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Amanda Gonçalves Jesus da Silva M2 2020.2/UFRJ Macaé Embriologia do Sistema Nervoso ● Morfógenos são moléculas que ativam receptores, vias de sinalização e fatores de transcrição, que ativam ou inativam genes selecionados, causando a expressão diferencial de proteínas ● O Sistema Nervoso é derivado do ectoderma, bem como a epiderme e os anexos da pele ● Definindo o destino neural x epiderme: - Indução neural: nó primitivo secreta um fator que induz o ectoderma a se diferenciar em tecido nervoso - Ectoderma secreta BMP, que induz o ectoderma a se diferenciar em epiderme ou anexos da pele - Nó primitivo secreta antagonistas de BMP, que levam as células à diferenciação em tecido nervoso ● Formação da Placa Neural : - A notocorda é um derivado mesodérmico que emerge cranialmente a partir do nó primitivo - A notocorda também secreta fatores inibidores de BMP que induzem o ectoderma adjacente a formar a placa neural, pelo processo conhecido como indução neural. Logo, o BPM atua menos na região próxima da linha média (O BPM atua mais lateralmente) - Placa neural cresce por extensão convergente, que ocorre mais pronunciadamente na porção caudal da placa neural (desenvolve-se primeiro) , motivo pelo qual ela é mais larga na sua região mais cranial ➔ OBS: Existe uma região entre a porção medial (onde há antagonistas de BMP) e a porção lateral (onde o BMP está mais ativo). É a região intermediária de BMP, que vai formar a crista neural ● Fechamento dos neuroporos: - Placa neural se dobra, formando um tubo (tubo neural) - Esse dobramento inicia-se em porções cervicais, progredindo em ambas as direções - O neuroporo cranial fecha primeiro que o neuroporo caudal - Suplementação com ácido fólico promove o fechamento do tubo neural - Proteína ligadora de folato (atrai ácido fólico para a região) é expressa na porção dorsal do tubo antes do fechamento - Mecanismo do fechamento ainda é desconhecido - Se não houver fechamento dos neuroporos craniais, o feto apresenta anencefalia. Se não houver fechamento dos neuroporos caudais, o feto apresenta espinha bífida ● Como as diferenças regionais são formadas no sistema nervoso? Gradiente de BMP e SHH especificam o destino dorso-ventral do tubo neural - Região dorsal do sistema nervoso recebe influência da epiderme e região ventral recebe influência da notocorda (por questão de proximidade) - Ectoderma (dorsal) secreta BMP - Notocorda (ventral) secreta SHH - Contragradiente de BMP e SHH padronizam os neurônios motores e de associação da medula espinhal - Gradiente de SHH dirige a formação de motoneurônios - Quanto mais dorsal uma região, mais BMP ela vai ter e menos SHH ela vai ter, e o posto acontece nas regiões ventrais PADRONIZAÇÃO CRANIO-CAUDAL: VESÍCULAS ENCEFÁLICAS ● Algumas diferenças observadas no tubo neural na região crânio-caudal são a presença das vesículas encefálicas primarias (Prosencéfalo,mesencéfalo e rombencéfalo), que vão se dividir em 5 vesículas encefálicas secundárias - Prosencéfalo se divide em telencéfalo e diencéfalo - Mesencéfalo se modifica mas não sofre nenhuma subdivisão - Rombencéfalo se subdivide em metencéfalo e mieloencéfalo ● Cada vesícula apresenta uma cavidade representativa do sistema ventricular ● Cavidades formam o sistema ventricular : - Cavidades do telencéfalo formam os ventrículos laterais (Primeiro e segundo ventrículo) - Cavidade do diencéfalo forma o III ventrículo - Cavidade do mesencéfalo forma o aqueduto cerebral/de sylvius - Cavidade do mesencéfalo e do mieloencéfalo forma o IV ventrículo ● Paredes dos tubos formam as substâncias cinzenta e branca - Parede do telencéfalo gera os hemisférios cerebrais (região medial e lateral) e os núcleos da base - Diencéfalo forma o tálamo, o hipotálamo e o epitálamo. Também produz o nervo óptico e as retinas - Mesencéfalo, metencéfalo e mielencéfalo contribuem