
4. Educação à distância, Conceito, Implementação no Brasil e Características
No Brasil, a educação a distância aconteceu de maneira informal e não
regulamentada durante certo período de tempo, sendo utilizado principalmente através
de jornais e rádios durante grande parte do século XX. O artigo “Educação a
Distância: Conceitos e História no Brasil e no mundo” da professora Lucineia Alves
traz pontos importantes da história e da implementação do ensino a distância no
Brasil, alguns deles são:
• 1979 – a Universidade de Brasília, pioneira no uso da Educação a Distância, no ensino superior no
Brasil, cria cursos veiculados por jornais e revistas, que em 1989 é transformado no Centro de Educação
Aberta, Continuada, a Distância (CEAD) e lançado o Brasil EAD;
• 1992 – é criada a Universidade Aberta de Brasília, acontecimento bastante importante na Educação a
Distância do nosso país;
• 1995 – é criado o Centro Nacional de Educação a Distância e nesse mesmo ano também a Secretaria
Municipal de Educação cria a MultiRio (RJ) que ministra cursos do 6º ao 9º ano, através de programas
televisivos e material impresso. Ainda em 1995, foi criado o Programa TV Escola da Secretaria de
7
Educação a Distância do MEC;
• 1996 – é criada a Secretaria de Educação a Distância (SEED), pelo Ministério da Educação, dentro de
uma política que privilegia a democratização e a qualidade da educação brasileira. É neste ano também
que a Educação a Distância surge oficialmente no Brasil, sendo as bases legais para essa modalidade de
educação, estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9.394, de 20 de
dezembro de 1996;
• 2005 – é criada a Universidade Aberta do Brasil, uma parceria entre o MEC, estados e municípios;
integrando cursos, pesquisas e programas de educação superior a distância. (ALVES, 2011, pp. 88-89)
É importante notar que o recurso já vinha sendo utilizado poralgumas
instituições de ensino, apesar de não ser amparado legalmente até o ano de 1996
quando foram criadas a Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação
e sancionada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que traz uma nova
perspectiva para a difusão do ensino a distância.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ou lei N° 9.394 de 20 de
dezembro de 1996, além de estipular diversas regras e padrões para a educação
nacional, estabelece o ensino a distância como um método viável de educação,
tornando-o uma alternativa, ainda que tímida e pouco desenvolvida naquele momento,
ao modelo presencial, porém, sua expansão ocorre de maneira efetiva no ano de 2005,
durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, onde o ensino a distância pôde se
consolidar ainda mais, devido a um decreto presidencial que regulamenta o artigo 80
da Lei N° 9.349 de 1996 onde constam as primeiras normas governamentais para o
funcionamento do ensino a distância em território nacional.(BRASIL, 2005)
Partindo deste decreto, cria-se uma ideia mais clara e precisa de educação a
distância, que é definida no documento como:
Modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de
ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e
comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em
lugares ou tempos diversos. (BRASIL, 2005)
A partir disso, pode-se entender o ensino a distância como uma metodologia de
ensino na qual o professor e o estudante não interagem em um mesmo espaço físico ao
mesmo tempo. Mas para que isso funcione de uma maneira efetiva, necessita-se de um
meio para que as informações possam chegar até o estudante, por isso os meios e
tecnologias de comunicação e informação são imprescindíveis na prática do ensino à
distância já que a comunicação e o aprendizado se fazem com o amparo da
tecnologia.
8
Com o desenvolvimento dos meios de comunicação, essas interações passaram
a acontecer em espaços virtuais, que podem ser acessados pela rede de internet e que
são disponibilizados pelas instituições de ensino. Nesses espaços o estudante dispõe de
vídeos, textos, áudios, fóruns e outros meios para o auxílio no aprendizado das
disciplinas ofertadas pela instituição de forma não presencial e onde algumas
atividades são realizadas.
