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ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NOS ANOS

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11/10/2022 04:31 lddkls211_org_tra_ped_ano_ini_ens_fun
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ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NOS ANOS
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Tatiane Mota Santos Jardim
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CONHECENDO A DISCIPLINA
A disciplina Organização do Trabalho Pedagógico nos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental objetiva a busca pela compreensão do percurso histórico, bem como
dos fundamentos que subsidiam as re�exões e práticas pedagógicas relacionadas
aos anos iniciais do Ensino Fundamental, contribuindo, assim, com a formação do
pro�ssional que atuará nessa etapa de ensino e com o trabalho a ser desenvolvido
no ambiente escolar.
Esperamos que as informações e re�exões oportunizadas por este material
contribuam para o conhecimento e a interpretação da legislação e das políticas
educacionais, de acordo com o contexto histórico, político e social indicado, e para
a compreensão da organização dos anos iniciais do Ensino Fundamental,
favorecendo, assim, uma prática educativa consistente, crítica e emancipadora,
que respeite as especi�cidades culturais e as modalidades existentes, bem como
atenda a diferentes públicos e contextos.
Selecionamos temáticas que possibilitam o reconhecimento das mudanças
curriculares e pedagógicas ao longo dos tempos considerando as normativas
apresentadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a importância da
alfabetização para a educação básica. Esperamos que o conhecimento constituído
contribua para a implementação de práticas inovadoras e signi�cativas, que
promovam o desenvolvimento integral de crianças, jovens e adultos por meio de
uma abordagem formativa de avaliação.
Este material foi organizado em quatro unidades de ensino. A Unidade 1
apresentará um percurso histórico das legislações educacionais, evidenciando as
modi�cações existentes no Ensino Fundamental; a Unidade 2, por sua vez, indicará
diretrizes e fundamentos do trabalho a ser desenvolvido nos anos iniciais do
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Ensino Fundamental, como a alfabetização, a Educação de Jovens e Adultos, a
educação para portadores de necessidades especiais, entre outros aspectos que
embasam o trabalho docente.
Já a Unidade 3 tratará das relações entre os anos Iniciais do Ensino Fundamental e
a Base Nacional Comum Curricular (BNCC); por �m, a Unidade 4 contemplará a
avaliação da aprendizagem nos anos iniciais do Ensino Fundamental,
apresentando instrumentos e critérios de avaliação, avanços e retrocessos na
educação e os desa�os da formação inicial e continuada para os professores.
A disciplina o ajudará a compreender as características dos anos iniciais do Ensino
Fundamental e as especi�cidades do trabalho a ser realizado em sala de aula.
Esperamos que você perceba a importância desses assuntos para a sua formação
docente e que, a partir do conhecimento adquirido, interesse-se por novas leituras
relacionadas à disciplina.
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NÃO PODE FALTAR
O ENSINO FUNDAMENTAL NAS LEIS DE DIRETRIZES E BASES DA
EDUCAÇÃO AO LONGO DA HISTÓRIA
Tatiane Mota Santos Jardim
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C
CONVITE AO ESTUDO
aro estudante, esta unidade apresentará a trajetória histórica do Ensino
Fundamental no Brasil. As informações que serão apresentadas apontarão
fatos e mudanças ocorridas ao longo dos tempos, chegando até a organização
atual do nosso Sistema de Educação. O conhecimento a respeito da história do
campo de atuação que se pretende trabalhar é fundamental para quem está em
processo de formação, a�nal, é a partir dele que os professores começam a
construir as suas bases teóricas e a postura pro�ssional que pretendem ou não
assumir.
DIREITOS EDUCACIONAIS
A consciência sobre os direitos assegurados nas leis leva-nos a reivindicar ações mais efetivas
dos governantes a �m de que a tão sonhada sociedade justa, democrática e inclusiva seja uma
realidade.
Fonte: Shutterstock.
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Os conteúdos instigarão a re�exão e contribuirão para o conhecimento e a
interpretação das legislações e das políticas educacionais, de acordo com cada
contexto histórico, político ou social, favorecendo, assim, uma prática educativa
consciente, crítica e emancipadora, ou seja, uma prática que conhece as legislações
vigentes, re�ete a respeito dos diferentes elementos envolvidos nos contextos
educacionais e reconhece a educação como um agente de transformação.
Esta unidade está dividida em três seções. Na primeira seção, estudaremos as
determinações sobre o Ensino Fundamental nas Leis de Diretrizes e Bases da
Educação ao longo dos tempos; já na segunda seção, conheceremos o Sistema
Educacional Brasileiro atual e as responsabilidades do Ministério da Educação
(MEC) e do Conselho de Educação (CNE); por �m, na terceira seção, teremos a
oportunidade de reconhecer o desenvolvimento da Educação Básica em
modalidades variadas.
A utilização de diferentes tecnologias digitais — temática tão explorada na
atualidade —, as determinações do Programa Nacional do Livro Didático, do
Material Didático PNLD e a implementação da Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) também serão abordadas na terceira seção, uma vez que contribuem, de
modo efetivo, para a prática a ser desenvolvida em sala de aula.
Bons estudos!
PRATICAR PARA APRENDER
Você conhece a história da educação brasileira? Reconhece fatos e aspectos que
in�uenciaram a organização do sistema educacional vigente? Consegue identi�car
o contexto político, histórico ou social ligado às legislações? As considerações
apresentadas nesta seção nos ajudarão a compreender o sistema educacional
brasileiro e a re�etir a respeito de di�culdades e avanços ligados ao campo
educacional.
O Ensino Fundamental, que integra a Educação Básica, sofreu diversas
modi�cações ao longo do tempo. Atualmente, ele conta com 9 anos de duração e
atende a estudantes de 6 a 14 anos. O pro�ssional que deseja atuar nessa etapa
precisa conhecer os fatos e percursos metodológicos ligados à atuação docente ao
longo dos anos, pois, em algum momento de sua trajetória pro�ssional, será
necessário articular a própria prática aos aspectos citados.
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O conhecimento a respeito da legislação vigente nos ajuda a ter uma prática
pro�ssional consistente e articulada aos princípios presentes nos documentos
legais. A partir desse conhecimento, é possível pesquisar novos autores e teorias,
conhecer outras práticas e re�etir a respeito do futuro da educação.
O pro�ssional que consegue articular teoria e prática em suas ações mostra-se
preparado para atuar no contexto educacional, independentemente do campo de
atuação. Espera-se, por sua vez, que ele tenha consciência de seus direitos, assim
como de seus deveres, e que tenha condições de contribuir com odesenvolvimento da consciência e criticidade de seus alunos.
Ao estudar os conceitos apresentados, você terá a oportunidade de conhecer
melhor a história do Brasil, estabelecer paralelos com a sua história de vida e
contribuir com os novos caminhos a serem percorridos no campo da educação. 
Luciana é uma pedagoga experiente — com mais de 20 anos de atuação nos anos
iniciais do Ensino Fundamental numa rede municipal de ensino de sua cidade —,
gosta muito de ler, de atualizar-se, estudar e discutir a respeito de diferentes
assuntos da área da educação. Por conta do seu per�l, é muito comum que
professores iniciantes e até mesmo pro�ssionais experientes a procurem para tirar
dúvidas, conversar sobre atualidades e compartilhar experiências. Conhecendo
Luciana, a consistência de seu trabalho cotidiano em sala de aula e sua
personalidade, a Secretaria Municipal de Educação de sua cidade a convidou para
ministrar um curso para professores ingressantes na rede, pois veri�cou que
muitos deles não conheciam, de modo aprofundado, fatos importantes
relacionados à história da educação, às legislações e às políticas públicas e
educacionais voltadas ao Ensino Fundamental, bem como à estrutura do Sistema
Educacional brasileiro e às funções dos órgãos competentes.
Uma vez que esse conhecimento está diretamente relacionado à compreensão das
orientações quanto ao trabalho a ser desenvolvido nos anos iniciais do Ensino
Fundamental, o convite chegou com 6 meses de antecedência, a �m de que
Luciana pudesse se preparar. Por conta disso, a professora iniciou um estudo de
cunho pessoal para compreender as modi�cações ocorridas, ao longo da história,
nos anos iniciais do Ensino Fundamental e, assim, contribuir para a compreensão
dos professores a respeito dos principais fatos e das mudanças ocorridas ao longo
dos anos.