para a formação do tronco encefálico - Cerebelo formado apenas a partir da porção dorsal do metencéfalo ● Flexuras ou dobradiças ventrais do SNC - Flexura cervical: Entre a medula espinhal e as vesículas encefálicas em desenvolvimento. Ocorre onde o tronco encefálico começa a se alongar, se dobrando ventralmente. - Flexura cefálica: Entre o mesencéfalo e o diencéfalo, na região onde acaba o tronco encefálico e começa o cérebro ● Flexura dorsal do SNC (pontina) - Existe entre o bulbo e a ponte - Tratos dorsais terminam na região, no núcleo grácil e cuneiforme, então ocorre uma ausência de tecido nervoso que fragiliza a região, que cresce e se dobra para trás - Fibras ascendentes do funículo posterior terminam nos núcleos grácil e cuneiforme - Fibras ascendente do funículo lateral e anterior ascendem até o tálamo - Ausência de continuidade das fibras dorsais levam a formação da dobradiça dorsal - Curvatura leva a formação da parte aberta do bulbo e da ponte (lábio rômbico/fossa rombóide), contribuindo para a formação do IV ventrículo ● Membrana Orofaríngea ● A região mais cranial do tubo neural apresenta suas influências de endoderma muito importantes para formar o encéfalo - Endoderma visceral anterior (região extra embrionária): Secreta antagonistas de WNT - Placa pré-cordal (notocorda termina nela) ● Endoderma visceral anterior e placa pré-cordal organizam a formação do SNC - Notocorda produz WNT e está em mais contato com a região caudal/posterior do encéfalo - Regiões mais anteriores estão em contato com o endoderma visceral anterior (produz antagonistas de WNT) - Logo, região mais anterior/cranial sinaliza menos WNT que a região posterior, o que induz a expressão do fator de transcrição Otx2 - A região mais caudal, rica em WNT, expressa o fator Gbx-2 - Entre essas duas regiões, há a região do istmo (no limite do rombencéfalo e mesencéfalo ), que apresenta o fator de transcrição engrailed ● Organizador do Istmo (essa região intermediária) secreta o fator FGF-8, que se difunde para o mesencéfalo e para o rombencéfalo - No mesencéfalo, age em precursores expresando Otx-2, para especificar o mesencéfalo, gerando neurônios dopaminérgicos da substância nigra - No rombencéfalo, age em precursores expresando Gbx-2, para especificar o rombencéfalo, induzindo a produção de neurônios serotoninérgicos dos núcleos da RAFE ● Placa pré-cordal secreta antagonistas de BMP, que apresentam efeitos redundantes (também contribuem para a formação do encéfalo, juntamente com os antagonistas de WNT) ● Antagonistas de BMP e WNT induzem a expressão do fator de transcrição Lim-1, que padroniza a cabeça (Deleção de Lim-1 impede a formação da cabeça) PROLIFERAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO NEURAL ● Células neuroepiteliais são células indiferenciadas que podem se dividir e formar um neurônio e uma célula da glia radial (célula neuroepitelial com prolongamentos que vão dos ventrículos até as meninges) ou se dividir e se auto renovar, formando duas células da glia radial ● Neurônios, após crescerem, agarram-se nos prolongamentos das células da glia radial e rastejam sobre ele, em direção a superfície das meninges ● Perto das meninges, esses neurônios se soltam do prolongamento, formando o córtex cerebral e o córtex cerebelar ● Depois que a maioria dos neurônios já foi formado, as células da glia radial se dividem dando origem a astrócitos e a oligodendrócitos ● As células da glia radial que não passam por essa diferenciação recolhem seus prolongamentos e passam a ser chamadas de células ependimárias ● As microglias tem origem diferente, mesodérmica, no saco vitelínico (origem extra embrionária) MIGRAÇÃO NUCLEAR INTERCINÉTICA ● O corpo celular só sofre divisão celular quando próximo à superfície ventricular ● Corpo celular sintetiza DNA e entra na fase S do ciclo celular somente quando próximo à superfície das meninges PLANO