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TUTORIA - AGRESSÃO E DEFESA - hipersensibilidade

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Objetivo 1: Explicar hipersensibilidade e seus tipos
Hipersensibilidade é o termo usado quando uma resposta imune resulta em reações exageradas ou inapropriadas, danosas para o organismo. 
O termo alergia é frequentemente usado como sinônimo de hipersensibilidade, porém, seu uso mais exato deve ser limitado a reações mediadas por IgE. As manifestações clínicas dessas reações são típicas de um determinado indivíduo e ocorrem após contato com o antígeno específico contra o qual ele é hipersensível. O primeiro contato do indivíduo com o antígeno o sensibiliza (i.e., induz a produção de anticorpos) e os contatos subsequentes produzem uma resposta alérgica. As reações de hipersensibilidade podem ser divididas em quatro tipos principais. Os tipos I, II e III são mediados por anticorpos, enquanto o tipo IV é mediado por células. As reações do tipo I são mediadas por IgE, ao passo que as reações dos tipos II e III são mediadas por IgG. (WARREN)
Tipo I: Hipersensibilidade imediata (anafilática): Ocorre quando um antígeno (alérgeno) se liga a IgE na superfície de um mastócito, seguido pela consequente liberação de diversos mediadores. A reexposição ao mesmo antígeno resulta na ligação cruzada deste aos anticorpos IgE ligados às células, na degranulação e na liberação de mediadores farmacologicamente ativos em poucos minutos (fase imediata). A fase tardia da inflamação ocorre seis horas após a exposição ao antígeno e é devida a ação de mediadores como leucotrienos que são sintetizados após a degranulação celular. Esses mediadores causam um influxo de células inflamatórias como neutrófilos e eosinófilos. O complemento não está envolvido com as reações imediatas ou tardias porque IgE não ativa o complemento. Alguns indivíduos respondem às substâncias com a produção de grandes quantidades de IgE e como resultado manifestam vários sintomas alérgicos. Indivíduos não alérgicos respondem ao mesmo antígeno produzindo IgG, que não causa a liberação de mediadores por mastócitos e basófilos (não existem receptores para IgG nessas células). Há uma predisposição genética para a ocorrência de reações de hipersensibilidade imediata. As manifestações clínicas da hipersensibilidade do tipo I podem variar em sua forma e depende principalmente da rota de entrada do alérgeno e da localização dos mastócitos que carreiam a IgE específica para o alérgeno. Além disso, pessoas que respondem a um alérgeno com o surgimento de urticária apresentam IgE específica para o alérgeno em mastócitos na pele, ao passo que os que respondem com rinite apresentam mastócitos específicos para o alérgeno na mucosa do nariz. A forma mais grave de hipersensibilidade do tipo I é a anafilaxia sistêmica, na qual bronco constrição grave e hipotensão (choque) podem ser fatais. As causas mais comuns são alimentos, como amendoim e crustáceos, veneno de abelhas e fármacos como a penicilina. Não há um único mediador que seja responsável por todas as manifestações de reações de hipersensibilidade do tipo I. Alguns mediadores importantes e seus efeitos são: 
Histamina: ocorre em um estado pré-formado, em grânulos de mastócitos e basófilos teciduais. Sua liberação induz vasodilatação, aumento na permeabilidade capilar e contração da musculatura lisa. Fármacos anti-histamínicos bloqueiam os locais receptores de histamina e podem ser relativamente eficientes no tratamento de rinites alérgicas.
• Hipersensibilidade mediada por anticorpos (tipo II - citotóxica). Anticorpos IgG e IgM específicos para antígenos da superfície celular ou da matriz extracelular podem causar lesão tecidual ativando o sistema complemento, recrutando células inflamatórias e interferindo nas funções celulares normais.
A hipersensibilidade citotóxica ocorre quando um anticorpo direcionado a antígenos da membrana celular ativa o complemento. Isso gera o complexo de ataque à membrana (ver Capítulo 63), que danifica a membrana celular. O anticorpo (IgG ou IgM) liga-se ao antígeno por meio de sua porção Fab e funciona como uma ponte para o complemento por meio de sua região Fc. Como resultado, acontece a lise mediada pelo complemento observada nas anemias hemolíticas, nas reações de transfusão associadas ao sistema ABO ou na doença hemolítica associada ao Rh. Além da lise, a ativação do complemento atrai fagócitos ao sítio, com consequente liberação de enzimas que danificam as membranas celulares 
• Hipersensibilidade mediada por imunocomplexos (tipo III). Anticorpos IgM e IgG específicos para antígenos solúveis no sangue formam complexos com antígenos, e esses imunocomplexos podem se depositar nas paredes dos vasos sanguíneos em vários tecidos, causando inflamação, trombose e lesão tecidual. 
É causada pela formação de imunocomplexos antígeno-anticorpo na corrente sanguínea e que posteriormente se deposita no epitélio vascular ou nos tecidos extravasculares. A deposição desses complexos nos tecidos ativa o sistema complemento e induz a resposta inflamatória maciça. Como nas reações de hipersensibilidade tipo II, anticorpos IgM e IgG ativam os distúrbios mediados por imunocomplexos. No entanto a de tipo III não tem a ver com o alvo antigênico, mas com o local em que foi depositado esse complexo que foi formado no plasma sanguíneo.
