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Cirurgia Laboratório introdução suturas

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1 Julia Ornellas 
Cirurgia | Aula prática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Conjunto de manobras destinadas a unir tecidos 
seccionados, restituindo-lhes sua continuidade 
anatômica e funcional. A síntese definitiva é 
realizada pelo processo biológico da cicatrização 
cujo resultado dever ser a união firme entre ambas 
as extremidades aproximadas. A síntese pode ser 
executada através de agrafes, placas metálicas, 
grampos metálicos, clips, fitas adesivas, colas ou 
através da realização de suturas. 
 
 
 
 
 
→ Sutura é o ponto ou o conjunto de pontos aplicados 
no tecido com o objetivo de união, fixação e/ou 
sustentação destes, auxiliando o processo de 
cicatrização. É uma manobra fundamental para a 
aproximação de bordas de tecidos seccionados ou 
ressecados, sobretudo quando estas não possuem 
a aposição necessária. Tem como finalidade 
promover a hemostasia, aproximação, sustentação 
e estética. São úteis na tentativa de coibir 
hemorragias, quando não é possível identificar o 
vaso sangrante e quando se pretende 
reestabelecer a integridade anatômica e funcional 
dos tecidos. 
 
A SUTURA IDEAL 
→ A sutura ideal busca promover o perfeito 
confrontamento anatômico aliado ao melhor 
aspecto funcional e estético possível. Obtém-se 
uma cicatrização mais harmoniosa ao se aproximar 
as bordas de tecidos quando estas são regulares, 
livre de infecção, tecido desvitalizado ou necrótico, 
espaço morto e quando a técnica de execução foi 
perfeita. Em geral, as suturas são indicadas para 
ferimentos limpos, sem infecção vigente ou fatores 
que possam levar a esta evolução desfavorável 
(sujidade, corpos estranhos, tecidos desvitalizados). 
 
 
 
 
→ As feridas de pele podem ser sintetizadas com 
suturas até 18 horas sem maiores repercussões 
(desde que respeitado a ausência de sinais de 
infecção). Este tempo é variável a depender do 
local. Em face, por exemplo, pode-se suturar um 
ferimento com até 24 horas e em casos específicos, 
até 48 – 72 horas (ausência de sinais de infecção, 
ferimento limpo, bordas facilmente aproximáveis) 
→ As suturas são, em geral, contraindicadas em 
ferimentos contaminados ou potencialmente 
contaminados, sangrantes ou muito superficiais. 
Também não devem ser realizadas como primeira 
escolha quando o resultado estético não será 
positivo e o ferimento ocorreu há mais de 18 horas. 
 
→ Deve-se atentar para pacientes com 
comorbidades que irão prejudicar a formação do 
tecido de granulação: doença arterial periférica, 
diabetes, feridas crônicas. Estes não devem ser 
suturados a depender do local da ferida 
(extremidades, por exemplo, já que a perfusão será 
menor, ou então, se esta já ocorreu há algum 
tempo (nestes casos, mais de 6 horas).!!!! 
 
 ASSIM, AS SUTURAS DEVEM: 
→ Desaparecer tão logo a cicatrização 
→ Livre de infecção 
→ Não ser irritante 
→ Tomar igual quantidade de tecidos dos dois lados 
da ferida 
→ Não deve ser muito apertada nem muito frouxa 
→ Não deixar os nós sobre a incisão 
→ Evitar bordas invertidas 
→ Ser suficiente para unir as partes 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
→ Confrontamento/aposição: Justaposição das 
bordas da ferida entre si, não deixando desníveis 
Introdução de Suturas 
descontinuas 
Síntese 
 Índice: 
 → Síntese 
→ Suturas 
→ Suturas descontinuas 
→ Retirada dos pontos 
 
Suturas 
 
 
2 Julia Ornellas 
Cirurgia | Aula prática 
(perfeita integridade anatômica, funcional e 
estética). 
→ Sobreposição: Uma borda fica sobre a outra para 
aumentar a face de contato (herniações). 
→ Eversão: Justaposição das paredes pela face 
interna (vasculares). A eversão das bordas de uma 
ferida cirúrgica aumenta a superfície cruenta de 
contato, aumentando a força da cicatriz com um 
resultado estético pior. 
→ Inversão: Justaposição das paredes pela face 
externa (vísceras ocas). A inversão das bordas de 
uma ferida cirúrgica pode facilitar a deiscência da 
sutura. 
 
