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O SISTEMA Educacional No Brasil Antes E Depois Da Implementação Da Ldb 9394

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O SISTEMA Educacional No Brasil Antes E Depois Da 
Implementação Da Ldb 9394/96 
 
Sistemas de Gestão Consultoria ISO 9001, 14001, OHSAS Implantação, Treinamento, 
Auditoria www.plinioengenharia.com.br 
INTRODUÇÃO 
Vale lembrar que alterações curriculares acabam representando objetos de grande destaque 
para discussão na maioria das reformas no âmbito escolar, talvez por representarem uma 
etapa de concretude visível ao serem colocadas em prática nas salas de aula, onde os 
professores e os estudantes são os atores principais. 
Apesar deste contexto de particularização do trabalho na escola, dentro das salas de aula, 
devemos lembrar que a organização escolar envolve idéias, opiniões e tradições advindos de 
seus vários componentes. Assim, inúmeros são os setores da sociedade (como 
universidades, grupos de pesquisas, organizações não governamentais, meios de 
comunicação, etc.) que acabam influenciando na organização da escola e, 
conseqüentemente, do seu currículo disciplinar. Atualmente, sob a influência de diversos 
meios como fatores formativos do currículo escolar, a escola tem papel ímpar de formação 
das políticas do que deve ser ensinado no Brasil, o currículo. Notamos que políticas 
educacionais brasileiras dos diversos períodos históricos foram influenciadas por 
regionalismos culturais, socioeconômicos e históricos, levando a diversas reinterpretações 
dos mais variados documentos oficiais que tinham como objetivo guiar o ensino brasileiro. 
Neste contexto, não basta conhecer teoricamente as legislações que permeiam as atividades 
de ensino. Faz-se necessário saber também sobre o contexto histórico em que as mais 
diversas iniciativas governamentais foram tomadas, para que se entenda um pouco mais 
sobre certas características dos diversos períodos do sistema educacional brasileiro e seja 
possível aproveitar as experiências bem sucedidas, evitando reincidir nos erros passados. 
Assim, para compreender um pouco das marcas dos movimentos das políticas 
governamentais em nosso sistema educacional, é válido rever alguns aspectos históricos das 
principais mudanças educacionais e, principalmente, curriculares. 
Importantes ações voltadas para a educação brasileira datam da década de 1930 com a 
criação do Ministério da Educação e a reforma de 1931, conhecida por Reforma Francisco 
Campos, com a proposta de ensino voltado para a vida cotidiana, como pode ser notado em 
trechos no texto sugerindo aplicações da Ciência no dia-a-dia. Em 1942, outra política 
educacional foi lançada, destacando-se dentre outros aspectos, a reforma dos ensinos 
secundário e universitário, com a criação da Universidade do Brasil, atual Universidade 
Federal do Rio de Janeiro em 1945. A chamada Reforma Capanema, assim como a anterior, 
centrava o ensino em questões do cotidiano, tendo sido considerada por muitos como um 
sistema educacional que correspondia à divisão econômico-social do trabalho. 
Em 1961, surgiu a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, a Lei 4024/61 
ou simplesmente LDB/61, como resultado do trabalho de dois grupos com orientações de 
filosofia partidária distinta. Os estatistas eram esquerdistas e defendiam que a finalidade da 
educação era preparar o indivíduo para o bem da sociedade e que só o Estado deve educar. 
Os liberalistas eram de centro/direita e defendiam os direitos naturais e que não cabe ao 
Estado garanti-los ou negá-los, mas simplesmente respeitá-los. Após quase 16 anos de 
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disputa entre essas correntes, as idéias dos liberalistas acabaram representando a maior 
parte do texto aprovado pelo Congresso. A LDB/61 trouxe como principais mudanças a 
possibilidade de acesso ao nível superior para egressos do ensino técnico e a criação do 
Conselho Federal de Educação e dos Conselhos Estaduais, num esquema de rígido controle 