Apesar da disposição de tais ambientes virtuais, uma das medidas de
implementação do ensino a distância no decreto 5.622 é que parte das atividades no
ensino a distância devem ser, obrigatoriamente, de caráter presencial, avaliações,
estágios e defesas de trabalho de conclusão de curso devem ser feitas em uma unidade
da instituição que oferece o curso. Tal medida se mostra controversa, já que o intuito
da educação a distância é fazer com que a educação rompa barreiras geográficas, e o
fato dessa medida ser obrigatória restringe a expansão do aprendizado. (BRASIL,
2005)
Além dessas medidas, o decreto de 19 de dezembro de 2005 também
determina que o Ministério da Educação ficaria responsável por regular as instituições
que desejarem oferecer o ensino a distância, desempenhando o papel de
“credenciamento e renovação de credenciamento de instituições para oferta de
educação a distância e autorização, renovação de autorização, reconhecimento e
renovação de reconhecimento dos cursos ou programas a distância.” (BRASIL, 2005)
Tais ações seriam pautadas pelo Referencial de Qualidade para a Educação a
Distância e Referencial de Qualidade para a Educação Superior a Distância, no caso
de instituições de ensino que ofertam cursos de nível superior. São alguns dos critérios
avaliados, para o ensino superior a distância:
I - Concepção de educação e currículo no processo de ensino e aprendizagem;
II - Sistemas de Comunicação;
III - Material didático;
IV - Avaliação;
V - Equipe multidisciplinar;
VI - Infraestrutura de apoio;
VII - Gestão Acadêmico-Administrativa;
VIII - Sustentabilidade financeira. (BRASIL, 2007)
Com regulamentações concretas, que determinariam o funcionamento do
sistema de educação a distância, órgãos reguladores e as instituições que poderiam
oferecer a modalidade bem definidos, o governo brasileiro, em junho de 2006
9
desenvolve um dos decretos fundamentais para uma maior difusão do ensino superior
a distância, com a implementação de medidas impostas pelo decreto de número 5.800
que diz respeito ao sistema Universidade Aberta do Brasil.
No primeiro artigo do decreto são determinados os objetivos desse sistema,
sendo eles:
I - oferecer, prioritariamente, cursos de licenciatura e de formação inicial e continuada de professores da
educação básica;
II - oferecer cursos superiores para capacitação de dirigentes, gestores e trabalhadores em educação
básica dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
III - oferecer cursos superiores nas diferentes áreas do conhecimento;
IV - ampliar o acesso à educação superior pública;
V - reduzir as desigualdades de oferta de ensino superior entre as diferentes regiões do País;
VI - estabelecer amplo sistema nacional de educação superior a distância; e
VII - fomentar o desenvolvimento institucional para a modalidade de educação a distância, bem como a
pesquisa em metodologias inovadoras de ensino superior, apoiadas em tecnologias de informação e
comunicação. (BRASIL, 2006)
E junto desses objetivos, são apresentadas determinações a serem cumpridas
pelas instituições e pelo Ministério da Educação para o efetivo funcionamento do
sistema UAB (Universidade Aberta do Brasil):
Art. 2° O Sistema UAB cumprirá suas finalidades e objetivos sócio-educacionais em regime de
colaboração da União com entes federativos, mediante a oferta de cursos e programas de educação
superior a distância por instituições públicas de ensino superior, em articulação com polos de apoio
presencial.
§ 1° Para os fins deste Decreto, caracteriza-se o polo de apoio presencial como unidade operacional
para o desenvolvimento descentralizado de atividades pedagógicas e administrativas relativas aos
cursos e programas ofertados a distância pelas instituições públicas de ensino superior.
§ 2° Os polos de apoio presencial deverão dispor de infraestrutura e recursos humanos adequados às
fases presenciais dos cursos e programas do Sistema UAB.
Art. 3° O Ministério da Educação firmará convênios com as instituições públicas de ensino superior,
credenciadas nos termos do Decreto n°5.622, de 19 de dezembro de 2005, para o oferecimento de
cursos e programas de educação superior a distância no Sistema UAB, observado o disposto no art. 5o.
Art. 4° O Ministério da Educação firmará acordos de cooperação técnica ou convênios com os entes
federativos interessados em manter polos de apoio presencial do Sistema UAB, observado o disposto no
art. 5o. (BRASIL, 2006)
O sistema possui como principal função reduzir as desigualdades na
distribuição do ensino superior, expandindo o alcance dos cursos para áreas, antes,
10
pouco prestigiadas pelo ensino universitário.
No decorrer das últimas décadas, com as medidas apresentadas, o ensino
superior a distância pôde ser implementado e desenvolvido pelo governo brasileiro.