 
QUANTO A INCLUSÃO DE CAMADAS 
→ Contaminante: quando a sutura inclui todas as 
camadas do órgão, desde a serosa até a mucosa, 
entrando na luz do órgão suturado; 
https://www.youtube.com/watch?v=NArF4dgOE0g&t=5s 
→ Não contaminante: quando não há 
comunicação com a luz do órgão, incluindo as 
camadas: sero serosa, sero-muscular, sero-
submucosa. 
https://www.youtube.com/watch?v=OkCAMRGPB 
 
SUTURAS CONTÍNUAS X SUTURAS DESCONTINUAS 
→ A escolha da sutura descontínua ou contínua vai 
depender da necessidade do cirurgião durante a 
sutura do tecido. Neste momento alguns fatores 
podem ser analisados como quanto a 
necessidade de aproximação, sustentação, 
tensão, hemostasia e estética da cicatriz. Na 
sutura descontínua os fios são fixados 
separadamente, podendo variar a tensão 
individualmente de acordo com a necessidade. A 
ferida torna-se mais permeável, o que permite 
melhor drenagem de secreções e com menor 
quantidade de corpo estranho no interior da 
sutura. É menos isquemiante que as suturas 
contínuas e demanda um maior tempo de 
execução. Entretanto, o rompimento de um ponto 
não inviabiliza a sutura. 
→ Na sutura contínua o fio é passado do início ao fim 
sem interrupção, deixando a técnica de mais 
rápida execução quando comparado com a 
descontínua. 
 
PRECEITOS BÁSICOS 
A pinça de dissecção é selecionada de acordo com os 
tecidos a suturar: 
→ Pinças delicadas e sem dentes para tecidos 
delicados e friáveis (vasos, nervos, vísceras); 
→ Pinças com dentes para tecidos mais resistentes 
(aponeurose, tecidos fibrosos, pele). A agulha 
geralmente transfixa o lábio da ferida, enquanto a 
pinça auxiliar ou mesmo a mão sustenta a borda 
(geralmente evertendo-a). 
→ O porta-agulhas toma a agulha em sua porção 
média deixando-a assim já acomodada para o novo 
ponto. A extração manual da agulha é deselegante e 
fere o princípio do não tocar, além de configurar risco 
para acidentes perfurocortantes. 
 → A agulha deve ser dividida em três partes iguais, 
assim como o porta-agulha. Ela deve ter a transição 
entre o terço médio para o proximal preso ao terço 
distal do instrumental. A angulação da mão realizando 
um movimento giratório ao introduzir a agulha com o 
porta-agulha é essencial para menor traumatismo dos 
tecidos e da própria agulha, o que propicia um melhor 
resultado. 
 → Para que os tecidos sejam aproximados 
corretamente, a agulha deve ser introduzida em 
mesma quantidade em ambos os lados da ferida 
dessa forma, os planos e mantém na altura evitando o 
fenômeno de superposição. → Nas suturas de pele 
deve-se evitar que o nó interponha os lábios da ferida 
(evita-se que o nó da sutura fique no leito da ferida), 
pois dificulta a coaptação das bordas. O nó deve ser 
https://www.youtube.com/watch?v=NArF4dgOE0g&t=5s
https://www.youtube.com/watch?v=OkCAMRGPB
 
 
3 Julia Ornellas 
Cirurgia | Aula prática 
posicionado em uma das margens (preferencialmente 
a margem distal). 
→ O nó realizado com o porta-agulha nas suturas 
segue os mesmos preceitos dos nós manuais. Devem 
ser feitos no mínimo três: 
1º - contenção; 2º - fixação e 3º - segurança. 
→ A secção do excesso dos fios para suturas abaixo 
da pele deve ser próxima aos nós (não deixar orelhas), 
exceto quando se usa fio de categute ou fio rígido, 
devendo-se deixar pontas de pelo menos 2 mm, para 
prevenir a soltura do nó. 
 → Para suturas em pele, procura-se deixar 1 cm de 
orelha. O excesso do fio deve ser cortado com tesoura 
Mayo, que será reta quando a sutura estiver sendo 
feita em superfície (pele) e curva quando a sutura for 
realizada em cavidade. 
 
