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Resumos de Por: Tamires Paiva @tamipaivas I m p o r t â n c i a d o s e x a m e s A radiação X se caracteriza por ser uma forma de energia que se propaga no espaço, sob forma de ondas, sem apresentar massa, ou seja, é um tipo de radiação eletromagnética considera-se uma radiação ionizante. Exposição natural a radiação Entre 1 e 3 mSv/ano chegando 10 mSv/ano dependendo da região banana equivalente dose (0,0001 mSv) Propriedades dos Invisível; Produzem fluorescência em algumas substancias (dosímetro); Propagam-se me linha reta; Nunca são refletidos; Não sofrem desvios de um campo eletromagnético; Sensibilizam filmes fotográficos, radiografias e sensores digitais; Ionização celular indireta; Efeito deletério (causa danos, mutações) – câncer Efeito estocástico (proporcional a dose) - quanto mais recebe = mais danos Efeito cumulativo (despreza-se o reparo do dano) DAS RADIOGRAFIAS ODONTOTOLÓGICAS Radiopaco Tons cinza claro (ossos – coisas mais densas) Radiolúcido Tons cinza escuro (cartilagens, vasos sanguíneos, mucosa, polpa, forames) P e r i a p i c a i s Obter imagem do conjunto das estruturas componentes do órgão dentário e das estruturas adjacente – pelo menos 2 mm Princípios básicos 1. Anatomia dos dentes e dos maxilares; 2. Posicionamento da cabeça do paciente; 3. Ângulos de incidência do feixe de raio x; 4. Área de incidência dos raios x para cada região; Bissetriz Baseada da Lei da Isometria (Cieszynski, 1907) Feixe de Raio X incide perpendicular ao plano bissector formado entre o longo eixo do dente e do filme; Paralelismo Filme paralelo ao longo eixo dos dentes Feixe central perpendicular ao longo eixo do dente e do plano do filme; d a c a b e ç a Plano oclusal paralelo ao plano horizontal Linha trágus asa do nariz Linha trágus comissura labial Feixe central do RX é orientado para apical do dentes Maxila – Referência linha trágus asa do nariz paralela ao plano horizontal Molares: 1 cm atrás da comissura palpebral externa interseccionado a linha trágus asa do nariz; Pré-molares: Centro da pupila interseccionando a linha trágus asa do nariz; Incisivos laterais e Caninos: Asa do nariz Incisivos centrais: Ápice nasal 0,5 cm acima do bordo da mandíbula d o f e i x e d e r a i o x Feixe central do RX é orientado para apical do dentes Mandíbula – Referência linha situada 0,5 acima do bordo da mandíbula Molares: 1 cm atrás da comissura palpebral externa interseccionado a linha situada a 0,5 cm acima da base da mandíbula; Pré-molares: Centro da pupila interseccionando a linha situada a 0,5 acima da base da mandíbula; Caninos: Asa do nariz interseccionando a linha situada a 0,5 acima da base da mandíbula; Incisivos: Sínfise mentual; 0,5 cm acima da base da mandíbula d o f e i x e d e r a i o x d o f e i x e d e r a i o x Feixe central do RX em relação ao Plano Oclusal e Plano Sagital Mediano ÂNGULOS VERTICAIS Mantém proporcionalidade da imagem, são determinadas em relação ao plano oclusal; ÂNGULOS HORIZONTAIS Evita sobreposição das faces proximais, são determinadas em relação ao plano sagital mediano; MAXILA M: 20º a 30º P: 30º a 40º C: 40º a 50º I: 45º a 55º MANDÍBULA M: 0º a -5º P: -5º a -10º C: -10º a -20º I: -15º a -25º MAXILA M: 80º a 90º P: 70º a 80º C: 60º a 75º I: 0º MANDÍBULA M: -80º a -90º P: -70º a -80º C: -45º a -50º I: 0º d o f i l m e r a d i o g r á f i c o Base/emulsão (protege película da luz) Papel opaco Lâmina de chumbo (impede radiações secundárias) Aleta (embalagem plástica) Película radiográfica FRENTE VERSO (face sensível) Face sensível voltada para o feixe de raio x; Picote voltado para oclusal/incisal; Picote C o m p l e t o Periapicais 14 Bitewing 4 1. Mergulhar o filme no Revelador (40s a 1 min) 2. Lavagem