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Equilíbrio Ácido Base

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Equilíbrio Ácido Base 
 
NOTA: O pH de uma solução é medido pela sua 
concentração de H+, expresso em uma escala logarítmica 
de pH de 0 a 14. O pH do organismo humano é de 7,38 à 
7,42. O grande problema de se alterar o pH do corpo é 
em relação às proteínas, que desnaturam (perda da 
forma tridimensional) por perda de suas ligações 
covalentes e não covalentes. 
 
Entrada do Ácido: o nosso metabolismo tem a 
tendência produzir compostos ácidos, por exemplo, os 
corpos cetônicos, que são cetoácidos. Paciente com 
Diabetes Mielitus, que não possuem os receptores de 
insulina na célula, começam a produzir muitos corpos 
cetônicos, o que pode baixar muito o pH e até causar 
coma. A maior fonte de entrada é o Sistema Respiratório; 
Entrada de Base: a fisiologia ácido-base se concentra 
nos ácidos, pois os valores das bases são baixos. Isso em 
decorrência da nossa dieta possuir poucos compostos 
básicos. 
 
Mecanismos de Homeostase do H: tampão 
sanguíneo, ventilação, renal; 
1. Sistemas Tampão; 
2. Ventilação; 
3. Sistema Renal. 
 
Sistemas Tampão: 
 O tampão é uma molécula que modera, mas não evita, 
mudanças no pH, combinando-se com H+ ou liberando 
H+; 
 A maioria dos tampões fisiológicos tendem a se 
combinar com o H+, justamente porque a maioria dos 
nossos resíduos são ácidos; 
 Tanto no meio intra como no extracelular existem 
tampões: 
o Sistema Tampão Sanguíneo: 
 Enzima Anidrase Carbônica: após a reação 
entre o Co2 e o H2O, formando o ácido 
carbônico (H2CO3), a enzima irá agir -> 
utiliza o H2C03 e conjuga em HCO3-
(bicarbonato) + H+. 
H2CO3 -> HCO3- + H+ 
 A formação do bicarbonato é 
essencial, pois este é um grande 
tampão. O bicarbonato está em 
concentração de 600 mil vezes 
maior no corpo do que o H+. 
 A anidrase carbônica está nas 
hemácias, rins, e células parietais 
do estômago. 
 
OBS: A ventilação pode compensar as 
alterações de pH: 
1. O aumento da ventilação é uma 
compensação respiratória para o aumento da 
acidose; 
2. Pode corrigir alterações do equilíbrio 
ácido-básico, mas pode também causar 
desequilíbrio; 
3. Hipoventilação: acidose respiratória 
4. Hiperventilação: diminui a acidez; 
 
Técnica da Sacolinha: quando uma 
pessoa tem síndrome do pânico, sua 
respiração fica acelerada, assim, ocorre 
uma hiperventilação (e há o risco de 
ocorrer uma alcalose - meio fica muito 
básico). Assim, usa-se a técnica da 
sacolinha (assoprar dentro da sacola e 
respirar), pois, desse modo, a pessoa 
irá inalar mais CO2 e, mesmo com 
hiperventilação, ocorrerá um controle 
básico, por excesso de CO2, que 
desloca a reação para o outro lado, 
assim, controlando o pH novamente. 
 
Resumo: 
Os distúrbios de equilíbrio ácido-base 
podem ser produzidos por alterações 
de dois tipos: 
 Respiratório: redução ou excesso 
de eliminação de Co2 nos alvéolos 
pulmonares: 
- H2O + CO2 -> H2CO3 -> (Anidrase 
carbônica) -> HCO3- + H+ 
 
 
- = Redução do PH, caracterizando a acidose 
de origem respiratória. 
- Existe também a alcalose de origem 
respiratória, quando a concentração de íons H+ 
é baixa. 
 Metabólica: a acidose metabólica se refere ao 
acúmulo de ácidos fixos, não voláteis, no sangue. Ex: 
ácido lático, corpos cetônicos e outros. 
 
Obs: Nos capilares alveolares o dióxido de carbono 
do sangue venoso se difunde para o gás dos 
alvéolos. A difusão do CO2 para os alvéolos é 
comandada pela diferença de pressão parcial entre 
os alvéolos e os capilares (com sangue venoso). Essa 
difusão rapidamente equilibra a pCO2 do sangue 
com a pCO2 do gás dos alvéolos pulmonares. 
- PH está baixo -> Taquipneia -> Eliminação de mais 
CO2 
- PH está alto -> Bradipneia -> Retenção de mais CO2 
 
 O PH do sangue modifica a ventilação alveolar 
através do centro respiratório, que funciona 
como um “sensor” de PH do sangue. 
 
 
 Função pulmonar no tampão bicarbonato: 
Os pulmões regulam a quantidade de CO2 
alterando o ritmo ventilatório. Quando o ph 
diminui, muitos prótons no sangue, o equilíbrio se 
desloca no sentido de formação do ácido 
carbônico que se dissocia em água em dióxido de 
carbono. Esse excesso de CO2 tem que ser 
eliminado o que acarreta em aumento do ritmo 
respiratório, ou seja, hiperventilação. Além disso, 
o excesso de H+ estimula o bulbo respiratório a 
aumentar a freqüência de respiração. Já quando o 
ph aumenta, menos H+ circulantes, o equilíbrio se 
desloca no sentido de dissociação do ácido 
carbônico. Para isso, mais CO2 será consumido no 
plasma fazendo com que os pulmões reduzam o 
ritmo respiratório, hipoventilação, com o intuito 
de acumular esse gás que será usado na formação 
do ácido. 
 
 Como o sistema pulmonar age para 
controlar um quadro de acidose? 
Na acidose, a concentração de H+ é 
elevada e essa situação alerta o bulbo que 
estimula a ventilação pulmonar, 
reduzindo os níveis de gás carbônico e, 
consequentemente, reduzindo também a 
concentração de H+. 
 
 
 Função renal no tampão bicarbonato: 
Os rins regulam o ph eliminando mais ou 
menos prótons na urina. Quando o ph 
decresce, aumente a quantidade de prótons 
que se combinam com o bicarbonato para 
formar o ácido carbônico. Esse por sua vez, 
dissocia-se formando H2O e CO2 que irão se 
difundir dos capilares para as células do tubo 
renal. Nos rins, o CO2 se combina com a água 
pela ação da enzima anidrase carbônica e se 
dissocia em H+ e bicarbonato. Os prótons 
passam para o filtrado glomerular tornando a 
urina ácida; o bicarbonato é reabsorvido pelos 
capilares e se combina com os prótons em 
excesso, aumentando assim o ph. Quando o 
ph está alto, o rim irá excretar menos prótons 
e reabsorver menos bicarbonato uma vez que 
menos CO2 está se difundindo do sangue para 
as células renais. 
 
 Como o sistema renal age para 
controlar um quadro de alcalose e de 
acidose? 
Na situação de alcalose, há excreção 
de uma urina mais básica, pois há 
uma menor liberação de H+ por 
meio dela, e, em uma alcalose 
severa ocorre, ainda, a eliminação 
de íons bicarbonato, regulando o pH. 
Na acidose ocorre o contrário, 
excretando-se mais H+, gerando, 
assim, uma urina mais ácida.

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