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Visando a aprofundar seus conhecimentos no campo da educação e enriquecer
suas aulas, Luciana matriculou-se num curso ofertado pela Universidade Estadual
de sua cidade sobre “As Leis de Diretrizes e Bases da Educação” — que contou com
várias atividades, como leitura, �chamento, apresentação oral e produção de
textos —, cujo tema foi o primeiro a ser abordado no curso ministrado por ela na
Secretaria de Educação.
Com o objetivo de apresentar diferentes informações históricas e fazer com que os
professores inscritos no curso tivessem uma participação ativa, Luciana separou a
turma em grupos e destacou as informações mais importantes trazidas por eles,
complementando os fatos, as características e outras informações relevantes.
Os dados históricos abordados no curso, por sua vez, contemplaram o Manifesto
dos Pioneiros da Educação Nova, o período de 1934 a 1960 e as modi�cações
realizadas na LDB de 1996. Diante disso, se você estivesse no lugar da professora
Luciana, quais períodos indicaria para cada grupo? Quais informações você
apontaria como as mais importantes? Como você relacionaria as informações
obtidas na abordagem com o trabalho pedagógico a ser desenvolvido em sala de
aula?
Lembre-se de que, para fazer parte das conquistas futuras, é importante conhecer
os caminhos percorridos no passado!
CONCEITO-CHAVE
Para dar início às re�exões a respeito das transformações ocorridas no Ensino
Fundamental, tomaremos o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova como
ponto de partida. Tratava-se de um documento, lançado por um grupo de
educadores e intelectuais e redigido por Fernando de Azevedo, em 1932, que
rea�rmava a importância da educação para o desenvolvimento do país e
reivindicava uma educação pública, obrigatória, gratuita, leiga e igual para ambos
os sexos.
Esse manifesto propunha-se a realizar a reconstrução social pela reconstrução educacional. Partindo do
pressuposto de que a educação é uma função essencialmente pública, e baseado nos princípios da laicidade,
gratuidade, obrigatoriedade, co-educação e unicidade da escola, o manifesto esboça as diretrizes de um
sistema nacional de educação, abrangendo, de forma articulada, os diferentes níveis de ensino, desde a
educação infantil até a universidade. 
— (SAVIANI, 2004, p. 33)
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Alguns princípios defendidos no documento foram inseridos no texto da
Constituição de 1934. Consta no art. 149 que “a educação é direito de todos e
deve ser ministrada pela família e pelos poderes públicos” (BRASIL, 1934),
entretanto a Constituição de 1937 reprimiu algumas conquistas educacionais
vigentes na constituição anterior. O art. 130 determinava que o ensino primário
fosse obrigatório e gratuito, no entanto retirava a responsabilidade do Estado com
a gratuidade de ensino, sendo exigido de quem não pudesse alegar escassez de
recursos uma contribuição para a caixa escolar. Tal fato di�cultou a procura e a
permanência dos alunos na escola nesse período.
De acordo com Flach (2011), o ensino primário não foi o foco de atenção do
governo central, por isso sua organização foi vinculada aos governos estaduais;
pode-se observar, inclusive, uma distorção em sua oferta devido à falta de
diretrizes gerais.
O Decreto-Lei no 8.529, de 2 de janeiro de 1946, também chamado de Lei
Orgânica do Ensino Primário, apresentava como �nalidades do ensino primário:
Proporcionar a iniciação cultural e o exercício das virtudes morais e cívicas.
Oferecer condições de equilibrada formação e desenvolvimento da
personalidade.
Elevar o nível dos conhecimentos úteis à vida na família, à defesa da saúde e à
iniciação no trabalho.
O art. 2º apresentava duas categorias de ensino: o ensino primário fundamental,
destinado às crianças de sete a doze anos, e o ensino primário supletivo,
destinado a adolescentes e adultos. Destacavam-se, ainda, os princípios de
gratuidade e obrigatoriedade do ensino, embora não houvesse qualquer tipo de
mecanismo formal de cobrança sobre o cumprimento dos dispositivos legais por
parte da população ou do poder público.
Nesse período, previa-se a aplicação de determinada porcentagem de recursos públicos no
setor educacional, demonstrando, assim, certa preocupação com o direito à educação;
entretanto, segundo Flach (2011), o acesso à escola ainda era insu�ciente. A autora relata
que cerca de 62% dos matriculados na 1ª série eram reprovados ou evadiam-se do sistema
escolar.
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A Constituição de 1946, por sua vez, voltou a prever a aplicação percentual de
recursos públicos no setor educacional, evidenciando um compromisso frente à
garantia desses direitos, entretanto vale lembrar que a mera determinação legal
não garante a aplicabilidade dos direitos determinados nas leis, realidade ainda
existente em nossos dias. Esse documento apresentava, ainda, indicativos sobre a
construção de uma Lei de Diretrizes e Bases para a educação brasileira.
Os anos se passaram e, em 20 de dezembro de 1961, a primeira Lei de Diretrizes
e Bases foi publicada. A Lei no 4.024 estabelecia diretrizes para o então chamado
ensino primário, composto por, no mínimo, quatro séries, podendo ser ampliado
para até seis séries. De acordo com o art. 25, esse nível de ensino tinha como
objetivo o desenvolvimento do raciocínio e das atividades de expressão da
criança e a sua integração nos meios físico e social. São destaquesdessa lei:
Previa mais autonomia aos órgãos estaduais.
Garantia o emprego de 12% do orçamento da União e 20% dos municípios com
a educação.
Determinava a formação do professor para o ensino primário no ensino normal
de grau ginasial ou colegial.
O ingresso nessa etapa de ensino era obrigatório e realizado a partir dos sete
anos de idade completos.
As pessoas acima dessa idade eram orientadas a se matricular em cursos
especiais supletivos.
Segundo Marchelli (2014, p. 1483): “A duração do grau primário poderia ser
estendida para até seis anos, de forma que nos dois últimos o aluno fosse iniciado
em técnicas de artes aplicadas compatíveis com seu gênero e idade”.
A primeira Lei de Diretrizes e Bases manteve a estrutura de ensino existente e o currículo
era composto por “Leitura e linguagem oral e escrita; Aritmética; Geogra�a e História do
Brasil; Ciências; Desenho; Canto Orfeônico e Educação Física" (WEREBE, 1970, p. 87).
A LDB representou um grande avanço para o sistema educacional por regularizar
o sistema de ensino do país. Ainda de acordo com Marchelli (2014), o documento
foi elaborado em meio a um con�ito de interesses envolvendo liberais
escolanovistas, que defendiam a escola pública e a centralização do processo
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educativo pela União, e os católicos, que almejavam a não interferência do estado
nos negócios educacionais voltados à escola privada. Por �m, tanto liberais quanto
conservadores foram contemplados em relação aos seus interesses.
Em 1962, o Conselho Federal de Educação aprovou o primeiro Plano Nacional de
Educação, que teve como uma de suas metas a garantia de matrículas até a
quarta série de 100% da população escolar entre 7 e 11 anos. Embora a meta
não tenha sido alcançada, demonstrava um grande interesse em assegurar o
acesso à escolarização.
Com o Golpe de Estado, que encerrou o governo do presidente João Goulart e deu
início ao período da Ditadura Militar no Brasil, em 1964, surgiram novos padrões
de comportamento. A relação entre os militares e o setor educacional foi
con�ituosa; vários acordos �rmados por meio da parceria entre o MEC e a United
States International for Development (USAID) foram responsáveis por reformas no
sistema educacional.
Durante a Ditadura Militar houve uma ampliação no número de vagas nas escolas,
um aumento do número de matrículas na educação básica e, segundo Ribeiro
(2000), uma diminuição na evasão dos alunos durante o ano letivo, contudo havia
poucos recursos e formação docente, não sendo evidenciada, assim, uma
preocupação efetiva com a qualidade ofertada à população.
APROXIMAÇÕES ENTRE O MANIFESTO DOS PIONEIROS E A LDB DE 1961
Observa-se, na LDB de 1961, alguns pontos levantados no Manifesto dos
Pioneiros, como a responsabilidade do Estado com as questões educacionais,
as verbas a serem aplicadas na educação, a obrigatoriedade e gratuidade do
ensino primário, entre outros assuntos.
A ditadura militar no Brasil foi um período marcado por mudanças sociais, políticas, econômicas, culturais e
educacionais, e principalmente, por lutas e repressão. No bojo deste regime autoritário, a educação precisou se
ajustar às precárias condições de �nanciamento, espaço físico, recursos materiais, quali�cação pro�ssional,
dentre outras. E ainda, passou por duas reformas signi�cativas, e que marcaram a história da educação no país.