intermediária (20s) 3. Mergulhar o filme no Fixador (5 min a 10 min) 4. Lavar o filme na Água para remover o fixador (20s + lavagem em água corrente) 5. Secar o filme e montar para visualização. Câmara está aberta para demonstração, pois a mesma deve permanecer fechada até final do processamento! d o f i l m e REVELADORFIXADOR ÁGUA Interpretação ÓRGÃO DENTÁRIO Alterações e lesões do INTERPRETAÇÃO Imagem Radiolúcida Lesões cariosas Cáries interproximais Cáries oclusais Cáries em cemento Lesões não cariosas Erosão Abrasão Atrição Reabsorções radiculares Reabsorção radicular fisiológica Reabsorção radicular externa Reabsorção radicular interna Imagem Radiopaca Coroa e Raiz Dentina reacional Nódulos pulpares Esclerose pulpar Hipercementose Traumatismo dental Trinca coronária Fratura coronária Fratura coronoradicular Fratura radicular Trepanação ou perfuração Cárie IMAGENS Ocorre com a desmineralização do esmalte e da dentina Perda mineral possibilita maior passagem dos raios X, sensibilizando mais a película radiográfica ou o sensor digital Cárie interproximal Cárie oclusal Cárie em cemento Restaurações com resina sem carga IMAGENS Adesivos e vernizes por serem compostos de materiais com baixo nº atômico, podem ser interpretados como cáries recorrentes, pois apresentam imagem radiolúcidas sugestivas de cáries Na presença de imagem radiopaca de forramento, será interpretada como imagem radiolúcida sugestiva de restauração estética na coroa. Lesões não cariosas IMAGENS Erosão: dissolução química progressiva dos tecidos minerais. Abrasão: escovação traumática; má adaptação de grampos de próteses parciais removíveis; hábitos parafuncionais. Atrição: Contatos prematuros, bruxismo e apertamento (é possível notar atresia pulpar) Erosão Abrasão Atrição Reabsorção Radicular IMAGENS Fisiológica (rizólise) Processo fisiológico, que precede a exfoliação dos dentes decíduos, para dar lugar aos dentes permanentes. Reabsorção Radicular IMAGENS Externa Assintomáticos em sua maioria; Reabsorção inflamatória progressiva; Traumático: contato prematuro; ortodontia; Resposta a processo infeccioso; Reabsorção Radicular IMAGENS Interna Reabsorção inflamatória de progressão rápida. Quando acometer a face vestibular, não deve ser confundida com abrasão (diagnóstico diferencial clínico) é assintomáticos em sua maioria; Coroa e Raiz IMAGENS Dentina reacional Estímulo agressivo de baixa intensidade (traumatismo/patologia); Redução da câmara pulpar e atresia dos canais radiculares de forma total ou parcial, aspecto é mais radiopaco em comparação com o tecido pulpar; Coroa e Raiz IMAGENS Nódulos pulpares Calcificações presentes na câmara pulpar de formato arredondado ou ovalado; Etiologia desconhecida, não requer tratamento, aspecto radiográfico é mais radiopaco em comparação com o tecido pulpar; Coroa e Raiz IMAGENS Esclerose pulpar Calcificações presentes na polpa, sem padrões de forma definidos; Não há como diferenciar a fase preliminar dos nódulos pulpares radiograficamente; Coroa e Raiz IMAGENS Hipercementose Podem acometer uma ou todas as raízes do mesmo dente, sem necessidade de tratamento; Etiologia mais provável: Produção de cemento para conter extrusão dentária, resultado de inflamação apical Traumatismo dental IMAGENS Classificado conforme localização, forma e estruturas envolvidas Trinca coronária Fratura incompleta da coroa dental Sem perda de estrutura dentária Detectável apenas ao exame clínico Fratura coronária Fratura completa da coroa dental Com perda da estrutura dental Com exposição pulpar (esmalte + dentina + polpa) Sem exposição pulpar (esmalte + dentina) Traumatismo dental IMAGENS Classificado conforme localização, forma e estruturas envolvidas Fratura Coronoradicular Fratura da coroa e/ou raiz envolvendo