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PRINCIPAIS SÍNDROMES CROMOSSÔMICAS

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PRINCIPAIS SÍNDROMES CROMOSSÔMICAS Síndrome De Williams-Beurem
A Síndrome de Williams também conhecida como síndrome Williams-Beuren é uma desordem genética (Síndrome dos Genes Contíguos) que, talvez, por ser rara, freqüentemente não é diagnosticada. Ocorre em 1 a cada 20.0 nativos e sua transmissão não é genética.
Foi descrita pela primeira vez em 1961. A síndrome de Williams é uma doença caracterizada por "face de gnomo ou fadinha”, nariz pequeno e empinado, cabelos encaracolados, lábios cheios, dentes pequenos e sorriso freqüente. Estas crianças normalmente têm problemas de coordenação e equilíbrio, apresentando um atraso psicomotor. Seu comportamento é sociável e comunicativo embora utilizem expressões faciais, contatos visuais e gestos em sua comunicação.
Podemos encontrar problemas médicos freqüentes como cardíacos, renais e odontológicos. São crianças que precisam urinar com grande freqüência.
Em geral, o quadro clínico é suficiente para o diagnóstico. Ele pode ser confirmado por meio de um exame de sangue específico, o cariótipo nos glóbulos brancos do sangue (linfócitos), complementado pela técnica de hibridação in situ (FISH) para os genes da elastina (ELN) e da L1Mquinase, que costuma ser positivo em 90 a 96% dos casos. Como é um exame especializado e de alto custo, pode não estar disponível na maioria dos laboratórios. Considerando essa dificuldade, dependendo do quadro clínico, sua realização pode não ser solicitada.
Apesar dos adultos com SWB continuarem a exibir as manifestações características da síndrome, a gravidade dos problemas médicos pode ser variável.
Síndrome de Turner
 
A síndrome de Turner, um distúrbio genético de origem ainda desconhecida, sem qualquer afinidade hereditária, é condicionada por uma anomalia numérica relacionada ao cromossomo sexual, caracterizada pela deleção de um cromossomo X.
A ST ocorre em apenas 1 mulhere entre 3.0 nascimentos, devido ao grande número de abortos que chega ao índice de 90-97,5%).
Os organismos portadores são necessariamente do sexo feminino, possuindo, portanto, apenas 45 cromossomos no núcleo de suas células, 23 pares de cromossomos autossômicos e um único X (cariótipo = 45, X).
Pode ser identificada desde o nascimento, por meio da manifestação das características fenotípicas, como também diagnosticada durante a adolescência (com puberdade), a partir de observações preliminares confluentes como: baixa estatura, pescoço muito curto e largo, esterilidade sem ciclo menstrual.
Mesmo vivendo normalmente, os indivíduos afetados desencadeiam alterações de caráter endócrino (hormonal), decorrente a deficiência do cromossomo X.
Entre as deficiências destacam-se: - Doenças renais (disfunção, insuficiência e agravo crônico);
- Problemas de alimentação em virtude da conformação anormal do aparelho bucal (palato estreito e elevado, com maxila inferior menor), o que dificulta o princípio do mecanismo digestório, mastigação e deglutição, ocasionando refluxo; - Problemas circulatórios: inchaço dos membros superiores e inferiores (mãos e pés).
Em decorrência da disgenesia ovariana, a única fonte de estrógeno para essas pessoas são as suprarenais; como a taxa desses hormônios é baixa, as pacientes devem receber aplicações de estrógenos para estimular o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e o aparecimento da menstruação. Usualmente esse tratamento tem início aos 16 anos para evitar que os estrógenos aplicados retardem ainda mais o crescimento.
Síndrome de Down
 
A síndrome de Down também é chamada de Trissomia do Cromossomo 21, por causa do excesso de material genético do cromossomo 21, que ao invés de apresentar dois cromossomos 21 o portador da S.D. possui três. Atualmente a probabilidade de uma mulher de 20 anos ter um filho com essa síndrome é de 1 para 1600, enquanto uma mulher de 35 anos é de 1 para 370. A probabilidade de pais que têm uma criança com síndrome de Down terem outros filhos portadores dessa síndrome é de aproximadamente 1 para 100. De uma forma geral a síndrome de Down é um acidente genético, sobre o qual ninguém tem controle. Qualquer mulher pode ter filho com síndrome de Down, não importa a raça, credo religioso, nacionalidade ou classe social. Por muito tempo a SD ficou conhecida como mongolismo, pois esse termo era empregado devido aos portadores da síndrome ter pregas no canto dos olhos que lembram as pessoas de raça mongólica (amarela), porém nos dias atuais esse termo não é mais utilizado, é tido como pejorativo e preconceituoso.
