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GESTÃO DA CLÍNICA 
AULA 5 – MEDICINA DE FAMILIA E COMUNIDADE 
(CÁP. 25) 
A atenção primaria brasileira (APS) é composta por diversos 
setores da saúde. 
→ Saúde suplementar que vai ser o plano de saúde 
(privada) 
→ Unidades básicas de saúde (tradicionais) 
→ Estratégia saúde da família (ESF) 
→ Unidades de pronto-atendimento 
FATORES QUE INFLUENCIAM NA GESTÃO DA 
CLÍNICA: 
Em gerir o tempo que tem para fazer atendimentos. 
Fatores relacionados a usuário: fatores que criam 
necessidades como doenças crônicas, situações de 
sofrimento, compreensão subjetiva de saúde e estado 
funcional fazem com que haja mais pacientes. 
Fatores predisponentes: como idade e sexo, etnia, 
condições de trabalho e desemprego, nível educacional e 
socioeconômico, situações de sofrimento, estado civil, 
família monoparental, divorcio, déficit de apoio social, 
disfunção familiar, condições de higiene e crenças e 
expectativas com relação ao serviço faz com que haja mais 
consultas. 
Fatores facilitadores: tempo para conseguir uma consulta 
agendada/tempo na sala de espera, distancia da unidade 
de saúde, forma de pagamento (por produção, por 
captação, por salario) por exemplo se o médico ganha por 
quanto mais pacientes, mais ele vai querer atender, 
disponibilidade do serviço, organização do serviço, 
discriminação positiva (raça, sexo, idade, problema de 
saúde) e relação médico-paciente. 
Fatores relacionados ao profissional: se existe um médico 
muito bom naquela tal UBS, com ctz a agenda sempre vai 
estar cheia, formação do profissional, demanda induzida 
pelo profissional, pagamento por produção/consulta, 
medicina defensiva, insatisfação profissional/burnout, sexo, 
idade/experiência, estilos de pratica clínica (técnico, 
ativador de retornos, deficitário em habilidades de 
comunicação, rápido, influenciado pela indústria 
farmacêutica). Se o médico faz com que os pacientes 
agendem mais consultas, cria uma certa dependência ou 
existe mesmo uma necessidade. 
Fatores relacionados a organização: fatores institucionais, 
relacionados a governo como acessibilidade, 
disponibilidade, sistema de copagamento (pagamento 
complementar por consulta ou serviço), incentivos 
econômicos, tamanho da área de abrangência ou da lista de 
pessoas, pagamento por produção, falta de 
continuidade/longitudinalidade, trabalho por equipe, 
multiprofissionalismo, retroalimentação de informação 
(relatório), programas de saúde (prevenção), relação com o 
setor secundário, burocracia/consultas administrativas 
(renovação de receita ou de atestados). 
CONCEITOS ESSENCIAS SOBRE GESTAO DA 
CLINICA/AGENDA DE ATENDIMENTO: 
Pressão assistencial: número de consultas em determinado 
período / número de dias trabalhados em um mesmo 
período. 
Temos que entender que é o número de pessoas que 
frequentam um certo serviço de saúde da UBS x. Lá tem 
muitas pessoas ou poucas pessoas se consultando. 
Exemplo: 240 dias de trabalho em um ano 4800/240 = 20 
Frequência: número de consultas em um período 
(geralmente uma consulta por ano) / número de 
habitantes. Quanta vezes essas pessoas/pacientes se 
consultam. O mesmo paciente se consulta muitas vezes 
(alta frequência) ou os pacientes são sempre diferentes. 
 
