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Estacionalidade de produção de forragem & Produção de Silagem https://www.youtube.com/watch?relo ad=9&v=eZFa2wGSSBk https://www.youtube.com/watch?reload=9&v=eZFa2wGSSBk Estacionalidade de produção de forragem Cria a necessidade de conservar parte da produção, de forma a atender as necessidades da alimentação do rebanho na época seca. 1. Estacionalidade Produção de Forragem Problemas causados pela estacionalidade de forragem: •Perda de peso dos animais; •Grande redução na capacidade de suporte dos pastos; •Reprodução inadequada (condições físicas precárias das matrizes). 1. Estacionalidade Produção de Forragem Fatores que causam a estacionalidade de forragem: É causada principalmente por fatores climáticos: • Energia solar; • Temperatura; • Precipitação pluviométrica. 1. Estacionalidade Produção de Forragem Crescimento estacional das gramíneas tropicais no Brasil 1. Estacionalidade Produção de Forragem Técnicas utilizadas para minimizar os problemas de estacionalidade de produção de forragens • Adoção de pastejo diferido ou protelado; • Espécies forrageiras resistentes às condições de seca; • Arraçoamento na época seca com capineiras; • Banco de proteína; • Resíduos agro-industriais; • Irrigação de pastagem; • Forragens conservadas (feno e silagem). 1. Estacionalidade Produção de Forragem Produção de Silagem Silagem • Uso correto permite armazenamento de volumoso de boa qualidade para ser fornecido -Silo; -Silagem; -Ensilagem; São as Mesmas Coisas!?!? 2. Conceitos Básicos Silagem É a forragem verde e suculenta, armazenada na ausência de ar, conservada por meio de um processo de fermentação anaeróbica. 2. Conceitos Básicos Silo Local onde são guardadas as silagens. 2. Conceitos Básicos Ensilagem Ao conjunto de operações necessárias à confecção da silagem chamamos de ensilagem (corte, transporte, picagem, carregamento, compactação e vedação) 2. Conceitos Básicos Tipos de Silos Tipos básicos de silos para a conservação de forragens: Subterrâneos, Aéreos e de Superfície Horizontais: Trincheira, superfície Verticais: Cisterna ou poço, aéreo e aéreo de encosta 2. Conceitos Básicos Silo Trincheira • Caracteriza-se por uma vala aberta no solo; • Mais barata do que os silos aéreos; • Carregamento e descarregamento é fácil (mecanizado); • Apresenta em média de 20% de perdas; • Reduz até 8-10%, dependendo do manejo. 2. Conceitos Básicos Silo Trincheira 2. Conceitos Básicos Silo Trincheira 2. Conceitos Básicos Silo Trincheira Desvantagens •Custo inicial com obras e alvenarias; •Grande superfície exposta (favorecendo as perdas); •Compactação e vedação mais difícil (apesar de boa); •Necessita de mais material para a cobertura sobre a lona. 3. Produção e Manejo de Silagens Silo de Superfície • Baixo custo de construção; • Instalação superfície plana ou ligeiramente plana; • Construção limpeza e nivelamento da superfície; • Camada uniforme qualquer palha (20 a 30 cm espessura); • Cuidado maior com a compactação bordas. 3. Produção e Manejo de Silagens Silo de Superfície •Altura e profundidade do silo mínimo de 1,5 à 3 m; •Cobertura lona plástica, em toda forragem ensilada; •Por cima da lona qualquer material que evite incidência direta do sol sobre a lona (terra); •Operação do enchimento é fácil, porém deve ser rápida. 3. Produção e Manejo de Silagens Silo de Superfície Desvantagens •Controle da fermentação e vedação é difícil ( perdas, até 50%); •Exige cerca em volta para a proteção do animais; •Construídos próximos do local onde serão alimentados os bovinos. 