Dentre as principais características, podemos destacar: • Retardo mental;
• Fraqueza muscular;
• Anomalia cardíaca;
• Baixa estatura;
• Olhos com fendas palpebrais oblíquas; • Perfil achatado;
• Prega única na palma da mão.
É importante que mulheres muito jovens ou com mais de 35 anos que desejam engravidar busquem orientação médica. Hoje existem exames que detectam a síndrome nas primeiras semanas de gestação, é por isso que o pré-natal é muito importante, para que se tomem as medidas necessárias para que a criança nasça nas melhores condições possíveis e que ao nascer comece um tratamento para desenvolver melhor os músculos, o raciocínio, entre outros. É muito importante que os pais tenham acompanhamento psicólogo para que o profissional trabalhe o emocional deles em relação ao filho.
O desenvolvimento de uma criança portadora da síndrome de Down se difere em pouca coisa do desenvolvimento das demais, dessa forma ela pode freqüentar uma escola de ensino regular, pois o convívio com outras crianças não portadoras da síndrome irá colaborar no seu desenvolvimento. Além disso, essa convivência também é positiva para as demais crianças, pois faz com que cresçam respeitando as diferenças, sem nenhum tipo de restrição em seu círculo de amizade, seja por raça, aparência, religião, nacionalidade.
Síndrome do Miado de Gato (Cri-du-Chat)
 
A Síndrome Cri-Du-Chat foi originalmente descrita em 1963 pelo Dr. Lejeune na França. Esta
Síndrome recebe esse nome pelo fato de seus portadores possuírem um choro semelhante ao miado agudo de um gato.
Esta síndrome é uma anomalia cromossômica, causada pela deleção parcial (quebra) do braço curto do cromossomo 5, apresentando um cariótipo 46, X, 5p- e 46, XY, 5p-. Por isso é também chamada de síndrome 5 p - (menos). A estimativa é que esta síndrome afeta cerca de 1 em 50.0 casos de crianças nascidas no mundo, e 1% dos indivíduos com retardamento mental.
Na maioria das vezes, não é herdada dos pais, aproximadamente em 85% dos casos resultam de novas deleções esporádicas, enquanto que 5% dos casos se originam secundariamente a uma segregação desigual de uma tranlocação parental. Esses casos são causados pela translocação equilibrada nos cromossomas de um dos pais ( material genético de um cromossoma que se uniu a outro). As pessoas com translocações equilibradas são perfeitamente normais porque nenhum material genético foi perdido, assim sendo, provavelmente não saberão que são portadores até que tenham uma criança afetada com CDC na família.
Os portadores se caracterizam por apresentar assimetria facial, com microcefalia (cabeça pequena), má formação da laringe (daí o choro lamentoso parecido com miado de gato), hipertelorismo ocular (aumento da distância entre os olhos), hipotonia (tônus muscular deficiente), fenda palpebral antimongolóide (canto interno dos olhos mais altos do que o externo), pregas epicânticas, orelhas mal formadas e de implantação baixa , dedos longos, prega única na palma das mãos, atrofia dos membros que ocasiona retardamento neuromotor e retardamento mental acentuado
As crianças do CDC freqüentemente têm um caminhar desajeitado e parecem inábeis. Com a educação especial precoce e um ambiente de apoio familiar, algumas crianças atingem um nível social e psicomotor de uma criança normal de cerca de 6 anos de idade. As habilidades motoras finas são atrasadas também, embora algumas crianças estejam conseguindo aprender a escrever.
Síndrome do Triplo X
Considerada uma aberração cromossômica, a síndrome triplo-x (ou Síndrome da Superfêmea)é uma má formação genética que vem atingindo cerca de uma entre 800 e 1000 mulheres. Essas mulheres apresentam um cromossomo x excedente, que totalizam 47 cromossomos. Esses erros de cromossomos ocorrem durante a ovulogênese, pela não disjunção dos cromossomos.
