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Hipersensibilidade Celular: Tipos e Mecanismos

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Universidade Federal da Bahia 
Faculdade de Medicina 
Departamento de Anatomia Patológica e Medicina Legal 
Disciplina de Imunologia – MED 194 
 
 
Hipersensibilidade celular 
Monitor: Bruno de Bezerril Andrade. 
 
Sumário: 
 
1. Introdução ..................................................................................................................... 1 
2.Tipos de hipersensibilidade celular.............................................................................. 3 
3. Hipersensibilidade de contato ..................................................................................... 4 
3.1. Fases da hipersensibilidade de contato.................................................................... 5 
3.1.1. Fase de sensibilização....................................................................................... 5 
3.1.2. Fase efetora....................................................................................................... 5 
4. Hipersensibilidade tipo tuberculínica......................................................................... 6 
4.1. Teste cutâneo para tuberculina (PPD) ..................................................................... 7 
4.2. Mecanismo da reação .............................................................................................. 7 
5. Hipersensibilidade granulomatosa.............................................................................. 8 
5.1. Morfologia da reação granulomatosa ...................................................................... 8 
6. Questões para estudo.................................................................................................... 9 
7. Bibliografia recomendada.......................................................................................... 10 
 
 
1. Introdução 
O termo hipersensibilidade é aplicado quando uma resposta adaptativa ocorre de forma 
exagerada ou inapropriada, causando reações inflamatórias e dano tecidual. A 
hipersensibilidade é uma característica do indivíduo e não se manifesta no primeiro contato 
com o antígeno indutor da reação de hipersensibilidade, mas geralmente aparece em 
contatos subseqüentes. 
 
 De acordo com a definição de Coombs e Gell, as reações de hipersensibilidade podem ser 
divididas didaticamente em quatro tipos (I, II, III e IV). É preciso dizer que, in vivo, estas 
reações não ocorrem isoladamente. Os três primeiros tipos são mediados por anticorpos, 
enquanto que o quarto tipo é mediado primariamente por células T e macrófagos. Neste 
roteiro, somente as reações do tipo IV serão conceituadas e discutidas. 
 
As reações de hipersensibilidade do tipo IV, ou de hipersensibilidade tardia (celular), 
dependem de diversos eventos que caracterizam a resposta imunológica celular e envolvem 
um número significativo de células recrutadas. Por estes motivos, levam mais de 12 horas 
para se desenvolver. Podem ser demonstradas na patogênese de muitas doenças autoimunes 
e infecciosas (tuberculose, lepra, toxoplasmose, leishmaniose, etc.). Outra forma de 
hipersensibilidade celular é a dermatite de contato, que apresenta lesões mais papulares. 
 
O mecanismo de dano na hipersensibilidade celular inclui linfócitos T, macrófagos e 
monócitos. Linfócitos T citotóxicos (L-Tc) causam dano tecidual direto enquanto 
Linfócitos T auxiliadores (L-Th) secretam citocinas que ativam e recrutam L-Tc , 
monócitos e macrófagos. Os macrófagos são os responsáveis pela magnitude da lesão 
tecidual. 
 
A hipersensibilidade tardia não pode ser transferida de um animal para outro através do 
soro, mas pode ser transferida pelos linfócitos T. As células T necessárias para a resposta 
tardia são células que se tornaram sensibilizadas a um antígeno em particular através de um 
encontro prévio. 
 
 
Tabela 1: Comparação entre os diferentes tipos de hipersensibilidade 
características 
Tipo-I 
(anafilático ou 
hipersensibilidade 
imediata) 
Tipo-II 
(citotóxico anticorpo 
dependente) 
Tipo-III 
(complexos 
imunes) 
Tipo-IV 
(tardio ou celular) 
Anticorpo IgE IgG, IgM IgG, IgM Nenhum 
Antígeno Exógeno Superfície celular Solúvel Tecidos e órgãos 
Tempo de 
resposta 15-30 minutos Minutos-horas 3-8 horas 48-72 horas 
Expressão eczema Lise e necrose Eritema e edema, necrose. 
Eritema e 
enduração. 
Histologia 
Acúmulo de 
neutrófilos, 
basófilos e 
eosinófilos. 
Anticorpo e 
complemento, 
fagocitose. 
Complemento e 
neutrófilos (às 
vezes 
macrófagos) 
Monócitos e 
linfócitos. 
Transferência Anticorpo Anticorpo Anticorpo Células T 
Exemplos 
Asma alérgica, 
anafilaxia, rinite 
alérgica, urticária. 
Eritroblastose fetal, 
síndrome de 
Goodpasture, 
Miastenia grave. 
Lúpus 
eritemastoso 
sistêmico, 
glomerulonefrite. 
Doenças 
granulomatosas, 
tireoidite de 
Hashimoto. 
 
