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Cultura do Japão
Introdução
	A cultura do Japão evoluiu enormemente com o tempo, da cultura do país original Jomon para sua cultura híbrida contemporânea, que combina influências da Ásia, Europa e América do Norte. Depois de várias ondas de imigração do continente e Ilhas do Pacífico (veja História do Japão), os habitantes do Japão experimentaram um longo período de relativo isolamento do resto do mundo sob o Xogunato Tokugawa até a chegada dos Navios negros da Era Meiji. Como resultado, uma cultura distintivamente diferente do resto da Ásia desenvolveu-se, e resquícios disso ainda existem no Japão contemporâneo.
	No último século, a cultura japonesa foi também influenciada pela Europa e pela América.
	Apesar dessas influências, o Japão gerou um complexo único de artes (ikebana, origami, ukiyo-e), técnicas artesanais (bonecas, objetos lacados, cerâmica), espetáculo (dança, kabuki, noh, raku-go, Yosakoi Soran, Bunraku), música (Sankyoku, Joruri e Taiko) e tradições (jogos, onsen, sento, cerimónia do chá), além de uma culinária única.
O Japão moderno é um dos maiores exportadores do mundo de cultura popular. Os desenhos animados (anime), História em quadrinhos (mangá), filmes, a cultura pop japonesa - Japop, literatura e música (J-pop) japoneses conquistaram popularidade em todo o mundo, e especialmente nos outros países asiáticos.
Música do Japão
	Música japonesa pode ser subdivida em duas vertentes: a clássica e a folclórica. 	Dentro do ramo clássico temos diversos estilos que surgiram durante as diversas eras culturais da história japonesa.
	Durante a era Nara (710-794) houve no Japão um forte intercâmbio cultural com a China. Neste período foi introduzido o Gagaku no Japão, que viria a se tornar a música da côrte japonesa.
	O desenvolvimento musical se deu na era seguinte, a era Heian (794-1192). As músicas que vieram do continente asiático passaram por um processo de sofisticação passando a ter características claramente japonesas. O Gagaku passa a ser cultivado pela nobreza. Ela é uma música solene muitas vezes acompanhado de dança, executado com instrumentos de sopro (Sho - harmônica, Hichiriki - flauta vertical de palheta simples, Ryuteki e Komabue - flautas horizontais), intromentos de corda (Sô e Wagon - tipos de koto, harpas horizontais; Biwa - espécie de balalaika) e instrumentos de percussão (Taiko, Kakko, tsuzumi).
	Nas eras posteriores Kamakura (1192-1333) e Muromachi (1338-1573) houve o crescimento do teatro. Tendo como base as apresentações comicas populares (sarugaku) e as danças dos camponeses plantadores de arroz (dengaku) surgiu o teatro Nô. As peças eram acompanhadas por um coro de oito vozes (utai) e um conjunto instrumental (Hayashi) formado por uma flauta (Nôkan) e três tambores (ko-tsuzumi, ô-tsuzumi - tambores portáteis pequeno e grande, taiko - tambor fixo). O teatro nô era apreciado pela classe militar de alto escalão, que dominava o Japão na época.
Era Azuchi-Momoyama
	A era Azuchi-Momoyama (1573-1603) apesar de curta foi muito fertil em termos culturais. Foi nesta época que houve o estabelecimento e a consolidação das diversas artes tradicionais do Japão como o Ikebana e a Cerimonia do Chá. Musicalmente houve um grande desenvolvimento nos instrumentos. As flautas antigas evoluiram para o Shakuhachi, o Sô usado no Gagaku com cordas mais flexiveis ficaram mais brilhante e se tornaram os atuais Koto, o antigo Biwa foi substituido pelo Shamisen espécie de banjo com três cordas percutidas por um plectro. A união destes três instrumentos formou o Sankyoku. As eras anteriores foram marcadas pelas guerras internas que terminaram com a entrada da era Edo (1603-1867). Com a ascensão da classe mercantil, o sankyoku adquiriu grande popularidade.