esmalte dentina e cemento Maior frequência no sentido inciso-apical Com ou sem exposição pulpar Traumatismo dental IMAGENS Classificado conforme localização, forma e estruturas envolvidas Fratura Radicular Fratura do cemento e da dentina envolvendo tecido pulpar Fratura do terço cervical Fratura do terço médioFratura do terço apical Trepanação ou Perfuração IMAGENS ANOMALIAS D E N T Á R I A S D E D E S E N V O L V I M E N T O Macrodontia ALTERAÇÕES Limites normais e dimensões alteradas; Divididas em Generalizada (associada ao gigantismo pituitário) e Localizada total ou parcial (coronária/radicular); Normalmente acomete incisivos centrais superiores e terceiros molares inferiores; Microdontia Limites normais e dimensões alteradas; Divididas em Generalizada (associada ao nanismo pituitário) e Localizada total ou parcial (coronária/radicular); Normalmente acomete incisivos laterais superiores e terceiros molares superiores; Geminação Coroa dentária com aspecto bífido; Não há redução do número de elementos dentários; Normalmente acomete incisivos superiores e inferiores; Fusão Tentativa de união de 2 germes dentários (completa ou incompleta); Há redução do número de elementos dentários; Normalmente acomete elementos inferiores anteriores; Concrescência Elementos dentários unidos por cemento; Normalmente acomete segundos e terceiros molares; Dens in dente (Dens Invaginatus) Invaginação das estruturas calcificadas para dentro da câmara pulpar; Normalmente acomete incisivos centrais e laterais superiores; Dentes de Hutchinson São anomalias congênitas do tipo hipoplásico verificadas nos dentes incisivos permanentes e nos molares, normalmente associada a sífilis congênita (63%); Incisivos: a porção cervical da coroa é mais larga que o borda incisal (chave de fenda) Molares: Hipoplasia do esmalte e superfície oclusal mais estreita do que a normal (molar em amora) Cúspide em garra Projeção em forma de cúspide, a partir do cíngulo em direção a borda incisal; Associada a síndrome de Rubinstein - Taybi; Normalmente acomete incisivos superiores; Taurodontia Aumento do corpo e da câmara pulpar de um dente multirradicular com deslocamento apical do soalho pulpar e da bifurcação das raízes, pode ocorrer em dentições decíduas e permanentes; Normalmente acomete molares e pré-molares; Raízes fusionadas Redução do número de raízes; Com ou sem redução do número de canais; Raízes supranumerárias Número de raízes superior ao estabelecido pelo padrão anatômico; Dentes mais envolvidos: CI; 1º PMI; 2º PMI; e 1º MI; Dilaceração Alteração da orientação do longo eixo do elemento dental; Etiologia comumente associada ao traumatismo; Pérola de esmalte (esmalte ectópico) Pequena massa de esmalte localizada em posição incomum, usualmente na área de furca, acomete mais os 2º e 3º Molar superior; Anodontia Redução do número esperado de dentes para cada dentição; Hipodontia (excluindo 3º molar) ocorre em 3% a 10% da população; Dentes mais comumente ausentes: 3º M, 2º PM, ILS e ICI; Rara na dentição decídua; Total: Rara, está ligada a displasia ectodérmica; Hipodontia: Um ou poucos dentes Oligodontia: Ausência de vários dentes Dentição Pré-decídua (Dentes Natais) São dentes que precedem a dentição decídua, normalmente na região dos incisivos; Estruturas cornificadas, sem raízes (capuz de esmalte e dentina ou apenas esmalte); Não devem ser confundidos com dentes decíduos irrompidos precocemente; Dentes supranumerários Excede o número esperado de dentes para cada dentição; Dentes acessórios Quando a forma não lembra a anatomia dos dentes; Mesiodentes (mesiodens) São dentes supranumerários que encontram-se próximos à linha média; Mais frequentemente na maxila; Raízes Supranumerárias Não é uma anomalia rara; Dentes mais