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Adaptações agudas e crônicas no exercício físico no músculo esquelético Atividade Física e Exercício Físico Atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que implica dispêndio (gasto) de energia; O exercício físico é um subset (subconjunto) da atividade física definido como um movimento corporal planejado, estruturado e repetitivo efetuado para manter ou melhorar um ou mais componentes da forma/capacidade física. Respostas adaptativas ao exercício físico ADAPTAÇÕES AGUDAS: são aquelas que acontecem durante e imediatamente após a atividade física. Podem ser fisiológicas ou biomecânicas. Ex: aumento da frequência cardíaca e da pressão, aumento da temperatura corporal, aumento da frequência respiratória. ADAPTAÇÕES CRÔNICAS: são aquelas que ocorrem após a sistemática realização de atividade física. Ex: hipertrofia muscular, aumento da massa magra, aumento da potência aeróbia. Músculo Esquelético Também chamados de músculos estriados, já que apresentam estriações em suas fibras (fibrocélulas estriadas), os músculos esqueléticos são os responsáveis pelos movimentos voluntários; estes músculos se inserem sobre os ossos e sobre as cartilagens e contribuem, com a pele e o esqueleto, para formar o invólucro exterior do corpo. FIBRAS LENTAS (TIPO I) - Oxidativas lentas / vermelhas: grande capacidade de metabolismo aeróbico e alta resistência à fadiga; - Parecem produzir menor tensão específica em comparação com as fibras rápidas; - As fibras Tipo I são mais eficientes do que as rápidas. Tipos de Fibras Musculares Fibras Musculares Tipo 1 Alta concentração de mioglobina; Grande número de capilares; Alta concentração enzimática. Tipos de Fibras Musculares FIBRAS RÁPIDAS (Tipo II) - Dois tipos: IIA e IIB - IIB: fibras de contração rápida ou fibras glicolíticas rápidas; - Apresentam um número relativamente pequeno de mitocôndrias, capacidade limitada de metabolismo aeróbico e são menos resistentes à fadiga do que as lentas. - Ricas em enzimas glicolíticas / grande capacidade anaeróbica - São as menos eficientes que todos os outros tipos. Fibras Musculares Tipo IIB Alta atividade da ATPase, que acarreta maior consumo energético por unidade de trabalho realizado B Tipos de Fibras Musculares IIA: fibra intermediária ou fibra glicolítica oxidativa rápida; Possuem características bioquímicas e de fadiga que se encontram entre as das fibras Tipo I e IIB; São extremamente adaptáveis; Podem elevar sua capacidade oxidativa a níveis iguais aos das fibras Tipo I (com treino de endurance). Fibras Musculares Tipo IIA Podem ser vistas como uma mistura das características das fibras Tipo I e Tipo IIB. Adaptações agudas e crônicas do exercício no músculo esquelético FORÇA: - O aumento da força induzido pelo exercício podem decorrer de duas maneiras: adaptações neurais e adaptações morfológicas; - Adaptações neurais (4 a 6 semanas) - Ocorrem no início de um treinamento, é o estágio inicial do ganho de força; - Aprende o movimento melhora o gesto motor gradualmente ganha força* *: mesmo sem ter graus de hipertrofia significativos. Adaptações agudas e crônicas do exercício no músculo esquelético Adaptações morfológicas (mais de 6 semanas) - São provocadas pela hipertrofia, que possui dois tipos: I – Provocada pelo aumento do tamanho das miofibrilas. Esse tipo de hipertrofia é chamada miofibrilar. II – O outro tipo de hipertrofia é a sarcoplasmática. I: crônica II: transitória Adaptações agudas e crônicas do exercício no músculo esquelético Segundo Maughan (2000) A hipertrofia das fibras (particularmente) das do tipo II ocorre em períodos mais longos de treinamento de alta intensidade ou treinamento de peso. Adaptações agudas e crônicas do exercício no músculo esquelético HIPERTROFIA MIOFRIBRILAR X SARCOPLASMÁTICA Adaptações agudas e crônicas do exercício no músculo esquelético VOLUME - O volume dos músculos esqueléticos podem ser estimulados pelos exercícios devido às sobrecargas tensionais e metabólicas; - A sobrecarga colocada em um músculo estimula os mecanismos de hipertrofia, hiperplasia e proliferação conjuntiva. Adaptações agudas e crônicas do exercício no músculo esquelético Hipertrofia consiste no acúmulo de proteína contrátil nas fibras tanto brancas quanto vermelhas; Hiperplasia consiste no aumento do número de fibras moleculares; Proliferação conjuntiva apresenta uma pequena contribuição para o volume muscular. Adaptações agudas e crônicas do exercício no músculo esquelético RESISTÊNCIA - É a capacidade de resistência à fadiga do organismo, executar um esforço estático ou dinâmico sem diminuir a qualidade do exercício em maior quantidade de tempo possível. *RESISTÊNCIA ANAERÓBICA - É a competência de poder realizar determinada atividade com alta intensidade em um período curto de tempo, como por exemplo: capoeira, ginástica olímpica, saltos, lutas, etc. Adaptações agudas e crônicas do exercício no músculo esquelético RESISTÊNCIA AERÓBICA - É a resistência com capacidade de suportar esforços intensos de grande duração sem que haja o acúmulo exacerbado de ácido lático, pois ela apela à utilização de oxigênio e dos nutrientes mais complexos para continuar o desempenho durante a atividade. *RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA - O atleta realiza a repetição de um determinado movimento num maior tempo possível sem que isso comprometa sua eficácia. E essa condição pode ocorrer em conjunturas tanto aeróbicas quanto anaeróbicas. Tem como objetivo desenvolver uma boa predisposição cardiovascular. É consequência desse tipo de treinamento a melhora da definição e fortalecimento da musculatura, diminuindo a gordura corporal. Adaptações agudas e crônicas do exercício no músculo esquelético RESISTÊNCIA DE FORÇA - É a capacidade de resistência a fadiga do organismo no que se diz respeito à performance de força de longa duração e também a eficácia do músculo de repetir movimentos idênticos durante um período maior de tempo. Adaptações agudas e crônicas do exercício no músculo esquelético ELASTICIDADE - É a capacidade da fibra muscular retornar o seu comprimento de repouso depois que a força do alongamento do musculo é removida. (HAMILL & KNUTEZEN, 1999); - Segundo Hall (2000) o comportamento elástico do musculo constitui de dois componentes principais: O componente elástico paralelo, proporcionado pelas membranas musculares, fornece energia quando o músculo é estirado passivamente; O componente elástico em série, localizado nos tendões, que atua como uma mola armazenando energia estática quando um músculo sob tenção é estirado. Adaptações agudas e crônicas do exercício no músculo esquelético A elasticidade do músculo deve-se principalmente ao componente elástico em série; A proliferação de tecido conjuntivo funcional estimulada pela sobre carga tensional explica o aumento da elasticidade observado nos músculos treinados com pesos e com exercícios de alongamento.
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