Figura 1: Ilustração dos diferentes tipos de hipersensibilidade (Kuby, Immunology, 2001) 
 
 
 
 
 
 
 
2.Tipos de hipersensibilidade celular 
Três tipos de hipersensibilidade celular são distinguidos de acordo com a histologia e 
apresentação clínica. Tais tipos estão listados na tabela 2 e serão abordados nos tópicos 
seguintes. 
 
 
Tabela 2: 
Tipos de hipersensibilidade tipoIV 
Tipo 
Tempo 
de 
reação 
Aparência 
clínica Histologia Antígeno e sítio 
Contato 48-72 h Eczema 
Linfócito, seguido 
de macrófagos; 
edema de 
epiderme. 
Na epiderme (produtos 
químicos orgânicos, 
venenos, metais 
pesados, etc.). 
Tuberculínica 48-72 h Enduração local 
Linfócitos, 
monócitos, 
macrófagos. 
Intraderme (tuberculina, 
etc.). 
Granulomatosa 21-28 dias 
Enduração 
local 
Macrófagos, 
células 
epitelióides e 
gigantes, fibrose. 
Persistência do antígeno 
ou presença de corpo 
estranho (tuberculose, 
lepra, etc.). 
 
 
 
Figura 2: Ilustração da hipersensibilidade de 
contato. Á esquerda, os mecanismos 
imunológicos. Abaixo, demonstração clínica 
em relação a diversas substâncias (Modificado 
de Kuby, Immunology, 2001). 
3. Hipersensibilidade de contato 
Trata-se basicamente de um fenômeno epidérmico. É caracterizada clinicamente por 
eczema (dermatite) no local de contato com o alérgeno. Antígenos comuns nestas reações 
são os haptenos (níquel, cromato e substâncias químicas encontradas na borracha), a hera 
venenosa e o carvalho venenoso. 
 
Na hipersensibilidade de contato os haptenos penetram pela epiderme e se conjugam às 
proteínas normais do organismo (que funcionarão como proteínas carreadoras de haptenos). 
Alguns haptenos, como o dinitroclorobenzeno (DNCB), irão sensibilizar quase todos os 
indivíduos. O reconhecimento de um conjugado pela célula T é específico para um 
conjugado hapteno/carreador e não é dependente do reconhecimento separado do hapteno e 
do carreador como ocorre na formação de anticorpos. 
 
As células de Langerhans são as principais células apresentadoras de antígenos na 
hipersensibilidade de contato. Aproximadamente quatro horas após a exposição ao DNCB, 
as células de Langerhans aparecem nas áreas corticais dos linfonodos drenantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1. Fases da hipersensibilidade de contato 
3.1.1. Fase de sensibilização 
Ocorre em torno de 10 a 14 dias no homem. Segue o seguinte roteiro: 
 
1) Absorção do hapteno pela pele; 
2) Combinação do hapteno com uma proteína (carreador); 
3) Internalização do conjugado hapteno-carreador pelas células 
apresentadoras de antígenos (APC); 
4) Migração das células apresentadoras de antígenos para as áreas 
corticais dos linfonodos regionais; 
5) Apresentação do conjugado hapteno-proteína processado (através 
do MHC II das APC) aos linfócitos TCD4+ auxiliares; 
6) Formação de população de TCD4+ ativados e uma de memória; 
 
 
Através de estudos, foi comprovado que a dose de antígeno por unidade de área é o 
principal determinante da sensibilização e não a dose total ou área total. 
Células de memória (vida longa) 
Células efetoras (vida curta) 
Células Apresentadoras 
de Antígenos (APC): 
Macrófago 
Células de Langerhans 
Células T na hipersensibilidadetardia : 
Linfócitos TCD4 auxiliares (geralmente Th1) 
Linfócitos TCD8 citotóxicos (ocasionalmente) 
Antígeno 
processado 
Figura 3: Fase de sensibilização 
 