—  (ASSIS, 2012, p. 337)
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Antes do Golpe, a escola pública era voltada para a formação das elites e o país
vivia um período de crise econômica e de crescimento efetivo do movimento
operário sindical, sendo evidenciadas diversas lutas relacionadas às reformas
sociais. Se não fosse o Golpe Militar, poderia ter acontecido, inclusive, uma
revolução liderada pela classe trabalhadora.
De acordo com Assis (2012), a partir do Golpe de 1964, as empresas de educação
alcançaram grande expansão, pois o Estado criou mecanismos de ordem legal que
abriram espaço à iniciativa privada. “Os governantes militares tentaram se
desobrigar de �nanciar a educação pública e gratuita, e estabeleceram as
condições legais que viabilizassem a transferência de recursos públicos para a rede
particular” (ASSIS, 2012, p. 328). A deterioração da qualidade da educação
pública, por sua vez, também contribuiu com o desenvolvimento da rede
privada de ensino.
Levando-se em consideração que, naquele período, grande parte da população
não ganhava o su�ciente para se sustentar, observamos que os poderes públicos
não contribuíram de modo efetivo para uma mudança signi�cativa na situação
educacional existente.
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As escolas, no Regime Militar, eram conservadoras e valorizavam a disciplina, a moral e a
obediência; muitos educadores, artistas e intelectuais foram perseguidos por não
aceitarem as determinações impostas pelos militares; as direções escolares eram
nomeadas pelos políticos, reforçando, então, o controle destes sobre os currículos e
professores.
A avaliação baseada na memorização e a utilização de pontos positivos ou
negativos de acordo com o comportamento dos alunos e a �scalização entre os
próprios alunos eram práticas comuns na época. Os militares pretendiam que a
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escola fosse uma difusora dos valores do regime, por isso hábitos ligados ao
nacionalismo, como a entoação do hino e o hasteamento da bandeira, foram
incorporados nas escolas.
A Constituição de 1967 foi elaborada sob supervisão dos militares e desfez boa
parte das determinações da Constituição de 1946. Ela manteve a estrutura
organizacional da educação nacional, entretanto:
Previu meios de substituir o ensino o�cial gratuito por bolsas de estudo.
Determinou a diminuição do percentual de receitas para a educação.
Determinou a limitação da liberdade acadêmica, entre outros retrocessos.
Existia, ainda, na época, uma preocupação com o grande número de analfabetos e
a necessidade de se desenvolver nesses indivíduos habilidades intelectuais básicas
para que pudessem se tornar mais funcionais e contribuir com a quali�cação de
mão de obra para o mercado de trabalho. Assim, surgiu o Movimento Brasileiro
de Alfabetização (MOBRAL), instituído pelo Decreto no 62.455, em 22 de março
de 1968, que tinha como objetivo erradicar o analfabetismo no Brasil em 10 anos. 
Em 1968 também foi criada, no Ministério da Educação e Cultura (MEC), a
Comissão Nacional de Moral e Civismo (CNMC) com o objetivo de difundir a
ideologia do Regime Militar em todas as escolas do país. A disciplina que foi
inserida no então chamado primeiro grau foi a disciplina Educação Moral e
Cívica. Os conteúdos determinados por essa comissão tornaram-se obrigatórios
em todas as modalidades de ensino a partir de 1969, por meio do Decreto-Lei no
869.
MOBRAL
O MOBRAL propôsa alfabetização funcional de jovens e adultos e substituiu o
método de alfabetização de adultos criado por Paulo Freire, que foi
considerado uma ameaça à ordem pelo Regime Militar. As orientações
metodológicas utilizadas excluíram qualquer tipo de criticidade e
problematização. Embora tenha sido criado em 1968, o movimento só foi
implementado, efetivamente, a partir de 1971.
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A Emenda Constitucional de 1969 não teve grandes alterações relacionadas à
educação. Além da alteração dos percentuais mínimos a serem aplicados na
educação, houve a previsão sobre a intervenção do Estado em caso de
descumprimento desses percentuais.
Após 10 anos de sua promulgação, a Lei no 4.024/1961 foi reformulada pela Lei no
5.692/1971 e o ensino primário passou a ser chamado de ensino de 1° grau. De
acordo com o documento: “Art. 1º O ensino de 1º e 2º graus tem por objetivo geral
proporcionar ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas
potencialidades como elemento de auto-realização, quali�cação para o trabalho e
preparo para o exercício consciente da cidadania” (BRASIL, 1971).
O tempo de escolaridade obrigatória na LDB de 1961 era de quatro anos, referente
aos quatro anos do primário, e havia outros quatro anos referentes ao ginásio,
mas esses não eram obrigatórios. Existia um exame de admissão entre um e outro,
já que não havia vagas su�cientes para todos. Com a Lei no 5.692/1971, o exame
de admissão foi instinto e o ensino de 1º grau uniu o antigo ensino primário com o
ginásio, ampliando o ensino obrigatório de quatro para oito anos.
Além disso, houve a inclusão da disciplina Educação Moral e Cívica, Educação
Física, Educação Artística, além de programas de saúde e ensino religioso
(facultativo). Os currículos de 1º e 2º grau apresentavam um núcleo comum
obrigatório em âmbito nacional e uma parte especí�ca, conforme as
particularidades locais e a formação preferencial do professor que atuaria com o
ensino de 1º grau.
Em 1988, a Constituição Federal, Carta Magna do país, marcou a
redemocratização do país após a Ditadura Militar, determinando alguns direitos:
O direito à educação, enquanto direito de todos e dever do Estado e da família.
O artigo 208 estabelece o Ensino Fundamental obrigatório e gratuito, inclusive
para os que não tiveram acesso a ele na idade própria, entre outras
determinações.
O atendimento a crianças de zero a seis anos em creches e pré-escolas.
A obrigatoriedade progressiva do Ensino Médio.
ASSIMILE
O que é uma Constituição?
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É um conjunto de normas em um documento que indica os poderes e as
funções de um país, assim como os direitos básicos dos cidadãos. Trata-se
da lei máxima. Consta, por exemplo, na Constituição, a divisão de tarefas
entre a União, os estados e municípios, entre outras determinações que
in�uenciam a criação de novas leis. A Constituição vigente no Brasil foi
promulgada em 5 de outubro de 1988 e conta com alterações
determinadas por Emendas Constitucionais e Decretos Legislativos.
O segundo Plano Nacional de Educação foi elaborado em conformidade com a
Constituição, ainda vigente, que determina a articulação e o desenvolvimento do
ensino em diversos níveis e a integração das ações do Poder Público.
Outro documento bastante signi�cativo é o Estatuto da Criança e do
Adolescente, instituído pela Lei no 8.069. Trata-se de um conjunto de normas
voltadas à proteção integral da criança e do adolescente. Entre os direitos que
constam no documento, está o direito à educação e o acesso a uma escola pública
e gratuita próxima de sua residência. Segundo Mattioli e Oliveira (2013, p. 26), o
Estatuto da Criança e do Adolescente é “um dos instrumentos legais mais
avançados na defesa dos direitos da infância”.
PESQUISE MAIS 
Caro aluno, para conhecer melhor as determinações presentes no Estatuto
da Criança e do Adolescentes (ECA), sugerimos a leitura do artigo:
MATTIOLI, D. D.; OLIVEIRA, R. C. S. Direitos humanos de crianças e
adolescentes: o percurso da luta pela proteção. Imagens da Educação,
Maringá, v. 3, n. 2, p. 14-26, 2013.
Nessa leitura, você poderá acompanhar o trajeto percorrido para a
proteção dos direitos humanos de crianças e adolescentes e o seu
reconhecimento legal.
Os anos se passaram e uma nova LDB foi promulgada, rea�rmando o direito à
educação garantido pela Constituição. A LDB no 9.394 foi sancionada em 20 de
dezembro de 1996 e dispõe sobre as diretrizes e bases no sistema educacional
brasileiro até os dias atuais. Seguindo as determinações da Constituição de 1988,
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o documento prevê a educação como direito de todos e o Ensino Fundamental
obrigatório e gratuito, inclusive para aqueles que não tiveram acesso a ele na idade
própria.
Segundo a LDB no 9.394/96, a educação brasileira divide-se em dois níveis:
Educação Básica e Ensino Superior. A Educação Básica conta com a Educação
Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. O Ensino Fundamental, no
entanto, é subdividido em anos iniciais (1° ao 5° ano) e anos �nais (6º ao 9º ano).
A educação brasileira conta, ainda, com algumas modalidades:
Educação Especial.
Educação a Distância.
Educação Pro�ssional e Tecnológica.