3. Produção e Manejo de Silagens Forrageiras para ensilagem As melhores forrageiras para ensilagens, são aquelas com elevado teor de açúcares solúveis. Milho e Sorgo Milheto quant. grãos 3. Produção e Manejo de Silagens Forrageiras para ensilagem Outras opções de forrageiras para ensilagem • Girassol (Safrinha - excesso de umidade) • Cana-de-açúcar ( teor açúcar 40 a 50% MS e PB) • Capim Elefante (excesso de umidade) • Panicum maximum cvs. Mombaça, Tanzânia e Massai • Brachiaria brizantha cvs. Marandu, Xaraés e Piatã 3. Produção e Manejo de Silagens Forrageiras para ensilagem Insucesso na utilização de silagens de gramíneas • concentração em carboidratos solúveis • teor de matéria seca • poder tampão no momento do corte para ensilagem Emurchecimento (horas) Cultivares Média Xaraés Piatã 0 8,35 Ca 9,08 Ba 8,71 2 8,87 CBa 9,19 Ba 9,03 4 9,54 ABb 10,75 ABa 10,14 6 10,3 Aa 9,90 Aa 10,12 Média 9,27 9,73 9,50 CV (%) .............. 4,88 ............... Teores de proteína bruta de silagem de capim xaraés e piatã em emurchecimento. Médias seguidas por letras distintas, maiúsculas na coluna (tempo) e minúsculas na linha (cultivares), diferem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). Azevedo et al. (2010) Dimensionamento de Silo A determinação do tamanho do silo depende: • Número de animais a serem alimentados; • Peso dos animais e produtividade alcançar (carne ou leite); • N. dias ou período em que os animais receberão silagem; • Quantidade de silagem fornecida aos animais/dia; • Local p/ construção silo e posicionamento das instalações; Dimensionamento de Silo Determinação do tamanho do silo depende: •Peso médio silagem por metro cúbico (500 a 650 kg/m3); •Percentual de perdas consideradas normais devido aos processos fermentativos; •Perdas diárias comuns (10 a 20 %); •Tipo de silagem: planta inteira, parte superior, espigas; •Área a ser plantada dependerá do rendimento previsto, (material utilizado e da tecnologia aplicada). Dimensionamento de Silo Calculo de determinação do tamanho do silo : A = [(B + b)/2] x h V =A x C A= área (m²); V=Volume (m³); C= Comprimento (m); h= Altura. Etapas no Processo de Ensilagem Ponto de colheita Picagem da forragem; Compactação Vedação. Tamanho da partícula Milho 33 a 37 % MS Sorgo 28 a 38 % MS Milheto 30 a 35 % MS Etapas no Processo de Ensilagem Ponto de colheita Maturidade Fisiológica 1/2 linha do leite 2/3 linha do leite Linha preta •Grãos: 62 a 65% de MS •Grão + sabugo: 55% de MS •Planta inteira: 32 a 36% de MS •Maioria das folhas superiores verdes •Folhas inferiores com graus variados de secagem Textura do Grão 1/2 a 2/3 da linha do leite Pastoso Farináceo duro Macio ou Dentado ou Farináceo Duro 42 % MS 3. Produção e Manejo de Silagens Influência da maturidade sobre o valor nutritivo da silagem de milho. Estágio de maturidade % MS % Espiga Kg leite/dia Consumo % PV % NDT Leitoso 25 37 17,2 1,95 68,2 Farináceo 30 47 18,4 2,13 68,4 Farináceo duro 33 51 19,1 2,30 68,0 Fonte: Faria (1994). Proporção de partes da planta com relação a matéria seca total. Parte da planta Dentado inicial Milho duro Grãos 33 42 Sabugo 8 9 Folha 22 19 Caule 29 24 Palha 8 6 Fonte: Pereira (2007). Ciclo Vegetativo Ciclo Vegetativo60 a 70 dias crescimento Etapas no Processo de Ensilagem Ponto de colheita das forrageiras Etapas no Processo de Ensilagem Picagem da forragem • Facilitar a compactação da forrageira dentro do silo; • Deixar os açucares solúveis rápida fermentação; • Tamanho da partícula ideal é entre 2 a 3 cm. Etapas no Processo de Ensilagem Picagem da forragem Partículas Menores • Melhor compactação • Melhor fermentação • Menor tempo de consumo • Menos ruminação Partículas Maiores • Menor compactação • Menor fermentação Etapas no Processo de Ensilagem Picagem da forragem Mais Umidade Menos Umidade •Melhor compactação • Fermentação não desejáveis (ácido butírico) •Menor consumo • Alimento melhor qualidade • Difícil compactação • pH mais elevado Etapas no Processo de Ensilagem Picagem da forragem Etapas no Processo de Ensilagem Compactação da Forragem •Colocação de uma camadacompactada/dia; •Forragem deve ser compactada à medida que é colocada dentro do silo. •Camada compactada vedação p/ camadas inferiores; •Ideal é retirar o máximo de ar de dentro do silo; •Fermentação deverá ocorrer na ausência de ar. Fonte: Rosa (2004) Etapas no Processo de Ensilagem Compactação da Forragem Etapas no Processo de Ensilagem Compactação da Forragem Etapas no Processo de Ensilagem Compactação da Forragem Quanto mais compactada a forragem • Melhor a fermentação • Maior a quantidade de forragem alojada no silo • Melhor o valor nutritivo • Melhor o consumo da silagem pelos animais “Compactação bem feita é um dos segredos da boa silagem". Etapas no Processo de Ensilagem Compactação da Forragem Etapas no Processo de Ensilagem Vedação da Forragem • A vedação do silo é fator essencial; • Penetração de ar fermentações indesejáveis; • Descartes obrigatórios de silagem após abertura silo; • Tempo mínimo p/ fermentação da silagem é de 21 dias; • Após esse período silagem estará estabilizada; • A silagem pode ser conservada por muitos anos. 3. Produção e Manejo de Silagens "A vedação é essencial para qualidade da silagem". Etapas no Processo de Ensilagem Vedação da Forragem Teor de umidade da planta Perdas de MS % Observações Alta 30-50 Vedação mal feita Alta 10-20 Vedação bem feita com plástico Média 9-13 Vedação bem feita com plástico Média 28 Plástico rasgado, enchimento retardado Baixa 12 Vedação bem feita com plástico, boa compactação Baixa 70 Vedação mal feita, falta de compactação Fonte: Faria (1994). Perdas totais de matéria seca em silos horizontais. Processo de Ensilagem Fatores que afetam o processo de ensilagem Inerentes à própria forragem Umidade; Concentração de carboidratos solúveis (açúcares); Poder tampão; População de bactérias lácticas. 3. Produção e Manejo de Silagens Processo de Ensilagem Fatores que afetam o processo de ensilagem Manejo (condução) do processo de ensilagem Velocidade de carregamento; Teor de umidade; Tamanho da partícula; Grau de compactação; Vedação. 3. Produção e Manejo de Silagens Processo de Ensilagem A ensilagem ocorre em três períodos: Respiração Fermentação Estabilização 6 a 8 horas 18 a 20 dias Todo o tempo que não houver contato com o ar Processo de Ensilagem Período de Respiração •O processo de ensilagem começa com uma respiração celular aeróbica, pela presença de oxigênio. •Oxigênio que se encontra entre as paredes celulares da forragem é utilizado pelos microrganismos que se encontram ali. Fungos, Leveduras e Bactérias Quanto mais oxigênio existe na forragem é o período de respiração Mais alta será a temperatura da forragem Processo de Ensilagem Período de Respiração Processo de respiração aeróbica há uma liberação de energia em forma de calor temperatura: processo respiração muito prolongado; Temperatura 50ºC: perdas de qualidade das proteínas e energia; Temperatura ideal: entre 36 a 38ºC. Temperatura Processo de Ensilagem Período de Respiração A medida que a respiração avança - oxigênio Liberação de dióxido de carbono Microrganismos que necessitam de oxigênio morrem Começam a viver organismos anaeróbicos Processo de Ensilagem Período de Respiração