do sistema educacional brasileiro. A demora para aprovação da LDB/61 trouxe-lhe uma 
conotação de desatualização e, logo após sua promulgação, outras ações no âmbito de 
políticas educacionais públicas surgiram, desta vez, inseridas no cenário político de domínio 
militar. Por exemplo, em 1968, a Lei 5540/68 criou o vestibular e, em 1971, surgiu a Lei 
5692/71, conhecida também como LDB/71, cuja função foi atualizar a antiga LDB/61, como 
resultado do trabalho de membros do governo indicados pelo então Ministro da Educação 
Coronel Jarbas Passarinho 
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A LDB/71 definia os currículos como constituídos por disciplinas de obrigatoriedade nacional, 
escolhidas pelo Conselho Federal de Educação (análogas ao atual núcleo comum). Além 
disso, os Estados podiam indicar disciplinas obrigatórias em suas jurisdições (análogo à atual 
parte diversificada do currículo), porém sob rígido controle dos governos estaduais. Também 
na década de 1970, surgiu uma política de valorização do ensino técnico profissionalizante e, 
especificamente com relação ao ensino de Química, passou a valer um caráter mais científico 
da disciplina. Nesta época, o Conselho Estadual de Educação do Estado de São Paulo criou o 
Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS) para fortalecer o 
crescimento industrial paulista, pela possibilidade de formação profissional. 
Na seqüência das políticas educacionais, em 1996, foi sancionada a Lei 9394/96, a LDB/96, 
que buscou reestruturar o sistema educacional brasileiro, com regulamentações tanto nas 
áreas de formação de professores e gestão escolar quanto nas áreas de currículo, a partir do 
resultado de debates realizados ao longo de oito anos, especificamente entre duas propostas 
distintas. Uma delas envolvia debates abertos com a sociedade, defendendo maior 
participação da sociedade civil nos mecanismos de controle do sistema de ensino, enquanto 
a outra proposta resultava de articulações entre Senado e MEC, sem a participação popular, 
defendendo o poder sobre a educação mais centralizado, a qual acabou vencendo a "disputa" 
de idéi. Com a LDB/96, mais uma vez foram modificadas as denominações do sistema de 
ensino brasileiro que passou a envolver a educação básica que consiste da educação infantil 
(até 6 anos), ensino fundamental (8 séries do antigo primário) e ensino médio (3 séries); 
ensino técnico (agora obrigatoriamente desvinculado do ensino médio), além do ensino 
superior. A LDB/96 é considerada a mais importante lei educacional brasileira e fundamenta 
as subseqüentes ações dos governamentais no âmbito educacional discutidas a seguir, como 
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os Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio, PCNEM, as Orientações CurricularesNacionais para o Ensino Médio e a Proposta Curricular do Estado de São Paulo de 2008. 
Em 1999, o PCNEM surge como conseqüência da LDB/96 numa proposta visando unir 
qualidade do ensino e formação de cidadãos aptos ao novo mundo do trabalho globalizado, 
com a organização do ensino voltado para o desenvolvimento de competências e habilidades 
nos estudantes. “Competências e habilidades” foram introduzidas como novos paradigmas 
educacionais e assumiram papel central para discussão da proposta, principalmente entre os 
professores. 
O currículo por competências é um formato integrado, onde as competências não estão 
intimamente ligadas a um conteúdo específico, mas sim a um conjunto de conteúdos, 
advindos de disciplinas diversas. Sobre o currículo por competências e habilidades. 
 Após a publicação do PCNEM, surgiu, em 2002, com foco no ensino médio, um novo 
documento: o PCNEM com orientações complementares ao PCNEM, trazendo as 
competências e habilidades recontextualizadas, ou seja, com esquemas de propostas para o 
desenvolvimento de conceitos em sala de aula. Apresentado em volumes específicos para as 
três grandes áreas, o PCNEM+ de certa forma complementava o PCNEM, trazendo os 
pressupostos teóricos da proposta geral para um nível mais concreto, com uma sugestão 