 
 
 
 
Vantagens: 
→ Menor quantidade de corpo estranho 
 → Menor isquemiante 
→ Independência dos pontos 
 
 Desvantagens: 
→ Menos hemostáticos 
→ Mais trabalhosa 
→ Mais demorada 
→ Maior custo 
 Trata-se de um procedimento estéril, portanto, deve-
se calçar as luvas apropriadasPONTO SIMPLES 
→ Padrão ouro - sutura mais comumente 
empregada. Importante determinar a distância 
entre o local de entrada e saída do fio e o espaço 
entre um ponto e outro. 
→ A distância entre pontos consecutivos deve ser 
proporcional à distância entre a borda da ferida e 
o ponto de penetração da agulha. A distância 
entre os quatros locais de penetração do fio, em 
dois pontos consecutivos, deve formar um 
quadrado. Na maioria dos pontos na cirurgia geral 
essa distância é de aproximadamente 1 
centímetro. Nas suturas estéticas os pontos serão 
mais próximos e menos profundos. 
→ Para qualquer ponto usado na pele a coaptação 
dos lábios da lesão deverá ser perfeita ou a má 
justaposição das bordas repercutirá em cicatrizes 
pouco estéticas. 
 
 
 
 
PASSO-A-PASSO 
• Com a agulha devidamente fixada ao porta-
agulha deve-se introduzi-la na borda distal da ferida 
no sentido distal-proximal (a borda deve ser 
pinçada com a pinça dente-de-rato para facilitar a 
visualização e passagem da agulha); 
• Após passar a borda distal, pega a agulha com o 
porta-agulha e a fixa novamente ao instrumental, 
procedendo para a borda proximal. 
• Deve-se observar a quantidade suficiente de fio 
para realizar o nó, assim, evita-se desperdício. 
Para realização do nó com o porta-agulha deve-se: 
→ Enrolar o fio que contém o lado agulhado (atentando 
para não pegar na agulha e não se acidentar) duas vezes 
para frente no porta-agulha. 
→ Enrolar o fio que contém o lado agulhado uma vez para 
o lado oposto ao primeiro (no caso, para trás) 
→ Enrolar o fio que contém o lado agulhado mais uma vez 
para frente. 
→ Prender com o porta-agulha a extremidade mais curta 
do fio (extremidade não agulhada) 
→ Tracionar o lado agulhado do fio em direção ao lado 
oposto, mas mantendo o porta-agulha próximo ao ponto. 
→ Cortar o excesso de fio com tesoura de Mayo (curva 
para cavidade, reta para fora desta) e proceder para o 
próximo ponto. 
PONTO SIMPLES INVERTIDO OU PONTO DE HALSTED 
→ Tem as pontas para dentro, ficando o nó oculto 
dentro do tecido como no subcutâneo ou para o 
lado da mucosa, em órgãos ocos (esse ponto não 
deve ser retirado). 
→ Pontos dérmicos são relaxadores de tensão para 
fechamento da pele. São pontos de sustentação 
permanentes cuja finalidade é reduzir a tensão na 
linha de sutura. São pontos invertidos, de nó 
escamoteado, executados sobre a parte mais 
profunda da pele, usando-se agulhas delicadas e 
fio categute fino ou mesmo fios inabsorvíveis. 
→ Alguns profissionais não recomendam a sutura do 
subcutâneo. É dito que a contribuição em reduzir 
a fora tênsil da ferida como um todo é muito 
pequena e que a baixa capacidade de defesa 
Suturas descontinuas 
 
 
4 Julia Ornellas 
Cirurgia | Aula prática 
desse tecido em meio à presença de corpo 
estranho pode constituir em uma facilitação 
potencial para infecção. Outros, afirmam reduzir 
os espaços mortos e a possibilidade de formação 
de coleções serohemáticas. 
 