DE CLIVAGEM (analisando 2 células neuroepiteliais) ● Quando a célula se divide verticalmente (perpendicular aos ventrículos), as 2 células neuroepiteliais continuam sendo progenitoras neurais/células tronco ● Quando se dividem paralelamente à direção dos ventrículos,uma das células entra em diferenciação, virando um neurônio, ou seja, gera a diferenciação de uma das células filha ● O plano de clivagem define a divisão em simétrica ou assimétrica ● Células neuroepiteliais apresentavam um receptor Notch-1 e, dentro da célula, apresentavam um inibidor dessa via de sinalização, a proteína Numb ● Atividade Notch induz a diferenciação ● Quando a divisão é simétrica, ou seja, de 90° em relação ao ventrículo, a mesma quantidade de Notch e de Numb era passada para as células filhas. Logo, o Numb era capaz de inibir o Notch e essas duas células continuavam a ser células tronco ● Quando a divisão era assimétrica (paralela), uma célula recebia muito mais Notch que Numb (ativa, sofria diferenciação), e a outra recebia muito mais Numb do que Notch (inativa, continuava como célula tronco) HISTOGÊNESE DA MEDULA ESPINHAL ● Tubo neural prolifera pares de placas basais (região ventral) e placas alares (região dorsal) ● Placas basais/ventrais formam neurônios motores e os cornos ventrais ● Placas alares/dorsais formam neurônios de associação (recebem aferência sensitiva) e os cornos dorsais ● Canal central da medula é formado pelo resquício do ventrículo ● Células tronco da zona ventricular proliferam, migram para a vizinhança formando a zona do manto, e enviam axônios para a zona marginal (em direção à pia máter) ● Zona ventricular forma o epêndima ● Zona do manto forma a substância cinzenta ● Zona marginal forma a substância branca MUDANÇAS NA POSIÇÃO DA MEDULA ESPINHAL ● No início do desenvolvimento, a medula espinhal ocupa a totalidade do canal medular e emite suas raízes nervosas pelo forame intervertebral mais próximo ● Com o crescimento do esqueleto axial, a medula espinhal (já desenvolvida) ascende em relação ao canal medular ● As raízes nervosas continuam saindo pelos forames originais, alongando-se dentro do canal medular (cauda equina) TRONCO ENCEFÁLICO - Placas basais e alares se subdividem em núcleos - Tratos de substância branca separam as placas basais e alares em núcleos durante o desenvolvimento - 3 núcleos motores: Somático: inerva os músculos esqueléticos em geral Visceral especial: inerva músculo esquelético derivados dos arcos faríngeos Visceral geral: inerva músculo liso (sistema nervoso autonomo-parassimpatico) - 4 núcleos sensoriais (aferentes alares) Visceral geral: tato,dor,temperatura, das vísceras cranianas Visceral especial: Sensação do paladar Somático geral: sensações da pele Somático especial: sensações de equilíbrio e da audição - A porção caudal do mesencéfalo permanece semelhante à medula - A porção cranial dorsal se abre como um livro (ausência dos tratos do funículo posterior, que terminam nos núcleos grácil e cuneiforme), reposicionando as placas alares lateralmente - O epêndima dorsal (lábios rômbicos) se especializa com vasos sanguíneos na formação do plexo coróide PONTE E CEREBELO - As placas alares e os lábios rômbicos se diferenciam no primórdio do cerebelo - Na região da ponte, as placas alares vão se diferenciar muito, formando uma intumescência cerebelar, que vão crescendo, encontram-se e se fundem na linha média, formando o cerebelo - Essa intumescência cresce/ protrui-se para dentro da luz do 4° ventrículo - Quando a flexura pontina se forma, o cerebelo também se protrui, permitindo que a luz do 4° ventrículo volte a existir - Cerebelo passa a apresentar dobras e fissuras em sua superfície para compactá-lo - A primeira fissura a aparecer é a póstero-lateral, que separa o cerebelo em região mais primitiva caudal - o lóbulo flóculo nodular - relação com o sistema vestibular - Fissura primária, a