 
 
 
 
 
 
Célula TDTH 
 
 
 APC 
Célula TCD4 h 
 
 (Kuby, Immunology, 2001) 
 
 
 
3.1.2. Fase efetora 
A primeira manifestação da hipersensibilidade de contato ocorre depois de 4 a 8 horas da 
segunda exposição ao imunógeno. Os linfócitos TCD4+ de memória são ativados pela 
apresentação do conjugado hapteno-proteína processado pelas células de Langerhans. A 
partir deste ponto, essas células passam a produzir e secretar IL-2, IL-3, IFN-γ, entre outras 
citocinas importantes para este processo de reação de hipersensibilidade. Segue-se, então, 
uma proliferação de linfócitos T induzida por IL-2. O IFN-γ induz modificações nos 
ceratinócitos, estimulando-os a liberar outras citocinas, tais como IL-6 e IL-1. O resultado é 
uma intensa migração de linfócitos para o sítio da inflamação e formação de eczema. A 
maior população celular infiltrante é da linhagem de linfócitos TCD4+, porém encontram-
se também linfócitos TCD8+, células de Langerhans, e em menor proporção, basófilos e 
mastócitos (geralmente sofrem degranulação). Em uma fase mais tardia (48-72 horas) tem-
se uma infiltração de macrófagos com liberação de prostraglandina-E, que induzem uma 
regulação negativa e a degradação do Hapteno conjugado. 
 
MHC II +
Antígeno
CD4
Sinal 
co-estimulador
Linfócito Th1
IL-2
IL-2R
IL-2 IL-2
Migração de linfócitos
para o sítio da inflamação
(formação de eczema)
Linfócito Th ativado
IFN-γ
Macrófago
IL-12
Linfócito Th ativado
IFN-γ, TNF, IL-2 e
outras citocinas
Figura 4: A fase efetora
a) Ativação de linfócitos T sensibilizados b) Cascata de linfócitos de
Macrófago e linfócitos
APC
MHC II +
Antígeno
CD4
Sinal 
co-estimulador
Linfócito Th1
IL-2
IL-2R
IL-2 IL-2
Migração de linfócitos
para o sítio da inflamação
(formação de eczema)
Linfócito Th ativado
IFN-γ
Macrófago
IL-12
Linfócito Th ativado
IFN-γ, TNF, IL-2 e
outras citocinas
Figura 4: A fase efetora
a) Ativação de linfócitos T sensibilizados b) Cascata de linfócitos de
Macrófago e linfócitos
MHC II +
Antígeno
CD4
Sinal 
co-estimulador
Linfócito Th1
IL-2
IL-2R
IL-2 IL-2
Migração de linfócitos
para o sítio da inflamação
(formação de eczema)
Linfócito Th ativado
IFN-γ
Macrófago
IL-12
Linfócito Th ativado
IFN-γ, TNF, IL-2 e
outras citocinas
MHC II +
Antígeno
CD4
Sinal 
co-estimulador
Linfócito Th1
IL-2
IL-2R
IL-2 IL-2
Migração de linfócitos
para o sítio da inflamação
(formação de eczema)
Linfócito Th ativado
IFN-γ
Macrófago
IL-12
Linfócito Th ativado
IFN-γ, TNF, IL-2 e
outras citocinas
Figura 4: A fase efetora
a) Ativação de linfócitos T sensibilizados b) Cascata de linfócitos de
Macrófago e linfócitos
APC
 
b) Cascata de ativação de 
linfócitos e macrófagos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Kuby, Immunology, 2001) 
 
4. Hipersensibilidade tipo tuberculínica 
O médico alemão descobridor da causa da tuberculose, Robert Koch, descreveu uma forma 
de hipersensibilidade observada em pacientes com tuberculose após de uma injeção de 
tuberculina (antígeno lipoprotéico derivado do bacilo da tuberculose). Esta reação é 
caracterizada clinicamente por uma enduração e eritema da pele no local da lesão. 
Antígenos solúveis de Leishmania e Micobactérias (M. leprae) e também antígenos não 
microbianos, tais como o berílio e o zircônio induzem reação semelhante em pessoas 
sensíveis. 
 