Com isso, foram geradas oportunidades de ingresso no ensino superior, que tem
beneficiado diversos setores da sociedade, que agora possuem um meio de realizar
uma graduação e especializações enquanto podem realizar outras atividades
necessárias para sua vivência.
5. EaD como uma forma de democratização de populações socialmente vulneráveis
O acesso à educação superior no Brasil é um problema presente e histórico, principalmente,
quando se trata de universidades públicas. Nesse contexto, é notório que as constantes
mudanças nas tecnologias da informação influenciaram de algum modo à sociedade e seus
indivíduos. Como consequência, novas formas de aprendizado entram em cena, como a
Educação à Distância.
O EaD surge com a proposta de mudança de paradigma educacional, em que tenta, dessa
forma,contrapor todo o ensino superior tradicional, na maioria das vezes elitizado e
excludente para populações de baixa renda, que, até então, predominava no sistema de ensino.
Com um viés democrático, essa nova forma de ensino possibilita uma maior disseminação do
conhecimento em vários âmbitos da sociedade, os quais, por diversos fatores sociais, não
possuíam a possibilidade de cursar o ensino superior presencial. Possibilita, dessa forma,
quebrar barreiras de distância, disponibilidade de tempo, renda, fomentando o conhecimento e
a troca de informações. Nos dias atuais, nos tempos da informação e da tecnologia, mais do
que nunca, a população quer “mudanças na formalização do ensino, ou seja, nas formas
sociais de condução e controle do processo de ensino e aprendizagem” (BISOL, 2010 apud
SILVA; CAFÉ; CATAPAN,2010,p.101). Ademais, o principal perfil do público que opta por
esse ensino são as classes C, D e E conforme o Censo EaD (2011), e, geralmente, filhos de
pais que não possuem ensino superior, também a grande maioria vive com até três salários
mínimos.
Além disso, em um país de profunda desigualdade social, como o Brasil, a educação é um
dos melhores propulsores para mudar essa realidade. É a partir da educação que se garante e
se constroem outros direitos em sociedade. Pessoas de baixa renda são as mais afetadas pelo
modelo tradicional de ensino, não disponibilizando de tempo e recursos para se dedicarem ao
11
ensino superior e são relegadas a subempregos, subsalários, moradias precárias, negação de
direitos fundamentais como à vida, à liberdade e à dignidade humana. É por meio da educação
que se constroem capacidades humanas que garantem uma vida mais digna, pois, “educar é
libertar. É preciso que a população excluída se conscientize de suas condições de
subexistência e tenha uma concepção de mundo que se coadune com seus ideais de libertação
para que possa alcançar a cidadania". (VARGAS, 2009, P. 17).
Entretanto, é importante salientar que a educação por si só não tem o poder de acabar com
as desigualdades sociais. O Estado, por meio da distribuição de renda, com políticas públicas
voltadas para essa questão é que possui papel primordial, a educação só é um meio para
atingir esse fim. A cidadania construída pela a educação é um caminho.
Fonte: Relatório "Brazilian Education - Is the student benefiting from higher education? Substantially, according
to labor survey" elaborado por JP Morgan em 21 de agosto de 2016.
O gráfico mostra como a diferença de escolaridade contribui para a manutenção das
desigualdades sociais.
Porém, para ser efetivamente democrática a educação à distância precisa ter qualidade de
ensino. É necessário ter materiais bons, completos e acessíveis, professores preparados e aptos
12
a lecionarem nessa nova forma de ensino, para assim, transmitirem o conhecimento de uma
maneira que haverá maior concentração do aluno, e, também, uma assimilação satisfatória do
conteúdo. Entretanto, há diversas problemáticas a serem superadas pelo o Ensino à distância
como dificuldade na utilização das tecnologias referentes a essa modalidade, obstáculos
intelectuais desse público (em sua grande maioria tiveram uma educação anterior precária), a
falta de uma relação e presença mais contundente com o professor e falta de autonomia do
aprendizado. A partir disso, é necessária uma ponderação do estudante frente aos prós e os
contras, e, assim, determinar se o EaD está de acordo com sua realidade e necessidade, desse
modo, obtendo um sucesso tanto no seu próprio desenvolvimento pessoal quanto profissional.