Educação de Jovens e Adultos.
Educação Indígena.
A estrutura e o funcionamento do sistema de ensino brasileiro, por sua vez, são
regulamentados pelo Ministério da Educação (MEC), pelas Secretarias Estaduais e
Municipais de Educação, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e pelo
Conselho Estadual de Educação (CEE).
Além disso, tal lei estabeleceu diversas ações relacionadas ao processo de
formação dos pro�ssionais da educação, como a criação de cursos de docentes
para a Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental.
Um dado interessante é que essa lei também é conhecida como “Lei Darcy Ribeiro”,
que foi o redator da Lei que prevê a liberdade de aprender como princípio de
ensino, o zelo pela aprendizagem dos alunos pelos docentes, o desenvolvimento
da capacidade de aprender, entre outros princípios.
Dermeval Saviani (1997) refere-se ao documento como uma importante conquista,
pois caminhava em direção a um sistema nacional de educação abrangente, capaz
de garantir a plena escolaridade a toda a população.
REFLITA
A Constituição de 1988 determina que a educação, a saúde, a alimentação,
o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, entre outros elementos são
direitos sociais, mas sabemos que parte da população não possui esses
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direitos assegurados. A Lei no 9.394/1996 (LDB) de�ne e regula as diretrizes
da educação e do sistema educacional brasileiro. Entre os direitos
garantidos no documento, está a educação dos portadores de necessidades
especiais, entretanto muitas realidades não dão o suporte necessário para
que esses alunos estudem. Observamos, assim, que nem sempre as
determinações presentes nas legislações são garantidas, de fato. Diante
disso, como podemos contribuir para mudar essa situação enquanto
educadores?Que ações podem instigar outras pessoas a re�etirem sobre
esse assunto? Como podemos reivindicar nossos direitos?
A LDB previa o Plano Nacional de Educação que entrou em vigor por meio da Lei
no 10.172 (BRASIL, 2001), tendo como uma de suas metas a ampliação da
duração do Ensino Fundamental obrigatório para nove anos, com início aos
seis anos de idade. A alteração tinha como objetivo oferecer maiores
oportunidades de aprendizagem às crianças e um maior nível de escolaridade, ou
seja, almejava aumentar o índice de permanência na escola.
Várias modi�cações foram sendo realizadas a partir das necessidades que foram
identi�cadas pelos educadores e pelas autoridades responsáveis pelos ministérios
e órgãos educacionais nos anos seguintes.
Em 2004, foram realizados diversos encontros regionais que tinham como tema a
ampliação do Ensino Fundamental. A partir desses encontros, vários pareceres,
documentos e orientações foram produzidos. No dia 16 de maio de 2005, a Lei no
11.114/2005 estabeleceu a obrigatoriedade da matrícula das crianças de seis
anos de idade no Ensino Fundamental, alterando, assim, a LDB no 9.394/1996.
A partir dessa alteração, várias dúvidas e vários questionamentos foram realizados.
O Conselho Nacional de Educação (CNE) e o Ministério da Educação (MEC)
elaboraram alguns documentos para auxiliar na reformulação das propostas
pedagógicas das secretarias estaduais e municipais de educação, entre eles:
Ensino Fundamental de Nove Anos — Orientações Gerais (BRASIL, 2004).
Ensino Fundamental de Nove Anos — Orientações para a Inclusão da Criança
de Seis Anos de Idade (BRASIL, 2006).
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos
(BRASIL, 2013).
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Em 2013, a Lei no 12.796 alterou diversos dispositivos da LDB. A Educação Básica
obrigatória e gratuita passou a ter início aos quatro anos de idade, sendo
organizada em pré-escola, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Também foram
alterados artigos que versavam sobre o atendimento educacional especializado
gratuito aos educandos que apresentam de�ciência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
Em 2014, por meio da Lei no 13.005, passou a vigorar o Plano Nacional de
Educação, que destaca 20 metas a serem alcançadas entre 2014 e 2024:
alfabetizar todas as crianças no máximo até o �nal do 3º ano do Ensino
Fundamental, fomentar a qualidade da Educação Básica em todas as etapas e
modalidades, elevar a taxa de alfabetização da população com mais de quinze
anos ou mais para 93,5%, entre outras determinações.
EXEMPLIFICANDO
O Plano Nacional de Educação (PNE) sancionado em 26 de junho de 2014 e
estabelecido pela Lei no 13.005 é um documento que determina diretrizes,
metas e estratégias para a educação no Brasil entre 2014 e 2024. A
erradicação do analfabetismo é uma das diretrizes do documento e a
alfabetização de todas as crianças, no máximo, até o �nal do terceiro ano
do Ensino Fundamental é a meta 5. Observamos que o trabalho a ser
desenvolvido nos anos iniciais do Ensino Fundamental está diretamente
relacionado a isso. Ao analisarmos as demais diretrizes e metas presentes
no documento, estabelecemos outros paralelos com os anos iniciais do
Ensino Fundamental, entretanto a alfabetização é um dos pilares dos anos
iniciais e precisa ser reconhecida como fundamental para o
desenvolvimento dos alunos. Entre as estratégias indicadas para se
alcançar a meta 5 está a estruturação do Ensino Fundamental de 9 anos,
tendo a alfabetização como foco principal nos primeiros três anos.
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (2014) E BNCC
A BNCC apresenta a alfabetização como foco nos dois primeiros anos do
Ensino Fundamental, sendo comum encontrar algumas críticas relacionadas a
esse tópico no documento; entretanto, vale destacar que tanto o Plano
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A Lei no 13.415, de 2017, determina que a formação de docentes para atuação na
Educação Básica seja em nível superior no curso de Licenciatura plena. A pro�ssão docente
deve ser ampla para que o pro�ssional tenha condições de enfrentar as situações
cotidianas relacionadas à sala de aula.
De acordo com Saviani (2007), a organização da educação brasileira baseou-se em
reformas parciais, realizadas de acordo com os interesses dos políticos que
assumiam o controle do país. Essa situação continua atualmente, mostrando-nos a
importância de se estudar mais o assunto, conscientizar-se dos problemas políticos
e sociais do Brasil e contribuir com a modi�cação desse cenário.
Outras legislações mostraram-se ainda necessárias com o passar dos anos.
Apontamos apenas algumas delas nesta seção para que fosse possível
acompanhar o percurso histórico da educação no Brasil. O conhecimento sobre as
legislações e os documentos relacionados aos anos iniciais do Ensino Fundamental
respaldam as reivindicações sobre os direitos adquiridos no campo da educação e
contribuem com a re�exão a respeito de novos caminhos.
FOCO NA BNCC 
A BNCC apresenta dez competências gerais que devem ser desenvolvidas
ao longo da Educação Básica. A primeira competência é “Valorizar e utilizar
os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social,
cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva” (BRASIL, 2018, p. 9).
Nacional de Educação quanto a BNCC reforçam a importância da alfabetização
nesses primeiros anos.
É importante que cada professor que atua nesse processo de alfabetização se
conscientize da importância do seu trabalho para a formação dos indivíduos e
conheça documentos, referências e materiais didáticos que possam auxiliar no
trabalho a ser desenvolvido. Ao conhecer as diretrizes, metas e estratégias
presentes no Plano de Educação vigente, o educador tem a oportunidade de
re�etir sobre as suas práticas e desenvolver propostas que sejam signi�cativas
para os seus alunos, contribuindo, assim, para o desenvolvimento dos alunos,
da escola e da nação.
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Ao conhecer fatos históricos e legislações relacionadas à etapa que hoje
conhecemos como Ensino Fundamental, temos a oportunidade de re�etir a
respeito das di�culdades e dos avanços alcançados ao longo dos anos e, a partir
desse conhecimento, buscar fundamentações teóricas e estratégias que
contribuam com os novos caminhos que serão percorridos por essa etapa de
ensino.
A consciência sobre os direitos assegurados nas leis leva-nos a reivindicar ações mais
efetivas dos governantes e a disseminar tais informações a �m de que a tão sonhada
sociedade justa, democrática e inclusiva seja uma realidade.
Antes de �nalizarmos esta seção, con�ra um resumo do que aprendemos até aqui:
Esperamos que você tenha percebido a importância das legislações apresentadas e
que, a partir das informações obtidas, possa aprofundar seus conhecimentos em
relação aos fatos, aos documentos e às legislações indicadas. O conhecimento das
determinações legais do passado e a compreensão diante dos aspectos
relacionados ao contexto histórico, político e social nos ajudam a interpretar a
legislação atual e a contribuir com o futuro da educação.