4.1. Teste cutâneo para tuberculina (PPD) 
A importância do conhecimento da hipersensibilidade tipo tuberculínica consiste no fato de 
que esta reação é freqüentemente usada como base de um teste para verificação de 
sensibilidade a um organismo após uma exposição prévia (teste de Mantoux). Hoje não se 
usa mais a tuberculina clássica, e sim um derivado protéico purificado (PPD) da 
Micobactéria. 
4.2. Mecanismo da reação 
Doze horas após o estímulo PPD intradérmico (PPD diluído injetado através de seringa 
tuberculínica de calibre 27) em um indivíduo previamente sensibilizado, há uma migração 
de linfócitos para as regiões perivasculares. A população de células CD4+ excede a de 
células CD8+ em 2:1. Algumas células CD4+ infiltram a epiderme. Em 48 horas, células 
CD1+ também são encontradas, juntamente com macrófagos e células de Langerhans, que 
começam a migrar para fora de epiderme. Os macrófagos são provavelmente as principais 
células apresentadoras de antígeno na reação de hipersensibilidade tuberculínica. Achados 
histológicos sugerem que células de Langerhans e CD1+ também podem estar envolvidas. 
Posteriormente (aprox. 72 horas), os ceratinócitos passam a expressar moléculas de MHCII 
(HLA-DR) na superfície. Na maioria das vezes, não há infiltrado de basófilos e mastócitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Esquematização simplificada dos 
processos da reação tuberculínica. 
 
 
A persistência do antígeno no tecido pode provocar o desenvolvimento da lesão 
tuberculínica em uma reação granulomatosa. 
 
 
Possíveis reações adversas aos testes cutâneos: 
Alguns pacientes que se mostram altamente sensíveis a vários antígenos exibem reações 
locais acentuadas a testes cutâneos. Se houver suspeita de sensibilidade incomum, deve-se 
efetuar o teste preliminar com antígeno diluído. As reações incluem eritema, enduração 
acentuada e, raramente, necrose local. O teste raramente pode resultar em sensibilização. 
Não é comum a ocorrência de efeitos colaterais sistêmicos, como febre ou anafilaxia. A 
injeção de corticosteróides em áreas endurecidas hiper-reativas pode modificar a gravidade 
da reação. 
5. Hipersensibilidade granulomatosa 
Trata-se da mais importante variante de hipersensibilidade tardia (do ponto de vista 
clínico), pois diversas doenças importantes podem manifestar reações granulomatosas 
(tuberculose, hanseníase, Leishmaniose, esquistossomose, etc.). 
As causas da hipersensibilidade granulomatosa podem ser: 
- A persistência de um microrganismo no interior do macrófago que está 
inapto a destruir (por ex. bacilo da tuberculose); 
- A contínua presença de complexos imunes (por ex. alveolite alérgica). 
 
Granuloma não imune ou de corpo estranho: 
Há um outro tipo de granuloma conhecido como não imunológico. Sua causa é a presença 
de material estranho não imunogênico que o organismo não consegue degradar (pedaço de 
vidro, talco, etc.). Podem ser produzidos também por sensibilidade ao zircônio e berílio. 
Nesta reação, não se verifica a presença de linfócitos na lesão. O resultado final é a 
formação de granuloma de células epitelióides. 
5.1. Morfologia da reação granulomatosa (ver figura 6) 
 
- Granuloma (lesão granulomatosa típica) 
É um padrão distintivo de reação inflamatória crônica na qual o tipo celular 
predominante é um macrófago com uma aparência semelhante a uma célula epitelial (ver 
célula epitelióide adiante). Neste tipo de lesão, tem-se uma agregação microscópica de 
células epitelióides, juntamente com macrófagos e células gigantes, na região central. Tal 
agregação é geralmente circundada por um colar de linfócitos e, ocasionalmente, por 
plasmócitos (Bainha de Linfócitos). Os granulomas mais antigos desenvolvem uma orla 
de fibroblastos e tecido conjuntivo (quando há fibrose). 
 
- Células epitelióides 
Sua natureza não está totalmente esclarecida. Há sugestões de que seriam derivadas de 
macrófagos. São células características da reação granulomatosa. São grandes, achatadas 
e com Retículo endoplasmático desenvolvido. Sua função está relacionada com o 
isolamento do imunógeno ou antígeno não degradável no centro do granuloma, com o 
objetivo de impedir a sua disseminação. 
 
