Buscar

Atividade - Pesquisa jurídica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ 
 
VALENTINE KALLAS BACON 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE PESQUISA JURÍDICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARINGÁ 
2021 
VALENTINE KALLAS BACON 
RA: 125957 
T2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE PESQUISA JURÍDICA 
 
 
 
 
Atividade apresentada à disciplina de Pesquisa Jurídica, 
do curso de Direito da Universidade Estadual de Maringá 
como requisito para avaliação do segundo bimestre. 
 
Professora: Dra. Valéria Silva Galdino Cardin 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARINGÁ 
2021 
1. O que consiste no eixo teórico, quais são as teorias que ao longo dos anos tentam explicar o 
fenômeno jurídico? 
R: 
Por jusnaturalismo, ou Escola do Direito Natural entende-se a imensa corrente de 
jusfilósofos e juristas que davam primazia aos princípios anteriores ao homem, os princípios e 
regras ditos naturais, justas, como o princípio da dignidade humana e o princípio do direito à 
vida. Pode-se dizer, em linhas gerais, que essa escola foi fundada no pressuposto de que existe 
uma lei natural, eterna e imutável; uma ordem preexistente, de origem divina ou decorrente da 
natureza, ou, ainda, da natureza social do ser humano. Como se pode concluir, nessa teoria o 
Direito Natural fundamenta-se nos ideais de Justiça. São princípios atemporais e imutáveis, sem 
os quais, o direito torna-se injusto. São descobertos pela Razão e sistematizados por ela. 
Já o positivismo jurídico é a doutrina do positivismo de Auguste Comte aplicada no 
Direito. Parte dos mesmos princípios, nega abstrações metafísicas e especulações sem 
experimentação fática. Nessa corrente, o objeto de investigação do Direito deve ser apenas as 
normas jurídicas existentes e provenientes do Estado, excluindo os juízos de valor do Direito. 
Para o juspositivista, importa apenas estudar a realidade fática, sem considerar ideias 
irracionais, como o valor Justiça, do Direito. Esta corrente enxerga o direito somente como as 
normas emanadas do Estado, sendo que tudo fora dele não é direito, principalmente o direito 
natural, que é congênito e anterior ao Estado. 
Outra teoria é a da escola Exegética, sendo o Código Francês de Napoleão, de 1804, 
que impulsionou a ascensão da escola. A idolatria do referido código levou aos juristas a darem 
grande valor ao texto legislativo do código, partindo de pressupostos de completude da lei, isto 
é, um texto legislativo sem lacunas, como era vislumbrado o Code Napoleão, redundando na 
criação de um método de interpretação limitada ao texto legal e a intenção do legislador, 
relegando o hermeneuta a mero aplicador da lei sob a forma mecânica do silogismo. Nesse 
sentido, o verdadeiro jurista é aquele que parte do Direito Positivo para interpretar e aplicar, 
não procurando subsídios e repostas fora da lei em sua labuta, uma vez que a lei é completa e 
perfeita, cabendo ao jurisprudente dar sentido e amplitude de uma lei a partir de outra. 
A teoria normativista, ou teoria pura do direito, compreende o conjunto de estudos do 
austríaco Hans Kelsen que reduz o Direito a um só elemento: a norma jurídica. Compreende, 
pois, a corrente que define, desenvolve, e fundamenta o direito exclusivamente com elementos 
jurídicos. Para Kelsen, o Direito é uma ciência que tem objeto de investigação próprio, 
desvinculado de qualquer outra ciência, que é a norma jurídica, assim como pugna por um 
direito geral positivo, sendo a sua teoria de abrangência universal. Nesse sentido, Kelsen almeja 
separar o Direito de todas as demais ciências, a fim de torná-lo ciência autônoma, por isso, a 
denominação teoria pura, usada por Kelsen. Em síntese, o normativismo jurídico consiste em 
reduzir o Direito e o Estado à norma, bem como vislumbrar o Direito como ciência autônoma, 
independente das demais ciências humanas. 
Por último o sociologismo, ou escola sociológica, surgiu com Émile Durkheim, 
sociólogo do século XIX que influenciou o Direito com seus estudos. O sociologismo 
compreende a reunião de conceitos que vislumbram o Direito sob o prisma predominante do 
fato social, considerando-o mero componente dos fenômenos sociais suscetível de ser estudado 
segundo nexos de causalidade, assim como ocorre nas ciências naturais. É, pois, a corrente que 
se embasa no fato social para explicar o Direito. Nesse sentido, identifica o Direito não com lei 
ou com jurisprudência, mas com o fato social. Desvincula o Direito do Estado, concebendo-o 
como simples fenômeno social, primeiro formado pelo povo na forma de costume e depois 
transformado em lei estatal. 
 