Fontes: MEC/Inep.
13
O gráfico acima dita que mesmo com as dificuldades nos cursos de EaD o número de
matrículas estão aumentando ao longo dos anos nas redes privadas, mostrando, dessa forma,
como a população está tendo, cada vez mais, uma percepção atraente para esse novo ensino.
5.1. Pontos negativos da Educação à distância
Há algumas barreiras referentes ao EaD que impossibilitam a necessária inclusão das
camadas mais pobres no ensino superior. Umas das questões ainda presentes é o preconceito
frente a esse ensino, que foge do tradicional e da zona de conforto dos alunos. Tanto o
mercado profissional quanto a população, em geral, “tem-se o preconceito em relação à
eficácia do aprendizado nas EaD e o efetivo acesso aos conteúdos” (ALMEIDA
FILHO,2015). Em relação ao uso dos materiais, de maneira competente, nota-se outra
problemática: as tecnologias envolvidas nos cursos. Pois, há uma gama da população,
principalmente a mais pobre, que não sabe manusear as plataformas disponibilizadas para
assistir as aulas, mandar os trabalhos, as atividades, entrar em contato com os professores, os
colegas, etc. Nesse sentido, é evidente a importância dos polos presenciais de ensino,
ajudando e orientando esses indivíduos, possuindo profissionais capazes para tentar suprir
essa dificuldade.
Ademais, outro ponto como crítico é a solidão vivenciada pelo aluno nesse processo. É
contundente que há uma limitação na interação de alunos, professores e colegas de curso. A
socialização contribui para a permanência do aluno no curso, mesmo diante das dificuldades
ao construir um vínculo de amizade à probabilidade de desistência cai nessa modalidade de
ensino. Desse modo, “nega a dialogacidade como essência da educação”
(FREIRE,1998,p.68).
Outrossim, os alunos, que em sua grande maioria procuram essa modalidade possuem
defasagens de aprendizado. Um dos maiores motivos para o aluno não conseguir entrar no
ensino superior é sua má educação básica, e mesmo ao atingir os problemas se tornam
barreiras, às vezes, intransponíveis para esses estudantes. Também, não desenvolveram, ao
longo de sua escolaridade, habilidades de autonomia e maturidade para serem autores
principais de seu processo de aprendizagem, desse modo, “além de ser estático e o aluno só
sentar, com pouco estímulo, é mais fácil, dessa forma, produzir tédio. Educação de caráter
14
essencialmente informativo e documentário, ela não tem como formar a experiência do
pensamento” (PATTO, 2013, p.312).
Como consequência, não conseguem concluir o curso ou concluem sem ter um
aproveitamento esperado. Nesse sentido, os cursos de EaD, em sua maioria, não possuem
nenhuma política no sentido de tentar inserir esses alunos, verdadeiramente, e garantir sua
permanência. As taxas de evasão em algumas instituições chegam a ser 50%, o que mostra, na
prática, o quanto esse tipo de ensino pode ser desestimulante e desafiador caso não haja uma
estimulação da permanência. Portanto, esse ensino “por força das políticas públicas
professadas na direção da democratização, aumenta a inclusão em todos os pontos da cadeia,
mas precarizam-se os processos educativos, que resultam, em mera oportunidade de
certificação, os quais não asseguram nem inclusão, nem permanência”
(KUENZER,2006,P.880).
Outro ponto a se considerar, são os interesses econômicos associados à Educação à
distância. Com um ensino cada vez mais voltado ao lucro e a formação de mão de obra para o
mercado de trabalho, o EaD acaba possuindo uma educação operacionalizada em que não visa
a construção de uma emancipação humana, pensamento crítico e valores. E também uma
desintelectualização do professor, o qual não produz mais o material e não planeja as aulas
(essas já estão estabelecidas e programadas por outros profissionais), não tendo mais
autonomia no seu trabalho. Geralmente, inclusive, escolhem um “inofensivo” que não
provocará reflexões e pensamentos críticos sobre a realidade.
5.2. Pontos positivos da Educação à distância
É evidente, desse modo, que o EaD é desafiador por haver dificuldades e particularidades
diferentes do ensino superior tradicional. Entretanto, há, também, aspectos positivos que
contribuem para a democratização, de fato, acontecer.