envolvidos: CI; 1ºPMI; 2ºPMI e 1ºMI; Amelogênese Imperfeita Alterações de desenvolvimento em estrutura de esmalte na ausência de uma alteração sistêmica; Todos os dentes em ambas as dentições são afetados; As coroas dentárias podem apresentar alteração de cor; Os pontos de contato com frequência estão abertos; O esmalte pode estar completamente ausente (aplasia) ou aparecer como uma camada muito fina, principalmente sobre as pontas de cúspides e faces proximais; Dividida em: Hipoplásica (formação inadequada da matriz orgânica); Hipocalcificada (comprometimento da etapa de calcificação); Hipomaturada (volume reduzido dos cristais de hidroxiapatita); Hipoplasia de Esmalte Regiões sem cobertura de esmalte ou pequena espessura; Etiologia: Deficiência nutricional (vitaminas A, C e D) -Doenças exantemáticas ( sarampo, varíola, rubéola) -infecções focais e traumatismo local Dentinogênese Imperfeita Distúrbio de desenvolvimento da dentina na ausência de qualquer desordem sistêmica, geralmente a coroa dentária apresenta uma translucidez de tom opalescente ou acinzentada; O esmalte é destacado com facilidade; Aspecto radiográfico: caracteriza-se por obliteração total ou parcial das câmaras e condutos pulpares, resultado da formação contínua de dentina e raízes curtas e cônicas. Odontodisplasia regional Odontogênese imperfeita (dentes fantasmas); Desorganização estrutural de esmalte e de dentina; Espaços pulpares amplos, raízes curtas e ápices abertos; Podem irromper ou não; Transposição Posições invertidas no arco dentário; Pode estar associado a agenesia; Mais comum entre canino e pré-molar; Migração É o mudança na posição de um dente por falta de contato interproximal; É comum nos 2º Pré-Molares inferiores após a perda precoce do 1º Molar inferior; Extrusão dentária Processo pelo qual a coroa dentária erupciona além do plano oclusal, sua principal causa é a ausência de dente antagonista; Giroversão Frequentemente observada em incisivos e pré-molares; Pode estar associada a ausência de dentes adjacentes; Extrusão dentária Presença de um dente em região distante ou diferente da origem; Retenção dentária Elemento decíduo retido no arco dental (pode ou não apresentar rizólise); Elemento normalmente apresenta infraoclusão; • Irrupção prematura; • Irrupção retardada; PERIAPICAIS Lesões PERIODONTAIS & P e r i o d o n t o “Doença inflamatória dos tecidos de suporte dos dentes, causada por microrganismos ou grupos de microrganismos específicos, resultando em uma destruição progressiva do ligamento periodontal e osso alveolar, com formação de bolsa periodontal, retração gengival, ou ambas”. Cálculo Salivar – Biofilme Calcificado São massas duras, podendo ser redondos, ovais ou cilíndricos, predominantemente de coloração amarela e geralmente solitários; LESÕES DO Reabsorção da crista óssea alveolar A progressão desse processo inflamatório bastante avançado pode determinar ao final uma reabsorção da crista óssea H O R IZ O N TA L V ER TI C A L LESÕES DO Lesões de Furca As regiões de bifurcações ou trifurcações podem ser atingidas pelos mesmos processo inflamatório; É possível realizar o diagnóstico desse tipo de lesões a partir do exame de sondagem clínica e também com o auxílio de imagens radiográficas LESÕES DO PERIÁPICE Pericementite Abscesso Periapical Traçado de Fístula Granuloma Periapical Cisto Periapical Lesão Endo - Perio Desenvolvem-se a partir da inflamação direta da polpa ou do periodonto; A necrose que decorre da inflamação pulpar pode originar se de uma injúria física ou infecciosa; Pericementite Estágio inicial do processo de inflamação do ligamento periodontal (trauma, infecção ou ação medicamentosa) edema, vermelhidão e dor LESÕES DO Ligeiro aumento do espaço pericementário (círculos