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Resumo do Capítulo da Obra Casa Grande e Senzala - Atividade Parcial - Sociologia Direitos Humanos e Extensão Rural

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Sociologia direitos humanos e extensão rural 
Por: Tathiely Costa 
 
 
RESUMO DO 1° CAPITULO DA OBRA DO LIVRO CASA-GRANDE & 
SENZALA 
 
 
No capítulo I denominado “Características gerais da colonização portuguesa do 
Brasil: formação de uma sociedade agraria, escravocrata e hibrida” se inicia relatando a 
formação agrícola gerada pela colonização portuguesa e as pré-disposições portuguesas 
para colonização dos trópicos. A explicação de Freyre para essas pré-disposições seriam 
o passado étnico, ou seja, a formação do povo português. Portugal, estando tão próxima 
da África e da Europa, se estabelece de forma dual. Freyre consegue provar isso fazendo 
várias referências como ao conde Hermann de Keyserling que, retrata as oposições 
portuguesas quanto as raças e religiões, a Ferraz de Macedo que, aborda a principal 
dificuldade portuguesa que é a falta de um típico dinâmico determinado, Eça de Queiroz 
em sua obra “O seu Gonçalo d’A ilustre casa de Ramires”, que relata os extremos contidos 
no português, introversão e extroversão, e Aubrey Bell, “místicos e poéticos”. 
Contudo, Freyre chama a atenção para características portuguesas importantes 
como a morbidade, ou seja, a capacidade de adaptação muito maior do que os europeus 
do norte, que se explica pelo realismo econômico que sempre preocupou o português, que 
se tronou obrigado a procurar outros espaços, a miscibilidade de tal forma espantosa já 
que conseguiram colonizar um território enorme tendo um contingente pequeno, o 
português se mistura com a mulher morena com uma facilidade muito maior devido ao 
misticismo que havia envolta dela. 
Freyre traz como uma preocupação do português a colonização e exploração das 
novas terras, o que incentivava a miscigenação da população que lá se encontrava, sendo 
brancos, negros e índios. Além disso, traz os estudos de Semple, no qual afirma que foi 
por conta dessa mistura de povos que conseguiram se adequar melhor ao clima 
diretamente e indiretamente. Apesar dessa “fácil” adaptação juntamente com mistura de 
raças, o colonizador português ainda se depara com dificuldade nos primeiros anos, com 
clima irregular e solo desfavorável para sua agricultura tradicional, as terras que se 
apresentavam como férteis não serviam para qualquer plantio, pois com os rios e a 
Sociologia direitos humanos e extensão rural 
Por: Tathiely Costa 
 
mudança constante de nível, as lavouras com pragas foram algumas das dificuldades 
encontradas nas novas terras. 
Em relação a colonização em larga escala, Freyre aponta que ocorreram de acordo 
com a técnica econômica e uma politica social. Assim, a primeira pela riqueza vegetal e 
agriculta, a segunda pela exploração dos nativos com ênfase nas mulheres para a 
formação de famílias. Diante disso, o autor afirma ainda que toda as grandes plantações 
e algum desenvolvimento não era por conta de um “Estado colonizador” e sim de acoes 
individuais. Freyre ainda diz de que foram os europeus que ocuparam efetivamente suas 
colônias, a ação individual como fator importante para fixação nos trópicos e a total 
ausência de um sistema administrativo. 
No século XVII, a inserção do povo colonizador e suas colônias no Brasil foi uma 
experiencia um tanto brutal. Esses que chegavam traziam consigo uma bagagem não 
somente material, mas também histórica, de outros continentes. É fato que essa inserção, 
só foi possível graças à vinda do cristianismo social e/ou culto, que não somente trouxe a 
evangelização, como de uma certa maneira a impôs àqueles que já habitavam no local. 
A família colonial ergueu-se na base da riqueza agrícola e escravidão. Os padres, 
por sua vez, desejavam fundar uma santa republica de indos domesticados por Jesus, que 
obedeceriam às ordens clericais e trabalhariam nos seus rocados e hortas. Então para o 
mundo os colonos pareciam excelentes colonizadores, pois sabiam como administrar suas 
terras e controlar habitantes. Os que redescobriram o Brasil fizeram riquezas, mas não 
tinham esmero e nem amor pela terra, nem mesmo pela cultura. 
Pode-se dizer que os rios foram um problema para os que chegavam. Eram rios 
enormes, que em épocas de chuva transbordavam e matavam toda plantação, gado e 
pessoas. Diante disso, a solução para o problema foi contar com os pequenos rios. Assim, 
graças a esses pequenos rios, que a pecuária e a agricultura prosperaram. Eram os rios 
que facilitavam as necessidades da população alojada próximo a eles e a criação de 
animais. Os rios, logo, tiveram papel importante naquele tempo, e por meio deles os 
colonos tinham mais mobilidade, que dispersou e colocou o país em intercomunicação 
colonial. Com isso, os rios grandes eram dos missionários e bandeirantes, os outros eram 
dos senhores do engenho, escravos, do comercio. 
Sociologia direitos humanos e extensão rural 
Por: Tathiely Costa 
 