• Hipersensibilidade mediada por células T (tipo IV). Nesses distúrbios, a lesão tecidual pode ser causada por linfócitos T que induzem inflamação ou matam diretamente as células-alvo. Em muitas dessas doenças, o principal mecanismo envolve a ativação de células T auxiliares CD4 +, as quais secretam citocinas que promovem inflamação e ativam leucócitos, principalmente neutrófilos e macrófagos. Os linfócitos T citotóxicos (CTLs, do inglês, cytotoxic T lymphocytes) contribuem para a lesão tecidual em algumas doenças.
Recebe o nome de reação tardia por apresentar um pico de resposta entre 24 a 48 horas. Essa resposta é mediada por citocinas e linfócitos t, e podem você desenvolver contra células que foram infectadas, antígenos localizados em tecidos e órgãos, sendo encontrada nas doenças autoimunes. As reações de hipersensibilidade que são mediadas por linfócitos t se desenvolvem contra antígenos intracelulares, e com objetivo de eliminá-lo as células destroem o tecido. E na hipersensibilidade tardia mediada por citocinas, tem-se linfócitos t CD4 envolvidos, com a liberação de citocinas recrutadoras de neutrófilos, macrófitos, e liberação de quimosinas, que fazem fagocitose e acabam lesando o tecido
Está envolvida na patogênese de doenças autoimunes e infecciosas (tuberculose, lepra, toxoplasmose), bem como granulomas e dermatite de contato e depende da ação de células recrutadas que costumam levar cerca de 12 horas ou mais para começar a agir (por isso chamada de hipersensibilidade tardia). Essas células devem ser previamente apresentadas ao antígeno e, por isso, na primeira exposição, as células th1 são sensibilizadas e permanecem na circulação como células de memória para um próximo contato. São elas:1. células TCD4: secreção de citocinas que ativam células T citotóxicas (apresentação do antígeno através do MHC classe II) e recrutam monócitos que causam a maioria das lesões 2. células TCD8: fagocitose do antígeno de forma específica (exige sensibilização de contato prévio). Os macrófagos ativados não discriminam as células infectadas as vizinhas saudáveis, causando lesão colateral e morte de células não infectadas. Algumas doenças autoimunes (falhas no reconhecimento de estruturas próprias do organismo) também podem apresentar hipersensibilidade tipo IV:Diabetes mellitus tipo I: ataque contra células B nas ilhotas de Langerhans do pâncreas, causando diminuição da produção de insulina. A destruição das células β é então mediada pela libertação de citocinas durante a reação de hipersensibilidade tardia e pelas enzimas líticas macrofágicas; Esclerose múltipla: lesões inflamatórias da bainha de mielina das fibras nervosas levam a desabilitação neurológica do paciente. Células Th libertam citocinas pró-inflamatórias que participamna ativação e manutenção da reação autoimune e células TCD8 atuam por cito toxidade direta;
Objetivo 2: Relacionar os sintomas com a exposição prévia a alérgenos (antibiótico)
SINTOMAS: ERITEMA, PRURIDO E DISPNEIA
O que é um alérgeno? São antígenos capazes de estimular a hipersensibilidade do tipo I e pode ser fumaça de cigarro, pólen de plantas, ácaro e outros. Possuem baixo peso molecular, alta solubilidade em fluidos corporais, estrutura química estável. Os alérgenos ou são proteínas ou estão associados a proteínas, porque só assim consegue ativar a imunidade celular que é mediada pelos linfócitos.
Fármacos (p. ex., penicilinas, fenacetina, quinidina) podem ligar-se a proteínas na superfície de hemácias e iniciar a formação de anticorpos. Estes anticorpos autoimunes (IgG) interagem com a superfície celular das hemácias, o que resulta em hemólise. (tipo 2)
A forma mais grave de hipersensibilidade do tipo I é a anafilaxia sistêmica, na qual bronco constrição grave e hipotensão (choque) podem ser fatais. As causas mais comuns são alimentos, como amendoim e crustáceos, veneno de abelhas e fármacos como a penicilina. Não há um único mediador que seja responsável por todas as manifestações de reações de hipersensibilidade do tipo I. Alguns mediadores importantes e seus efeitos são: 
Histamina: ocorre em um estado pré-formado, em grânulos de mastócitos e basófilos teciduais. Sua liberação induz vasodilatação, aumento na permeabilidade capilar e contração da musculatura lisa. Fármacos anti-histamínicos bloqueiam os locais receptores de histamina e podem ser relativamente eficientes no tratamento de rinites alérgicas.
OBS: O tratamento sintomático e de suporte para as reações agudas pode incluir
· Anti-histamínicos para prurido.
· Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) para artralgias
· Corticoides para reações graves (p. ex., dermatite esfoliativa, broncoespasmo)
· Adrenalina para anafilaxia

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