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Strogyloides stercoralis e Ascaris lumbricoides

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Amanda Freitas 
3° Período Medicina 
1 
 
 
 
Objetivos: 
1. Entender a fisiopatologia 
ocasionada por: Strongyloides 
stercoralis, destacando o processo 
de migração pulmonar e a relação 
com a imunomodulação; 
2. Compreender o ciclo 
respiratório/de vida do 
Strongyloides stercoralis e Ascaris 
lumbricoides; 
3. Analisar a influência da internet na 
confiabilidade do diagnóstico e a 
interferência na relação médico-
paciente; 
 
Strongyloides stercoralis 
 
Contexto Geral 
O homem é infectado por 
Strongyloides stercoralis que, em uma 
parte do seu ciclo vital, possui machos e 
fêmeas capazes de viver no solo; mas em 
outra parte, em outra parte do ciclo, é 
obrigatoriamente parasito e habita o 
intestino. 
A doença causada por esse 
nematelminto é chamada de 
estrongiloidíase, estrongiloidose ou 
anguilulose. 
 
Morfologia e Biologia 
⁂ As fêmeas parasitas são 
partenogenéticas e produzem larvas 
que, saindo para o meio externo, dão 
machos e fêmeas de vida livre. Estas 
põem ovos e originam nova geração 
de larvas. 
⁂ Os machos participam do processo 
reprodutivo apenas parcialmente. 
Ocorre a copula e a penetração de 
espermatozoides para que os oócitos 
das femeas de vida livre embrionem; 
⁂ Não ocorre fusão do núcleo masculino 
com o feminino (pseudogamia)↠ 
partenogênese meiótica; 
 
• A fêmea de vida livre mede 1 a 1,5mm 
de comprimento e tem o corpo 
fusiforme, com a extremidade anterior 
romba, onde se abre a boca cercada 
de três pequenos lábios, a posterior 
constitui uma cauda bem afilada;
• O macho é menor (0,7mm de comp.) 
e tem sua cauda recurvada 
ventralmente;
• Corpo das fêmeas↠ boca, esôfago, 
intestino, reto, ânus, abertura vulvar, 
vagina, tubos uterinos, ovidutos e 
ovários;
• Corpo dos machos↠ boca, esôfago, 
intestino, reto, 1 testículo, canal 
deferente, canal ejaculador e coacla;
• A fêmea põe ovos de casca muito 
delgada. Nas fêmeas mais velhas, a 
eclosão desses ovos pode dar-se 
ainda no interior do útero;
• As larvas que saem dos ovos são 
chamadas de larvas rabditoides 
Tutoria 04 
 
Amanda Freitas 
3° Período Medicina 
2 
 
(esôfago do tipo rabditoide-metade 
anterior cilíndrica+pseudobuldo 
medial+ perção estreita);
• Essas larvas rabditoides sofrem ecdise, 
passando a larvas rabditoides de 2° 
estadio↠ evoluirão para vermes 
adultos de vida livre;
• Esses vermes vivem no solo ou no 
esterco e se alimentam de bactérias e 
de matéria orgânica;
• Algumas larvas rabditoides de primeiro 
estagio (tanto produzidas por femeas 
de vida livre, que por femeas 
parasitas), em vez de produzirem 
outras de segundo estagio, evoluem 
para larva filarioide (esôfago longo e 
cilíndrico);
• Estas são larvas ativas e podem 
permanecer vivas durante cinco 
semanas no meio ambiente, porem só 
completam sua evolução se 
encontrarem um hospedeiro 
adequado e nele penetrarem através 
da pele;
• As larvas liberam enzimas do tipo 
colagenase para conseguir penetrar o 
tegumento da pele;
• Estas, então, alcançam a circulação 
venosa e realizam um ciclo: aurícula 
direita↠ ventriculo direito↠ artérias 
pulmonares↠ rede capilar dos 
pulmoes↠ alveolos↠ bronquíolos ↠ 
epitelio ciliado↠ traqueia e laringe↠ 
deglutição;
• Durante essa migração (ciclo 
pulmonar), completa-se a evolução 
larvária, e ao chegarem a cavidade 
intestinal os vermes adultos estão 
formados;
• No intestino encontram-se apenas 
fêmeas;
• O habitat dessas fêmeas 
partenogenicas é a mucosa do 
intestino, especialmente no duodeno 
e jejuno. Aí perfuram o epitélio e se 
alojam na espessura da mucosa, onde 
se alimentam e fazem a desova;
• Dos ovos embrionados saem larvas 
rabditoides que são expulsas pelas 
fezes;
• ↠ as larvas eliminadas com as 
fezes sofrem muda e se transformam 
em filarioides que penetram no 
individuo e iniciam novo ciclo de 
parasitismo; pode ocorrer no solo ou 
perineal;
• ↠ as larvas rabditoides das 
fezes sofrem varias mudas no solo e 
produzem machos e fêmeas de vida 
Amanda Freitas 
3° Período Medicina 
3 
 