Nesse quadro tem quatro situações. 
A situação A tem uma alta frequência e uma alta pressão 
assistencial. Isso ocorre com maior frequência no meio 
urbano. Um excesso de frequência geralmente devido a 
certo déficit organizativo e possivelmente falta de recursos. 
É uma UBS que tem muitas pessoas para atender e tem 
também uma alta frequência. Muitas pessoas que já foram 
atendidas remarcam consultas. Situações de favelas e é 
muito comum. Existe muitas pessoas para serem atendidas 
e tem muitas pessoas que são atendidas muitas vezes. 
Imagina pacientes ser atendido 10 vezes ao ano sendo que 
tem 10.000 pessoas para serem atendidas. Nessa situação, 
tem poucos médicos e não tem organização da agenda, o 
médico não sabe lidar com pacientes hiperutilizadores. Isso 
é um grande problema. É comum no meio urbano e em 
situações de baixa renda. 
Na situação B: existe uma baixa frequência e uma alta 
pressão assistencial. Aparentemente, não há muita margem 
de manobra organizativa para poder reduzir a utilização. 
Deve-se incrementar recursos para adequar a pressão 
assistencial. 10.000 pessoas para uma UBS, muita gente 
para ser atendida e uma baixa frequência. Não são as 
mesmas pessoas que são atendidas. Todo dia são pessoas 
diferentes. Mesmo que a frequência é baixa, são muito 
pessoas para ser atendido. Logo, falta recurso para adequar 
a pressão assistencial. Ou seja, falta profissionais. Mesmo 
que o manejo do paciente está sendo feito de maneira 
perfeita, ainda assim tem muita gente para ser atendida. 
Situação C: alta frequência e baixa pressão assistencial. Só é 
observada em aeras com pouca população adstrita (baixa 
pressão) – área rural. Existe uma alta frequência 
aprimorável com medidas organizativas. Na teoria, sobram 
recursos. Poucas pessoas são atendidas sempre. 
Situação D: baixa frequência e baixa pressão assistencial. 
Essa situação é encontrada em zonas urbanas de classe 
alta. Onde o sistema público é pouco atrativo. Poderia 
tentar melhorar a atração a população adstrita (exercícios 
físicos, ensinar praticas, prevenção do diabetes, 
alimentação etc) ou diminuir os recursos humanos. 
Taxa de referenciamento (resolutividade): o número de 
referenciamentos (ou encaminhamentos) / número de 
consultas realizadas. 
Na atenção primaria, tem uma pressão sobre o médico ára 
resolver todos os problemas dos pacientes. O secretário da 
saúde espera que o médico não faça muito 
encaminhamentos, ou seja, poupe recursos. O médico tem 
que ser resolutivo. 
Mesmo que o médico faca de tudo para o paciente, as 
vezes ele precisa de uma avaliação de especialista e isso 
não quer dizer que ele seja um médico pior do que outro. 
Manual do instrumento de avaliação da atenção primaria a 
saúde: é uma forma de verificar se os problemas estão 
sendo resolvidos de uma maneira efetiva na atenção 
primaria. É um método de pesquisa que avalia a boa 
resolutivdade naquela UBS. 
CARACTERISTICAS BASICAS DA AGENDA: 
→ Organizar o número de consultas disponíveis de 
forma compatível com a demanda 
→ Não setorizar ou verticalizar (seperar períodos 
para programas). 
→ Adaptar a variações de demanda 
→ Manter e/ou prever espaços entre as consultas 
para a recuperação de atrasos. Na pratica não tem 
como prever o horário de cada consulta com o 
livro diz. As vezes essas recomendações não 
conseguem ser realizadas. 
→ Alternar a agenda complementar entre medico e 
enfermeiro. O enfermeiro pode fazer algo inicial, 
renovação de receita 
→ Individualizar o tempo de consulta (deixar maior 
parte para consultas rápidas, deixando espaço 
para algumas consultas demoradas – 
autoencaminhamento). 
Demanda espontânea é aquela que chega no dia e 
consegue atendimento no mesmo dia. Acesso avançado. 
Ou dentro de 48h. 
Exemplo de organização da agenda: o livro traz um 
exemplo que não é feito. De consultas de 10 minutos que 
não é feito. 
LIDANDO COM HIPERUTILIZADOR: 
→ Limitar o acesso não funciona, falar para parar. 
→ Esgotamento da demanda: de repente, fazer um 
agendamento de um horário fixo semanal diário. 
Conseguir ouvir o que ele tem a dizer ou ainda 
colocar um tempo mais longo de atendimento 
para conseguir ouvir todos os problemas dele e 
resolver a maior parte – o próprio paciente deve 
entender seu problema, entender as causas e criar 
ferramentas para resolver (nem sempre o 
tratamento é medicamentoso). 
→ Praticar a abordagem centrada na pessoa 
→ Convencer quem utiliza muito a unidade, e é de 
baixo risco, ir a menos, e quem não utiliza e tem 
algum risco a comparecer (homens). 
HABILIDADES PARA SEREM UTILIZADAS NE GESTÃO 
DA CLÍNICA: 
→ Gestão do tempo 
→ Demora permitida 
→ Observação atenta 
CONCEITOS ESPECIFICOS: 
Acolhimento: é feito normalmente pelo enfermeiro que 
recebe opaciente antes de passar para o médico. Faz um 
pré consulta. Talvez o enfermeiro consiga resolver. 
Protocolo de Manchester: classificar o risco do paciente. Em 
cores. Na atenção terciaria – upas e hospitais. 
Matriciamento: relacionado ao diálogo ao médico e outros 
profissionais da área da saúde. Reunir para discutir casos 
sem que seja enviado para especialistas. 
Clinica ampliada: relacionada a capacidade do profissional 
de saúde em desenvolver a autonomia do paciente e não só 
combater a doença mas ajudar a conviver e transformar 
sua vida em função das suas limitações: processos 
terapêuticos, saúde, gerir problema de saúde, condutas 
que eles mesmo podem tomar. 
ASPECTOS CHAVES: 
É importante conhecer a demanda para o bom 
gerenciamento da clínica. A agenda deve ajudar na 
organização da demanda, e não a diminuís ou limitá-la. 
Pressão assistencial é o número de consultas em um 
período/número de dias trabalhados em um mesmo 
período (p. ex., 247 dias de trabalho ao longo de um ano). 
"Frequentação" é o número de consultas em um período 
(geralmente um ano)/número de habitantes. 
 
 
 
A agenda não deve ser verticalizada ou organizada por 
"programas“. 
 
 
Quando isso ocorre, é sinal de que há algum equívoco na 
gestão da clínica: 
Ex.: alta pressão assistencial com baixa "frequentação" 
e/ou compreensão inadequada dos conceitos da atenção 
primária à saúde.

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