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Tendinopatia no Ombro: Causas, Sintomas e Tratamento

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Stephane Bispo @vidadefisio_study 
 
A tendinopatia no ombro é um quadro muito comum, 
principalmente em homens e mulheres com mais de 50 
anos, ou seja, que já atingiram o estágio da “meia 
idade”. Contudo, a tendinopatia em tendões presentes 
nas estruturas do ombro também pode acometer 
jovens, com ênfase em atletas e praticantes rotineiros 
de atividades físicas. 
Isso ocorre, porque esse tipo de lesão tem diferentes 
causas, mas se divide em duas principais: 
• Sobrecarga e esforço repetitivo: Praticantes de 
esportes e atividades físicas de todas as idades 
podem sofrer com a tendinopatia no ombro, 
decorrente, principalmente, do excesso de carga e 
de movimentos repetitivos com os membros 
superiores no geral. 
• Desgaste natural dos tendões: Pessoas com idade 
mais avançada ficam mais propensas a desenvolver 
tendinopatia no ombro, sem necessário nenhum 
trauma ou esforço exacerbado, já que os tendões 
e as estruturas no geral já estão mais desgastadas. 
A tendinopatia no ombro ocorre por conta de uma 
inflamação dos tendões que compõem os músculos e 
articulações do ombro. Normalmente, essa inflamação 
acomete o ombro referente ao membro dominante 
(direito, para os destros, e esquerdo, para os 
canhotos). Em alguns casos, a tendinopatia e seus 
sintomas podem se apresentar em ambos os ombros, 
constituindo um quadro de tendinopatia bilateral. 
Tipos de tendinopatia 
Na grande maioria dos casos a tendinopatia no ombro 
aflige a região do manguito rotador, um conjunto de 
quatro músculos, tendões e ligamentos que ficam 
localizados no ombro. Mais especificamente, 
tendinopatias costumam ser desenvolvidas nas 
estruturas de um músculo em especial: o 
supraespinhal. 
 
A tendinopatia do supraespinhal ocorre quando esse 
tendão é lesionado e apresenta uma inflamação. Pode 
ser um problema crônico ou ser identificado após 
episódios específicos. 
A tendinopatia do supraespinhal e as tendinopatias no 
ombro, no geral, apresentam alguns sintomas 
específicos e identificáveis: 
• Dor no ombro. Ela pode se manifestar quando o 
ombro estiver em repouso ou em movimento. 
• Dor irradiada. O paciente pode sentir dores 
também no pescoço e nos braços. 
• Desconforto acentuado durante a noite. A dor 
pode piorar durante o período de sono, 
principalmente quando o paciente deita na posição 
lateral, apoiando o peso do corpo sob o ombro. 
• Diminuição da força. O paciente pode ter 
dificuldades de realizar atividades do dia a dia, 
tanto por conta do enfraquecimento do membro 
superior afetado, quanto por conta da dor. 
 
Tendinite do Bíceps, também chamada de tendinite 
bicipital, é uma inflamação no tendão principal que une 
a parte superior do músculo bíceps ao ombro. A causa 
mais comum desta patologia é o uso excessivo e 
determinados tipos de trabalho ou atividades 
esportivas. 
 
 Tendinopatias 
Stephane Bispo @vidadefisio_study 
Tendinite do bíceps pode desenvolver-se 
gradualmente a partir dos efeitos do desgaste ou pode 
acontecer de repente como consequência de uma 
lesão direta. O tendão pode também se tornar 
inflamado, em resposta a outros problemas no ombro, 
como lesões do manguito rotator, impacto ou 
instabilidade. 
 
A Tendinite do bíceps, por vezes, ocorre em resposta a 
outros problemas do ombro, incluindo: ruptura do 
manguito rotador, impacto do ombro, instabilidade do 
ombro. 
Sintomas: Os pacientes geralmente relatam uma 
sensação de dor profunda diretamente na parte 
anterior e superior do ombro. A dor pode se espalhar 
para o músculo bíceps. A dor geralmente é agravada 
com as atividades acima do nível do ombro. O repouso 
do ombro geralmente alivia a dor. 
 
Você pode sentir o braço mais fraco para dobrar o 
cotovelo ou torcer o antebraço em supinação (palma 
para cima). 
Diagnóstico 
Inicialmente, o médico costume realizar exame físico. 
Além de analisar o histórico e fazer comparações entre 
os dois ombros do paciente, alguns testes clínicos são 
costumeiramente realizados: Teste de Neer, Teste de 
Hawkins-Kennedy, Teste Apley etc. Por meio deles, o 
especialista coloca o paciente em posições estratégias 
e realiza movimentos para perceber a extensão da dor 
e da lesão. 
Além disso, exames de imagem como ultrassom, 
tomografia computadorizada e ressonância magnética 
podem ser solicitados para uma avaliação mais 
eficiente. Apesar de não ser possível visualizar lesões 
no tendão por meio do exame de radiografia, é comum 
que ele seja requerido como forma de excluir outras 
lesões associadas. 
Tratamento 
No geral, o tratamento para tendinopatia no ombro, é 
conservador, ou seja, sem intervenção cirúrgica. Esse 
tipo de tratamento pode envolver medicamentos, 
analgésicos e anti inflamatórios receitados pelo médico 
especialista, aplicação de gelo, repouso, por um 
período estipulado pelo médico e fisioterapia, crucial 
para o sucesso do tratamento. 
Em alguns casos em que o tratamento conservador não 
apresenta resultados e alivia as dores do paciente, 
pode ser necessária intervenção cirúrgica. As cirurgias 
mais realizadas são a artroscopia e a acromioplastia, 
ambas pouco invasivas. 
Fisioterapia 
A fisioterapia é essencial para a recuperação pós-
cirúrgica e mais ainda no tratamento conservador. Os 
principais objetivos desse tratamento são: 
• Alívio da dor; 
• Reabilitação da funcionalidade do ombro; 
• Recuperação da amplitude de movimento do 
membro superior afetado; 
• Recuperação da capacidade de força do ombro; 
• Recuperação correta do tendão; 
O tipo de tratamento fisioterápico empregado 
depende da avaliação médica individualizada, que 
infere o histórico médico do paciente, sintomas, 
extensão da lesão etc, para decidir quais técnicas e qual 
o ritmo das sessões. 
Algumas das práticas comuns para o tratamento 
fisioterápico de tendinopatia no ombro são: 
• Uso de instrumentos frios, semelhantes ao gelo. 
Como forma de aliviar as dores e o possível edema; 
• Massagens. A força, os movimentos, e a tração 
dependem do estado atual do paciente, as 
massagens têm como principal objetivo a 
diminuição da dor. 
• Correntes elétricas. Essa é uma técnica bastante 
interessante e atualizada, tendo um efeito anti 
inflamatório na lesão. 
• Exercícios. Os tipos de exercício diferem de acordo 
com o objetivo do médico: reforço muscular, 
recuperação da amplitude do movimento, 
mobilização da articulação e dos tendões, etc, e 
também do nível de dor e lesão de cada paciente. 
Stephane Bispo @vidadefisio_study 
• “Treino proprioceptivo”. Essa é uma técnica 
bastante comum para o tratamento fisioterápico 
de tendinopatias em várias regiões do corpo. Ele 
consiste em exercícios com aumento gradual de 
dificuldade, para reabilitar o funcionamento do 
ombro como um todo. 
• Hidroterapia. Também indicada para a reabilitação 
do ombro.

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