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Farmacologia da ICC


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MARIANA MARQUES – T29 
INTRODUÇÃO 
• A insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica 
complexa e progressiva, de caráter sistêmico, 
caracterizada pela incapacidade do coração em 
bombear sangue para as necessidades metabólicas dos 
tecidos, ou seja, consiste na incapacidade ventricular de 
se encher e esvaziar de maneira correta. 
• Uma das principais etiologias da IC é a cardiopatia 
isquêmica crônica associada à HAS. 
(ver os resumos “Hipertensão arterial sistêmica” e 
“Cardiopatias isquêmicas”). 
 
FATORES DE RISCO PARA IC 
• Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de 
Insuficiência cardíaca são: 
▪ Hipertensão arterial sistêmica; 
▪ Diabetes; 
▪ Dislipidemia; 
▪ Obesidade; 
▪ Envelhecimento. 
 
TIPOS DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
• São classificadas de acordo com o lado do coração 
afetado, com a função alterada e de acordo com o 
débito cardíaco. 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ESQUERDA: 
• É a mais comum e ocorre devido à insuficiência 
ventricular esquerda (dificuldade em bombear ou em 
relaxar). 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ESQUERDA: 
• Ocorre devido a insuficiência ventricular direita, e 
geralmente é causada pela própria insuficiência 
esquerda. 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONFESTIVA (ICC): 
• Ocorre quando a insuficiência atinge os dois lados do 
ventrículo. 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA SISTÓLICA: 
• Ocorre devido à dificuldade de contrair o miocárdio e, 
consequentemente, de ejetar o sangue para fora da 
cavidade do coração em direção as artérias (pulmonar 
e aorta). 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DIASTÓLICA: 
• Ocorre devido a restrição do relaxamento ventricular e, 
consequentemente, do seu enchimento diastólico. 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DE ALTO DÉBITO: 
• Ocorre devido ao aumento do trabalho cardíaco na 
ausência de alguma alteração orgânica no coração na 
tentativa ineficaz de suprir alta demanda metabólica ou 
por fístulas arteriovenosas (desvio do sangue do leito 
arterial diretamente por leito venoso). 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DE BAIXO DÉBITO: 
• Ocorre devido a disfunção cardíaca sistólica, onde o 
coração não consegue bombear sangue de forma 
adequada. 
 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA ICC 
• O tratamento farmacológico tem como objetivo reduzir 
o edema, reduzir o trabalho cardíaco e causar 
vasodilatação para reduzir a pré e pós carga. 
• Para alivio dos sintomas utiliza-se diuréticos de alça 
(furosemida) - ver o resumo “Hipertensão arterial 
sistêmica” e fármacos digitálicos. 
• Para aumento da sobrevida utiliza-se IECA ou BRA, 
hidralazina + nitrato, espironolactona e 
betabloqueadores. - ver o resumo “Hipertensão arterial 
sistêmica” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FARMACOLOGIA CARDIOVASCULAR 
Insuficiência Cardíaca 
 
 
MARIANA MARQUES – T29 
 
DIGITÁLICOS: 
DIGOXINA: 
• São glicosídeos cardíacos. 
• Mecanismo de ação: exerce efeito inotrópico positivo 
(aumenta o débito cardíaco) através da bomba de sódio 
e potássio nos miócitos cardíacos, possui efeito 
cronotrópico negativo diminui a demanda de oxigênio e 
efeito dromotrópico negativo diminui a velocidade do nó 
AV. 
• Usos clínicos: é utilizada em casos de ICC com fração de 
ejeção reduzida sintomática (ajuda o enchimento 
ventricular, fortalece o coração e ajuda na inibição da 
fibrilação atrial). Não melhora a sobrevida do paciente. 
• Efeitos adversos: possui muitos efeitos colaterais, que 
afetam diversos sistemas corporais, podendo inclusive 
causar intoxicação. 
▪ Gastrintestinais: anorexia, diarreia, vômitos, 
náuseas e dor. 
▪ Cardíacos: arritmias ectópicas, distúrbios de 
condução, bradicardia sinusal e prolongamento da 
condução ou bloqueio AV. 
▪ Psiquiátricos: delírio, fadiga, confusão e sonhos 
anormais. 
▪ Visuais: visão turva, amarelada (xantopsia) e halos. 
▪ Respiratórios: aumento da ventilação à hipóxia. 
 
INTOXICAÇÃO DIGITÁLICA 
Ocorre principalmente em idosos – 20% dos casos. 
Sintomas iniciais: náuseas, vômitos, hiporexia, diarreia, 
alucinações visuais, confusão mental, vertigens e insônia. 
Manifestações cardíacas: taquicardias supraventriculares 
paroxísticas e não paroxísticas, bradicardia com bloqueio 
atrioventricular, bloqueio sinoatrial, taquicardia e fibrilação 
ventriculares e extrassístoles. 
TGI: náusea, vômitos, diarreia. 
SNC: cefaleia, astenia muscular, nevralgias (simulando 
nevralgia do trigêmio), desorientação, confusão mental e 
até mesmo delírios e alucinações. 
Visuais: alteração nas percepções de cores (visão amarela), 
visão dupla, visão branca (presença de halos brancos em 
objetos escuros e os objetos em geral são vistos como 
congelados). 
TRATAMENTO: deve-se suspender a medicação, administrar 
sais de potássio, antiarrítmicos (fenitoína ou lidocaína) e 
betabloqueadores, realizar um implante de marcapasso 
temporário e administrar anticorpos antidigoxina. 
 
 
CARDIOTÔNICOS: 
DOBUTAMINA: 
• Mecanismo de ação: exerce mais efeitos inotrópicos que 
cronotrópicos, gerando aumento da contratilidade, do 
débito cardíaco e do volume sistólico. 
• Usos clínicos: ICC aguda ou agudizada. 
• Efeitos adversos: Taquiarritmias, hipertensão, angina e 
dispneia. 
• Contraindicação: contraindicada em casos de estenose 
subaórtica hipertrófica idiopática (a obstrução pode 
aumentar), feocromocitoma (pode ocorrer hipertensão 
grave) e taquiarritmias ou fibrilação ventricular (pode 
ocorrer exacerbação da arritmia). 
 
IVABRADINA: 
• Mecanismo de ação: bloqueia a corrente de Na+/K+ que 
controla a despolarização diastólica espontânea no 
nódulo sinusal e regula a frequência cardíaca, 
prolongando o tempo de diástole e aumentando a 
perfusão. 
• Usos clínicos: utilizada em casos de angina estável 
sintomática e ICC crônica (associada a BB em indivíduos 
em estágios mais avançados da doença e que mantêm a 
frequência cardíaca alta). 
• Efeitos adversos: fenômenos luminosos (fosfenos) e 
bradicardia são reações dose dependentes e estão 
relacionadas com o efeito farmacológico do 
medicamento. 
• Contraindicação: contraindicada em casos de 
frequência cardíaca em repouso abaixo de 70 bpm antes 
do tratamento, choque cardiogênico, infarto agudo do 
miocárdio ou hipotensão grave.