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16 Líquidos cavitários

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é Efusão ou derrame cavitário 
É qualquer acúmulo anormal de fluido dentro de uma 
cavidade corpórea, com ou sem alteração clínica 
evidente. Os tipos de efusões são: 
P Peritoneal ou abdominal 
P Pleural ou torácica 
P Pericárdica 
P Escrotal 
P Articular 
 
Os tipos vão depender de qual é o local está o acúmulo. 
Não é uma patologia especifica, são de diferentes 
etiologias e podem variar entre os volumes e a 
velocidade de acúmulo. 
 
é Classificação das efusões ou derrames 
Tem um transudato puro quando o líquido se apresenta 
de forma incolor ou amarelado (aparece nos herbívoros 
o amarelado). O transudato puro tem uma densidade 
baixa (< 1.020), pouca concentração de proteína (abaixo 
de 3,0g/dL), ele não coagula e possui pouca ou nenhuma 
celularidade (menos de 1.000 células nucleadas) sendo que 
as células presentes geralmente são os linfócitos ou 
células mesoteliais (células que revestem externamente 
as vísceras nas cavidades). 
O transudato puro pode ser formado por uma diminuição 
da pressão oncótica plasmática, onde tem dentro do 
plasma poucas proteínas e isso é resultante de uma 
deficiência nutricional ou uma disfunção hepática (no 
fígado que tem a produção das proteínas plasmáticas). 
 
Ou então a formação da efusão pode acontecer quando 
tem o aumento da pressão hidrostática sistêmica ou 
pulmonar. Esse aumento da pressão hidrostática, vai 
aumentar a pressão capilar, tendo a saída de mais fluidos 
do que o habitual para a cavidade pleural, por exemplo, 
excedendo a capacidade de absorção do sistema de 
drenagem fisiológica (vasos linfáticos), isso acontece 
quando tem uma hipoalbunemia grave (< 1,0g/dL). A 
albumina é quem regula a pressão coloidosmotica do 
plasma do sistema vascular e se tem uma diminuição 
dessas proteínas em um ambiente intravascular, 
acontece o extravasamento de líquido de dentro do vaso 
para cavidades ou tecidos. 
 
Isso acontece em hepatopatia crônica, nefropatia, 
Enteropatias e deficiência nutricional 
 
 
 
Transudato modificado – ele ocorre pelo 
extravasamento de fluidos dos vasos linfáticos, isso pode 
acontecer pelo aumento da pressão hidrostática capilar 
e/ou obstrução do sistema linfático (neoplasias), 
permitindo a passagem de fluido com alta concentração 
de proteína para dentro da cavidade. O transudato 
modificado é mais viscoso que o puro e pode ser desde 
âmbar até o branco e vermelho (presença de sangue), 
o aspecto é discretamente turvo a turvo realmente e 
tem alto teor de proteína (2,5 - 7,5 g/dL), a densidade 
pode ser igual ou mais que 1.020. a contagem de células 
nucleadas é de 1000 à 7000 células. Tem poucos 
linfócitos, a quantidade de eritrócitos é variável e tem a 
presença de células mesoteliais reativas, que foram 
sensibilizadas ali. 
Muitas vezes esse transudato modificado permanece no 
animal por muito tempo e com o passar do tempo ele 
pode se tornar um exsudato não séptico. 
 
As causas mais frequentes são cardiopatias, hepatopatias, 
neoplasias e torção de órgão. 
 
Exsudato – é formado exclusivamente nas inflamações, 
em um processo inflamatório há a liberação de 
substância vasoativas que aumentam a permeabilidade 
vascular e o número de células. O exsudato pode ser 
séptico ou asséptico, tem aspecto turvo, a coloração 
pode ser rosa, âmbar até avermelhado. A concentração 
de proteínas é > 3,0g/dL, a densidade >1.020 e a 
contagem de celular de células nucleadas é >7.000. 
 
No exame citológico, vemos um predomínio de 
neutrófilos, macrófagos e células mesoteliais reativas. As 
bactérias podem estar presentes ou não. 
 