FAÇA VALER A PENA
Para visualizaro objeto, acesse seu material digital.
Questão 1
Leia as a�rmações relacionadas ao Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova e
assinale a alternativa correta:
O Manifesto reivindicava a direção do movimento de renovação educacional brasileiro, como se indicia em seu
próprio título. Vinha a público no âmago das disputas pela condução das políticas do recém-criado Ministério da
Educação e Saúde no Brasil (1930) e seu texto exibia um triplo propósito.
—  (VIDAL, 2013, p. 579)
“
a.  O Manifesto dos Pioneiros foi um documento lançado por um grupo de educadores e intelectuais e
redigido por Fernando de Azevedo, em 1932, que reivindicava uma educação pública, obrigatória, gratuita,
leiga e igual para ambos os sexos.
b.  O Manifesto dos Pioneiros foi um documento lançado por um grupo de educadores e intelectuais e
redigido por Fernando de Azevedo, em 1980, que reivindicava uma educação pública, facultativa, gratuita e
leiga, respeitando, assim, os direitos da democracia.
c.  O Manifesto dos Pioneiros foi um documento lançado por um grupo de educadores e intelectuais e
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redigido por Fernando de Azevedo, em 1930, que reivindicava uma educação pública, obrigatória, com preço
acessível e exclusiva para as necessidades das mulheres.
d. O Manifesto dos Pioneiros foi um documento lançado com o intuito de arrecadar fundos para o governo,
a �m de que as escolas públicas tivessem as verbas necessárias para contratar um número maior de
professores e desenvolver um trabalho de qualidade.
e.  O Manifesto dos Pioneiros foi um documento lançado com o intuito de fortalecer as escolas privadas
existentes na década de 1930 visando ao fortalecimento da educação e à entrada desses pro�ssionais no
mercado de trabalho. 
Questão 2
Analise as a�rmações relacionadas à educação no período da Ditadura Militar e
assinale a alternativa correta:
I. A partir de 1964, as escolas públicas diminuíram o número de alunos atendidos
e passaram a escolher quem as frequentaria a partir da análise dos resultados
de aprendizagem de cada aluno.
II. A partir de 1964, as escolas privadas alcançaram grande expansão, pois o
Estado criou mecanismos que abriram espaço à iniciativa privada.
III. A deterioração da qualidade da educação pública contribuiu com o
desenvolvimento da rede privada de ensino no Brasil.
Está correto o que se a�rma em:
É importante lembramos que antes do golpe de 1964, a escola pública no Brasil era voltada para a formação
das elites dirigentes e das camadas sociais dominantes. É comum ouvirmos dos mais velhos que a escola
pública, no passado, tinha “mais qualidade”. Essa a�rmação se refere a uma escola sem a presença das classes
trabalhadoras. Ou seja, antes da ditadura, a escola pública era uma instituição que recebia maiores
investimentos estatais e tinha objetivo de formar os melhores gerentes do status quo. 
— (MEMÓRIAS DA DITADURA, [s.d., s.p.])
“
a.  I, apenas. 
b.  II, apenas.
c.  I e II, apenas.
d.  I e III, apenas.
e.  II e III, apenas.
Questão 3
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REFERÊNCIAS
ASSIS, R. M. de. A educação brasileira durante o período militar: a escolarização dos
7 aos 14 anos. Educação em Perspectiva, Viçosa, v. 3, n. 2, p. 320-339, jul./dez.
2012.
BRASIL. Constituição dos Estados Unidos do Brasil, de 10 de novembro de 1937.
Rio de Janeiro, 1937. Disponível em: https://bit.ly/2ZWJXbu. Cesso em: 30 out. 2020.
BRASIL. Constituição dos Estados Unidos do Brasil (de 18 de setembro de
1946). Rio de Janeiro, 1946. Disponível em: https://bit.ly/3o79KrG. Acesso em: 30
out. 2020.
Leia as a�rmações relacionadas à Lei 9.394/1996 e demais leis promulgadas a
partir dela. Em seguida, escreva (V) para as a�rmativas verdadeiras e (F) para as
falsas e assinale a alternativa correta:
(   ) Segundo a LDB no 9.394/1996, a educação brasileira divide-se em três níveis:
Educação Infantil, Ensino Médio e ensino pro�ssionalizante.
(   ) Segundo a LDB no 9.394/1996, a educação brasileira divide-se em dois níveis:
Educação Básica e ensino superior.
(   ) A Lei no 13.415/2007 determina que a formação de docentes para atuação na
Educação Básica seja realizada em nível superior ou fundamentada nos saberes
experienciais do aluno, ou seja, em sua própria experiência.
A sequência correta é:
A LDB 9.394 (BRASIL, 1996), seguindo determinações da Constituição de 1988 em seu artigo 205, prevê a
educação como direito de todo cidadão, visando o desenvolvimento e preparo para a cidadania, incluindo sua
quali�cação para o mundo do trabalho. Como dever do Estado e da família, com relação à obrigatoriedade,
tanto a Constituição quanto a LDB estabelecem os mesmos princípios. 
— (MEDEIROS; LIRA, 2016, p. 163)
“
a.  V, V, V.
b.  V, F, V.
c.  F, F, F. 
d.  F, V, F.
e.  F, V, V. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao37.htm
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BRASIL. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (de 16 de julho
de 1934). Rio de Janeiro, 1934. Disponível em: https://bit.ly/36jDrzM. Acesso em: 30
out. 2020.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1967. Brasília, DF,
1967. Disponível em: https://bit.ly/2JrRHNS. Acesso em: 30 out. 2020.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF,
1988. Disponível em: https://bit.ly/2VlW2VD. Acesso em: 30 out. 2020.
BRASIL. Decreto-Lei no 62.455, de 22 de março de 1968. Institui a fundação
Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL). Brasília, DF, 1968. Disponível em:
https://bit.ly/2Jrw6oW. Acesso em: 30 out. 2020.
BRASIL. Decreto-Lei no 869, de 12 de setembro de 1969. Dispõe sobre a inclusão
da Educação Moral e Cívica como disciplina obrigatória, nas escolas de todos os
graus e modalidades, dos sistemas de ensino no País, e dá outras providências.
Brasília, DF, 1969. Disponível em: https://bit.ly/3qecnKe. Acesso em: 30 out. 2020.
BRASIL. Lei no 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Brasília, DF, 1961. Disponível em: https://bit.ly/3lo2g1F. Acesso
em: 30 out. 2020.
BRASIL. Lei no 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa as Diretrizes e Bases do
ensino de 1o e 2o graus, e dá outras providências. Brasília, DF, 1971. Disponível
em: https://bit.ly/2HR8itY. Acesso em: 30 out. 2020.
BRASIL. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional. Brasília, DF, 1996. Disponível em:  https://bit.ly/33ycA1c.
Acesso em: 30 out. 2020.
BRASIL. Lei n. 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de
Educação e dá outras providências. Brasília, DF, 2001. Disponível em:
https://bit.ly/3qhB4VZ. Acesso em: 30 out. 2020.
BRASIL. Lei no 11.114/2005, de 16 de maio de 2005. Altera os art. 6o, 30, 32 e 87
da Lei no 9.394/1996, de 20 de dezembro de 1996, com o objetivo de tornar
obrigatório o início do ensino fundamental aos seis anos de idade. Brasília, DF,
2005. Disponível em: https://bit.ly/2JtJx7E. Acesso em: 30 out. 2020.
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https://bit.ly/36jDrzM
https://bit.ly/2JrRHNS
https://bit.ly/2VlW2VD
https://bit.ly/2Jrw6oW
https://bit.ly/3qecnKe
https://bit.ly/3lo2g1F
https://bit.ly/2HR8itY
https://bit.ly/33ycA1c
https://bit.ly/3qhB4VZ
https://bit.ly/2JtJx7E
11/10/202204:31 lddkls211_org_tra_ped_ano_ini_ens_fun
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=talitamedeiros775%40gmail.com&usuarioNome=TALITA+DOS+SANTOS+CHAGAS+MEDEIROS&disciplinaDescricao=ORGANIZAÇÃO+D… 20/21
BRASIL. Lei no 12.796, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei no 9.394 de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
para dispor sobre a formação dos pro�ssionais da educação e dar outras
providências. Brasília, DF: 2013. Disponível em: https://bit.ly/3lonOeP. Acesso em:
30 out. 2020.
BRASIL. Lei no 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis n º 9.394, de 20
de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e
11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Pro�ssionais da
Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967;
revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à
Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Brasília, DF, 2017.