Era Edo
	Durante a era Edo, a música para Koto chamado Sôkyoku, era tocado quase que somente pelos cegos, e pelas mulheres e jovens dos comerciantes mais abastados e dos militares de grau mais alto, fazendo parte de sua formação cultural. Na primeira metade do século XX, com o advento das gravações e do rádio, o Sôkyoku, sofreu um processo de popularização principalmente pelas mãos de Michio Miyagi que incorporou técnicas e arranjos inovadores na antiga música do Japão.
Culinária do Japão
	Existem várias opiniões do que é fundamental à culinária japonesa. Muitos pensam no sushi ou nas refeições formais elegantemente estilizadas kaiseki que são originárias como parte da cerimônia do chá japonesa. Muitos japoneses pensam na comida do dia-a-dia, em especial nas existentes desde antes do final do Período Meiji (1868 - 1912), ou desde antes da Segunda Guerra Mundial.
Pratos para ocasiões especiais
Na tradição japonesa, alguns pratos estão fortemente ligados a uma comemoração ou evento. As principais combinações deste tipo incluem:
· Mochi - Festival de Mochitsuki (passagem de ano) 
· Osechi - Ano Novo. 
· Hamo (um tipo de peixe) e somen - Festival de Gion. 
· Sekihan, arroz cozido com azuki - celebrações em geral. 
· Soba - Véspera do Ano Novo. Neste caso é chamado de toshi koshi soba (literalmente "soba da passagem de ano").
· 
Temperos japoneses
Em geral, considera-se que não é possível preparar autêntica comida japonesa sem shōyu (molho de soja), miso e dashi.
· Shō-yu (molho de soja), dashi, mirin, açúcar, Vinagre de arroz, miso, sake. 
· Kombu, katsuobushi, niboshi. 
· Negi (cebolinha), cebolas, alho, nira (alho poró br.),(alho-porro ou alho françês pt.) rakkyo (um tipo de chalota) 
· Gergelim ou sésamo em sementes, óleo ou sal, gomashio, furikake. 
· Wasabi (e uma imitação do wasabi horseradish), mostarda, pimenta vermelha, gengibre, folhas de shiso, sansho, e raspas de limão.
Pratos japoneses famosos
Agemono (Frituras)
· Korokke (croquete) - bolas de puré de batata recheadas com vegetais cremosos, frutos do mar ou carnes e depois fritas 
· Kushiage - carne fritas em espeto 
· Tempura - vegetais em pedaços, frutos do mar e carnes fritas 
· Tonkatsu - costeleta da carne de porco panado frita(versão com galinha chamada de chicken katsu). 
Hamachi Kama - osso da bochecha , maxilar e cauda de atum amarela grelhada
· Kushiyaki - Espetadas de carne e vegetais 
· Okonomiyaki - bolos fritos passados por polme com saborosas coberturas (veja também Okonomiyaki restaurants) 
· Omu-Raisu - i.e. "omelete de arroz", sanduíche de arroz frita com aroma de kectchup com uma leve cobertura de ovo batido ou coberta com uma omolete de ovo 
· Omu-Soba - uma omolete com yakisoba como seu recheio 
Nabemono (Cozidos em vapor)
· Sukiyaki - mistura de massas, carne de vaca finamente fatiada, ovo e vegetais fervidos num molho especial feito de caldo de peixe,molho se soja , açúcar e saquê 
· Shabu-shabu -massas, vegetais e camarão ou carne de vaca finamente fatiada fervidos num molho leve e mergulhados em soja ou molho de soja antes de comer 
· Motsunabe - vísceras de vaca, hakusai (bok choi) e vários vegetais são cozidos numa base leve de sopa 
Sashimi (Carne ou peixe cru)
Sashimi são alimentos crus, finamente cortados e servidos com um molho no qual os alimentos serão mergulhados antes de consumidos. Tem acompanhamentos simples como as algas; geralmente os peixes ou o marisco servem-se com molho de soja e wasabi. As variações mais menos comuns incluem:
· Fugu: Peixe-balão venenoso fatiado, (por vezes letal). Uma especialidade tipicamente japonesa. O chefe responsável pela sua preparação tem de ter uma especialização (curso obrigatório) pois pode colocar em causa a vida dos seus clientes. 