é Localização, causas e sinais clínicos das efusões 
 
P Efusão abdominal e torácica – é chamada de ascite, 
é oriunda de um acúmulo de fluido seroso ou 
serosanguinolento no espaço peritoneal. A ascite é 
sempre um sinal de doença, que pode ser causada 
por diversos processos patológicos, desde processos 
inflamatórios, infecciosos, metabólicos, degenerativos 
e neoplásicos. 
 
As manifestações clínicas são distensão abdominal, 
debilidade e apatia, dificuldade de locomoção e 
respiração, inquietação, e diminuição do apetite se esse 
acúmulo estiver comprimindo o estômago. 
Líquidos cavitários 
Já as manifestações clínicas da efusão torácica serão 
dispneia, taquipneia, posição curvada, respiração de boca 
aberta, respiração abdominal forcada, intolerância ao 
exercício e relutância em se deitar, letargia e intolerância 
ao exercício. Nos felinos, eles tentar se adaptar, 
diminuindo atividades deles de forma que seja 
estabelecido um ajuste da condição dele até se tornar 
grave, são mais difíceis de diagnosticar no início as 
efusões torácicas nos gatos. Além de que os sinais 
clínicos dependem da quantidade de fluido envolvido e 
podemos verificar sons de auscultação encobertos e 
dilatação das veias jugulares. 
 
P Efusões pericárdicas – estão relacionadas com 
desordens no pericárdio dos pequenos animais, é 
mais frequente nos cães e difícil nos gatos. Em cães, 
as causas mais comuns são as neoplasias cardíacas 
e efusão pericárdica idiopáticas por infecção 
bacterina, micótica, leishmaniose visceral e outras 
causas idiopáticas. 
 
Nos gatos, a efusão pericárdica está mais relacionada 
com insuficiência cardíaca congestiva (ICC) ou peritonite 
infecciosa felina (PIF). 
 
Em muitos casos tem o tamponamento cardíaco por 
causa da pressão que o líquido faz no ambiente 
intrapericardico, impedindo que haja o preenchimento na 
fase diastólica, esse animal precisa de uma intervenção 
de emergência (drenagem do líquido), para evitar arritmia 
e o óbito. 
 
 
CTCN = contagem de células nucleadas 
 
é Condições patológicas 
Os mecanismos que podem desencadear a formação de 
uma efusão estão relacionados como o aumento da 
pressão hidrostática, diminuição da pressão oncótica, 
obstrução linfática, aumento da permeabilidade e 
integridade dos vasos linfáticos (compressão por um 
aumento de volume em qualquer local) 
 
é Efusão abdominal 
Quando fazemos a retida da efusão, temos melhora nas 
manifestações clínicas, principalmente se tiver um 
aumento muito grande, pode ter melhoramento na 
respiração. Se não retirar a efusão, pode ter uma 
restrição respiratória e o animal vir a óbito até por 
insuficiência respiratória. 
 
O animal pode ter intolerância ao exercício, cianose (por 
causa da restrição respiratória), ascite refrataria (tira o 
líquido e ele volta tudo de novo), saciedade precoce. 
Pode ter uma efusão séptica se tiver alguma perfuração 
de víscera ou asséptica por conta de acúmulo de bile, 
urina ou pancreatite) 
 
Não tem ocorrência de infecção espontânea, apenas no 
homem. Os humanos e equinos são os mais sensíveis as 
peritonites 
 
é Efusão pleural e efusão abdominal 
Quanto tem uma efusão pleural tem um abafamento das 
bulhas cardíacas (hipofonese de bulhas cardíacas), tem o 
aumento dos fluidos respiratórios na região mais dorsal 
do tórax e diminuição dos ruídos respiratórios 
ventralmente. Na percussão, observamos um limite de 
região maciça do tórax. 
 
O líquido tende a se acumular na região mais baixa da 
caixa torácica (gravidade) 
Toda percussão torácica deve ser realizada no sentido 
dorso ventral, crânio caudal. 
 
Na efusão abdominal, para fazer o exame físico e 
detecção da efusão podemos fazer o balotamento 
(apenas em pequenos animais) (colocamos o animal em 
decúbito lateral e colocamos as mãos na lateral abdominal 
e a outra na outra lateral do abdômen e viramos o animal 
de um lado para o outro e sentimos o líquido. Pode faze 
percussão também. 
 
