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Acadêmicos¹ Tutor Externo² RESUMO O objetivo principal deste trabalho se encontra em oferecer oficinas de natureza lúdica e propiciar vivências a partir de atividades (brinquedos e brincadeiras) junto a crianças da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, educadores, pais e estudantes de pedagogia e demais licenciaturas. As oficinas pedagógicas são espaços e tempos de aprendizagem coletiva, onde os sujeitos têm a oportunidade de produzir conhecimentos a partir das interações em grupos. Nas oficinas pedagógicas,a sala de aula se transforma em espaços, abrem-semomentos de socialização, das interações grupais, individuais, uma vez que os participantes das oficinas interagem, trocam, experimentam, se comunicam, partilham, produzem, constroem objetos, conceitos e descobertas dos conhecimentos. Através de Oficinas de Jogos percebe-se que os alunos aprendem de forma prazerosa num contexto desvinculado da situação de aprendizagem formal, bem como são desenvolvidas outrascompetências e habilidades. Através da aprendizagem do próprio jogo, do domínio das habilidades e raciocínio utilizado, o aluno tem a oportunidade de redimensionar sua relação com as situações de aprendizagem, com seu desejo de buscar novos conhecimentos. Palavras-chave Oficina Pedagógica, Jogo Pedagógico, aprendizagem. 1. INTRODUÇÃO Por melhores que sejam a estrutura física, o corpo técnico e os recursos tecnológicos oferecidos por uma instituição. Sua qualidade só será realmente reconhecida devido a excelência dos resultados que ela obtém com seus alunos. Para isso, ela precisa se reinventar e buscar alternativas diversas que façam com que seus alunos demonstrem interesse em participar, tend o em vista o crescente desinteresse e a indisciplina dos alunos, que valorizam cada vez menos, os professores e a própri a escola. Tudo isso decorrente do acelerado desenvolvimento científico-tecnológico. O acesso às informações vem com uma velocidade cada vez mais acelerado, o que determina uma constante necessidade de aprender e inovar. Nesse sentido, o ensino deve ser repensado e renovado didática e metodologicamente, o que requer um novo posicionamento do professor em sala, inovando sempre suas aulas. Para que este possa proporcionar ao educando condições para conhecimento do conteúdo, sua compreensão e a oportunidade de aplicação do mesmo em sit uações concretas, além de criação, desenvolvimento de novos conhecimentos. A utilização de oficinas pedagógicas no ensino, pode promover as mudanças almejadas pois, trata-se de uma metodologia que pouco tem do modelo tradicional de ensino, pois está voltada para realização d e atividades coletivas, onde se promove a inv estigação, ação e reflexão, integrando o conhecimento teórico com a prática. Este paper caracteriza a oficina pedagógica como forma de construir conhecimento a partir da ação e da reflexão sobre as oportunidades práticas que essa metodologia de ensino proporciona. OFICINAS PEDAGÓGICAS 2 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Como instrumentos de apoio didático e pedagógico, as oficinas visam superar as dificuldades dos alunos de forma descontraída, sem a pressão da sala de aula, deixando o aluno mais à vontade para participar. A questão fundamental das oficinas é inovar e transmitir os conteúdos de uma forma mais simples e descontraída, trazendo o assunto escolar para o cotidiano dos alunos. Mostrando-os que o aprender e o ensinar não são práticas mecânicas, mas sim práticas prazerosas e divertidas. Segundo Antunes (2011), as oficinas pedagógicas implicam que o acesso ao conhecimento seja construído através da instauração de metodologias que instiguem: a participação, o interesse, a autonomia, a criatividade, o desejo em conhecer e o prazer de aprender. As oficinas pedagógicas se encaixam nessa metodologia, pois as oficinas constituem a possibilidade de instaurar uma prática pedagógica reflexiva e crítica. As oficinas pedagógicas permitem uma análise da realidade de cada aluno sem a fuga do conteúdo que deve ser abordado, além de permitir o intercâmbio de experiências, em que o saber não se constitui apenas no resultado final do processo de aprendizagem, igualmente presente no processo de construção do conhecimento. São situações de ensino e aprendizagem de forma aberta e dinâmica, sendo uma valiosa forma estratégica para a formação tanto dosbeducadores, quanto para os discentes. Com as oficinas, os professores tantoensinam quanto aprendem. Há uma troca mútua de conhecimentos de forma descontraída, na qual ambos os lados saem renovados de cada etapa escolar. O projeto das oficinas é uma forma de avaliação do aluno e do professor em relação ao conteúdo e às aulas ministradas, pois através