Ainda existem casos em que mulheres têm quatro ou mais cromossomos sobrando. Isso é prejudicial, pois quando mais cromossomos x, maior será o índice de retardamento mental dessas mulheres. O mais comum é 47 (x), as mulheres com retardo mais intenso possui 48 (xx), e também existem as que possuem as mesmas características dos triplos e tetra, porém é penta com 49 (x), decorrente disso possuem um retardo mental mais acentuado.
Nas células 47 dois dos cromossomos x não são ativados e de replicação atrasada. A trissomia do x e as síndromes mais raras de tetrassomias 48 e pentassomia 49 são os equivalentes na mulher da síndrome de Klinefelter masculina.
Muitas mulheres têm a síndrome do triplo x, mas uma grande quantidade desconhece a doença, pois não apresentam sintomas típicos desta doença. De modo geral a mulher possui características semelhantes aos homens, porém visualmente são normais, isso faz com que as pessoas tenham tendências a se atrair e/ou se interessar por pessoas do mesmo sexo, algumas apresentam uma vasta disposição sexual.
A pessoa apresenta um menor grau de inteligência, as características sexuais e o comportamento são femininos, as mulheres são mais altas, apresentam genitália e mama subdesenvolvidas, possuem múltiplas peles mole no pescoço, são extremamente férteis, a menopausa começa bem mais cedo que nas demais, e possuem um retardo mental que varia de portadora para portadora.
Mulheres com síndrome triplo-x normalmente dão a luz a crianças perfeitamente normais. A doença pode ser detectada através de estudos do cariótipo, onde fica evidente a presença dos cromossomos sexuais extras. Na verdade essa má formação genética pode partir tanto do erro genético do pai como da mãe.
Infelizmente não existe tratamento para a síndrome do triplo x, mas se essa alteração genética foi diagnosticada cedo, a criança afetada pode receber um auxilio extra quanto ao atraso no seu próprio desenvolvimento. Algumas mulheres com trissomia do x são identificadas em clínicas de infertilidade e outras em instituições para retardados mentais, mas provavelmente continuaram sem diagnóstico.
Síndrome de Klinefelter
A síndrome de Klinefelter trata-se de uma anomalia (aneuploidia), uma mutação cromossômica numérica, há acréscimo de um cromossomo sexual no conjunto diploide de um indivíduo.
Essa alteração quantitativa foi inicialmente descrita por volta de 1940, pelo cientista Harry
Klinefelter, na ocasião em que analisava a demanda de oxigênio pela glândula adrenal, deparando-se com um caso raro de ginecomastia, evidenciado através do proeminente desenvolvimento das mamas (dos seios) em indivíduo do gênero masculino.
Entre as características constatadas, a baixa estatura, a partir de exames o Dr. Klinefelter observou uma variação irregular nos níveis endócrinos esperados para um organismo do sexo masculino, registrando uma elevada síntese de hormônio gonadotrópico (GnRH), folículo estimulantes (FSH) e luteinizante (LH).
Correlacionou então tais resultados à capacidade reprodutiva, onde verificou sinais clínicos como: testículos pequenos e esterilidade (infertilidade) por azoospermia, situação de ausência completa de espermatozoides no sêmen.
Identificada através de demonstrativos genéticos, por meio da visualização e contagem cromossômica (idiogramas), a Síndrome de Klinefelter afeta exclusivamente o sexo masculino, manifestando-se portador de dois cromossomos sexuais X e um Y (47,XXY), visto que o normal é a presença de um X e um Y (46,XY).
A frequência dessa síndrome com um cromossomo X extra, acomete um menino em aproximadamente 850 nascimentos.
O tratamento dessa doença é feita com a utilização de testosterona. Os indivíduos portadores podem possuir problemas com a produção desse hormônio, que pode ser reduzida. Na puberdade ele é muito importante para a determinação das características sexuais secundárias desses meninos. Esse tratamento com testosterona deve ser controlado periodicamente. Os meninos portadores dessa síndrome possuem alguns problemas comportamentais, relacionados à sua baixa auto-estima, carência, frustração, etc. Tendem a ser pessoas mais reservadas, com dificuldade de concentração e baixo nível de atividade.