segunda a aparecer, separa vérmis e hemisférios em lobos anterior e posterior - Fissuras se aprofundam e dividem o córtex cerebelar em várias folhas - MESENCÉFALO - Placas alares originam os colículos inferiores (audição) e superiores (visão) e o núcleo do nervo trigêmeo - Placas basais originam os núcleos da substância nigra, troclear, oculomotor e rubro DIENCÉFALO - TÁLAMO, HIPOTÁLAMO E EPITÁLAMO - Hipotálamo separa-se do tálamo pelo sulco hipotalâmico - Tálamo separa-se do epitalamo pelo sulco dorsal - Hipotálamo controla funções vegetativas - Tálamo retransmite sensações do córtex - Tálamo cresce mais e se funde na linha média - aderência intertalâmica - Epitálamo forma a pineal - Teto do diencéfalo forma plexo coróide do 3° ventrículo - Assoalho contribui para a formação da hipófise TELENCÉFALO - Subdivide-se em palio (dorsal, externo) e subpálio (ventral, interno) - Palio forma o córtex cerebral - Subpalio forma os núcleos da base HISTOGÊNESE DE NEOCORTEX - 6 camadas DESENVOLVIMENTO DO CÓRTEX CEREBRAL - Formado através de ondas de migração de células, de dentro para fora - Proliferação e diferenciação na zona Ventricular - Migração via prolongamentos da glia radial - Formação da pré-placa (1° camada formada) e divisão desta pela placa cortical (divisão em camadas verde e amarela) - explico no próximo tópico - Nas ondas migratórias pós formação da pré-placa, células vão se proliferar, se diferenciar em neurônios imaturos e se agarrar nos prolongamentos da glia radial para subirem e atravessarem a camada de células verdes - Forma-se a placa cortical depois das células verdes e antes das amarelas - Células em amarelo/Cajal-Retzius: células da Zona marginal (regulam a migração) - Cajal-Retzius: Secretam um morfógeno, a Reelina (pescam os neurônios sempre pra próximo da zona marginal, trazendo-os até a vizinhança da camada 1). Sem a reelina, o córtex não se desenvolve de dentro para fora - Células em verde: Células da subplaca - Formou-se a primeira camada - No final do desenvolvimento, as células da camada 1 morrem, dando origem a camada molecular - A camada mais antiga é a 1, a 2° mais antiga é a 6, depois 5, depois 4, 3 e 2. (pq a camada 6 é formada acima da camada 1. Depois, a camada 5 é formada também depois da camada 1, ficando embaixo da 6. A camada 4 é gerada entre a camada 5 e a 1, e por aí vai) - Da mesma forma que a zona marginal, as células da subplaca se degeneram Desenvolvimentos dos giros cerebrais - Fossa lateral (1° dobra a aparecer) surge como uma depressão cortical no 4° mês - Fossa lateral se aprofunda em um sulco - Hemisfério em crescimento cresce sobre a fossa, formando o lobo temporal e cobrindo a ínsula - Sulco central surge e quebra lobo parietal do frontal no 6° mês - Sulco occipital separa o lobo occipital do parietal no 6° mês - Sulcos adicionais se forma, aumentando a área da substância cinzenta occipital - Vesículas acompanham o crescimento dos ventrículos - Ventrículos tomam forma das estruturas onde estão inseridos SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO ● Nervos e gânglios vegetativos ● Sistema nervoso entérico ● Nervos e gânglios simpáticos ● Nervos e gânglios cranianos ANATOMIA DO SN SOMÁTICO X VEGETATIVO ● Corpos celulares de neurônios sensoriais somáticos e viscerais se encontram no gânglio da raiz dorsal ● Corpos celulares de motoneurônios se encontram no corno ventral da medula espinhal ● Corpos celulares de neurônios motores vegetativos pré-ganglionares se encontram na medula espinhal ● Corpos celulares de neurônios motores vegetativos pós-ganglionares se encontram nos gânglios autônomos ● O axônio dos neurônios motores do SN somatico sai pela raiz ventral, entra no nervo espinal e vai diretamente inervar o músculo ● No SN Autônomo, o neurônio motor vegetativo sai pela raiz ventral, entra no nervo espinhal, faz uma sinapse na cadeia ganglionar simpática e faz sinapse