vermelhos) Lâmina dura ( setas) Abcesso Periapical Decorrem de reações inflamatórias agudas e crônicas LESÕES DO Abcesso periapical agudo Não apresenta sinais radiográficos Exuberância de características clínicas: paciente apresenta dor, edema e mobilidade dental, quando não tratado, evolui para abcesso periapical crônico; Abcesso periapical crônico Rarefação Óssea Periapical Difusa Área radiolúcida de bordas mal definidas e difusas, com tamanho e formas variáveis, localizada na região periapical de dentes sem vitalidade pulpar (assintomático); TRAÇADO DE FÍSTULA Clinicamente pode se observar a presença de fístula Granuloma PeriapicalRarefação Óssea Periapical Circunscrita Área radiolúcida de formato circular ou ovóide, de tamanhos variáveis, bem delimitada, podendo estar ou não circundada por um halo radiopaco LESÕES DO Os aspectos radiográficos não são suficientes para o diagnóstico diferencial entre um granuloma e um cisto periapical, necessitando de critérios histopatológicos Cisto Periapical Rarefação Óssea Periapical Circunscrita de Aspecto Cístico LESÕES DO Conteúdo: Fluido ou semifluido Área radiolúcida circular ou ovóide com margens bem definidas e na maioria das vezes circundada por um halo radiopaco, localiza-se na região periapical de dentes sem vitalidade pulpar Cavidade patológica revestida por epitélio (restos epiteliais de Malassez) Lesão Endo-Pério LESÕES DO Alteração patológica proveniente da associação das doenças periodontal e endodôntica em um mesmo elemento dentário FIBRO-ÓSSEAS Lesões As lesões fibro-ósseas são um grupo diverso de processos, caracterizados pela substituição do osso normal, por tecido fibroso contendo um produto mineralizado neoformado. LESÃO FIBRO-ÓSSEA NÃO É DIAGNÓSTICO ESPECÍFICO E DESCREVE APENAS UM PROCESSO CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS CARACTERÍSTICAS HISTOPATO LESÕES Displasias fibrosas Displasias cemento-ósseas - Focal - Periapical - Florida LESÕES Displasia Fibrosa Monostótica • 2ª e 3ª década de vida; • Não predileção por gênero; • Aumento de volume indolor; • Crescimento lento; • Deslocamento dos elementos dentais; • Maior envolvimento da máxima; • Predileção pela região posterior; • Pode ocorrer nos osso craniofaciais, costelas, fêmur e na tíbia; LESÕES Displasia Fibrosa Monostótica • Aspecto de vidro despolido; • Padrão marmóreo na fase de maturação da lesão; • Limites indefinidos; • Inicialmente são radiolúcidos ou evoluem para fase de densidade mista; • Estreitamento do espaço pericementário e lâmina dura mal definida que se confunde com padrão ósseo anormal; Aspectos radiográficos Maxila: envolvimento do seio maxilar e assoalho de cavidade orbital; Mandíbula: expansão das corticais ósseas e da base da mandíbula com deslocamento do canal mandibular. LESÕES Displasia Cemento-ósseas • Ocorre na área de suporte dos dentes; • Sugere-se a origem no ligamento periodontal (similaridade microscópica e a proximidade das estruturas, ou um defeito no remodelamento ósseo extraligamentar, desencadeado por lesões locais, e possivelmente correlacionado a um desequilíbrio hormonal); DISPLASIA CEMENTO ÓSSEA FOCAL DISPLASIA CEMENTO ÓSSEA PERIAPICAL DISPLASIA CEMENTO ÓSSEAS FLORIDA LESÕES Displasia Cemento-óssea Focal • Único sítio de envolvimento; • 90% dos casos ocorrem em mulheres; • Idade cronológica média de 41 anos; • Predileção por 3ª a 6ª década de vida • Maior incidência na etnia branca; • Qualquer área dos maxilares – região posterior da mandíbula; • Assintomática – achado radiográfico • Área radiolúcida (densidade mista) área radiopaca envolvida por halo radiolúcido (Cementoblástico); LESÕES Displasia Cemento-óssea Periapical • Lesões solitárias ou multifocais; • Casos ocorrem em mulheres (entre 30 a 50 anos); • Etnia