- Células gigantes multinucleadas 
Seus núcleos têm distribuição periférica. Possui pequeno retículo endoplasmático e as 
mitocôndrias e lisossomos parecem estar sofrendo degeneração. Acredita-se que estas 
células sejam um estágio terminal dediferenciação da linhagem monócito/macrófago. 
Sua função está relacionada à fagocitose de alvos maiores (fragmentos de material não 
degradável ou parasitos multicelulares). 
 
 Figura 6: Mo ologia de uma lesão granulomatosa (Kuby, Immunology, 2001) Granuloma caseoso (tuberculose) 
Células T DTH
Células gigantes 
multinucleadas
Células 
epitelióides
Macrófagos 
ativadosBac ria 
intrac ular
Macrófagos 
ativados
Centro
caseoso
Macrófagos
com bacilos
Macrófagos 
ativados
Células T DTH
Bacilo
 Figura 6: Mo ologia de uma lesão granulomatosa (Kuby, Immunology, 2001) Granuloma caseoso (tuberculose) 
Células T DTH
Células gigantes 
multinucleadas
Células 
epitelióides
Macrófagos 
ativadosBac ria 
intrac ular
Macrófagos 
ativados
Centro
caseoso
Macrófagos
com bacilos
Macrófagos 
ativados
Células T DTH
Bacilo
 rfrf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
tété 
 
elel 
 
6. Questões para estudo 
 
1) Conceitue hipersensibilidade e discuta as diferenças entre os tipos de 
hipersensibilidade. 
2) Cite as células envolvidas na hipersensibilidade tardia, comente sobre suas 
características morfológicas, linhagem celular e funções efetoras. 
3) Quais os principais mediadores da resposta celular e suas respectivas funções? 
4) Qual o papel dos linfócitos T na resposta tuberculínica? 
5) Cite o papel das citocinas e prostraglandinas na Hipersensibilidade de contato. 
6) Desenvolva um cronograma dos acontecimentos da Hipersensibilidade tuberculínica 
dando ênfase às interações celulares. Qual a importância clínica do teste de 
Mantoux? 
7) Como o granuloma pode exercer um papel na defesa do organismo? 
8) Como o granuloma pode causar dano ao organismo? 
9) Questão desafio: Porque os corticosteróides são utilizados no tratamento de 
patologias associadas a reações de hipersensibilidade celular? Discuta os 
mecanismos de ação sistêmica dos corticosteróides e a sua relação com o sistema 
imunológico. 
7. Bibliografia recomendada 
 
7.1. Básica 
• Brostoff and Male: Roitt´s Immunology, 5th Ed. 
7.2. Avançada 
• Ahmed RA, Blose DA: Delayed hypersensitivity skin testing: A review. Arch 
Dermatol 1983;119:934. 
• Dannenberg AM: Delayed-type hypersensitivity and cell mediated immunity in 
pathogenesis of tuberculosis. Immunol Today 1991;12;228. 
• Frazer IH et al: Assessment of delayed-type hypersensitivity in man. A comparison 
of the “multitest” and conventional intradermal injection of six antigens. Clin Exp 
Immunol 1985;35:182 
Impresso por Mary, CPF 558.778.932-20 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode
ser reproduzido ou repassado para terceiros. 29/10/2020 10:14:00
Hipersensibilidade do Tipo I ou Hipersensibilidade Imediata 
 Definição: reações desencadeadas por antígenos ambientais onde há participação de 
 linfócitos T CD4+ auxiliares do tipo 2, estimulando a síntese de IgE que por sua vez se liga a 
 mastócitos e/ou basófilos que liberam substâncias vasoativas, aumentando a permeabilidade 
 vascular, vasodilatação e constrição de musculatura lisa. Em medicina clínica estas reações 
 são comumente chamadas de alergias ou atopias, e as doenças associadas a elas são 
 chamadas de reações alérgicas ou hipersensibilidade imediata. 
 Alergia x Atopia: Alergia é toda reação gerada a partir de agentes alergênicos, e a atopia é 
 gerada por agentes alérgenos derivados do ambiente. Então todo agente atópico é um 
 alérgeno mas nem todo alérgeno é atópico. 
 