livre. Depois da copula, as fêmeas põe 
ovos de onde saem larvas rabditoides 
que evoluem para filarioides;
çã
• A via de penetração habitual é a 
cutânea, nos pés↠ migração para os 
pulmões;
• Outra via é a digestiva, quando o 
paciente ingere água contaminada 
com larvas infectantes↠ não vai para 
os pulmões, mas sim direto para o 
intestino;
• çã ↠ individuo contrai o 
verme vindo de outra pessoa ou do 
ciclo de vida livre no solo; 
• çã ↠ ocorre reinfecção; 
▪ ç ↠ 
transformação de larvas 
rabditoides em filarioides na pele 
da região anal contaminada 
com fezes; 
▪ çã ↠ evolução do 
parasita dentro do intestino; 
 
Patologia 
 As lesões devidas a esse verme 
relacionam-se com: a penetração, 
migração pulmonar e permanência e 
multiplicação na mucosa intestinal; 
õ â ↠ podem ser discretas, ou 
manifestam-se como pontos ou placas 
eritematosas nos locais de penetração 
(espaços interdigitais, dorso do pé e 
tornozelo) se autoinfecção externa, 
região em torno do ânus; 
 
õ ↠ hemorragias petequiais 
ou profusas. As lesões inflamatórias são as 
de uma pneumonite difusa e chegam a 
prodizir a síndrome de Loeffler; no escarro 
e nos derrames pleurais podem ser 
encontradas as larvas; formação de 
edema; 
 
õ ↠ lesões de ordem 
mecânica, histolítica e irritativa—
inflamação catarral, com infiltração de 
eosinófilos, cels. Epitelioides (histiocitos) e 
gigantócitos; duodenojejunite catarral; 
edema; alterações da submucosa e 
atrofia da camada muscular; presença 
de pontos hemorrágicos e ulcerações; 
evacuações diarreicas; 
 
• A penetração cutânea é geralmente 
assintomática, mas pode apresentar 
prurido, eritema, edema local e 
manifestações urticariformes;
• O quadro pulmonar apresenta tosse, 
expectoração, ligeira febre e mal-
estar↠ forma benigna; podem 
apresentar sintomas de 
broncopneumonia ou pneumonia 
atípica, até asma;
• O quadro digestivo apresenta: 
diarreia, constipação intestinal, dor 
epigástrica, cólicas, perda de apetite, 
náuseas e vômitos;
• No sangue ocorre: leucocitose e 
eosinofilia;
• Quanto aos sintomas gerais: anemia, 
emagrecimento, astenia, 
desidratação, irritabilidade nervosa, 
depressão etc;
 