Na efusão pericárdica, quando fazemos o exame físico, 
verificamos uma hipofonese das bulhas cardíacas. 
 
Na efusão pleural – devemos verificar a presença do 
líquido pleural para que possamos fazer uma abordagem 
rápida. Só não vou fazer esses procedimentos abaixo se 
o animal estiver em um quadro de emergência. 
 
Podemos fazer um Rx do tórax no final da inspiração 
(quadros estáveis) e ultrassonográfica torácica. Se o 
animal estiver em emergência, devemos fazer a 
toracocentese antes de tudo e depoisfazer o RX e 
ultrassom. E se nos exames complementares constar 
efusão, fazemos a toracocentese. 
 
 
 
 
 
é Paracentese 
É quando fazemos a punção do líquido que está no 
peritônio. Pode ter alguns riscos na paracentese, 
principalmente se o animal tiver uma organomegalia 
(aumento de algum órgão na cavidade abdominal), como 
piometra, gestação avançada, animal obeso, massas, 
torção gástrica ou hiperadrenocorticismo. 
 
Fazemos uma radiográfica (Apenas se estiver estável), 
ultrassom abdominal ou torácico se for o caso. 
 
Na radiografia não conseguimos diferenciar os tipos de 
efusão (transudato puro, exsudato...), apenas no 
laboratório. 
 
É contar indicado a paracentese se tiver uma diminuição 
da perfusão renal, distúrbios eletrolíticos, perda da 
albumina e proteínas do complemento. 
 
é Abordagem diagnóstica 
Radiografia do tórax – antes e após a toracocentese. 
Sempre feita laterolateral e ventrodorsal. 
 
Na laterolateral conseguimos visualizar as incisuras 
interlobares e aumento da radiopacidade da porção 
ventral da cavidade torácica 
 
 
Na ventrodorsal conseguimos ver os espaços 
interlobares. Os lobos pulmonares sofrem 
retração/afastamento do pulmão da parede torácica 
 
 
Toracocentese – deve anteceder a radiografia de tórax 
em animais com angústia respiratória. 
 
Ultrassonografia torácica – é indicado para animais em 
estado crítico porque ele gera o mínimo de estresse e 
confirmamos a presença de líquido. Ele pode ser feito 
antes da coleta da efusão e fazemos a toracocentese 
com o ultrassom para nos guiar onde estamos indo, se 
vai lesionar ou não. 
 
é Material necessário para a retirada do líquido 
(centese) 
Podemos fazer a centese com um cateter, scalp ou 
agulha. Vamos precisar de uma seringa, torneirinha de 3 
vias, equipo de soro, luvas estéreis e 2 tubos (1 seco e 
um com anticoagulante). Quanto menor for o número do 
cateter, maior será o diâmetro e comprimento dele, o 
mesmo vale para o scalp. 
 
A escolha do cateter vai depender do tamanho do animal, 
da coleção de líquido, onde está a fusão. 
Usamos os 2 tubos nesse caso para checar se tem um 
aumento de concentração de proteínas (se tiver 
aumento de proteínas e fibrinogênio, ela vai coagular) 
 
é Procedimento paracentese 
O animal pode estar em estação ou decúbito lateral. Em 
animais de grande porte, sempre é feito em estação. 
 
Fazemos a tricotomia e esfregamos a pele com algum 
sabão antisséptico (degermante, clorexidina, iodo 
degermante) e deixamos agir por uns 15 minutos e 
depois limpamos com álcool 70% ou álcool iodado. 
 
Antes da coleta, devemos descartar que o animal tem 
possibilidade de coagulopatias e em pequenos animais 
fazemos o esvaziamento da bexiga, por sonda uretral ou 
por cistocentese. 
 
Fazemos a coleta com os materiais ideias e se o líquido 
for sanguinolento, devemos colher o hematócrito da 
efusão. Mantemos o material refrigerado por até 24 
horas. Para fazer cultura bacteriana, coletamos em um 
tubo seco. 
Após a drenagem, pegamos a amostra final (últimos 
jatos), para não contaminar a amostra da cultura 
bacterina. 
 