2. O cientista pode ser absolutamente neutro? Se observa o real, a luz de um referencial teórico 
que por sua vez não é neutro, uma vez que é construído por ele seu objeto de conhecimento? 
R: 
Na modernidade, a ciência passou a exercer papel de primazia no que diz respeito às 
constatações da verdade e da falsidade acerca das coisas do mundo, em detrimento das demais 
formas de saber. Verificou-se, assim, a partir da racionalidade moderna, a supremacia do 
conhecimento científico. A cientificização do mundo, por sua vez, influenciou os demais 
campos do conhecimento, dentre os quais o próprio direito; advém, daí o positivismo jurídico. 
Ocorre, porém, que as características inerentes à ciência – dentre as quais, a neutralidade –, a 
partir da complexificação das relações sociais, passaram a se mostrar insuficientes para oferecer 
repostas às demandas dessa mesma sociedade, o que levou ao esgarçamento das disfunções 
desse paradigma positivista. Os cientistas costumam apregoar que a ciência veste o manto da 
imparcialidade. Mas os meios pelos quais ela é administrada sob a forma de tecnologia 
apresentam falhas, e a neutralidade científica é quase uma utopia. O caminho que se trilha 
através da ciência, enquanto instrumental, na busca pela verdade, depende de escolhas feitas 
por quem dela se vale; escolhas essas que variam de acordo com cada indivíduo. 
Muitos cientistas querem afirmar a neutralidade, mas a verdade é que somos 
naturalmente parciais. Nenhum ser humano pode reivindicar percepção completa do Todo. 
Sendo assim, a ciência, como fruto da criação humana, não é neutra. O mito da ciência pura e 
neutra é desconstruído por Marx, Weber e mais um monte de autores. Toda e qualquer 
observação de fatos não é desprovida de valores, e a própria escolha do objeto de pesquisa 
depende de preferências pessoais do pesquisador. Pesquisas científicas são financiadas por 
pessoas ou instituições com interesses políticos. Quem diz que é neutro basicamente está 
apoiando o status quo. Não há como ficar em cima do muro no mundo real. 
 
3. Pode-se afirmar que a objetividade é um processo infinito de aproximação? 
R: 
Podemos afirmar que a objetividade é um processo infinito de aproximação, que 
consiste no estabelecimento sobre incertezas e dúvidas diversas. Isso significa que o cientista 
busca sempre se afastar das inúmeras dúvidas, processo que o leva cada vez mais próximo de 
fatos objetivos. 
 
4. Quais os limites para a tecnologia? 
R: 
A incompetência da tecnologia para atribuir significado ético, jurídico e social a seus 
frutos, e decidir sobre o uso daquilo que inventa, caracteriza um necessário limite de sua atuação 
que exige permanente controle social. A tecnologia impõe seus próprios limites. O material 
humano, que podemos chamar de realidade não virtual, tem de ser a base da operação. Sãos as 
nossas mãos que movimentam a tecnologia. Nós a criamos; o perigo está em deixar nossa 
invenção sair de controle, como na história do feitiço que se volta contra o feiticeiro. 
 
5. Pode-se afirmar que a ciência nasce de uma teoria já dada? E de uma ideologia que já 
identificou os seus fatos à sua maneira? 
R: 
Sim, essa afirmação pode ser feita, pois a ciência nunca nasce de algo completamente 
inédito e nunca visto antes. Ela é o resultado de pesquisas e investigações que surgem a partirde informações previamente dadas. 
 
