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Peça Prática Penal - Una _ Passei Direto

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Impresso por Tulio Cezar, CPF 018.381.346-46 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 22/11/2021 18:35:32
MERETÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DA VARA D DA E EXECUÇÕES PENAIS 
COMARCA DE SÃO PAULO DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
 
 
GUILHERME, já qualificado nos autos que esta subscreve, , por seu Defensor 
vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, o presente interpor 
recurso de: 
 
AGRAVO EM EXECUÇÃO 
 
o que faz tempestivamente, com fundamento no artigo 197, da Lei de Execu ão ç
Penal. 
 
Nesse quer o agravante que seja recebido e processado o presente sentido, re
agravo, já com as inclusas razões, para que possa Vossa Excelência retratar-
se, caso entenda. Na eventualidade da manutenção de seu decisum, após a 
oitiva do ilustre representante do Ministério Público, requer que seja 
encaminhado o recurso ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. 
 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Bom Despacho (MG), 09 de dezembro de 2019. 
 
Thiago Tavares Abreu 
OAB-MG (...) 
Impresso por Tulio Cezar, CPF 018.381.346-46 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 22/11/2021 18:35:32
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
Agravante: Guilherme 
Agravado: Ministério Público 
Processo nº.: ( ) ...
 
RAZÕES DE RECURSO DE AGRAVO EM EXECUCÃO 
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo , 
Colenda Câmara, 
Ínclitos Desembargadores, 
Douto Procurador de Justiça, 
 
Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz de Direito de piso, 
a respeitável deci ão de fls. (...) ão merece prosperar pelas razões fáticas e s n , 
jurídicas a seguir expostas, ão sen vejamos: 
I. DOS FATOS 
 
O agravante foi condenado definitivamente pela prática do crime de lesão 
corporal seguida de morte, sendo- aplicada a pena de 06 (seis) anos de lhe
reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado, em razão das circunstâncias 
do fato. 
 
Após cumprir 01 (um) cada, ano da pena apli o agravante foi beneficiado com 
progressão para o regime semiaberto. Na unidade penitenciária, o apenado 
trabalhava internamente em busca da remição. 
 
Ocorre que durante o cumprimento da pena nesse regime, veio a ser encontrado 
escondido em seu colchão um aparelho de telefonia celular. O diretor do 
estabelecimento penitenciário, ao tomar conhecimento do fato por meio dos 
agentes penitenciários, de imediato reconheceu na ficha do preso a prática de 
Impresso por Tulio Cezar, CPF 018.381.346-46 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 22/11/2021 18:35:32
falta grave, apenas afirmando que a conduta narrada pelos agentes, e que teria 
sido praticada pelo reeducando, se adequava ao artigo 50, inciso VII, da Lei de 
Execuções Penais. 
 
Nessa esteira, o reconhecimento da falta pelo diretor foi comunicado ao 
Ministério Público, que peticionou ao juízo da Vara de Execuções Penais de São 
Paulo, requerendo a perda de benefícios da execução por parte do apenado. 
 
Nesse compasso, o magistrado de piso analisando o requerimento do Ministério 
Público, decidiu pela regressão do regime de cumprimento de pena para o 
fechado; pela perda da totalidade dos dias remidos; pelo reinício da contagem 
do prazo de livramento condicional; pelo reinício da contagem do prazo do 
indulto. 
 
II. DO DIREITO 
 
O reconhecimento da falta grave não observou as formalidades legais, eis que 
de fato nos termos do artigo 50, da Lei de Execuções Penais, como mencionado 
pelo diretor do estabelecimento penitenciário, a conduta de esconder celular 
configura prática de falta grave. 
 
Todavia, para assegurar o direito ao exercício do princípio da ampla defesa e do 
princípio do contraditório, pacificou a jurisprudência pátria o entendimento de que 
o reconhecimento de falta grave depende de regular procedimento administrativo 
disciplinar, devidamente assegurado o acompanhamento de defesa técnica. 
 
Nesse sentido é o teor da Súmula 533 do Superior Tribunal de Justiça. No caso 
em tela, o diretor do estabelecimento reconheceu a prática de falta grave sem 
observar as exigências mencionadas, ou seja, sem instaurar procedimento 
administrativo e sem garantir o direito de defesa. Dessa forma, não pode aquele 
reconhecimento ser considerado pelo juízo da execução. 
 
Portanto, não sendo válido o reconhecimento da prática de falta grave, não é 
possível a regressão do cumprimento da pena para o regime fechado. 
Impresso por Tulio Cezar, CPF 018.381.346-46 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 22/11/2021 18:35:32
 
Alternativamente, caso não se entenda pela invalidade no reconhecimento da 
falta grave, çoso reconhecer é for a impossibilidade da sanção que decreta a 
perda da integralidade dos dias remidos, eis que o artigo i de 127, da Le
Execuções Penais, admite que a punição por falta grave gere perda dos dias 
remidos no limite de até 1/3 ( incorreta a decisão do um terço), sendo, portanto, 
magistrado de piso que determinou a perda de todos os dias remidos. 
 
Do mesmo modo, incorreta também a decisão que determinou o reinício da 
contagem do prazo para fins de obtenção de livramento condicional e indulto, eis 
que a execução penal está sujeita ao princípio da legalidade, sendo certo que 
não h ão legal , por conseguinte, não pode o magistrado á previs para tal sanção
impor o reinício da contagem do prazo do livramento condicional, conforme 
dis õep a Súmula 441 do Superior Tribunal de Justiça, . 
 
Além do mais, conforme disp úmula rior Tribunal de Justiça, õe a s 535, do Supe
a prática de falta grave não interrompe o prazo para fins de comutação de pena 
ou indulto, a decisão do magistrado portanto, não merece prosperar também
singular nesse ponto. 
 
III. DOS PEDIDOS 
 
Diante de todo o exposto requer que seja e , recebido provido o presente 
recurso de agravo em execução, para afastar o reconhecimento de falta grave e 
suas consequências, e alternativamente, adequar a perda dos dias remidos, em 
decorrência de falta grav ao Lei de e, limite legal previsto no artigo 127, da 
Execuções Penais, como medida da mais pura e lídima justiça. 
 
 
Bom Despacho (MG), 09 de dezembro de 2019. 
 
Thiago Tavares Abreu 
OAB/MG (...)

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