A drenagem deve ser de maneira lenta (30-60 minutos), 
porque se tiver a retirada muito rápida, o animal pode 
descompensar. 
 
O local da punção é na linha média do abdômen 1-2cm 
caudal a cicatriz umbilical. Tomando cuidado com punção 
acidental de vísceras, principalmente se ele tiver uma 
organomegalia. Controlamos a velocidade de drenagem 
pelo equipo. O animal pode ficar sedado, sem 
necessidade de anestesiar. 
 
Nos ruminantes e equinos – nos equinos fazemos a 
punção na linha alba, no ponto mais baixo do abdômen. 
Nos ruminantes, por causa do rúmen no lado esquerdo, 
para minimizar a possibilidade de perfurar o rúmen, 
devemos fazer a punção 5 cm a direita da cicatriz 
umbilical ou no local mais próximo de onde está a 
alteração. 
 
é Procedimento toracocentese 
Na efusão pleural, pode ter o acúmulo de líquido uni ou 
bilateral. 
 
O local da punção vai ser no terço inferior do tórax = 
junção costocondral do 6º ao 8º espaço intercostal. O 
animal vai estar em estação ou decúbito esternal. Se 
necessário pode ser feito a sedação para evitar de 
perfurar o coração. E é indispensável o uso da torneira 
de 3 vias porque quando puncionamos o tórax, a 
cavidade pleural tem pressão negativa, e quando 
puncionamos a cavidade torácica temos que evitar que 
na retira da seringa tenha a entrada de ar pelo cateter 
ou agulha. Se entrar ar, vai causar um pneumotórax. 
 
Devemos evitar a margem caudal das costelas e o bisel 
da agulha deve estar para baixo. 
 
é Procedimento pericardiocentese 
Na efusão pericárdica, o local da punção é entre o 3º e 
4º espaço intercostal e sempre guiado pelo ultrassom e 
acompanhado pelo eletrocardiograma, pode ter uma 
arritmia se relar a agulha no coração do animal. 
 
O animal deve estar em decúbito lateral, utilizamos a 
torneira de 3 vias para retirar a seringa e sempre 
monitoramos pelo eletrocardiograma para checarmos se 
não há uma arritmia por contato. 
 
é Avaliação laboratorial 
Checamos a cor, odor, volume, aspecto, densidade, 
coagulação, fibrinogênio. Utilizar tubos de vidro para 
análise física. 
 
No exame químico, podemos dosar o ph, glicose, sangue 
oculto, proteína, albumina, creatinina, bilirrubina, 
triglicérides, colesterol. Para checar o sangue oculto, 
colocamos no capilar e levamos para a centrifugas e 
fazemos o hematócrito. 
 
Para a contagem de células nucleadas, fazemos a 
contagem na câmara de Newbauer ou em um aparelho 
automático. 
 
Na citologia, conseguimos ver a morfologia das células e 
quais células estão presentes na efusão. Fazemos um 
esfregaço, o mais utilizado é o Squash. 
 
 
Classificamos o líquido com base na quantidade de 
proteínas, contagem de células nucleadas, cor, aspecto e 
densidade. Assim podemos classificar se é transudato 
puro ou modificado ou um exsudato. 
 
Com as classificações especificas podemos te efusão 
biliosa, uroperitonio, efusão hemorrágica, efusão quilosa 
(linfa) e efusão neoplásica 
 
Efusão quilosa ou quilotorax – é composto por pequenos 
linfócitos, neutrófilos e macrófagos. Os triglicérides se 
apresentam > 100mg/dL. 
Fazemos um comparativo, vejo a concentração de 
triglicérides da efusão maior que a concentração de 
triglicérides no soro sanguíneo. 
 
O teste do quilo é adicionado éter na amostra 
 
As causas podem ser trauma, neoplasia ou inflamação. 
 
Efusão hemorrágica – pode ser por algum trauma, 
distúrbios de coagulação, dirofilariose, diátese 
hemorrágica promovida por fármacos, neoplasia ou 
hemoarragia aguda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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