 
PASSO-A-PASSO 
→ Com a agulha devidamente fixada ao porta-
agulha deve-se introduzi-la na borda proximal da 
ferida no sentido distal-proximal (a borda deve ser 
pinçada com a pinça de dissecção para facilitar a 
visualização e passagem da agulha); 
→ Após passar a borda proximal, pega a agulha com o 
porta-agulha e a fixa novamente ao instrumental, 
procedendo para a borda distal no sentido 
distal proximal. 
→ Deve-se observar a quantidade suficiente de fio para 
realizar o nó, assim, evita-se desperdício. 
→ Para realização do nó com o porta-agulha deve-se 
proceder da mesma forma que no anterior, lembrando 
que desta vez, o ponto deve ficar no interior e não para 
fora. 
→ Cortar o excesso de fio com tesoura de Mayo (curva 
para cavidade, reta para fora desta) e proceder para o 
próximo ponto. 
PONTO EM U HORIZONTAL 
→ Forma um quadrado perfeito onde as extremidades 
de sutura saem ou pelo mesmo lado ou pela 
mesma borda da ferida. Descreve um U deitado. 
→ Quando adequado, promove uma leve eversão 
das bordas, que aumenta a área de contato e, por 
conseguinte, aumenta excessivamente a 
cicatrização podendo torná-lo inestético. 
→ O mesmo pode ser utilizado para suturas com 
tensão, sendo os pontos colocados 
preferencialmente afastados da linha de incisão. A 
agulha deverá transfixar a aponeurose junto ao nó 
precedente e avançar com um passo de 1 a 1,5 
cm. Recomenda-se ainda que as transfixações 
sejam feitas a distâncias variáveis das bordas para 
evitar os esgarçamentos através de uma linha de 
fraqueza da aponeurose. 
→ Os pontos em U são particularmente vantajosos na 
pele grossa como mãos e pés. 
 
PASSO-A-PASSO 
→ Com a agulha devidamente fixada ao 
porta agulha deve-se introduzi-la na borda distal 
da ferida no sentido distal-proximal (a borda deve 
ser pinçada com a pinça de dissecção para 
facilitar a visualização e passagem da agulha), da 
mesma forma que um ponto simples; 
 → Após passar a borda distal, pega a agulha com o 
porta-agulha e a fixa novamente ao instrumental, 
procedendo para a borda proximal no sentido distal-
proximal, da mesma forma que o ponto simples. 
→ Após passar a borda proximal, deve-se inverter a 
agulha de modo que agora o sentido da sutura será 
proximal-distal. 
→ Terminar a sutura passando com a agulha invertida 
também na região distal, no sentido proximal-distal. 
→ Deve-se observar a quantidade suficiente de fio para 
realizar o nó, assim, evita-se desperdício. 
→ Para realização do nó com o porta-agulha deve-se 
proceder da mesma forma que no ponto simples, 
colocando o nó na borda distal (preferencialmente). 
 → Cortar o excesso de fio com tesoura de Mayo (curva 
para cavidade, reta para fora desta) e proceder para 
o próximo ponto 
PONTO EM U VERTICAL OU “DONATTI 
→ Usado na pele junto com o subcutâneo consta de 
duas transfixações, sendo uma transdérmica a 2 
mm da borda e outra perfurante, incluindo a tela 
subcutânea de 7 a 10 mm da borda. 
→ Tem a vantagem de associar a supressão da tensão 
ao nível da sutura com a coaptação perfeita dos 
lábios da ferida. 
→ O ponto maior tem a finalidade de sustentação da 
pele e o ponto menor confronta as bordas e evita 
sua inversão. 
→ Tem uso amplo em cirurgia geral nas bordas das 
feridas que tendem a invaginar ou com tensão. 
→ Promove uma aposição completa e precisa das 
bordas, com leve eversão após a confecção dos 
nós. Quando os pontos não são retirados 
 
