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Docente: Amara Holanda | Discente: Marinês dos Santos Resenha: Nise – O coração da loucura O filme é brasileiro, baseado em fatos reais e conta a história de uma psiquiatra que não concordava com os métodos agressivos utilizados na época para o tratamento dos portadores de transtorno mentais. Então, ela decidiu inová-los por contra própria, com o auxílio da arte e do amor, procurando um modo em que os pacientes não temessem o tratamento e pudessem ter liberdade. Seus princípios inspiradores acabaram mudando vidas e surpreendendo várias pessoas. O filme começa mostrando a volta de Nise ao hospital psiquiátrico. Depois de mais de um ano presa, por ser acusada de envolvimentos políticos, retorna ao trabalho no centro Psiquiátrico Nacional, e se depara com uma situação extremamente perturbadora. No início da década de 40, técnicas brutais como insulinoterapia, lobotomia e eletrochoque eram comuns no tratamento de doentes mentais, principalmente de esquizofrênicos. Nise não concordava que a violência deveria ser utilizada na tentativa de cura de doenças mentais. Sua desmoralização, causada pelo fato de ser ex-presidiária, somada à questão de ser uma mulher num ambiente extremamente machista, dificultou a aceitação de sua opinião. Assim, acabou sendo encaminhada para o setor de Terapia Ocupacional do Hospital, em um cargo de pouca importância. Ela, então, encarou isso como uma oportunidade e começou a mudar a rotina do setor de Terapia Ocupacional. No início não foi fácil, já que alguns pacientes tinham comportamentos agressivos e instáveis. Porém, com a ajuda do estagiário Almir Mavignie , ela incluiu atividades de lazer no hospital, como um passeio a um ambiente aberto, que tinha como intenção conectar os internos com a natureza. Também foram introduzidas atividades relacionadas a arte, como a pintura, que ocasionou melhoras significativas no quadro dos pacientes. Diversos talentos foram descobertos nessa iniciativa, fato que provocou a criação de uma exposição para apresentar às pessoas obras feitas exclusivamente pelos pacientes com transtornos psiquiátricos. O filme retrata, de uma forma realista, forte e elaborada como era a realidade de diversas pessoas que possuíam transtornos mentais até a década de 40, e o quão grande era a luta das mulheres para serem ouvidas e respeitadas, devido a presença do machismo na mente da maior parte das pessoas daquela época. Também ressalta como a brutalidade e a violência são grandes inimigos do tratamento desse tipo de doença, já que afetavam os pacientes de forma negativa, levando-os a regressão. Ele nos mostra que o amor, o cuidado e a arte geram efeitos positivos no cérebro das pessoas, e que eles têm um sucesso muito maior e mais humanizado do que qualquer tipo de processo à base da dor e do sofrimento a qual os pacientes do hospital eram frequentemente submetidos. Em meio as dificuldades e aos desafios de possuir tamanho projeto nas mãos, Nise persistiu no seu trabalho e provou que, mesmo não sendo perfeito, seu método de tratamento possuía resultados incríveis. Trouxe esperança e humanidade para a vida de pessoas que antes eram tão maltratadas, passando por cima de preconceitos e mostrando que, no fim, o amor sempre ganha.
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