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FEBRE MACULOSA

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FEBRE MACULOSA – 30 de junho de 2021
O que é?
A febre maculosa brasileira é uma doença grave, transmitida ao homem pela picada do carrapato-estrela, infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. O carrapato se alimenta do sangue de animais, como cavalos, bois, cães e capivaras.
1. Ovos; 2. Larvas/Micuins; 3. Ninfas/Vermelhinhos; 4 e 5. Carrapatos Adultos
 
Sintomas
A doença se manifesta repentinamente acompanhada de vários sintomas:
· Febre alta;
· Dor de cabeça;
· Dores no corpo (principalmente na perna);
· Mal estar;
· Náuseas e vômitos;
· Em alguns casos podem surgir manchas avermelhadas na pele, principalmente na palma das mãos e planta dos pés.
Fique atento: os sintomas iniciais da febre maculosa ocorrem entre o 2º e o 14º dia após contato com o carrapato e são semelhantes aos de outras doenças, como a dengue ou uma gripe forte.
Caso você apresente alguns desses sintomas, com ou sem manchas na pele, procure atendimento médico imediatamente.
Diagnóstico e tratamento
A febre maculosa tem cura, mas é fundamental que o tratamento seja iniciado logo após o surgimento dos primeiros sintomas.
Cuidado! Se não for tratada a tempo, a febre maculosa pode matar.
 
Onde ocorre
Os casos da doença são mais comuns nas áreas rurais, mas recentemente os casos da doença têm sido registrados nas áreas urbanas de várias cidades do Brasil, relacionados às atividades de lazer e trabalho.
 
Como prevenir-se
Ambientes com vegetação e presença de animais, como cavalos, capivaras e cães, tais como beira ou orla de lagoas, parques ou reservas ecológicas e áreas de gramados, são favoráveis à infestação de carrapatos. Portanto, nestes locais, previna-se:
· Use roupas de cor clara e calçados fechados, preferencialmente com meias brancas e de cano longo, para facilitar a visualização do carrapato;
· Evite sentar-se e deitar-se em gramados nas atividades de lazer, como caminhadas, piqueniques, pescarias e prática de slackline;
· Use equipamentos de proteção individual nas atividades ocupacionais (capina e limpeza);
· Mantenha os terrenos e gramados capinados rente ao solo, facilitando a penetração dos raios solares;
· Aplique carrapaticidas em cães e cavalos, segundo recomendação do médico veterinário. 
 
Recomendações importantes
 
· Evite frequentar áreas infestadas por carrapatos;
· Examine seu corpo cuidadosamente a cada duas horas pelo menos, porque o carrapato necessita de algum tempo aderido à pele para transmitir a bactéria;
· Verifique atentamente o corpo das crianças;
· Atividades que envolvam o contato direto com o cavalo, sejam de lazer (equitação, cavalgada e equoterapia) ou trabalho, requerem especial atenção;
· Tenha cuidado ao retirar o carrapato que estiver grudado em sua pele. Se possível utilize luvas e pinças. Evite esmagar os carrapatos para não se contaminar;
· Caso tenha sido picado por carrapatos e apresente sintomas da doença (febre alta, dor de cabeça, dor no corpo), procure imediatamente o serviço de saúde e relate este contato ao médico, para que ele possa avaliar a possibilidade de ser um caso de febre maculosa.
QUESTÃO 41 
Sobre a febre maculosa, podemos afirmar, EXCETO: 
a) No Brasil, a ocorrência da febre maculosa tem sido registrada em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e, mais recentemente, em Santa Catarina. 
b) Em Minas Gerais, no período de 1995-2003, foram registrados 106 casos, com frequência maior no sexo masculino (76%), na faixa etária de 15 a 30 anos, e letalidade média de 18%. 
c) A importância do conhecimento do ciclo do carrapato deve-se à necessidade de se proporem medidas de controle eficazes, nunca em prazo menor que três meses, considerando a dinâmica populacional dos carrapatos. 
d) Os relatos da transmissão da febre maculosa no Brasil apontam o Amblyomma cajennense como principal vetor. O ressurgimento da doença (1995-2003) pode ser atribuído ao aumento das fontes de alimentação do vetor, principalmente equídeos.
Vetores e reservatórios
No Brasil, os principais vetores e reservatórios são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como A. cajennense, A. cooperi (dubitatum) e A. aureolatum. Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode ser reservatório, por exemplo, o carrapato do cão, Rhipicephalus sanguineus.
Os equídeos, roedores como a capivara (Hydrochaeris hydrochaeris), marsupiais como o gambá (Didelphys sp) e o cão têm importante participação no ciclo de transmissão da febre maculosa.
Modo de transmissão
Nos humanos, a febre maculosa brasileira (FMB) é adquirida pela picada do carrapato infectado com riquétsia, e a transmissão geralmente ocorre quando o artrópode permanece aderido ao hospedeiro por um período de 4 a 6 horas.
Nos carrapatos, a perpetuação das riquétsias é possibilitada por meio da transmissão vertical (transovariana), da transmissão estádio-estádio (transestadial) ou da transmissão através da cópula, além da possibilidade de alimentação simultânea de carrapatos infectados com não infectados em animais com suficiente riquetsemia. Os carrapatos permanecem infectados durante toda a vida, em geral de 18 a 36 meses.
Incubação: de 2 a 14 dias
Características epidemiológicas 
A febre maculosa e outras riquetsioses têm sido registradas em áreas rurais e urbanas do Brasil. A maior concentração de casos é verificada nas regiões Sudeste e Sul, onde de maneira geral ocorre de forma esporádica. A doença acomete a população economicamente ativa (20-49 anos), principalmente homens, que relataram a exposição a carrapatos, animais domésticos e/ou silvestres ou frequentaram ambiente de mata, rio ou cachoeira. Cabe destacar que 10% dos registros da doença são em crianças menores de 9 anos de idade. Quanto à sazonalidade, verifica-se que o período de maior incidência é em outubro, período no qual se observa maior densidade de ninfas de carrapatos, podendo variar de região para região. A febre maculosa tem sido registrada em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Goiás, Ceará e Mato Grosso do Sul. A Rickettsia rickettsii é o agente etiológico mais frequente e produz casos mais graves, embora existam outras espécies de riquétsias infectantes associadas à doença.
Vigilância epidemiológica
Objetivos
A vigilância da febre maculosa compreende a vigilância epidemiológica e ambiental, tendo como objetivos:
•	 detectar e tratar precocemente os casos suspeitos, visando reduzir letalidade;
•	 investigar e controlar surtos, mediante adoção de medidas de controle;
•	 conhecer a distribuição da doença, segundo lugar, tempo e pessoa;
•	 identificar e investigar os locais prováveis de infecção (LPI);
•	 recomendar e adotar medidas de controle e prevenção.
Definição de caso
Suspeito
• Indivíduo que apresente febre de início súbito, cefaleia, mialgia e que tenha relatado história de picada de carrapatos e/ou contato com animais domésticos e/ou silvestres e/ou ter frequentado área sabidamente de transmissão de febre maculosa, nos últimos 15 dias;
•Indivíduo que apresente febre de início súbito, cefaleia e mialgia, seguidas de aparecimento de exantema máculo-papular, entre o 2º e o 5º dias de evolução, e/ou manifestações hemorrágicas.
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