A cana-de-açúcar foi semeada no litoral gradativamente, o que trouxe uma 
tendência aristocrática e escravocrata. Freyre aponta que o antagonismo econômico se 
tracejaria nesse período entre os homens de maior capital e os de poucos recursos, o que 
os obrigaria a saírem procurando escravos. Além disso, segundo Gilberto Freyre, a 
igualdade de interesses agrários e escravocratas predominou na colônia, toda ela voltada 
para produção maior ou menor de açúcar. A cultivação da cana-de-açúcar naquela época 
era tão compensador que fez com que os agricultores deixassem de ser adeptos a 
policultura, cultivos de várias espécies de plantas, legumes, e passaram a praticar a 
monocultura, produção agrícola de apenas uma espécie, onde seria a cana-de-açúcar a 
protagonista da história, porem essa pratica privou a população colonial dos suprimentos 
equilibrados, nutrientes básicos e de alimentação fresca e sadia. 
O autor afirma que é pura ilusão pensar na sociedade colonial como uma 
população bem alimentada, não importava se era da casa-grande ou negro da senzala. Os 
grandes proprietários de terras e seus escravos tinham uma alimentação melhor pois eles 
precisavam de comida para suportar o trabalho duro. Mesmo assim, não era uma 
alimentação farta, eles substituíram a mandioca pelo trigo, deixaram de ter qualquer tipo 
de animal, pois não queriam que os mesmos destruíssem de forma alguma sua plantação 
de cana. 
Com isso, Freyre fez uma critica dizendo que a nutrição da família colonial 
brasileira, a dos engenhos e notadamente a das cidades, surpreende pela má qualidade, 
pela evidente pobreza em proteínas de origem animal, pela falta de vitaminas, cálcio e de 
outros sais minerais, e , por outro lado, pela riqueza certa de toxinas. E segundo ele essa 
ganancia pela monocultura resultou em uma população colonial fraca. Os poucos animais 
criados naquela época eram magros, pois não tinham pastos para se alimentar, o cultivo 
da cana- de-açúcar ocupava muito território. Mesmo aqueles que tinham uma condição 
econômica melhor sofriam, pois mandavam buscar alimentos de Portugal, porém o longo 
trajeto que esses alimentos percorriam e o mau armazenamento deles faziam com que 
esses alimentos chegassem ao Brasil em péssimo estado de conservação. Diante de todo 
este cenário alimentício, a exceção era o planalto Paulista, que não adotaram a 
monocultura de forma fixa e nem ao cultivo apenas de cana-de-açúcar, possuíam 
variedades de legumes, carnes, aves, cereis, ou seja, eram adeptos a policultura. 
Sociologia direitos humanos e extensão rural 
Por: Tathiely Costa 
 
Além disso, o autor chama atenção para a miscigenação que ocorre nessa época, 
oriunda das relações entre as três raças, e um fator marcante, é a propagação da sífilis, 
que se espalhou entre as casas brancas e senzalas, e era ostentada entre os senhores 
brancos como quem ostenta marcas de guerra, e foi uma das grandes influencias sociais, 
final Freyre coloca no mesmo processo a civilização e a sifílização que ocorreu desde a 
chegada dos europeus em terras brasileiras.Com isso, no devido capitulo Freyre quis concluir que através do levantamento 
histórico, cultural, entre outros do período colonial, foi possível ter um entendimento da 
construção do Brasil como nação, e que este se deu por bases de antagonismos, como 
bem expressa Basile (2006), ''que a formação brasileira tem sido um processo de 
equilíbrio de antagonismos. Para compreendermos o hoje é necessário entendermos o 
ontem''. Desse modo, embora o resumo apresentado seja apenas do primeiro capitulo de 
Casa-Grande e Senzala, foi possível observar a grande importância dessa obra, pois ajuda 
a compreender como ocorreu de fato a formação da sociedade brasileira, mostrando a 
vida da sociedade colonial, com seus hábitos e costumes e demostrando que a agricultura 
sofreu muitas mudanças, comparando com os dias atuais.

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