 
5 Julia Ornellas 
Cirurgia | Aula prática 
precocemente promove maior repercussão na 
pele. 
 
PASSO-A-PASSO 
Com a agulha devidamente fixada ao porta agulha 
deve-se introduzi-la na borda distal da ferida, mais distal 
do que os outros tipos de ponto (o que torna o ponto 
mais profundo) no sentido distal-proximal (a borda deve 
ser pinçada com a pinça de dissecção para facilitar a 
visualização e passagem da agulha). 
 → Deve-se então passar a agulha na borda proximal 
da ferida, mais proximal do que os outros tipos de ponto 
(o que torna o ponto mais profundo). 
→ Após passar a borda mais proximal, pega a agulha 
com o porta-agulha e deve-se inverter a mesma, de 
modo que o sentido da sutura agora será proximal-
distal. 
 → Passar a agulha pela borda proximal, mais próxima 
da ferida no sentido proximal-distal. 
→ Terminar o ponto passando a agulha pela borda 
menos distal no sentido proximal-distal 
 A ordem dos pontos ficou: Mais distal – Mais proximal – 
Menos proximal – Menos distal, ou então: “Longe, longe, 
perto, perto”. 
 Deve-se observar a quantidade suficiente de fio para 
realizar o nó, assim, evita-se desperdício. 
 Para realização do nó com o porta-agulha deve se 
proceder da mesma forma que nos pontos anteriores, 
colocando o nó na borda distal (preferencialmente). 
 Cortar o excesso de fio com tesoura de Mayo (curva 
para cavidade, reta para fora desta) e proceder para 
o próximoponto. 
PONTO EM “X” EXTERNO 
 Pode ser chamado também de ponto cruzado ou de 
reforço. 
 É usado para aumentar a superfície de apoio na sutura 
para hemostasia ou aproximação. 
 Usado em fechamento de paredes e suturas em 
aponeuroses, musculares, principalmente quando os 
músculos são seccionados transversalmente. 
 São bastante utilizados em tecidos muito 
vascularizados como couro cabeludo, pois promove 
maior hemostasia. Também por ser um ponto muito 
hemostático, é utilizado para ligaduras em massa ou 
ligadura de vaso sangrante oculto. 
 
PASSO-A-PASSO 
→ Com a agulha devidamente fixada ao porta-agulha 
deve-se introduzi-la na borda distal da ferida, no sentido 
distal-proximal (a borda deve ser pinçada com a pinça 
de dissecção para facilitar a visualização e passagem 
da agulha), como se fosse um ponto simples. 
→ Após passar a borda distal, pega a agulha com o 
porta-agulha e a fixa novamente ao instrumental, 
procedendo para a borda proximal no mesmo sentido. 
→ Após passar a borda proximal, pega a agulha com o 
porta-agulha e sem cortar o fio, deve-se realizar outra 
passagem no sentido distal proximal, como se outro 
ponto simples fosse ser realizado ao lado do primeiro. 
→ Terminar o ponto de forma que se apresente como 
dois pontos simples paralelos “contínuos” no sentido 
proximal-distal. 
→ Deve-se então proceder para o nó da mesma forma 
que os pontos anteriores, de modo que os fios ao se 
cruzarem para o nó, formem um “X”. 
→ Deve-se observar a quantidade suficiente de fio para 
realizar o nó, assim, evita-se desperdício. 
→ Cortar o excesso de fio com tesoura de Mayo (curva 
para cavidade, reta para fora desta) e proceder para 
o próximo ponto. 
PONTO EM “X” INTERNO 
→ Muito semelhante ao “X” externo, é realizado no 
plano da derme sem transpassar a epiderme, por 
isso, passa a ser denominado X Interno, servindo 
principalmente para sustentação de tecidos. 
→ Este ponto é interno, não devendo ser retirado. 
 
 
 
6 Julia Ornellas 
Cirurgia | Aula prática 
PASSO-A-PASSO 
→ Com a agulha devidamente fixada ao 
porta agulha, deve-se introduzi-la na borda proximal 
da ferida, no sentido distal-proximal (isto é: sem inverter 
a agulha. A borda deve ser pinçada com a pinça de 
dissecção para facilitar a visualização e passagem da 
agulha), como se fosse um ponto simples invertido. 
→ Após passar a borda proximal, pega a agulha com o 
porta-agulha e a fixa novamente ao instrumental, 
procedendo para a borda distal, lateralmente ao 
primeiro ponto. 
→ Após passar a borda distal, lateral ao primeiro ponto, 
deve-se proceder no sentido distal proximal para a 
borda proximal, paralela ao último ponto. 
→ Terminar o ponto fazendo a última passada da 
agulha na borda distal, paralela ao primeiro ponto, no 
sentido proximal-distal, formando um “X”. 
→ Deve-se então proceder para o nó da mesma forma 
que os pontos anteriores, de modo que os fios se cruzem 
para o nó mantendo a formação do “X”. Desta vez, o 
nó deve ficar no interior da ferida. 
→ Deve-se observar a quantidade suficiente de fio para 
realizar o nó, assim, evita-se desperdício. 
→ Cortar o excesso de fio com tesoura de Mayo (curva 
para cavidade, reta para fora desta) e proceder para 
o próximo ponto. 
GRAMPEADOR 
→ São usados para fechar as incisões feitas pelo 
médico. Pode ser dividido em dois grupos: 
→ Lineares cortantes: a presença da lâmina permite o 
corte do tecido ao mesmo tempo em que a sutura é 
realizada; é muito aplicado em gastrectomias e em 
cirurgias bariátricas. 
→ Circulares: compostos por duas partes – uma menor, 
removível (ogiva), e a maior e circular, que se 
encaixam; ao mesmo tempo ele sutura e a lâmina 
circular interna corta o tecido a ser anastomosado 
(ligado). 
 