Bactérias degradam os açúcares Produção de ácidos orgânicos Diminui pH Processo de Ensilagem Período de Fermentação Fermentação Lática (Bactérias anaeróbicas) • Inibe a formação de elementos indesejáveis; • Maior proporção de elementos nutritivos na silagem; • Sabor e odor apreciados pelos animais; • Fermentação de melhor qualidade (pH 3,7 - 3,9). Processo de Ensilagem Período de Fermentação Tipos de Fermentações Fermentação Lática (Bactérias anaeróbicas) Processo de Ensilagem Período de Fermentação Tipos de Fermentações • De acordo com Paiva (1976), silagens muito boas apresentam teores de ácido lático acima de 5,0%. Fermentação Acética (Coliformes) • Álcool + bactérias coliformes; • Umidade excessiva. Processo de Ensilagem Período de Fermentação Tipos de Fermentações Fermentação Acética (Coliformes) Processo de Ensilagem Período de Fermentação Tipos de Fermentações • Uma silagem de caracterizada como de boa qualidade tem que ter [ ] de Ácido Acético de 1% a 2%. Híbridos Estádio de maturação Ácido Acético Leitoso Pastoso Farináceo BRS 610 1,34Aa 0,99Aab 0,73Ab BR 700 1,15Aa 0,85Aab 0,53Ab BRS 655 1,45Aa 1,26Aa 0,96Aa Machado et al. (2012) Processo de Ensilagem Período de Fermentação Teores de ácido orgânico (ácidoacético) das silagens dos híbridos de sorgo, de acordo com os estádios de maturação Fermentação Butírica (Clostridium) • Umidade excessiva • Indica transformação indesejáveis; • Odor e sabor desagradáveis (pH 4,2); • Presença de ar: ac. butírico + ac. acético + álcool + H. Processo de Ensilagem Período de Fermentação Tipos de Fermentações Fermentação Butírica (Clostridium) Processo de Ensilagem Período de Fermentação Tipos de Fermentações comoPaiva (1976), classificaria as silagens muito boas (< 0,1% de ácido butírico) Processo de Ensilagem Período de Fermentação Processo de Ensilagem 3. Produção e Manejo de Silagens Depois da fermentação - que 4,5 começa o período de Putrefação. pH silagem Depois da fermentação - que 4,5 começa o período de Estabilização. pH silagem Processo de Ensilagem Período de Estabilização O pH do ensilado depende de: Tipos de plantas Forma de preparação do silo Não há atividade biológica Não se libera energia Não altera o valor nutritivo do alimento Processo de Ensilagem Período de Estabilização Durante o período de estabilização Utilização de aditivos na silagem "O uso de aditivos na silagens visam melhorar a qualidade das forrageiras". •Funcionam como extratores de umidade; •Aumenta o teor de MS da massa a ser ensilada; •Melhorando as condições de fermentação. sorgo,• Farelos protéicos e energéticos: soja, milho, milheto; girassol, algodão, trigo, etc... • Uréia; • Raspa de mandioca; • Produtos químicos: Formaldeído e Ácido fórmico. O aditivo é espalhado após cada camada do material colocado no silo Utilização de aditivos na silagem Alguns aditivos para silagem • Melaço puro ou diluído em água na razão de 3:1; Avaliação de Silagens • Cheiro agradável e cor clara; • pH inferior a 4,2. Silagem Qualidade Silagem Qualidade • Presença de mofo; • Grandes quant.efluentes escorrendo; • Silagem muito seca. Silagem pH Excelente 3,8 - 4,2 Boa 4,2 - 4,5 Média 4,5 - 4,8 Ruim 4,8 - 5,1 Péssima 5,1 Avaliação de Silagens Classificação das silagens. Valor Protéico (PB) Valor energético (NDT) 5 % - muito fraco 55 - 58 % - fraco 5 - 6 % - fraco 59 - 63 % - regular 6 - 7 % - regular 64 - 70 % - bom 7 - 8 % - bom 71 - 75 % - muito bom 8 % - muito bom 75 % - ótimo Avaliação de Silagens Valores básicos de proteína bruta e de energia para avaliação da silagem de milho.
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