com um neurônio motor pós sináptico/pós ganglionar O sistema nervoso periférico apresenta 3 origens: ● Tubo neural ● Crista neural ● Placodes ectodermica TUBO NEURAL ● Origina motoneurônios no dia 30 e neurônios autônomos pré-ganglionares da iminência intermedio-lateral da medula ● Como cada neurônio sabe para onde eles têm que direcionar seus axônios? - Isso ocorre devido a uma especificação da planta dos neurônios, o cone de crescimento - Cone de crescimentoé formado por filopódios, lamelipódios e microtúbulos - Axônios e dendritos em crescimento apresentam especialização migratória em sua extremidade - Em cada filopódio há uma série de receptores para morfógenos, que podem atrair ou repelir o cone de crescimento. Se houver atração, esse morfógeno induz a polimerização de actina e de microtúbulo na direção em que se encontra. Se repelir, induz a despolimerização. TUBO NEURAL - MIGRAÇÃO AXONAL VIA ESCLERÓTOMOS ● Células em desenvolvimento no tubo neural emitem seus axônios pela raiz ventral ● Saindo pela raiz ventral, os neurônios motores somáticos vão inervar os somitos ● Os somitos se diferenciam em esclerótomo, dermátomo e o miótomo (forma os músculos estriados esqueléticos) ● Neurônios motores somáticos, então, vão ter que deixar o tubo neural e ir aos miótomos ● Como esses neurônios motores são direcionados aos miótomos? - No meio de cada esclerótomo há uma região com muita efrina (molécula repulsiva pro cone de crescimento) e, em cima dele, uma região com pouca efrina - Através da a região com pouca efrina é que os axônios motores vão passar - Assim, cada neurônio motor corta um somito no meio, de modo que cada vértebra é formada pela região cranial de um somito com a região caudal do somito adjacente - Então, os axônios cruzam a região com pouca efrina e se conectam à região do miótomo, geradora do músculo estriado esquelético - Uma vez que esses neurônios fazem contato com o alvo, eles recebem do alvo fatores de sobrevivência (fatores tróficos) - Esses fatores indicam ao corpo celular do neurônio que ele atingiu o alvo correto - Um neurônio que nao faz contato com ninguém ou que perde seus fatores trofico, morre - Uma vez encontrado seu alvo, forma-se a junção neuromuscular MECANISMOS MOLECULARES DE FORMAÇÃO DE SINAPSES MOTORAS SOMÁTICAS (JUNÇÃO NEUROMUSCULAR) ● Terminal pré-sináptico secreta argrina, que se liga a receptor Musk na fibra muscular, fato que induz o recrutamento da Rapsina (proteína de ancoramento, de densidade pós sináptica). Rapsina recruta receptores de acetilcolina ● Sinalização agrina-Musk aumenta a transcrição de RNAm para receptores de acetilcolina no núcleo próximo à sinapse e formação das dobras juncionais (células musculares são multinucleadas) ● Aonde houver liberação de acetilcolina, haverá uma super ativação do núcleo mais próximo da sinapse, que sintetizará mais receptores de acetilcolina. Núcleos afastados da sinapse são bloqueados, e não produziram RNAm dos receptores ● Logo, ao final, todos os receptores produzidos estão próximos uns dos outros, respondendo ao NT liberado, induzindo a contração muscular MIELINIZAÇÃO DO SNP ● Dependendo da porção do neurônio motor, ele pode ser mielinizado ou por oligodendrócitos (quando ainda não deixou a medula, ou seja, está no SNC) ou por células de Schwann (quando sai da medula e encontra-se no SNP) CRISTA NEURAL ● Durante o fechamento do tubo neural, células de sua porção dorsal sofrem transição epitélio-mesenquimal e delaminam ● Migram para diversas localidades no corpo e se diferem em vários tipos celulares ● Formada pelas células com sinalização intermediária de BMP ● Apresentam 4 rotas de migração e diferenciação - 1. gânglios dorsais - 2. gânglios simpáticos - 3. células neurossecretoras da adrenal e SN parassimpático e entérico ● Migrações por rotas ventrais levam à formação de neurônios do gânglio da raiz dorsal, do gânglio do sistema