para organização curricular, o que os professores, de modo geral, buscavam, com algum 
grau de definição, para organizar suas aulas em termos de conteúdos curriculares. 
Em 2004, foi lançado um novo documento para substituir o PCNEM: as Orientações 
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio que trata de alguns pontos controversos da 
proposta de 1999, como a idéia de todos os problemas educacionais são resolvidos com 
reforma curricular e a falta de explicitação de orientações para aplicação dos conceitos de 
habilidades e competências na sala de aula. Assim, esse novo documento, com vigência 
atual, coloca em foco mudanças para a reorganização curricular, como a priorização da 
diversidade cultural dentro da escola, utilizando-se do currículo como complemento às 
políticas sócio-culturais; as mudanças no enfoque da avaliação (passando de quantitativa 
para qualitativa) e o estímulo à formação continuada de professores e gestores, dentre 
outros aspectos. 
Como subsídio adicional para organização dos currículos dos ensinos fundamental e médio, 
surgiu em fevereiro de 2008 a Proposta Curricular do Estado de São de Paulo. Para o ensino 
médio, esta proposta, coordenada por Maria Inês Fini, foi elaborada por pesquisadores da 
área de educação que atuam no Estado, juntamente com membros do governo paulista. O 
material tem volumes específicos para cada disciplina, com organização dividida em 4 
bimestres das 3 séries, de acordo com um tema central a ser desenvolvido em conteúdos 
gerais e específicos. 
CONCLUSÃO 
A área de pesquisa em políticas públicas no Brasil é grande e cresceu muito na última década 
onde se observa a criação de vários centros e núcleos de estudo no país, que buscam 
analisar a questão político-institucional do estado brasileiro na formulação e gestão de 
políticas sociais sob vários aspectos. 
Portanto, trabalhar com políticas públicas exige muita investigação para se chegar aos 
motivos mais próximos da verdade que ajudem a explicar porque apesar do Brasil possuir 
uma rede de políticas sociais ainda permanece com tanta desigualdade social, com tantas 
pessoas passando necessidades diversas que podiam ser atendidas pelo Estado. 
A Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional (LDB), promulgada em 1996, é uma lei 
emanada do Congresso Nacional. Como lei 9.394/96, deve ser cumprida e respeitada. No 
entanto, para os educadores, deve ser tomada, também, como uma espécie de livro sagrado 
e, sendo assim, reverenciada. 
Na Lei da Educação, são muitas as acepções de aprender que podemos depreender a partir 
da leitura de seus dispositivos legais referentes à educação escolar, porém a lei pode ser 
mudada para proporcionar melhorias e um ensino de melhor qualidade. 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional, Lei n° 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996. 
 
CARRERI, A. V. Cotidiano escolar e políticas curriculares: táticas entre professores e 
consumidores. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Educação - UNICAMP, 2007. 
 
MARTINS, M. C. A CENP e a criação do currículo de História: a descontinuidade de um 
projeto educacional. Revista Brasileira de História, vol. 18, n. 36, 1998. 
 
PASSOS, R. D. F. O Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (Ceeteps): 
breve História e perspectivas. Disponível em: http://www.trinolex.com. Acesso em: 
10/09/2008. 
BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional, Lei n° 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996. 
 
CARRERI, A. V. Cotidiano escolar e políticas curriculares: táticas entre professores e 
consumidores. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Educação - UNICAMP, 2007. 
 
MARTINS, M. C. A CENP e a criação do currículo de História: a descontinuidade de um 
projeto educacional. Revista Brasileira de História, vol. 18, n. 36, 1998. 
 
PASSOS, R. D. F. O Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (Ceeteps): 
breve História e perspectivas. Disponível em: http://www.trinolex.com. Acesso em: 
10/09/2008.

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