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Erliquiose (Hemoparasitose)

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Erliquiose:
- Hemoparasitose
- bactéria gram-negativa Ehrlichia canis (O Gênero Ehrlichia
compreende parasitos intracitoplasmáticos de leucócitos e
plaquetas do sangue circulante de várias espécies de mamíferos,
sendo transmitidos biologicamente por carrapatos. São
organismos cocóides a elipsoidais, porém, o pleomorfismo é
notado com frequência, e não móveis. Ocorrem isolados ou em
colônias, denominadas mórulas, consideradas forma
característica do parasito).
- TRANSMITIDA pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus ou
Transfusão sanguínea
Erliquiose monocítica (monocitrópica) canina:
É a mais descrita e difundida. O carrapato é infectado pela bactéria
Ehrlichia canis a qual é responsável por uma doença multissistêmica
complexa, parasitando monócitos (células sanguíneas de defesa) e
desenvolvendo-se em diferentes fases: aguda, subclínica e crônica.
A bactéria é inoculada no animal através da picada de carrapato
durante o repasto sanguíneo. O carrapato deve permanecer fixado no
animal por determinado tempo (geralmente horas) para que o agente
ocasione infecção.
A doença afeta diversos sistemas por alterações imunológicas e
inflamatórias, causando destruição de células sanguíneas como
hemácias e plaquetas, além do comprometimento de diversos órgãos.
Na fase crônica, os cães podem desenvolver supressão da medula
óssea (importante órgão na produção de células do sangue), gerando
grave imunossupressão.
Manifestações clínicas:
- Apatia
- Anorexia
- Fraqueza
- Pirexia (estado febril)
- Mucosas pálidas
- Hemorragias
- Emagrecimento
- Linfadenopatia
- Esplenomegalia
- Uveíte
- Melena
- Êmese
- Dor nas articulações
- Sinais neurológicos
Patogenia:
E. canis possui predileção por células encontradas na
microvascularização dos pulmões , rins e meninges de cães, sendo a
epistaxe causada por hemorragias características dos pulmões ou da
mucosa nasal.
A replicação do organismo ocorre dentro das células
mononucleares infectadas, espalhando-se elas pelo organismo dentro
dos fagócitos mononucleares instalando-se nas células
reticuloendoteliais do fígado, baço e linfonodos, onde se multiplicam
primariamente em macrófagos e linfócitos resultando em hiperplasia
linforreticular, podendo causar aumento dos órgãos.
As células mononucleares infectadas disseminam a infecção para
outros sistemas orgânicos, onde aparentemente interagem com as
células endoteliais dos vasos de menor calibre, induzindo vasculite, ou
resposta celular inflamatória perivascular, após a migração para o
tecido subendotelial.
A trombocitopenia aparece como resultado da hipoplasia
megacariocítica e da redução da vida das plaquetas, que ocorrem por
alterações imunomediadas, inflamatórias e perturbação nos
mecanismos da coagulação.
Perda de peso crônica, pouco apetite ou anorexia, membranas
mucosas pálidas (devido a anemia), fraqueza e depressão, são sinais
mais comuns da erliquiose crônica. Os sintomas clínicos são reflexos
das alterações fisiopatológicas resultantes da grave anemia e da
infiltração perivascular de muitos sistemas orgânicos, com células
linforreticulares e plasmócitos. Ocorre hipoplasia da medula óssea,
levando à pancitopenia e ao aumento na destruição das plaquetas.
Nesta etapa pode ocorrer diáteses hemorrágicas (epistaxis, petéquias,
hematúria ou hematoquesia) que são manifestações comuns de uma
grave erliquiose crônica, devido a persistente trombocitopenia e ao
marcante decréscimo nas plaquetas.
São descritas infecções secundárias como, poliartrite,
anormalidades neurológicas, doença renal e problemas reprodutivos.
Claudicação devido a poliartrite tem sido descrita como um possível
sinal de erliquiose canina. Observam-se sintomas múltiplos e entre eles,
tosse, conjuntivite, uveíte bilateral, hemorragia retinal e vômito e
caracterizaram micoses disseminadas na fase crônica, assim como,
Shunts portossistêmicos e casos de divisões celulares atípicas em
leucócitos circulantes
Diagnóstico:
A realização de anamnese e exame clínico são de extrema
importância para o diagnóstico. Como exames complementares pode
ser solicitado:
- Hemograma completo (anemia não regenerativa, trombocitopenia e
leucopenia)
Trombocitopenia, leucopenia e anemia desenvolvem- se durante a fase aguda da
doença, mas a diminuição na contagem celular aproxima-se gradualmente dos
valores normais durante o período subclínico. Estudos indicaram que a anemia
regride e a contagem de plaquetas retorna ao valor normal em aproximadamente
50 % dos cães que desenvolveram fase subclínica, a leucopenia desaparece
frequentemente, e neutropenia relativa com linfocitose parecem ser características
desta fase.
- Exames bioquímicos (ALT, FA, proteínas)
- Urinálise (Creatinina, ureia)
- Pesquisa de hematozoários (para observação do agente em células
sanguíneas)
- Testes sorológicos (como ELISA (Snap test) e imunofluorescência
direta)
- O exame sorológico RIFI apresenta uma maior sensibilidade e deve ser
considerado especialmente em animais suspeitos de infecção crônica
ou assintomática (subclínica). O PCR convencional ou PCR em tempo
real tem a vantagem de detectar o agente na fase aguda, antes que
ocorra a soroversão, além de ser um melhor indicativo de infecção
ativa.
- Aspiração de medula óssea
Tratamento:
Vários medicamentos podem ser utilizados, como tetraciclina,
doxiciclina (droga de eleição), minociclina, oxitetraciclina, dipropionato
de imidocarb e cloranfenicol. Além disso, a terapia suporte deve ser
estabelecida.
O tratamento de eleição é com a doxiciclina (5 mg/kg a cada 12
horas ou 10 mg/kg a cada 24 horas) por um período mínimo de 28 dias,
podendo a terapia ser estendida até 8 semanas em casos crônicos
Apesar da melhora progressiva, em cães aparentemente
recuperados, pode-se observar o reaparecimento da erliquiose com
repetição da doença. A resposta ao tratamento neste estágio é variável
e casos refratários ao tratamento são frequentemente encontrados.

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