6. Pode-se afirmar que quando não houver evidência, haverá ignorância, dúvida ou opinião? 
R: 
Sim, podemos considerar a objetividade como complemento essencial, especialmente 
na demonstração científica, visto que a objetividade opera diretamente relacionada com a 
garantia da verdade, sendo a intenção que fundamenta a busca pelo conhecimento numa 
pesquisa científica e garante que o discurso se construa sobre a realidade e com a menor 
falsificação possível. 
 
7. Qual o critério mais seguro da objetividade? 
R: 
O critério mais seguro da objetividade reside no campo da linguagem exata, verificação 
experimental parcial e linguagem formal. É a disposição crítica do cientista que se concebe a 
partir de suas pesquisas e buscas por análises tão realistas quanto possíveis acerca do fenômeno 
que é o foco da investigação, uma vez que a objetividade do conhecimento encaminha o 
resultado para ser o fruto de esforço de adequação e apreensão da realidade tal como ela é. 
 
8. O que é verdade? E pode se afirmar que a noção de verdade deve ser introduzida do tempo 
humano? 
R: 
Verdade é a afirmação do que é correto, do que é seguramente o certo e está dentro da 
realidade apresentada, o problema dessa afirmação é que cada indivíduo tem o seu próprio 
conceito de verdade, portanto podemos deduzir que a verdade é variável para cada cientista, 
visto que estes possuem opinião própria. 
 
9. A quem cabe a responsabilidade pela utilização da ciência e da tecnologia? 
R: 
A ciência (isto é, o cientista) é responsável pelo uso que a sociedade faz da ciência; o 
cientista é responsável pelas consequências sociais da ciência. O cientista permanece 
responsável enquanto cientista porque o desenvolvimento social e a aplicação da ciência 
determinam, em considerável medida, o posterior desenvolvimento conceitual interno da 
ciência. 
 
10. Pode-se afirmar que a probabilidade das teorias é a condição Sine Non de sua cientificidade? 
R: 
 
Ressalvo que as teorias científicas não são verdades absolutas, logo, elas são provisórias 
para o período em que possuem vigência. Portanto, se existir uma resposta que se adeque 
melhor ao problema, a teoria pode se modificar. 
 
11. A ciência é uma atividade sem deontologia? 
R: 
Não, pelo contrário, a ciência deve ser uma atividade deontológica, pois a deontologia 
é concebida como um “dever moral” inserido em determinado campo de estudo, uma ciência 
que tem como foco o dever e a obrigação. A deontologia fundamenta-se na ética, compreende 
a análise profissional de princípios, regras de conduta, sendo, portanto, o próprio deve da 
ciência. Pensando no âmbito jurídico, por exemplo, pode-se definir a deontologia jurídica como 
ciência que se ocupa dos direitos e deveres dos operadores/profissionais do direito. 
 
12. Qual a importância da hipótese para a pesquisa? 
R: 
O conhecimento é produzido com base em fenómenos observados, factos conhecidos 
ou factos fundamentados em dados teóricos. Nesse contexto a elaboração de hipóteses é de 
suma importância. A hipótese para a pesquisa é importante, pois instiga o pesquisador a buscar 
um recurso metodológico para o problema apresentado e apresenta uma possível solução para 
ele. 
 
13. Qual o papel da epistemologia na ciência do direito? 
R: 
A epistemologia é a disciplina voltada ao estudo e ao controle das condições de 
possibilidade e validade do conhecimento científico. É na reflexão sobre a epistemologia de um 
campo disciplinar do conhecimento humano que podemos desvendar seus limites, interpor 
novas questões e superar velhos obstáculos. No caso do campo jurídico, faz-se necessário 
realinhar sua práxis com a práxis da pesquisa acadêmica, o que significa reconduzir, ao mundo 
jurídico, o primado da dúvida racionalista e da configuração histórica crítica.

Outros materiais