Síndrome de Patau 
Reconhecida em 1960 por Klaus Patau observando um caso de malformações múltiplas em um neonato, sendo trissômico para o cromossomo 13. Tem como causa a não disjunção dos cromossomos durante a anáfase 1 da mitose, gerando gametas com 24 cromátides. Cerca de 20% dos casos resultam de uma translocação não-balanceada.
A sua incidência foi estimada em cerca de 1 caso para 6000 nascimentos. Aproximadamente 45% dos afetados falecem após 1 mês de vida; 70%, aos 6 meses e somente menos de 5% dos casos sobrevivem mais de 3 anos. A maior sobrevida relatada na literatura foi a de 10 anos de idade.
Assim como a maioria das outras trissomias, associa-se à idade materna avançada, por estarem mais propícias a ocorrência da não disjunção dos cromossomos. A idade da mãe é superior a 35 anos em 40% dos casos.
A trissomia tem origem do óvulo feminino, pelo fato da fêmea maturar geralmente apenas um ovócito, em antagonismo com o macho, que matura milhões de espermatozóides. Gametas masculinos portadores de alterações numéricas cromossômicas tem menor viabilidade que gametas normais, sendo mínimas as possibilidades de um gameta masculino com 24 cromátides fecundar um ovócito.
O fenótipo inclui malformações graves do sistema nervoso central como arrinencefalia. Um retardamento mental acentuado está presente. Em geral há defeitos cardíacos congênitos e defeitos urigenitais incluindo criptorquidia nos meninos, útero bicornado e ovários hipoplásticos nas meninas gerando inviabilidade, e rins policísticos. Com freqüência encontram-se fendas labial e palato fendido, os punhos cerrados e as plantas arqueadas. A fronte é oblíqua, há hipertelorismo ocular e microftalmia bilateral, podendo chegar a anoftalmia, coloboma da íris, olhos são pequenos extremamente afastados ou ausentes. As orelhas são malformadas e baixamente implantadas. As mãos e pés podem mostrar quinto dedo (polidactilia) sobrepondo-se ao terceiro e quarto, como na trissomia do 18.
Síndrome de Edward
Descrita em 1960 por John H. Edwards, hoje a trissomia do 18 apresenta trissomia regular sem mosaicismo, isto é, cariótipo 47, X ou XY, +18. Pode haver uma translocação envolvendo todo ou a maior parte do cromossomo 18, capaz de ser original ou herdada de um genitor portador balanceado. A trissomia também pode estar presente na forma de mosaico, com uma expressão variável mas geralmente mais leve.
Ainda não se identificou a “região crítica” da trissomia do 18, mas a trissomia parcial de todo o braço longo produz o fenótipo típico da trissomia do 18. A incidência é de cerca de 1 por 6000 nascimentos.
A Trissomia do 18 está associada à idade materna, pois grande parte dos casos são originados de mulheres com mais de 35 anos de idade.
Os portadores apresentam retardamento físico e mental, defeitos cardíacos. O crânio é muito alongado na região occipital. O pescoço é curto. O pavilhão das orelhas é dismórfico, com poucos sulcos. A boca é pequena e triangular. Grande distância intermamilar. Os genitais externos são anômalos. O dedo indicador é maior do que os outros e flexionado sobre o dedo médio. Os pés têm as plantas arqueadas. As unhas costumam ser hipoplásticas e atrofiadas.
A morte ocorre em geral antes da primeira infância, aos 3 ou 4 meses de idade, mas pode ser protelada há quase 2 anos.
Síndrome de Prader Willi
Esta síndrome descrita em 1956 é de origem genética localizada no cromossomo 15 ocorrendo no momento da concepção. Afeta meninos e meninas em um complexo quadro de sintomas, durante todas suas vidas, estes variando em presença e intensidade de indivíduo para indivíduo.Um diagnóstico precoce, antes da manifestação dos sintomas, principalmente a obesidade, tem trazido uma melhora na qualidade de vida dos portadores nos últimos anos. Mas ainda em caso de diagnósticos tardio, uma série de cuidados pode ser iniciados, retornando na qualidade de vida dos portadores.