COLA CIRÚRGICA 
→ A cola cirúrgica funciona como a última camada 
de fixação da pele. É como se fosse um curativo 
cirúrgico, já que todos os pontos dados numa 
cirurgia, com ou sem cola, são exatamente iguais. 
Não há exclusão de nenhuma camada de pontos, 
com ou sem o uso da cola. 
 
 
 
 
→ A retirada das suturas segue o princípio básico: O 
ponto que estava do lado de fora durante todo o 
tempo de recuperação da ferida não pode entrar 
em contato com a ferida ao ser retirado (ou seja, o 
que está por fora não poder passar por dentro) para 
evitar contaminação. 
→ Para retirar a sutura, utiliza se basicamente uma 
Tesoura de Spencer e uma pinça de dissecção 
Atraumática. Cada tipo de ferimento a depender 
de sua extensão, se está ou não livre de sinais 
inflamatórios e de contaminação, tipo de tecido, 
comorbidades do paciente etc. apresentará 
tempos diferentes para retirada dos pontos. 
 
Retiradas dos pontos 
 
 
7 Julia Ornellas 
Cirurgia | Aula prática 
→ Em geral, alguns exemplos podem ser dados de 
quanto tempo deve-se esperar para retirar o ponto 
(considerando a ferida limpa): 
→ Rosto: 5 dias 
→ Couro cabeludo: 7-14 dias 
→ Tronco e MMSS: 7 dias 
→ MMII: 8-10 dias 
 
EXTRA!!! 
Junções das bordas Eversão: 
https://www.youtube.com/watch?v=73rKDN4xsy8&
t=3s 
 
Inversão: 
https://www.youtube.com/watch?v=uv3yrbM1Jvc 
 
aposição: 
https://www.youtube.com/watch?v=KJHpa93xrGU
&t=4s 
 
Suturas descontinuas Sutura ponto simples: 
https://www.youtube.com/watch?v=7izZe70E6hQ 
 
Sutura ponto simples invertido ou ponto halsted: 
https://www.youtube.com/watch?v=lEBJ7u8EZxk 
 
Sutura em ponto horizontal em “U”, de Wolf 
https://www.youtube.com/watch?v=dCeBYdBBpb
g 
Sutura em ponto vertical em “U”, Donatti 
https://www.youtube.com/watch?v=65koTg6Nt1s 
 
Sutura em “X” externo: 
https://www.youtube.com/watch?v=rVB2S9erto4 
 
Sutura em “X” interno: 
https://www.youtube.com/watch?v=JWGdmeZtK
Wg 
Retirada dos pontos 
https://www.youtube.com/watch?v=o18toaWI1qg 
 
https://www.youtube.com/watch?v=U86AJek2rRg 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=73rKDN4xsy8&t=3s
https://www.youtube.com/watch?v=73rKDN4xsy8&t=3s
https://www.youtube.com/watch?v=uv3yrbM1Jvc
https://www.youtube.com/watch?v=KJHpa93xrGU&t=4s
https://www.youtube.com/watch?v=KJHpa93xrGU&t=4s
https://www.youtube.com/watch?v=7izZe70E6hQ
https://www.youtube.com/watch?v=lEBJ7u8EZxk
https://www.youtube.com/watch?v=dCeBYdBBpbg
https://www.youtube.com/watch?v=dCeBYdBBpbg
https://www.youtube.com/watch?v=65koTg6Nt1s
https://www.youtube.com/watch?v=rVB2S9erto4
https://www.youtube.com/watch?v=JWGdmeZtKWg
https://www.youtube.com/watch?v=JWGdmeZtKWg
https://www.youtube.com/watch?v=o18toaWI1qg
https://www.youtube.com/watch?v=U86AJek2rRg

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