 A sequencia de eventos típicos da hipersensibilidade imediata consiste em: 
 1. Exposição a um alérgeno. 
 2. Ativação de T CD4 tipo 2 e linfócitos B específicos. 
 3. Produção de IgE. 
 4. Ligação de IgE a receptores em mastócitos 
 5. Estimulo em mastócitos e liberação de mediadores. 
 6. Reação Patológica. 
 
 
 Características Gerais: 
  As marcas de autenticidade das doenças alérgicas são a ativação de células T CD4 
 do tipo 2 e a produção do anticorpo IgE. 
  A ligação das IgE aos mastócitos também é chamada de , porque os sensibilização
 mastócitos revestidos por IgE estão prontos para ser ativados ao encontro com um antígeno, 
 ou seja são sensíveis ao antígeno. Além disso no primeiro contato com o alérgeno ocorre o 
 aumento no número de células B, no segundo contato a reação é potencializada devido a 
 sensibilização prévia. 
  Seu desenvolvimento é de . Pode ser manifestada em qualquer idade origem genética
 basta o contato com o alérgeno. 
Impresso por Mary, CPF 558.778.932-20 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode
ser reproduzido ou repassado para terceiros. 29/10/2020 10:14:00
  A antígeno em casos de hipersensibilidade passa a se chamar , e geralmente alérgeno
 são proteínas e substâncias químicas ambientais comuns. 
  As e patológicas da hipersensibilidade imediata consistem em manifestações clínicas
 reação imediata vascular e da musculatura lisa que se desenvolve rapidamente após 
 exposição repetida ao alérgeno e uma reação tardia consistindo principalmente em inflamação. 
  As produzidas pelo linfócito T CD4+ tipo 2 são importantes para caracterizar citocinas
o processo. 
  As reações de hipersensibilidade imediata se manifestam de modos diferentes, 
 incluindo alergias na pele e mucosas, alergias alimentares, asma e anafilaxia sistêmica. 
 Produção de IgE 
 
 Os indivíduos atopicos produzem altos níveis de IgE em resposta a alérgenos ambientais, 
 enquanto os indivíduos normais, em geral, sintetizam outros isótipos de imunoglobulinas, como 
 IgG e IgM, e somente pequena quantidade de IgE. 
 A síntese de IgE depende principalmente de três fatores: natureza do alérgeno, ativação das 
 células auxiliares do tipo 2 e mudança de isótipo de cadeia pesada. Esses três fatores 
 diferenciam individuos alérgicos e não alérgicos, pois estas informações estão relacionadas ao 
DNA. 
 
 Papel dos Mastócitos, Basófilos e Eosinófilos na Hipersensibilidade Imediata 
 
 Essas três células são efetoras nas reações de hipersensibilidade imediata e doenças 
 alérgicas. Embora cada um destes tipos de células tenha características únicas, todos os três 
 contem grânulos citoplasmáticos contendo mediadores das reações alérgicas, e todos os três 
 produzem mediadores lipídicos e citocinas que induzem inflamação. 
 