Bebês com Síndrome de Prader Willi (PWS) apresentam baixo Apgar ao nascer, dificuldade de sugar, choro fraco e são muito pouco ativos, dormindo a maior parte do tempo. Raramente conseguem ser amamentados. Seu desenvolvimento neuro-motor é lento, tardam a sentar, engatinhar e caminhar. Os sintomas da síndrome variam de individuo para individuo e estão também associados ao ambiente em que este vive, aos estímulos e ao acompanhamento terapêutico e educacional que recebe, os principais sintomas são:
Hiperfagia - constante sensação de fome e interesse com comida, que pode surgir entre os 2 e 5 anos de idade e levar a obesidade ainda na infância.
Hipotonia - atraso nas fases típicas do desenvolvimento psicomotor quando bebês. Mais tarde fraco tônus muscular, dificuldades com alguns movimentos, equilíbrio, escrita, uso de instrumentos, lentidão. Dificuldades de aprendizagem e fala.
Instabilidade emocional e imaturidade nas trocas sociais.
Alterações hormonais - atraso no desenvolvimento sexual. Baixa estatura.
Diminuição da sensibilidade à dor.
Mãos e pés pequenos.
Pele mais clara que os pais.
Boca pequena com o lábio superior fino e inclinado para baixo nos cantos da boca. Fronte estreita.
Olhos amendoados e estrabismo.
A obesidade manifestada por muitos portadores é conseqüência de um consumo excessivo de calorias, pelo comportamento compulsivo em relação a comida, somado a fatores metabólicos e pouca atividade física.A fome constante é provavelmente causada por uma desordem do hipotálamo, no cérebro: durante uma refeição, a "mensagem" de saciedade não é processada. E se não controlado esse acesso a quantidade/composição da comida, o ganho de peso é rápido. Portadores desta síndrome, em geral, necessitam algum nível de assistência ou supervisão em sua alimentação, mesmo quando bem informados de sua condição de saúde. Diferentemente por exemplo de portadores de diabetes.
Muitos efeitos relacionados aos sintomas podem ser amenizados com um diagnóstico, que proporciona a chance de intervenções terapêuticas e educacionais; pelo conhecimento e compreensão da síndrome pela família que deve buscar estruturar um ambiente inclusivo, seguro, assistido e estimulador para o individuo se desenvolver; e por um acompanhamento de saúde e educação adequada.
Referências
WEBSITE OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA SÍNDROME DE WILLIAMS-BEUREN - http://www.swbrasil.org.br/ - Acesso em 17 de Outubro de 2010 ás 19:15h.
PROJETO GHENTE - http://www.ghente.org/ciencia/genetica/turner.htm - Acesso em 16 de Novembro de 2010 às 16:30h.
ABC DA SAÚDE - http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?393 – Acesso em 16 de Novembro de 2010 às 17h.
ENCICLOPÉDIA ILUSTRADA DA SAÚDE - http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/001593.htm - Acesso em 16 de Novembro de 2010 às 17:45h.
CULTURA MIX – SAÚDE - http://saude.culturamix.com/doencas/a-sindrome-triplo-x - Acesso em 16 de Novembro de 2010 às 17:55h.
BRASIL ESCOLA - http://www.brasilescola.com/biologia/sindrome-de-klinefelter.htm - Acesso em 16 de Novembro de 2010 às 18:35h.
SILVA, Ivana - http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/sindrome-prader-willi.htm - Acesso em 16 de Novembro de 2010 às 18:55h.
Doenças Genéticas Envolvendo Cromossomos Sexuais
DEFINIÇÃO
São doenças que surgem a partir de alterações estruturais ou numéricas nos cromossomos sexuais, ou seja, naqueles cromossomos que definem as características sexuais do indivíduo. Assim, das diversas doenças envolvendo estes cromossomos, abordaremos as duas mais prevalentes: Síndrome de Klinefelter e Síndrome de Turner.