Amanda Freitas 
3° Período Medicina 
4 
 
Diagnóstico 
 Visto que esta parasitose produz 
síndromes pulmonares e digestivas 
comuns a outras doenças, o diagnostico 
clinico é incerto; 
 Nesses casos, ou quando houver 
eosinofilia sem outra razão, a 
estrongiloidíase deve ser lembrada e 
solicitado um exame parasitológico; 
 Quando o paciente for submetido a 
um tratamento imunodepressor, deve ser 
ministrado uma medicação anti-
helníntica; 
 
• O período pré-patente pode variar 
entre 3 e 4 semanas. Depois desse 
prazo, o exame de fezes é o principal 
recurso para comprovar a presença 
dos parasitos;
çã ↠ feita com 
água tépida e baseada no hidro e 
termotropismo. Uso de volumes grandes 
de matéria fecal, colocada sobre uma 
tela forrada de gaze em contato com a 
água. As larvas migram para a água e 
sedimentam. 
 
↠ feita pelo método de 
Harada-Mori (em tubos de ensaio) ou 
pelo método de Baermann de cultivo 
sobre carvão ativado. 
 
ó ↠ o teste ELISA, feito com 
antígeno de S.ratti, permite reconhecer a 
maioria dos casos de parasitismo, mas da 
reações cruzadas com ascaridíase e 
ancilostomíase; 
 
 
Tratamento 
⁂ ↠ dose de 200µg/kg/dia, 
administrado em duas tomadas, via 
oral; contra indicado na gestação e 
lactação; 
⁂ ↠ 400mg/dia, via oral, 
durante 3 dias (adultos e crianças com 
mais de dois anos); 
⁂ ↠ casos de hiperinfecção, 
dose de 25mg/kg, 2x ao dia, via oral, 
por 7-10 dias; 
 
é
Amanda Freitas 
3° Período Medicina 
5 
 
 
Imunomodulação 
 A longa permanência do parasito 
no hospedeiro humanoe a continua 
passagem da larva filarioide através dos 
tecidos resultam em uma exposição 
sistêmica aos antígenos dos parasitas. 
 Esses antígenos sensibilizam as 
células T da classe Th2 as quais liberam 
citocinas (IL-3, IL-4, IL-5, IL-6, IL-10 e IL-13). 
 Os basófilos são estimulados pelas 
IL-3 e IL-4; IL-4 tambem estimula a adesão 
e migração de eosinófilos através das 
membranas vasculares; IL-4 e IL-13 
estimulam células B para produzirem 
anticorpos IgE e IgG1, promovem tbm 
contração da musculatura lisa, induzindo 
um transito intestinal mais rápido. 
 IL-5 promove atracao e ativação 
de eosinófilos e a indução de IgA; IL-6 é 
responsável pela estimulação de 
granulócitos e de células B e T; 
 Desta forma, as células T 
respondem aos antígenos do parasito e 
estes são danificados por anticorpos e 
produtos dos mastócitos sensibilizados por 
IgE. 
 Entretanto esses processos não são 
suficientes para eliminar os helmintos. No 
mecanismos T-independente, moléculas 
pró-inflamatorias inespecíficas secretadas 
por macrófagos (TNF- e IL-1) contribuem 
para a proliferação de cels caliciformes e 
provocam aumento na secreção de 
muco, facilitando a expulsão dos 
parasitos. 
 
Áscaris lumbricoides 
 
Contexto geral 
⁂ São vermes longos, cilíndricos e com 
extremidades afiladas, sobretudo na 
região anterior; 
⁂ As fêmeas são maiores e mais grossas 
que os machos, tendo a parte 
posterior retilínea ou ligeiramente 
encurvada; 
 
Morfologia 
⁂ Os machos possuem um enrolamento 
ventral, espiralado de sua 
extremidade caudal; 
⁂ A boca contem três grandes lábios 
providos de papilas sensoriais; 
⁂ O esôfago é musculoso e cilíndrico e se 
continua com o intestino retilíneo e 
achatado como se fosse uma fita; 
 