Um dos pontos favoráveis é o protagonismo que o aluno assume perante a construção da
sua própria instrução. O professor deixa de ser o único detentor do conhecimentoe
promovedor ou instigador da curiosidade e pensamento questionador. Dessa forma, em uma
plataforma de ensino de qualidade os alunos se sentirão muito mais encorajados de discutir e
trocar informações com outros alunos da disciplina, tornando, desse modo, a aula mais
dinâmica e interessante do que poderia ser em uma aula presencial, a qual, em muitos
momentos, não é aberta para a participação e cooperação. O estudante, outrora passivo,
15
desenvolve atitudes novas de destaque no processo de construção do conhecimento para si e
para os demais colegas.
Além disso, os indivíduos com problemas de locomoção são inseridos. As pessoas que
moram em lugares longínquos e com problemas de locomoção físicos, alguma deficiência,
terão acesso ao ensino superior, até de grandes universidades do país, sem saírem de suas
casas. Nesse contexto, as mulheres são a maioria a utilizarem o EaD, devido a dificuldade em
cuidarem dos filhos, da casa e/ou trabalharem e, mesmo assim, frequentar uma faculdade
presencial. O Ensino à distância, nesse sentido, promove a igualdade de oportunidades de
gênero, incluindo essas mulheres no contexto educacional, antes relegadas a trabalhos
domésticos ou jornadas duplas ou triplas de trabalho (fora e em casa).
Outro ponto é o obstáculo de algumas pessoas de se inserirem no contexto engessado
do ensino presencial. O perfil do aluno que opta por esse ensino, o EaD, de acordo com o
Censo 2014 (ABED,2014) evidencia um caráter dependente do trabalho, cerca de 50% a 70%
dos alunos dessa modalidade trabalham e estudam ao mesmo tempo. Portanto, esse ensino
permite que o aluno construa seus horários de estudo de acordo com sua rotina, encaixando
horários alternativos a partir de sua disponibilidade e horário preferível para estudar. O tempo
perdido, principalmente, em grandes cidades no deslocamento de casa para faculdade é
convertido em tempo útil de estudo. Também, o aluno cria seu próprio ritmo de estudo, de
acordo com aquilo que ele julga mais eficaz para seu processo de construção do
conhecimento, e não no ritmo de uma instituição.
Ademais, as mensalidades são baratas possibilitando mais pessoas a adotarem esse
ensino. As aulas possibilitam muitos alunos a participarem, pois, o fator espaço não é um
limitador. Além disso, os materiais e as aulas utilizadas são reutilizados para vários indivíduos
possibilitando diminuição de custos o que se reflete na mensalidade. As parcelas mensais são
mais em conta comparando-se com as presenciais, o que mostra uma maior democratização
de acesso para as camadas mais socialmente vulneráveis. Há também uma economia de
recursos, pois o custo associado ao estudo é bem menor, já que não há gastos com locomoção,
acomodação, alimentação, entre outros.
6. Conclusão
Este trabalho, portanto, partindo do viés proposto de direito à educação teve como
objetivo o questionamento, se, verdadeiramente, há uma democratização do ensino superior
16
promovida pela a Educação à distância. De fato, o EaD promove possibilidades antes não
vista por nenhum outro modo de ensino, incluindo parcelas da população e promovendo uma
maior disseminação de informação e conhecimento. Verificou-se, entretanto, que há certas
características que impedem essa modalidade de ensino ser completamente inclusiva, como
falta de qualidade de algumas instituições, dificuldades no processo de aprendizagem e
concentração, etc.
Ademais, a partir da conceituação do EaD e como ele se dá na prática, percebe-se que
essa forma de ensino tem suas vantagens frente a um ensino superior tradicional e excludente.
Comprovou-se um aumento no acesso ao ensino de pessoas que não tinham como frequentar
uma sala de aula, o surgimento cada vez maior de cursos ofertados, de tecnologias ofertadas e
oportunidades de aprendizagem, corroborando, desse modo, para a democratização
promovida por essa modalidade.
Por fim, apesar das críticas, conclui-se que é perceptível que o Ensino a distância está
em constante emancipação e é inegável a sua contribuição para que o Direito à Educação
chegue a âmbitos da sociedade mais vulneráveis. Ou seja, ele contribui para a
democratização.
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