É importante saber que as doenças envolvendo estes cromossomos são, em geral, mais compatíveis com a vida que aquelas dos cromossomos autossômico, tendo em vista que:
normalmente um dos cromossomos X é naturalmente inativado. Assim, um indivíduo 45,XX necessariamente terá um X envolvido por um RNA não-codificante sintetizado a partir do gene XIST. Essa inativação permite que a maior parte deste cromossomo encontre-se impossibilitado de expressar seus genes, e ele pode ser observado facilmente através de uma estrutura celular denominada Corpúsculo de Barr.
o material genético carregado pelo cromossomo Y é de pequena quantidade e suficiente para a formação de um indivíduo como  sexo (geneticamente) masculino. Esse cromossomo traz sítios importantes que determinarão o desenvolvimento de testículos e outras características masculinas. Assim, não importa a quantidade de cromossomos X que se tenha, basta um Y para que "surja" um homem.
	
	Imagem de microscopia eletrônica apresentando o Corpúsculo de Barr (setas),
presentes em células com mais de um cromossomo X.
Imagem retirada de professorrodrigogimenes.blogspot.com
Ressalta-se que essas doenças possuem pontos em comum que devem ser considerados. É importante saber que são doenças cujo diagnóstico apresenta-se principalmente durante a puberdade, quando seria esperado a maturação sexual (p.ex.: menstruação e desenvolvimento das mamas nas mulheres e surgimento de barba nos homens). Em alguns casos, pode haver detecção precoce de alguns sinais, inclusive em fetos, que podem sugerir determinadas patologias. Outro dado importante é que são doenças crônicas e que se configuram como alterações no desenvolvimento sexual e na fertilidade. Por fim, geralmente, o indivíduo com essa alteração não apresenta retardo mental, ou apresenta apenas leves distúrbios de cognição; entretanto, vale ressaltar que, quanto maior a quantidade de cromossomos X, maior será a probabilidade dele apresentar retardo mental.
Discutiremos, então, as duas síndromes principais dessas patologias.
A) SÍNDROME DE KLINEFELTER
"É caracterizada pelo hipogonadismo masculino quando há dois ou mais cromossomos X e um ou mais cromossomos Y"
EPIDEMIOLOGIA
De 660 homens nascidos vivos, um apresenta-se com a síndrome. Assim, essa doença configura-se entre as mais frequentes doenças envolvendo cromossomos sexuais. Além disso, está listada como uma importante causa de hipogonadismo no homem, devendo ser sempre aventada como diagnóstico diferencial dessa apresentação clínica.
CLÍNICA
Diversas são as formas de apresentação do paciente com a Síndrome de Klinefelter, sendo que a constituição corpórea do tipo eunucóide é a mais marcante. O paciente apresenta-se com aumento da distância entre a sola do pé e o osso púbico (o que o deixa com as pernas alongadas), os membros superiores são também alongados e em valgo, o testículo está atrofiado e o pênis pode ser menor que a média. Há ainda redução ou abolição das características masculinas secundárias, como a distribuição andrógena de pelos (barba, peitoral e genital) e voz grossa.
O indivíduo pode apresentar ainda redução do diâmetro torácico bem como aumento do diâmetro do quadril. A ginecomastia (desenvolvimento do tecido mamário) pode ser um achado. São indivíduos altos e que não apresentam calvície frontal.
	
	Paciente apresentando alta estatura, distribuição ginecóide dos pelos (ausência de pelos na face e no peito
 e pelos na região genital em formato de triângulo invertido), ginecomastia, estreitamento dos ombros
e quadril alargado. As pernas e os braços são alongados. Imagem retirada de portal.saude.gov.br
Há ainda um desregulação hormonal, havendo aumento de FSH (Hormônio Folículo-Estimulante) e de estradiol e redução de testosterona (pelo próprio hipogonadismo). A proporção entre estrogênio e testosterona nestes pacientes determina o grau de feminilização observado.Algumas doenças são mais prevalentes neste grupo populacional, como diabetes mellitus tipo 2, síndrome metabólica, tumores de células germinativas extragonadais, câncer de mama e doenças auto-imunes como lúpus eritematoso sistêmico. É importante ressaltar que o prolapso da valva mitralestá presente em cerca de 50% destes pacientes.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é suspeitado com as alterações clínicas observadas principalmente na adolescência, com o hipogonadismo, ausência de crescimento de pelos e micropenia (em alguns casos). Além disso, a infertilidade é também causa importante de suspeição diagnóstica. Porém, o exame que estabelece esse diagnóstico é o cariótipo, em que é visualizada a distribuição 47,XXY ou quaisquer outras distribuições desde que estejam presentes dois ou mais cromossomos X e um ou mais cromossomos Y.
