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Farmacocinética - Distribuição

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Farmacocinética - Distribuição
O fármaco é administrado no indivíduo, atravessa barreiras, então ele chega à
corrente sanguínea no compartimento central. Então esse fármaco na
corrente sanguínea se apresenta de duas formas:
- Fármaco ligado à proteína plasmática;
- Fármaco livre (sem estar ligado a nenhuma proteína).
Esse fármaco precisa ser distribuído pelo corpo, mas apenas o fármaco livre é
distribuído. Então quais os locais que ele pode ser distribuído? Local de ação
terapêutica, reservatórios teciduais, local de ação inesperada (onde ocorrem
as reações adversas), locais onde são metabolizados e locais onde serão
excretados.
Distribuição (metabolismo): é a passagem do fármaco que ocorre da
corrente sanguínea para líquido intersticial e intracelular. Essa passagem
pode ser afetada por fatores fisiológicos e também pelas propriedades
físico-químicas das substâncias.
Volume de distribuição aparente
Vda = Dose administrada_________________
[Fármaco presente no plasma sanguíneo]
Fármaco com Vda elevado = droga é distribuída à várias partes do corpo e a
quantidade presente no plasma é bem pequena;
Fármaco com Vda baixo = Maior parte do fármaco permanece no plasma,
provavelmente devido a sua alta afinidade com as proteínas plasmáticas.
Fatores que influenciam no volume de distribuição
Lipossolubilidade:
Fármacos mais lipossolúveis possuem Vda mais elevado, pois possuem uma
maior penetração no epitélio vascular e também eles se difundem mais
facilmente pelo organismo.
Perfusão sanguínea:
A distribuição de um fármaco pelo corpo dependerá da quantidade de líquido
presente em cada parte do corpo, ou seja, órgãos que recebem mais sangue
do corpo apresentam maior chance de receber os fármacos distribuídos e
órgãos que recebem uma menor quantidade de sangue vão apresentar
menos chance de receber os fármacos presentes na circulação sanguínea.
Quanto maior a perfusão maior a distribuição.
Ligação às proteínas plasmáticas:
Ao chegar na corrente sanguínea o fármaco pode se ligar a diversas proteínas
plasmáticas;
Fármacos livres atravessam o epitélio vascular;
Fármacos ligados à proteínas não conseguem atravessar o epitélio vascular
(não conseguem chegar ao seu local de ação, metabolização, etc.);
A alta afinidade do fármaco às proteínas plasmáticas diminui a distribuição do
fármaco, por isso quanto maior a afinidade com as proteínas menor a
distribuição e também há um aumento do tempo de ação do fármaco, porque
ele se manterá mais tempo circulando pelo corpo ligado às proteínas, então
demora mais tempo a ser metabolizado e excretado.
Exemplo:
Há dois fármacos A e B que apresentam afinidade com o mesmo tipo de
proteína plasmática.
Provavelmente existirá entre eles algum tipo de interação medicamentosa
farmacocinética de distribuição
Mas se o fármaco A apresentar maior afinidade com a mesma proteína
plasmática que o fármaco B tem afinidade, nesse caso o fármaco A deslocará
o fármaco B do sítio de ligação à proteína plasmática. Dessa forma a
concentração livre do fármaco B aumenta no meio intravascular e pode
causar alguns transtornos como a intoxicação pelo fármaco B. Essa interação
também resultaria na diminuição do tempo de meia-vida do fármaco B, ao
passo que, aumenta o tempo de meia-vida do fármaco A, porque ele estará
ligado à proteína.
A proteína plasmática mais importante no que diz respeito aos fármacos é a
albumina, essa proteína tem maior afinidade com fármacos ácidos. A
α-1-glicoproteína ácida tem maior afinidade com fármacos básicos.
Reservatórios de fármacos
Exemplos:
Fígado - Quinacrina
Gordura - Tiopental
Osso - Tetraciclina
Consequências:
● Manutenção das concentrações plasmáticas, pois o fármaco ao ser
armazenado nos tecidos ele não é metabolizado nem é excretado,
então ele acaba sendo liberado do organismo pouco a pouco;
● Redução das concentrações plasmáticas iniciais, isso porque ao ser
administrado, o fármaco é retido nesses reservatórios e não fica
disponível para ser distribuído;
● Prolongamento do tempo de ação do fármaco, ocorre porque ao não
ser eliminado do organismo, se mantém constantemente no organismo
aumentando assim seu tempo de ação.
Fatores fisiológicos que interferem na distribuição
Idade
Quanto maior for a idade, menor será a perfusão e a distribuição do fármaco.
Peso e tamanho
Quanto maior for o peso e o tamanho, menor a distribuição. Isso acontece
porque o espaço que o fármaco tem que ocupar em uma pessoa grande é
maior do que em uma pessoa pequena.
Hemodinâmica
Pacientes com insuficiência cardíaca tem menor distribuição do que uma
pessoa saudável.
Estado patológico
Ex: inflamação, edema, podem alterar a distribuição dos fármacos,
aumentando ou diminuindo a depender de cada caso.
Genético
Influenciam a distribuição.
Barreiras anatômicas
Barreira hematoencefálica:
● Protege o cérebro e medula espinhal;
● Dificulta bastante a passagem de diversos fármacos;
● Fármacos lipossolúveis possuem maior facilidade de atravessar.
Barreira placentária:
● Vasos sanguíneos do feto, revestida por uma única camada de células;
● É ainda mais fácil de ser atravessada do que a barreira
hematoencefálica o que acontece é apenas um retardo na transferência
de substâncias entre a mãe e o feto que pode ser entre 10 a 15
minutos;
● Plasma fetal é ligeiramente mais ácido do que o plasma materno,
portanto, quando uma substância atravessar essa barreira, ela corre o
risco de ficar aprisionada naquele meio devido ao pH, pois uma
substância não-ionizada possui mais chances de atravessar barreiras
do que uma ionizada. Ou seja, fármacos básicos ao atravessarem a
barreira placentária, têm chances de ficarem retidos lá, porque chegam
num ambiente mais ácido e se transformam na sua forma ionizada e
dificilmente voltarão para o sangue materno, isso pode ocasionar
situações gravíssimas ao feto.

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