Disponível em: https://bit.ly/33uLwjg. Acesso em: 30 out. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF:
MEC, 2018. Disponível em: https://bit.ly/33Ml7xJ. Acesso em: 30 out. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação Secretaria de Educação Básica. Departamento de
Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Coordenação Geral do Ensino
Fundamental. Ensino fundamental de nove anos: orientações gerais. Brasília, DF:
MEC, 2004.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Ensino
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de idade. Brasília, DF: Ministério da Educação; Secretaria de Educação Básica, 2006.
FLACH, S. de F. Direito à educação e obrigatoriedade escolar no Brasil: entre a
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MARCHELLI, P. S. Da LDB 4.024/61 ao debate contemporâneo sobre as Bases
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MATTIOLI, D. D.; OLIVEIRA, R. de C. da S. Direitos humanos de crianças e
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https://bit.ly/3lonOeP
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MEDEIROS; M. H. de; LIRA, A. C. M. O ensino fundamental no Brasil: breves
re�exões sobre a trajetória histórica, as razões implícitas e implicações práticas
para o ensino de 9 anos. Atos de Pesquisa em Educação, Blumenau, v. 11, n. 1, p.
159-178, jan./abr., 2016.
MEMÓRIAS DA DITADURA. Educação básica. [s.d.]. Disponível em:
https://bit.ly/2JnzMbl. Acesso em: 30 out. 2020.
RIBEIRO, M. L. S. História da educação brasileira: a organização escolar. 16. ed.
Campinas: Autores Associados, 2000.
SAVIANI, D. A nova lei da educação: trajetória, limites e perspectivas. Campinas:
Autores Associados, 1997.
SAVIANI, D. História das idéias pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores
Associados, 2007.
VIDAL, D. G. 80 anos do manifesto dos pioneiros da educação nova: questões para
debate. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 39, n. 3, p. 577-588, jul./set. 2013.
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FOCO NO MERCADO DE TRABALHO
O ENSINO FUNDAMENTAL NAS LEIS DE DIRETRIZES E BASES DA
EDUCAÇÃO AO LONGO DA HISTÓRIA
Tatiane Mota Santos Jardim
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SEM MEDO DE ERRAR
A Secretaria Municipal de Educação convidou a experiente professora Luciana para
ministrar um curso para professores ingressantes na rede, pois veri�cou que
muitos deles não conheciam, de modo aprofundado, fatos importantes
relacionados à história da educação, às legislações e às políticas públicas e
educacionais voltadas ao Ensino Fundamental, bem como à estrutura do Sistema
Educacional brasileiro e às funções dos órgãos competentes.
MANIFESTO DOS PIONEIROS DA EDUCAÇÃO NOVA
Esse documento foi redigido na década de 1930 e reivindicava uma educação pública,
obrigatória, gratuita, legal e igual para ambos os sexos. 
Fonte: Shutterstock.
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A professora Luciana não queria que os professores inscritos no curso
participassem de forma passiva. Por essa razão, ela separou a turma em grupos,
destacou as informações mais importantes e complementou os fatos, as
características ou outras informações que julgou relevantes.
Para tanto, a professora precisou determinar os temas que seriam estudados por
cada grupo, já que os períodos históricos tinham de contemplar os fatos ocorridos
no Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, o período de 1934 a 1960 e as
modi�cações realizadas na LDB de 1996. Pensando na sequência cronológica,
considerou interessante dividir os grupos da seguinte forma:
1. O primeiro grupo apresentaria as características da educação e das
determinações legais a partir do Manifesto dos Pioneiros e o período entre
1934 e 1960. Diante disso, seria importante conhecer do que se tratava o
Manifesto, quais reivindicações foram trazidas pelo documento e as principais
determinações trazidas nos anos seguintes.
2. O segundo grupo, por sua vez, teria de re�etir a respeito da LDB de 1961 e das
modi�cações políticas, sociais e educacionais que aconteceram no período da
Ditadura Militar.
3. O terceiro grupo poderia trazer informações relacionadas à LDB de 1971 e sua
relação com a LDB anterior.
4. O quarto grupo, por �m, poderia apresentar as determinações voltadas à LDB
de 1996 e as modi�cações existentes a partir da referida lei.
Após de�nida essa organização, a professora Luciana lembrou seus alunos da
utilização de diferentes estratégias de apresentação, como a apresentação formal
oral, a utilização de dispositivos tecnológicos ou, ainda, de jogos ou dinâmicas, a
�m de que tivessem a oportunidade de analisar e interpretar, de modo atrativo, as
políticas educacionais de acordo com o contexto histórico, político e social,
articulando as diretrizes, os contextos e as especi�cidades para a oferta dos anos
iniciais do Ensino Fundamental, construindo uma prática educativa consciente,
crítica e emancipadora.
Vale lembrar que tanto os alunos quanto a professora Luciana tinham de se
concentrar nas informações voltadas aos anos iniciais do Ensino Fundamental,
pois essa era a etapa de atuação de todos.
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Entre as informações que precisavam ser destacadas pela professora Luciana após
a apresentação de cada grupo estava o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova
— um documento redigido na década de 1930 que reivindicava uma educação
pública, obrigatória, gratuita, legal e igual para ambos os sexos. A Lei no 4.024/61
apresentava o ensino primário composto por, no mínimo, quatro séries, podendo
ser ampliado para até seis séries, como objetivo de desenvolver o raciocínio e as
atividades de expressão da criança, bem como a sua integração no meio físico e
social.
Uma observação interessante é que, embora tenha crescido o número de
matrículas no período do Regime Militar, os investimentos realizados na escola
pública diminuíram, incentivando, assim, o crescimento das escolas privadas.
Voltando aos pontos importantes do curso, a LDB no 5.692/71 também era um
dado que precisava ser trabalhado. Diante disso, é importante lembrar que, com a
lei, o ensino de 1º grau uniu o antigo ensino primário ao ginásio, ampliando o
ensino obrigatório de quatro para oito anos. Além disso, os currículos
apresentavam um núcleo comum obrigatório em âmbito nacional e uma parte
especí�ca, conforme as particularidades locais e a formação preferencial do
professor.
Diante disso, a apresentação da LDB no 9.394/96 também passa a ser importante,
uma vez que, enquanto lei que dispõe sobre as diretrizes e bases no sistema
educacional brasileiro vigente, segue as determinações da Constituição de 1988 e
prevê a educação como direito de todos, o ensino fundamental obrigatório e
gratuito, inclusive para aqueles que não tiveram acesso a ele na idade própria.
Para relacionar as informações estudadas ao trabalho pedagógico a ser
desenvolvido em sala de aula, a professora poderia conversar com os alunos sobre
sua trajetória escolar, compartilhar a in�uência da legislação da época no
ambiente escolar frequentado por ela e contar sobre sua formação pro�ssional e a
relação entre a sua prática e as legislações que orientavam o trabalho nas escolas
naquele momento. A professora poderia, ainda, re�etir sobre quais posturas
seriam as mais indicadas de acordo com cada período histórico, isto é, a
professora Luciana poderia ajudar os alunos a imaginar como seria o
relacionamento entre professores e alunos, bem como as metodologias utilizadas
e o modo de avaliação em cada período, estabelecendo relações com o que era
determinado em cada legislação.
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AVANÇANDO NA PRÁTICA
MITOS E VERDADES
Após ministrar o curso para professores iniciantes da Rede Municipal de Ensino de
seu município, a professora Luciana voltou a se dedicar exclusivamente à sala de
aula. Certo dia, um de seus alunos perguntou: “Professora, por que as escolas de
antigamente eram melhores do que as escolas de hoje em dia?” Espantada com a
pergunta, a professora indagou o aluno sobre quem havia feito tal a�rmação, e a
criança, muito espontaneamente, respondeu: “Meu pai. Ele disse que,
antigamente, na época da Ditadura, a vida das pessoas de bem era melhor e até
mesmo as escolas”. Se você estivesse no lugar da professora Luciana, como
responderia à pergunta do aluno?
RESOLUÇÃO
Para responder à pergunta, a professora precisar explicar para os alunos que
existiram mudanças no campo da educação ao longo dos anos. Faz-se
importante explicar, ainda, que existem algumas legislações e alguns
documentos que norteiam o trabalho a ser desenvolvido nas escolas
brasileiras e que outros aspectos políticos e econômicos também podem
in�uenciar as decisões a serem tomadas no campo da educação.