	
	Características físicas gerais apresentadas por um indivíduo com Síndrome de Klinefelter.
O cariótipo representa a forma mais comum encontrada, 47,XXY.
Imagem retirada de genmolecular.files.wordpress.com
B) SÍNDROME DE TURNER
"É resultante da monossomia completa ou parcial dos cromossomos X e caracteriza-se primariamente por hipogonadismo em pacientes com fenótipo feminino"
EPIDEMIOLOGIA
Esta anomalia cromossômica sexual está presente em uma entre cada 2 000 mulheres nascidas vivas, sendo a causa mais importante de amenorreia primária, correspondendo a até 1/3 dos casos.
Das pacientes que apresentam a síndrome, 57% apresentam o cariótipo 45,X0. O cariótipo 46,XX pode ser observado nessas pacientes no caso de alterações estruturais dos cromossomos, como perda do braço do cromossomo ou deleções destes, po que ocorre em até 14% dos casos. Pacientes com mosaicismo (células 45,X0 e 46,XX em uma única paciente) correspondem a 29% daquelas com Sd. de Turner.
CLÍNICA
Como no caso da síndrome de Klinefelter, na paciente com Turner as manifestações aparecem principalmente na adolescência. Contudo, em alguns recém-nascidos alterações como edema de dorso de mãos, pés e pescoço podem ser observados por causa da distensão dos canais linfáticos (acumulando a linfa). Com um tempo, o edema em pés e mãos regride e o pescoço adquire o aspecto de "pescoço alado", com dilatação bilateral e afrouxamento persistente da pele na porção posterior deste. Além disso, as pacientes apresentam baixa estatura, tórax largo com espaço intermamilar aumentado, nevos pigmentados por todo o corpo, linha posterior dos cabelos baixa e cúbito valgo (antebraço "para fora").
A baixa estatura deve-se a haploinsuficiência do gene SHOX, que está, em pacientes 45,X0, em monozigose, conferindo-lhes uma estatura geralmente menor que 150 cm.
A genitália está infantilizada, com poucos pelos. Apresenta também ovários em fita, conferindo-lhes infertilidade e amenorreia.
	
	Paciente apresentando baixa estatura, ausência de pelos pubianos, torax alargado, aumento da distância
intermamilar, cúbito valgo. Ao lado, o cariótipo mais comumente observado, 45,X0.
Imagem retirada de biologia-ap.no.comunidades.net
Há uma maior predisposição para certar afecções, como intolerância à glicose, resistência insulínica periférica e obesidade. Cerca de 25-50% das pacientes nascem com cardiopatia congênita e 25% apresentam auto-imunidade para as células de tireoide, levando ao desenvolvimento do hipotireoidismo.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é suspeitado com as alterações clínicas observadas principalmente na adolescência, com o hipogonadismo, ausência de crescimento de pelos pubianos e demais alterações físicas descritas no tópico "Clínica". Contudo, ainda durante a gestação, um ultrassom mostrando alargamento do pescoço pode levar a suspeição diagnóstica e a cartiotipagem do líquido aminiótico daria o diagnóstico definitivo.
Além disso, a infertilidade é também causa importante de suspeição diagnóstica. O cariótipo pode ser solicitado também na adolescência/fase adulta, em que é visualizada a distribuição 45,X0, principalmente. O estudo da estrutura dos cromossomos auxiliam o diagnóstico nos casos de alterações estruturais nos cromossomos de pacientes 46,XX.
REFERÊNCIAS
1. Robbins & Cotran; PATOLOGIA: BASES PATOLÓGICAS DAS DOENÇAS; 8ª Edição, 2009. Ed. Elsevier
2. Beseñor & coll; SEMIOLOGIA CLÍNICA; 1ª Edição, 2002. Ed. Sarvier
Audinne Ferreira e Silva
Acadêmica de Medicina
Liga de Patologia
Universidade Federal do Ceará
A síndrome do x-frágil
É a causa mais freqüente de comprometimento mental com caráter hereditário, afetando o desenvolvimento intelectual e o comportamento de homens e mulheres. 