delas o professor pode avaliar cada aluno de forma mais informal, adentrando-se a cada participação do aluno e, a partir dessa interação, perceber se o conteúdo foi transmitido de acordo com o planejado. As oficinas pedagógicas têm como objetivo ser um instrumento de apoio didático-pedagógico que visam suprir as dificuldades de aprendizagem relacionadas com o conteúdo em questão. como afirma Mutschele e Gonsales Filho (1998, p.09): O ideal que se procura conseguir na formação do professor é unir a teoria à prática. Poucos são os que possuem a intuição educativa. Daí a necessidade de uma formação técnico-pedagógica associada à prática da escola. Exercícios de observação orientada, pesquisas, levantamentos estatísticos, práticas em oficina devem ser estudados experimentalmente e implementados A alfabetização é um mundo de aventuras, onde cada descoberta é comemorada com uma vitória. Por este motivo é necessário que estes sentidos sejam incentivados por meio daatividade lúdica. O professor precisa se preocupar com a preservação des sas atitudes,estimulando o aluno à curiosidade, pois esta é a melhor forma de promover a aprendizagem.As crianças constroem a base do conhecimento desde o primeiro contato com a escola,contato com o professor e colegas. Esse conhecimento tem características que se vãotransformando ao longo do desenvolvimento. como afirma Mutschele e Gonsales Filho é: Implantar um espaço na escola onde o professor possa debater, refletir, propor, discutir, receber informações/conhecimentos de diferentes práticas didáticas e metodológicas na sua área de atuação. (MUTSCHELE; GONSALES, 1998, p.13) 3 A alfabetização vai muito além do aprender a ler e a escrever. É no momento da alfabetização que a criança tem contato e passa a dominar a prática da leitura e escrita. “Alfabetização tem início bem cedo e não termina nunca. Nós não somos igualmente alfabetizados para qualquer situação de uso da língua escrita. Temos afacilidade de lermos determinados textos e evitamos outros. O conceito também muda de acordo com as épocas, as culturas e a chegada da tecnologia”. (FERREIRO2003, p. 14) A Alfabetização é um momento de extrema importância e determinante para o aprendizado da criança e as oficinas pedagógicas fazem com que esse processo seja maisinteressante para os pequenos Leif (1978) diz que: “Jogo educa, ass im como viver educa: sempre sobra algumacoisa.” São diversas as vantagens com o uso dos jogos na alfabetização das crianças. O jogoé um impulso original da criança, unir o jogo e o estudo, faz comque a criança tenha maiorinteresse pelo aprendizado e curiosidade em aprender cada vez mais O jogo instiga esquemas mentais, ele incentiva a organização do tempo, do espaço etambém incentiva o pensamento, além de englobar várias características da personalidade dascrianças: afetivas, social, motora e cognitiva Por meio da brincadeira a criança se humaniza. Nesse sentido, percebemos aimportância das atividades lúdi cas, por meio da brincadeira a criança passa aentender o mundo que está a sua volta, cria, recria, fantasia e imagina inúmeraspossibilidades para compreender o mundo dos adultos. Nesse sentindo, valorizam-seas brincadeiras tradicionais, pois estas promovem a socialização e a realização como outro. (SILVA 2012, P. 84) Conforme Gallahue (2008), a criança através do jogo estimula o imaginário, joga como se tal coisa fosse o que não é. Tem a habilidade de criar cenários para aquele momento,imagina o tempo, o ambiente, as pessoas, as falas, etc. Dessa forma inúmeras situações são exploradas em uma única atividade, fazendo comque a criança se desprenda do básico e possa utilizar a imaginação para aprender e sedesenvolver. Por este motivo a ludicidade é indispensável na alfabetização. O aluno que aprendebrincando terá um interesse e curiosidade muito maior do que se utilizado o métodotradicional de ensino. 3. METODOLOGIA Considerando o meu objetivo de investigar as práticas que envolvem as oficinas pedagógicas que possam ser inovadoras e criativas no que se refere a o ensino e ao desenvolv imento de novas habilidades. O fundamento desse estudo tem como base formada na pesquisa bibliográfica. A pesquisa bibliográfica permite ao i nvestigador a cobertura de uma imensa gema de fenômenos muito mais ampla. Portanto o levantamento teórico deste trabalho foi desenvolvido a partir de materiais já elaborados, constituídos de artigo científico. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4 Neste contexto, entendemos o brincar como fonte inspiradora para o desenvolvimento e para o aprendizado dos seres humanos, pois possibilita benefícios essenciais como: criatividade, “prazer, alegria, espontaneidade, criticidade, autonomia, busca de conhecimentos” (OLIVEIRA, 2008, p.84). Conforme Leontiev, ao desenvolver seus estudos acerca do desenvolvimento do Psiquismo, evidencia que, A criança não está de modo algum sozinha em face do mundo que a rodeia. As suas relações com o mundo têm sempre por intermediário a relação do homem aos outros seres humanos; a sua atividade está sempre inserida na comunicação. [...] a criança, o ser humano deve entrar em relação com os fenômenos do mundo circundante através doutros homens, isto é, num processo de comunicação com eles. Assim, a criança aprende a atividade adequada. Pela sua função, este processo é, portanto, um processo de educação. (1978, p. 271- 272) Enquanto educadores é preciso estimular as crianças nas situações cotidianas, a manipular, explorar, imaginar, criar, reaproveitar objetos que podem se transformar em brinquedos, jogos, tudo isso por meio da ação desses sujeitos. Para tanto, é oportuno possibilitar situações para que as crianças façam, criem seus próprios brinquedos, viabilizando, portanto, situações para que estas explorem sua imaginação e seu universo de fantasia. Acreditamos que como educadores devemos enfatizar o respeito pela infância desta criança. Infância caracterizada pela criação, imaginação, fantasia, brincadeiras, características específicas desta fase que contribuem para a compreensão de mundo e apropriação de conhecimentos específicos e científicos pela criança. 5. CONCLUSÃO As crianças têm modos próprios de conceber e interagir com o mundo. Cabe aos educadores auxiliar “a criação de um ambiente escolar onde a infância possa ser vivida em toda a sua plenitude, um espaço e um tempo de encontro entre os seus próprios espaços e tempos de ser criança dentro e fora da escola” (NASCIMENTO, 2007, p. 31). O Brincar no mundo moderno está se tornando cada dia mais difícil, as crianças estão cada dia mais voltadas a brinquedos eletrônicos, não se pode esquecer é claro que o a nossa sociedade esta se tornando cada dia mais tecnológica, mas é necessário que a crianças tenha momentos para brincar com brinquedos que instiguem a criatividade e a imaginação. Na Sociedade atual com o avanço da tecnologia pode-se perceber que as brincadeiras tradicionais estão desaparecendo, e isso faz com que a criança se torne individualista, e assim comprometendo o imaginário infantil, por isso é importante estimular as crianças a brincarem com brincadeiras tradicionais. É preciso que os educadores criem ambientes e situações lúdicas que estimulem as crianças a viver a sua infância de maneira livre e espontânea, e de forma que desenvolva todas as suas habilidades. Precisamos enquanto educadores, pesquisadores, defender o brincar livre e espontâneo na instituição escolar e também fora dela, como fator que suscita uma apropriação das qualidades humanas, uma vez que são atividades vivenciadas coletivamente entre educadores e as crianças (SILVA; BARROS; LEITE, 2012, p. 285). REFERÊNCIAS 5 ANTUNES, H. S. Ser aluna, ser professora: um olhar sobre os ciclos de vida pessoal e profissional. Santa Maria: Ed. Da UFMS, 2011. FRANÇA-CARVALHO, A. D.; MARTINS, C. H. R.; CONDE, E. P.; MONTEIRO, H. R. de S. (org.) Estratégias de ensino: propostas multidisciplinares de aprendizagens significativas. Teresina, EDUFPI, 2013. MOISÉS, M. A literatura portuguesa. São Paulo: Cultrix, 2006. MOURA, Jeani Delgado Paschoal. A dimensão tempo-espacial das práticas cotidianas do brincar. In: PASCHOAL, Jaqueline Delgado; BATISTA, Cleide Vitor Mussini; MORENO, Gilmara Lupion. (Orgs). As crianças e suas infâncias: o brincar em diferentes contextos. Londrina: Humanidades, 2008. p. 107 -116. MORENO, Gilmara Lupion. (Orgs). As crianças e suas infâncias: o brincar em diferentes contextos. Londrina: Humanidades, 2008. p. 81-91 NASCIMENTO, Ana Elise Monteiro do. A Infância na escola e na vida: uma relação fundamental. In: BEAUCHAMP, Jeanete; PAGEL, Sandra Denise; NASCIMENTO, Aricélia Ribeiro do (orgs). Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. OLIVEIRA, Marta Regina Furlan de. O brincar na sociedade contemporânea: para além da lógica do consumo. In: PASCHOAL, Jaqueline Delgado; BATISTA, Cleide Vitor Mussini; POSTMAN, Neil. O desaparecimento da infância. RJ: Graphia, 1999. SIILVA, E. da. Leitura e realidade brasileira. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988 SILVA, Anilde Tombalato T. da; BARROS, Marta Silene F.; LEITE, Sandra Regina M.; A Infância e o brincar: a experiência do programa de extensão LUDOTECA – UEL. In: 50 anos da pedagogia – FFCL / Londrina e UEL – 1962 a 2012 / Maria Luiza Macedo Abbud... [ET AL]. (Organizadores) – Londrina : UEL, 2012. p. 279 à 288. VALLE, Maria Cristina Carreira do Valle. (Coord.) Programa de Extensão Universitária Ludoteca UEL. Londrina. 2004.
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