afrodescendente (70% casos); • Maior incidência na etnia branca; • Dentes associados com vitalidade pulpar; • Assintomática – achado radiográfico • Qualquer área dos maxilares – região anterior da mandíbula; • Áreas radiolúcidas (densidade mista) focos radiopacos no interior da área radiolúcido (Cementoblástico); LESÕES Displasia Cemento-óssea Florida • Envolvimento multifocal; • Regiões posteriores dos maxilares; • Mulheres – etnia afrodescendente; • Adultos de meia idade a idosos; • Populações da Ásia oriental; • Envolvimento bilateral e simétrico; • Áreas edêntulas ou dentadas; • Assintomática – achado radiográfico • Área radiolúcidas – mistas – radiopacas; Odontogênicos Cistos Cisto é uma cavidade patológica (muitas vezes preenchida por material fluido ou semi-sólido) e revestida por epitélio; Odontogênicos; (restos epiteliais relacionada a Odontogênese) - Desenvolvimento - Inflamatórios Não-odontogênicos; Pseudocistos; (aspecto radiográfico semelhante a um cisto verdadeiro) CISTOS Etiologia • Várias hipóteses para explicar o mecanismo de formação sendo, a mais aceita a da proliferação do restos epiteliais existentes nos maxilares; • Estes, quando estimulados (trauma, infecção) podem começar a multiplicar; • Crescimento lento, assintomático, detectado por meio do exame radiográfico; Localização: intraóssea ou em tecidos moles CISTOS Características • Lesão crônica; • Crescimento lento e contínuo; • Assintomático; • Pode apresentar abaulamento das corticais ósseas; • Costumam respeitar as raízes dentárias; Aspectos Radiográficos • Lesão radiolúcida circunscrita; • Forma arredondada ou ovalada; • Densidade homogênea; • Halo radiopaco; CISTOS Classificação De acordo com o epitélio da lesão Odontogênicos - Restos epiteliais relacionada a Odontogênese - De desenvolvimento - Inflamatórios Não-odontogênicos; Pseudocistos – Aspecto radiográfico semelhante a um cisto verdadeiro CISTOS Oriundos de restos epiteliais que participariam ou participaram da formação do órgão dental; De desenvolvimento - Cisto dentígero Cisto dentígero de irrupção - Queratocisto odontogênicos; - Cisto Periodontal Lateral; - Cisto Odontogênico Calcificante; Inflamatórios Associados a necrose pulpar; - Cisto Periapical ou Radicular (apical e lateral) - Cisto Residual; Associados a irrupção dentária - Cisto Paradentário; CISTOS Cisto dentígero • Pacientes jovens do sexo masculino – achado radiográfico • Localização: 3º molares, caninos superiores, pré molares; • Indolor, podendo ocasionar aumento de volume vestibular, com mucosa sadia Características radiográficas: • Radiolúcida – densidade homogênea • Unilocular; • Limites definidos e corticalizados devido ao halo radiopaco; • Pode ocasionar reabsorção externa em dentes vizinho; CISTOS Cisto dentígero Variações radiográficas: A) Central B) Lateral C) Circunferencial Envolve simetricamente a coroa de um dente retido Envolve um lado do elemento dentário Envolve todo o elemento dentário De irrupção: lesão de tecido mole, apresentando aumento de volume de cor azulada CISTOS Cisto dentígero de Irrupção (hematoma de erupção) • Tumefação de tecido moles – mucosa gengival – coloração azulada – semelhante a um hematoma. É mais comumente associada a incisivos centrais decíduos inferiores. Características radiográficas: • Imagem radiolúcida unida a JEC, entretanto na região da crista óssea alveolar, não enxergamos mais a barreira óssea, ou seja, a área radiolúcida não está totalmente delimitada por um halo esclerótico, devido ao cisto estar em contato somente com mucosa gengival, por isso sua coloração azulada. CISTOS Queratocisto • Quando agressivos, alcança volume considerável, antes de ocorrer sintomatologia (pode infectar-se); • Alto grau de recidiva – infiltração no tecido