A expressão "X-Frágil" deve-se a uma anomalia causada por um gene defeituoso localizado no cromossomo X , que, por sua vez, passa a apresentar uma falha numa de suas partes. O X está presente no par de cromossomos que determinam o sexo ( X Y nos homens e X X nas mulheres). Essa falha ou "fragilidade do X" causa um conjunto de sinais e sintomas clínicos (ou uma síndrome). Daí o nome de Síndrome do X-Frágil (SXF). 
A principal manifestação dos problemas da SXF revela-se no comprometimento da área intelectiva ou cognitiva: desde dificuldades de aprendizagem até graus leve, moderado, severo ou profundo de retardo mental.
Como causa geral de retardo mental, é a segunda causa mais freqüente, sendo suplantada somente pela Síndrome de Down. Diferentemente desta, porém, apresenta um caráter de herança e pode atingir vários membros de uma mesma família, sem revelar características físicas marcantes. 
Os sinais e sintomas da SXF, por serem semelhantes a outros casos de atrasos e distúrbios gerais de desenvolvimento, necessitam de confirmação através de exame genético com técnicas especiais. A precisão dessa prova pode orientar ou redirecionar tratamentos, visando a torná-los mais específicos. Possibilita, igualmente, aconselhar as famílias afetadas sobre os riscos de recorrência e as possíveis opções reprodutivas.
Quem pode ser afetado pela SXF ?
Famílias de todas raças e grupos étnicos podem ser atingidas pela síndrome, que afeta mais intensa e freqüentemente os homens do que as mulheres.
A SXF é rara ou freqüente ?
De acordo com dados de pesquisas e estudos epidemiológicos realizados em países desenvolvidos, estima-se que, na população em geral, 1 em cada 2000 pessoas seriam afetadas pela SXF, manifestando seus problemas. Uma em cada 259 mulheres seria portadora ou carregaria o gene com o defeito que causa a síndrome. Com comprometimento intelectual significativo, isto é, com algum grau de retardo mental, ela atinge aproximadamente 1 em cada 1 250 homens e 1 em cada 2 500 mulheres. Pesquisas indicam que 80 a 90% das famílias portadoras ainda não foram diagnosticadas (dados recentes da Espanha).
No Brasil não há estatísticas formais. Constata-se, porém, um freqüente desconhecimento dessa causa de comprometimento mental, tanto por parte de profissionais da área da saúde como da educação e, conseqüentemente, por parte da população em geral. Portanto,não é rara. É pouco conhecida e diagnosticada, já que sua investigação, comprovação e descrição científicas são recentes.
Características físicas:
Recém-nascidos não apresentam indícios de aparência física que antecipem uma suspeita precoce da SXF. De forma semelhante a outros quadros clínicos, apresentam macrocefalia (perímetro da cabeça maior que o normal) e hipotonia (baixo tônus muscular), podendo esta revelar-se, por exemplo, na falta de força para sugar na mamada.
Crianças maiores evidenciam: 
• Atrasos no desenvolvimento psicomotor, com aquisição tardia de posturas (sentar-se, por-se em pé, andar); dificuldades na coordenação de movimentos amplos e finos, inclusive nos requeridas pela motricidade oral para articular a fala.
• Otites médias freqüentes e recorrentes, podendo produzir alterações que dificultam a percepção dos sons na aquisição da fala. • Pálato ogival ("céu da boca muito alto"). 
• Má oclusão dentária. 
• Transtornos oculares (estrabismo, miopia). 
• Alterações em estruturas e funções cerebrais. 
• Convulsões e epilepsia. 
• Outros sintomas: alterações no aparelho osteoarticular (hiperextensibilidade dos dedos, especialmente das mãos; escolioses; pés planos ou "chatos"; peito escavado); alterações no aparelho cardiovascular (prolapso da válvula mitral; leve dilatação da aorta ascendente); pele fina e suave nas mãos.
Jovens e adultos podem apresentar: 
• Rosto alongado eestreito com leve projeção da mandíbula para a frente. 
• Orelhas proeminentes ou de tamanho maior que o normal, com implantação mais baixa. 
• Macroorquidismo (aumento do tamanho dos testículos por transtornos endocrinológicos) após a puberdade
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