· Ikizukuri: sashimi vivo 
Sushi (bolinhos de arroz temperado)
Sushis são bolinhos de arroz temperado recheados ou cobertos, ou com peixes, ou com frutos do mar, ou com vegetais, ou com frutas, ou com ovo.
· Chirashizushi - sushi em tigela ou travessa 
· Inarizushi - casquinha de tofu rechado com sushi 
· Makizushi - sushi à rolê embrulhado com algas 
· Nigirizushi - sushi modelado à mão 
· Oshizushi - sushi moldado em prensa 
Danças
 	Os termos mais usuais para dança no idioma japonês são mai e odori, cuja combinação de ideograma forma a palavra buyô (significandogenericamente danças tradicionais japonesas). A palavra buyô só se popularizou na era Taishô (1912/26) e tem-se em mente, sobretudo, as danças derivadas do povo comum e que foram refinadas pelo teatro Kabuki. 
	A dança tradicional japonesa surgiu na antigüidade como um elemento da cerimônia religiosa e se desenvolveu no decorrer dos séculos, em intima relação com vários gêneros de artes vocais e teatrais. Tradicionalmente se tem dividido a dança em mai (diferenciada por uma contida qualidade cerimonial) e odori (mais folclórico e com movimentos mais extrovertidos). 
	Conta-se que a dança mai, que significa girando, se originou nos movimentos das virgens dos santuários que circundavam um lugar cerimonial, segurando galhos da árvore sagrada sakaki de bambu, num ritual que visava trazer tranqüilidade e bem-estar à terra. A medida que o ritual ia se repetindo, os gestos foram se formalizando e se transformaram em uma dança ritual apresentada no palco por uma sacerdotisa que segurava um leque. Esta ação se transformou na arte do Nô. É por isso que, assim, como os movimentos rituais do Nô e do Mai, assumem um ou dois intérpretes que circundam o palco segurando um leque ou adereço semelhante. 
	A dança clássica japonesa busca estabelecer e confirmar contato com a terra. Seus movimentos tendem à flexão dos quadris e membros inferiores, tornando o corpo mais baixo, impressão ainda reforçada pelos pés que se arrastam e pisam forte no chão. É uma dança com passos intensivos, cujo ideal técnico é expressar a beleza da idade avançada. Há na dança japonesa um código moral de respeito e cortesia, assim como uma prática que assume a forma de "caminho" ou doutrina. 
ODORI 
	Originalmente, odori significa um tipo de dança de saltos e pulos e sua origem remonta a seita Jodo (Terra pura), uma seita que se espalhou rapidamente no período Medieval. Esta seita dava ênfase ao canto repetido de uma simples oração (nembutsu) proferido por grupo de seguidores, que às vezes pulavam ao ritmo do sino, que acompanhava a oração, em um tipo de dança primitivo chamado nembutsu odori. Até o desenvolvimento do kabuki, no período Edo, odori era este tipo de dança, com participantes acompanhando a música e dando pouca atenção ao significado simbólico ou literário. 
	Coube ao Kabuki (ver matéria sobre kabuki) dar expressão artística refinada ao Odori, as danças de festivais rústicos e populares, todas elas executadas em grupo. Também a influência do odori transparece fortemente no Kabuki e uma das manifestações é a dança alternada, solada por cada um dos artistas. Essa forma está intimamente relacionada ao velho costume japonês, praticado até hoje, de os convidados da festa se apresentarem individual e espontaneamente para o entretenimento de todos. 
	No período Edo, nas ruas e praças públicas, passaram a ser realizados bailados grandiosos, as danças de massas, como o Bom-odori, realizado durante o festival de verão, quando o Japão reverencia a memória dos mortos. Há ainda o Awa-Odori, estilo de dança livre típica de Tokushima, da província de Shikoku. 	A dança do teatro Kabuki é a referência e a partir dela surgiram vários estilos. Os movimentos contidos e seus passos, sempre presos ao chão, induzem a uma expressão introspectiva.