Habitat e Comportamento 
⁂ No intestino dos pacientes, cerca de 
90% dos áscaris se localizam ao longo 
das alças jejunais, encontrando-se o 
restante no íleo; 
⁂ Esses helmintos mantem-se sobre 
atividade continua, movendo-se 
contra as ondas peristálticas; 
⁂ Utilizam materiais semidigeridos no 
intestino para se alimentar; 
 
 
 
á
çõ çõ ↠
↠
↠
Amanda Freitas 
3° Período Medicina 
6 
 
Reprodução e ciclo biológico 
⁂ A fêmea deve ser fecundada 
repetidas vezes pelo macho; e os 
espermatozoides, desprovidos de 
flagelos, acumulam-se nos úteros ou 
começo dos ovidutos, onde os ovos 
são fertilizados; 
⁂ O embrionamento dos ovos se da no 
meio exterior na presença de oxigênio; 
⁂ A larva formada requer mais uma 
semana para sofrer a primeira muda, 
no interior do ovo, com o que adquire 
a capacidade de infectar um novo 
hospedeiro, assim que ingerido o ovo; 
⁂ Após a ingestão, dá-se a eclosão; 
⁂ A larva de segundo estagio que sai do 
ovo é aeróbia e não consegue 
desenvolver-se na cavidade intestinal; 
⁂ Esta invade a mucosa intestinal para 
cair na circulação sanguínea ou 
linfática, chegando ao coração direito 
e levada ao pulmão↠ ciclo pulmonar; 
⁂ No pulmão, as larvas de 2° estagio 
continuam sua evolução e sofrem sua 
segunda muda, transformando-se em 
larvas de 3° estagio; 
⁂ Estas atravessam a parede dos 
capilares e nos alvéolos realizam a 
terceira muda; 
⁂ Ao chegarem aos bronquíolos, as 
larvas de 4° estagio são arrastadas 
com o muco pelos movimentos ciliares 
em direção a traqueia e laringe para 
serem deglutidas e alcançarem o 
estomago e intestinos; 
⁂ No intestino acontece a quarta e 
ultima muda, gerando adultos jovens; 
 
 
 
 
 
Relação Parasito-Hospedeiro 
 
ê
• A defesa inespecífica faz-se mediante 
reação inflamatória contra os estágios 
larvários, bastante evidente nos 
pulmões;
• O sistema imunológico responde 
vigorosamente a presença de larvas 
(de 2° e 3° estagio) em migração 
tecidual e elabora anticorpos contra 
os antígenos excretados nas mudas;
 
• As alterações produzidas podem ser 
de natureza mecânica, tóxica ou 
alérgica;
• ã á ↠ depende da 
quantidade de larvas e do local de 
invasão. Nas crianças pode se 
desenvolver a síndrome de Loeffler—
febre, tosse, eosinofilia sanguínea 
elevada com sinais discretos de 
bronquite;
• çã ↠ desconforto 
abdominal, cólicas intermitentes, dor 
epigástrica, má digestão, náuseas, 
Amanda Freitas 
3° Período Medicina 
7 
 
perda de apetite, emagrecimento 
sensação de coceira no nariz, 
irritabilidade, sono intranquilo e ranger 
de dentes a noite. Pessoas 
hipersensíveis podem ter: urticaria, 
edemas ou crises de asma brônquica;
• çõ ó ↠ migração do 
verme adulto para outras regiões 
corporais: expulsão de vermes pela 
boca e nariz, apendicite aguda, 
colecistite, otite e etc...
Diagnóstico 
⁂ ↠ presença de ovos das 
fêmeas. Utilizados os métodos de 
contagem como o de Stoll ou o de 
Kato-Katz; 
⁂ é ↠ usado quando 
o de fezes não der informações 
suficientes; 
 
Tratamento 
⁂ ↠ 400mg por 3 dias 
consecutivos; 
çõ
ã á

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