ósseo esponjoso – sem ocasionar grande expansão das corticais ósseas algumas vezes; • Frequente em qualquer faixa etária (maioria entre 20 a 40 anos); Características radiográficas • Área radiolúcida, bem delimitada, com limites festonados (30 a 40% são relacionados a dentes não irrompidos); • Lúmen “nebuloso” – névoa sobre área radiolúcida; • Área de maior incidência na mandíbula: região molares, ângulo e ramo da mandíbula, não expande as corticais ósseas, mas podem se apresentar adelgaçadas; Pode apresentar aspecto pseudomultiloculado; Dente deslocado sem apresentar reabsorção radicular externa; CISTOS Cisto Periodontal Lateral • Assintomático; • Localização: região de pré-molares e caninos inferiores; • Indivíduos maiores de 50 anos; • Achado radiográfico; Características radiográficas • Proliferação de restos da lâmina dentária ou epitélio reduzido do órgão do esmalte; • Área radiolúcida; • Unilocular; • Limites definidos e corticalizados; • Lateralmente a um dentecom vitalidade; Multilocular: Cisto Botrióide “Cachos de uva” CISTOS Cisto Odontogênico Calcificante (Gorlin) • Predileção por mulheres(2 e 3ª década); • Região de incisivos e caninos (65% dos casos); • Maxila (mais de 70% casos); • Associada a dente não irrompido (33% dos casos) com maior frequência no canino; • A maioria mede de 2 a 4cm em seu maior diâmetro, lesões com 12cm já foram observadas; Características radiográficas • Área radiolúcida com margens bem demarcadas; • Pode ser uni ou multilocular; • Presença de radiopacidade em 50% dos casos; CISTOS Associados a necrose pulpar Origem: proliferação dos restos epiteliais de Malassez do ligamento periodontal; • Mais comum (65% dos casos); • Assintomático com crescimento lento e progressivo; • Localização: relacionada com o ápice radicular; Características radiográficas: • Reabsorção radicular externa (comum); • Área radiolúcida de densidade homogênea; • Arredondado ou ovalado; • Limites definidos e corticalizados; • Descontinuidade (rompimento) da lâmina dura; Cisto Periapical CISTOS • Assintomático com crescimento lento e progressivo; • Localização: porção lateral da raiz; Características radiográficas: • Reabsorção radicular externa (comum); • Área radiolúcida discreta ao longo da porção lateral da raiz; • Arredondado ou ovalado; • Limites definidos; Cisto Radicular Lateral Inflamatório - Associado a necrose pulpar CISTOS Inflamatório - Associado a necrose pulpar Cisto radicular que permaneceu nos maxilares depois que o elemento dental acometido foi extraído; • Assintomático com crescimento lento e progressivo após exodontia; Características radiográficas: • Arredondado ou ovalado de tamanho variável; • Área radiolúcida unilocular; • Limites definidos e corticalizados em relação a vizinhança com a crista óssea alveolar residual; Cisto residual CISTOS Inflamatório - Associado a Irrupção dentária Características radiográficas: • Arredondado ou ovalado de tamanho variável; Cisto Paradentário Origem: proliferação dos restos epiteliais de Malassez no periodonto lateral; • Em relação aos 3 molares inferiores em fase de irrupção; • Geralmente entre 18 e 25 anos; • Associado a história clínica pregressa de pericoronarite recorrente; Diagnóstico diferencial: • Cisto dentígero e Queratocisto odontogênico; Referências 1. White SC, Pharoah MJ. Radiologia Oral: Princípios e Interpretação. 7 ed. St. Louis: Mosby; 2015; 2. Neville, W.B., Damm, D.D., Allen, C.M., Bouquot, J.E. Patologia oral & maxilofacial, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 3ª ed, 2009; 3. Aulas ministradas pelo professor Cláudio Flores – Unicid; Dúvidas e sugestões: tamirespaiiva@hotmail.com WhatsApp: 941410728 mailto:tamirespaiiva@hotmail.com
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