nervoso vegetativo, células de schwann e células satélites ganglionares ● Interações indutoras durante a migração define o tipo celular que será diferenciado ● Cels da crista neural também são repelidas pelas efrinas, ou seja migram para região dos somitos com pouca efrina e encontram os axônios dos neurônios motores, formando o nervo espinhal (por isso a maioria dos nossos nervos são mistos) ● Neuronios sensitivos sao pseudounipolares DESENVOLVIMENTO DO NERVO ESPINAL ● Forma-se pela junção do axônio motor e axonal sensitivo (pois ambas as células procuram regiões livres de efrinas) IMPORTANTE: Células que tem o corpo celular dentro da medula espinhal tem origem no tubo neural, e as células que tem o corpo celular no SNP, tem origem na crista neural !! SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO OU VEGETATIVO ● Simpático ou parassimpático ● Neurônio pré e pós ganglionar ● No SN simpático os gânglios são próximos da medula e, no parassimpático, são mais próximos das vísceras ● No SN simpático o segundo neurônio libera noradrenalina e, no parassimpático, libera acetilcolina ● Neurônio pré ganglionar fica na coluna 7 de hetzel ou coluna intermédia da medula ● Axônios pré-ganglionares saem junto aos axônios motores pela raiz ventral SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO ● Presentes em 2 plexos, que controlam a motilidade intestinal - Mioentérico (entre as camadas musculares do trato gastrointestinal) - Submucoso (mais próximo da luz intestinal) ● Geram as células neuronais e gliais entéricas ● A região gastrointestinal mais próxima da luz tem uma inibição da formação desses plexos, pois o revestimento interno do intestino (endoderma) produz a proteína Snap e SHH, que induz a produção de um tipo de BMP que impede a migração de células da crista neural ● Quanto mais longe do endoderma, menos BMP haverá, ocorrerá mais migração de células da crista neural e mais presença de músculo liso ● Então só teremos a migração das células da crista para próximo do músculo liso, formando esses 2 plexos DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG (MEGACÓLON CONGÊNITO) ● Defeitos da migração de células da crista neural sacral para colonizar o intestino posterior ● Causam segmentos sem gânglios , incapazes de realizar motilidade e esvaziamento intestinal PLACODES ECTODERMICOS ● Região da epiderme tem níveis altos de BMP e de WNT, ● A região dos placóides tem níveis intermediários de BMP e de WNT, pois na região da placa pré-cordal e do endoderma visceral anterior acontece a secreção de inibidores de WNT, o que reduz a atuação do WNT ● Regiões placóides migram e formam uma série de regiões espessas de ectoderma que vão formar neurônios sensoriais da cabeça DESENVOLVIMENTO DOS NERVOS CRANIANOS ● Seu componente motor somático deriva do tubo neural ● Seu componente sensorial deriva das células da crista e de placodes ectotérmicos ● Seu componente motor visceral pré-ganglionar deriva de células do tubo neural DEFEITOS DO FECHAMENTO DO TUBO NEURAL ● Anencefalia: Defeito do fechamento do neuroporo anterior - Crânio bífido: Ponto dorsal cranial não se fecha adequadamente, formando um cisto - Microcefalia (neuroporo rostral não se fecha) ● Espinha bífida: defeito do fechamento do neuroporo posterior - Espinha bífida oculta: Somitos formam 2 processos espinhosos quando o tubo neural demora a se fechar e o tecido nervoso e as meninges ficam em contato livre com a pele, levando ao crescimento de cabelo no local - Espinha bífida cística (meningocele): Tubo neural demora ainda mais pra fechar, meninges formam um cisto. Pode ser mais grave se o tubo neural, ao invés de estar dentro da vértebra, estiver deslocado para dentro do cisto (meningomielocele) - Espinha bífida aberta: Mais grave. Quando o tubo neural não se fecha. Incompatível com a vida (meningomielocele)
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