Para dar continuidade à temática em questão, a professora Luciana poderia
pedir para os alunos conversarem com algum familiar que viveu na época do
Regime Militar para que eles possam compartilhar um pouco como foi aquele
momento histórico, quais as di�culdades que existiam e o que se lembram do
período em que estavam na escola. Após esse momento, os alunos poderiam
compartilhar as informações obtidas e outros fatos trazidos pela professora
por meio de suas pesquisas pessoais.
A professora teria que re�etir sobre quais aspectos poderiam ser abordados e
quais palavras seriam as mais indicadas para que os alunos tivessem uma
compreensão adequada. Por �m, Luciana poderia convidar alguma pessoa que
viveu o período da Ditadura para ir até a escola e compartilhar suas
lembranças com os alunos. Seria muito interessante ajudar os alunos a
perceberem que, apesar de a escola atual ter muitos aspectos que precisam
ser lapidados, ela é um espaço que oportuniza ou deveria oportunizar o acesso
ao conhecimento e à liberdade de expressão. Para que os alunos
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compreendam, de fato, a essência desses pilares, a professora pode
exempli�car as posturas adotadas pelos professores e alunos ao longo dos
anos com situações cotidianas corriqueiras, como fazer uma pergunta,
aprender por meio de memorização ou da compreensão do signi�cado dos
conteúdos ou conceitos ou, ainda, o fato de ter ou não direito à educação.
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NÃO PODE FALTAR
O SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO ATUAL E OS ÓRGÃOS
RESPONSÁVEIS
Tatiane Mota Santos Jardim
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PRATICAR PARA APRENDER
Caro aluno, ao ler uma reportagem ou assistir a um noticiário na TV, você já deve
ter ouvido falar a respeito do Ministério da Educação e, possivelmente, deve ter
feito algum comentário a respeito da informação comunicada.
Agora, chegou a hora de conhecer melhor os objetivos, as atribuições e a estrutura
do Ministério da Educação, pois esses conhecimentos são necessários para que
você possa atuar na área educacional, articulando suas ações com as legislações e
orientações vigentes, independentemente do nível, da etapa ou da modalidade de
ensino que escolher atuar. O conhecimento das responsabilidades do Ministério
da Educação e do Conselho Nacional de Educação favorecerá também a
DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO NO PAÍS
As diferenças e desigualdades no Brasil apresentam impactos signi�cativos no desenvolvimento
dos estudantes. Por essa razão, é importante conhecer bem os programas e as ações
governamentais que podem contribuir para o desenvolvimento da educação no país.
Fonte: Shutterstock.
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compreensão do regime de colaboração existente entre estados e municípios no
que se refere à organização do Ensino Fundamental, bem como pode instigar o seu
interesse por essa etapa de ensino.
Os pro�ssionais que costumam obter maior êxito em sua área de atuação
geralmente relacionam os assuntos de seu campo de trabalho com discussões
mais abrangentes. A informação é um fator determinante nesse contexto; por
meio dela, é possível relacionar situações cotidianas, vivenciadas por um grupo
pequeno de pessoas, com fatos ou temáticas em evidência internacionalmente.
A partir dos conhecimentos adquiridos, você terá a oportunidade de re�etir melhor
sobre o contexto educacional brasileiro e terá condições de concordar ou
discordar com o trabalho desenvolvido pelo Ministério da Educação. Sua crítica não
será baseada em impressões vagas ou até mesmo no senso comum, mas
fundamentada em fatos e informações concretas que possibilitam um novo olhar
diante dos fatos.
FOCO NA BNCC 
Uma competência presente na BNCC possui direta relação com o conteúdo
desta seção:
Ouvimos com frequência, pelos meios de comunicação,informações
relacionadas ao Governo Federal e seus ministérios, entre eles, o Ministério
da Educação (MEC), mas nem sempre temos conhecimento a respeito da
organização existente nesse órgão e as determinações realizadas por ele.
A realização de qualquer tipo de crítica sem esse conhecimento torna-se
vazia e pouco contribui com o desenvolvimento da educação.
Para argumentarmos a respeito de qualquer tipo de decisão a partir de um
posicionamento ético, voltado ao bem comum e desvinculado de interesses
políticos ou pessoais, precisamos conhecer a estrutura do Ministério da
Educação e compreender as atribuições das secretarias e dos conselhos
existentes. A partir desse conhecimento e da re�exão fundamentada em
Argumentar com base em fatos, dados e informações con�áveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. (BRASIL, 2018, p. 9)
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pesquisas e autores que se dedicam ao estudo do tema, além da própria
prática docente, é que teremos condições de apoiar ou criticar as ações
realizadas.
Você se lembra da professora Luciana, que tem mais de 20 anos de atuação nos
anos iniciais do Ensino Fundamental numa rede municipal de ensino e que, por
conta do seu per�l e da consistência do seu trabalho, foi convidada pela Secretaria
Municipal de Educação de sua cidade para ministrar um curso para professores
ingressantes na rede, visto que muitos professores não conheciam, de modo
aprofundado, fatos relacionados à história da educação, legislações e políticas
públicas e educacionais voltadas ao Ensino Fundamental, nem conheciam a
estrutura do Sistema Educacional brasileiro e as funções dos órgãos competentes?
Bem, agora ela tem outro desa�o.
Ao saber que a professora Luciana estava ministrando um curso para professores
que ingressaram na rede municipal de ensino, as professoras e a equipe
pedagógica que trabalhavam na escola de Luciana começaram a indagá-la sobre o
conteúdo do curso, as metodologias utilizadas, a reação dos professores, entre
outras coisas. Todos acharam as informações e a abordagem utilizada bastante
interessante, por isso a direção da escola pediu para a professora criar um grupo
numa rede social e, assim, compartilhar sua experiência e re�etir com os
professores a respeito do papel do Ministério da Educação e do Conselho Nacional
de Educação, bem como o regime de colaboração na organização do Ensino
Fundamental entre estados e municípios, visto que ela havia percebido, nos
últimos tempos, certos equívocos na fala de alguns professores.
A direção pediu para a professora Luciana criar o grupo, sugerir leituras, dar início
às re�exões e realizar as mediações que julgasse necessárias a partir da
participação dos professores. Ao ler as contribuições dos colegas, Luciana, então,
teria conhecimento sobre os esclarecimentos que precisariam ser feitos e, assim,
poderia contribuir para que, futuramente, todos tenham um conhecimento maior
sobre as especi�cidades e a organização do Ensino Fundamental.
Diante disso, como você ajudaria a professora Luciana a conduzir o grupo? Quais
perguntas podem instigar a re�exão e a participação dos professores? Quais
informações têm maior relevância na temática apresentada? Como esse
conhecimento pode in�uenciar o trabalho a ser desenvolvido em sala de aula?
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Você só conseguirá realizar as mudanças futuras se tiver disposição para olhar
para o passado e coragem para enfrentar o tempo presente!
CONCEITO-CHAVE
Para se compreender o Sistema Educacional Brasileiro atual e as determinações
relacionadas aos anos iniciais do Ensino Fundamental, é necessário conhecer os
órgãos responsáveis pela estruturação e pelo funcionamento da educação no país.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
O Ministério da Educação é o órgão do Governo Federal responsável pela gestão
das políticas educacionais do Brasil. Ele foi criado em 1930, no governo de Getúlio
Vargas, sendo chamado, inicialmente, de Ministério da Educação e Saúde Pública.
Com a autonomia dada à área da Saúde, em 1953, surgiu o Ministério da Educação
e da Cultura e, com ele, a sigla MEC. Em 1985, uma lei federal transformou o MEC
em Ministério da Educação e do Desporto (expressão referente à área da Educação
Física), no entanto, em 1995 o ministério passou a ser responsável apenas pela
área da educação.
Cabe ao Ministério da Educação a busca pelo ensino de qualidade e o estímulo de
ações, planos, projetos, programas e propostas que possam promover o diálogo e
contribuir com a busca de alternativas voltadas ao aprimoramento e à
consolidação da educação no país.
ASSIMILE
O que é um Ministério?
Ministério é um órgão do poder executivo federal brasileiro que elabora
normas, avalia programas federais, estabelece estratégias e diretrizes
relacionadas à aplicação de dinheiro público, entre outras funções. O Brasil
possui Ministérios especí�cos para diferentes áreas e cada uma delas
costuma ser liderada por um Ministro. Cada Ministério possui secretarias,
instituições e programas vinculados à sua área de atuação.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
Na estrutura do Ministério da Educação está o Conselho Nacional de Educação
(CNE), um órgão colegiado instituído pela Lei no 9.131, de 25 de novembro de
1995, com a �nalidade de colaborar na formulação de políticas nacionais de
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educação e exercer atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento ao
Ministro da Educação, bem como assegurar que seja efetiva a participação da
sociedade no que diz respeito ao desenvolvimento, ao aprimoramento e à
consolidação da educação nacional de qualidade.
O Conselho Nacional de Educação assumiu diferentes nomenclaturas com o passar
dos anos e, atualmente, é dividido em duas Câmaras: a Câmara de Educação
Básica e a Câmara de Ensino Superior. Compete ao Conselho e as Câmaras o
exercício das atribuições estabelecidas pela Lei no 9.131/1995, emitindo pareceres
e decidindo sobre assuntos pertinentes a cada um deles.
A Câmara de Educação Básica possui direta relação com o tema desta disciplina.
Ela tem como atribuições analisar e emitir pareceres sobre a Educação Infantil,
Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação Pro�ssional e Educação Especial,
deliberando as diretrizes curriculares propostas pelo Ministério da Educação e
acompanhando as ações ligadas ao Plano Nacional de Educação.
A Câmara de Ensino Superior tem como atribuição deliberar sobre os assuntos
pertinentes relacionados ao Ensino Superior à luz da legislação vigente.
Os compromissos do Conselho Nacional de Educação estão relacionados ao desejo de
consolidar a identidade do CNE, ao comprometimento com a qualidade da educação
brasileira, à articulação e integração das Câmaras de Educação Básica e de Ensino Superior,
à consolidação da estrutura e diversi�cação do funcionamento do CNE e da instauração de
um diálogo efetivo com todos os sistemas de ensino.
De acordo com Cury (2006, p. 41),
As Diretrizes Curriculares Nacionais são �xadas pelo Conselho Nacionalde
Educação e referem-se a princípios que visam a orientar a organização das escolas
e o desenvolvimento de suas propostas pedagógicas. Entre as Diretrizes que
possuem direta relação com os anos iniciais do Ensino Fundamental estão:
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica.
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos.
[...] um Conselho de Educação é, antes de tudo, um órgão público voltado para garantir, na sua especi�cidade,
um direito constitucional da cidadania. Eis porque um conselheiro, membro desse órgão, ingressa no âmbito de
um interesse público cujo fundamento é o direito à educação das pessoas que buscam a educação escolar. “
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Diretrizes Operacionais para a Educação do Campo e para a Educação de
Jovens e Adultos.
Vale lembrar que, desde 2017, as diretrizes para os anos iniciais do Ensino Fundamental e
as diretrizes da educação básica estão à luz da Base Nacional Comum Curricular (BNCC),
aprovada pelo Conselho Nacional de Educação por meio da Resolução CNE/CP nº 2, de 22
de dezembro de 2017.
REGIME DE COLABORAÇÃO ENTRE A UNIÃO, OS ESTADOS, O DISTRITO
FEDERAL E OS MUNICÍPIOS
Visando ao bom funcionamento do Sistema Educacional brasileiro, há um regime
de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios,
regulamentado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei no 9.394/1996).
Cabe à União a coordenação da política educacional do país, a assistência técnica e
�nanceira aos Estados, Distrito Federal e municípios, a coleta, análise e
disseminação de informações a respeito da educação, entre outras incumbências.
Os Estados devem organizar e manter os órgãos e as instituições o�ciais dos seus
sistemas de ensino; de�nir, juntamente aos municípios, formas de colaboração na
oferta do Ensino Fundamental; elaborar e executar políticas educacionais de
acordo com as diretrizes nacionais; baixar normas complementares para o sistema
estadual de ensino, entre outras responsabilidades.
Os municípios devem exercer ação redistributiva em suas escolas, autorizar,
credenciar e supervisionar os estabelecimentos de ensino, oferecer Educação
Infantil e Ensino Fundamental, baixar normas complementares para o sistema
municipal de ensino, entre outros deveres.
DETALHAMENTO DA ESTRUTURA E DAS ATRIBUIÇÕES
Compete também à União, em regime de colaboração com os estados, Distrito
Federal e municípios, a elaboração do Plano Nacional de Educação, o
estabelecimento de competências e diretrizes que nortearão os currículos,
assegurando uma formação básica comum, bem como a criação de diretrizes e
procedimentos voltados aos alunos com altas habilidades ou superdotação,
entre outros encargos.
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Conheça um pouco mais sobre o Ministério, os Conselhos e as Secretarias de
Educação:
Ministério da Educação: conta com uma estrutura de órgãos especí�cos:
Secretaria de Educação Básica (SEB), Secretaria de Educação Superior (Sesu),
Secretaria de Educação Pro�ssional e Tecnológica (Setec), Secretaria de
Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), Secretaria de
Alfabetização (Sealf) e Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação
(Semesp).
Conselho Estadual de Educação: tem como uma de suas atribuições deliberar
sobre medidas que visem ao aperfeiçoamento do Sistema de Ensino do Estado
nos diferentes níveis e modalidades que estejam no âmbito de sua
competência.
Secretaria Estadual de Educação: entre suas funções, destacamos: validar o
projeto pedagógico, as disciplinas ofertadas, a carga horária e o corpo docente
das escolas estaduais, além de ações voltadas ao transporte, à alimentação
escolar e à promoção de políticas públicas estaduais, sempre cumprindo os
pareceres do Conselho Estadual de Educação. A Secretaria também
supervisiona as atividades realizadas pelas escolas privadas.
Conselho Municipal de Educação: elabora regras que adaptam as
determinações das leis federais e estaduais ao município de acordo com as
determinações federais ou estaduais; autoriza o funcionamento de escolas
públicas e privadas; decide sobre o currículo da rede municipal, entre outras
competências.
Secretaria Municipal de Educação: é responsável por organizar, desenvolver
e manter o Sistema Municipal de Ensino, assegurar padrões de qualidade de
ensino de�nidos por órgãos federais, promover cursos de capacitação e
aperfeiçoamento para professores e gestores, além de desenvolver ações que
promovam a interação entre as escolas, pais, alunos e comunidade em geral,
entre outras responsabilidades.
Essas atribuições contribuem com a organização necessária para que as escolas
funcionem de acordo com as legislações vigentes. Observa-se, desse modo, um
trabalho colaborativo voltado à universalização da oferta da educação básica.
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Universalizar signi�ca tornar comum a todos; logo, esse trabalho caminha ao
encontro dos objetivos do Plano Nacional de Educação.
Segundo Saviani (2010), há uma estreita relação entre um sistema de educação e um plano
de educação, já que o desenvolvimento do Sistema Educacional é condicionado ao Plano
de Educação, que de�ne as metas e os recursos com os quais o Sistema opera. O autor
destaca, ainda, que a viabilidade do Plano de Educação depende do Sistema Educacional,
pois é nele e por ele que as metas previstas podem se tornar realidade.
FUNDOS PARA O RECEBIMENTO DE RECURSOS
O estabelecimento de incumbências especí�cas para cada instância é fundamental
para o bom andamento do sistema educacional. A organização �nanceira é um dos
pontos de extrema relevância nesse contexto. Estados e municípios devem aplicar,
obrigatoriamente, no mínimo, 25% das receitas de impostos na educação.
Em 1996, o Ministério da Educação criou o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental (FUNDEF), que vigorou até 2006 e foi
substituído pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
e de Valorização dos Pro�ssionais da Educação (FUNDEB).
O FUNDEF era um fundo utilizado exclusivamente para o Ensino Fundamental,
enquanto o FUNDEB é utilizado para toda a educação básica. Trata-se de um
conjunto de fundos que são redistribuídos e aplicados na manutenção e no
desenvolvimento da educação básica pública (Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio).
Todos os estados e o Distrito Federal possuem um fundo para receber recursos de
impostos. Há uma redistribuição desse valor de acordo com o número de alunos
matriculados na educação básica, e cada fundo estadual distribui esses recursos
seguindo o Censo Escolar dos municípios realizado no ano anterior. Quando o
valor do investimento por aluno é inferior ao valor mínimo �xado para cada ano, a
União complementa o custo estipulado. O fundo contribui, portanto, para que haja
uma desigualdade menor entre as redes de ensino e orienta os municípios no
cumprimento de suas responsabilidades. Existe um incentivo para que os
municípios sejam responsáveis pela Educação Infantil e pelos anos iniciais do
Ensino Fundamental, enquanto os estados �cam responsáveis pelos anos �nais do
Ensino Fundamental e Ensino Médio.
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11/10/2022 04:32 lddkls211_org_tra_ped_ano_ini_ens_fun
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