Propriedades: 
  Quando ativados pela IgE tem a capacidade de fazer a exocitose de grânulos pré 
 formados que liberam mediadores lipídicos e citocinas. 
  A reação inflamatória causa coceira, isso ocorre pois a ativação destas células pela IgE 
 promove a ativação de enzimas no interior da célula (fosfolipases, quinases) e estas irão 
 degradar os fosfolipídeos de membrana dando origem ao ácido araquidônico. A degradação do 
 ácido araquidônico pode seguir duas vias, cicloxigenase ou lipoxigenase, em qualquer uma das 
 duas ocorre a formação de mediadores lipídicos (ex. prostaglandinas). Estes mediadores irão 
 desencadear diversas respostas relacionadas a alergia, uma delas é o prurido. 
  As substâncias liberadas pelos grânulos apresentam ações variadas: aumentam a 
 permeabilidade vascular, causam vasodilatação e broncoconstrição, aumentam a quimiotaxia, 
 causam prurido e vermelhidão do local afetado, entre outros. 
  Eosinófilos também liberam grânulos que contém substâncias tóxicas específicas que 
 degradam a parede celular de helmintos, protozoários, vermes e bactérias. 
 Mediadores Derivados de Mastócitos,Basófilos e Eosinófilos 
  Histamina: aumenta a permeabilidade vascular, estimula a contração de músculo liso. 
  Enzimas: degradam estrutubras microbianas; dano e remodelação de tecidos. 
  Prostaglandinas: vasodilatação, broncoconstrição, quimiotaxia dos neutrófilos. 
  Leucotrienos: broncoconstrição prolongada, secreção de muco e aumento da 
 permeabilidade vascular. 
  Citocinas: proliferação de mastócitos, reação inflamatória tardia, produção de IgE, 
 secreção de muco, produção e ativação de eosinófilos. 
Hipersensibilidade do tipo II 
 A hipersensibilidade do tipo II, também conhecida como citotóxica, se caracteriza 
 pelo fato de o antígeno se encontrar na superfície celular, seu tempo de reação vai 
 de alguns minutos a horas e é mediada principalmente pelos anticorpos do tipo IgM 
 e IgG e complemento. Nesse caso os anticorpos destroem as células do hospedeiro 
 (auto-anticorpo) e pode ocorrer nos casos de transfusão de sangue, reações a 
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 drogas e incompatibilidade materno-fetal por exemplo. Pode ser tratado 
 principalmente com anti- flamatórios e imunossupressores.in 
 
 Alguns fatores que podem desencadear a hipersensibilidade do tipo II 
são: 
 
1) Transfusão Sanguínea 
 
 A reação é desencadeada a partir de (lise de hemácias), sabe-se que as hemólise
 hemácias são espécie específicas, e os animais apresentam grupos sanguíneos, ou 
 seja, a transfusão sanguínea pode causar reações alérgicas. Ex, cães apresentam 7 
 grupos sanguíneos, gatos 2 grupos, além disso humanos e primatas apresentam o 
 fator RH ( positivo ou negativo). 
 
 
 
 não é possível pois o - A transfusão entre animais de diferentes espécies
 organismo do animal receptor reconhece as hemácias do doador como não próprias 
 e ocorre hemólise generalizada. Isso ocorre pois as hemácias de cada espécie 
 possuem em sua membrana celular moléculas de superfície (glicoproteínas ou 
 glicolipídeos que integram a membrana) que agem como antígenos no organismo 
 de um animal de outra espécie. Além disso na transfusão não ocorre apenas a 
 passagem de hemácias, mas também de proteínas, hormônios, plaquetas, glóbulos 
 brancos, etc, sendo assim, o sistema imune do animal receptor pode reconhecer 
 qualquer um destes componentes como sendo um antígeno. Porém só chamamos 
 de hipersensibilidade do tipo II quando ocorre hemólise, se a reação for a alguma 
 outra proteína transfundida será hipersensibilidade do tipo I. 
 Então se o sangue for transfundido de um animal para outro indivíduo 
 geneticamente diferente, os antígenos nas superfícies das hemácias estimularão 
 uma resposta imune. Esta resposta provocará a eliminação rápida das hemácias 
 transfundidas como resultado de uma hemólise intravascular mediada por 
 anticorpos e complemento e de uma destruição extravascular, resultando na 
 opsonização e depuração pelo sistema mononuclear fagocitário. 
 - A transfusão entre animais da mesma espécie é possível, se as hemácias do 
 doador forem idênticas as do receptor não ocorrerá nenhuma resposta imune. 
 Porém pode ocorrer o seguinte, na primeira transfusão antígenos estranhos nas 
 hemácias transfundidas estimulam uma resposta imune no receptor, as células 
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 transfundidas então circulam por um período antes de a produção de anticorpos se 
 iniciar e ocorrer uma eliminação imune. Em uma segunda transfusão com estas 
 mesmas células o animal já vai estar sensibilizado e terá anticorpos 
 correspondentes aos antígenos destas hemácias, e assim ocorre hemólise imediata. 
 
 Doador de sangue ideal? 
 Deve ser um animal saudável, de 
 porte grande (ex, cães com mais de 25 Kg), vacinado, que receba uma alimentação 
 de qualidade e de preferencia que seja dócil. Este animal pode doar sangue de 15 
 em 15 dias. 
 O tamanho e peso do animal é importante pois normalmente retira-se 2% de 
 sangue do doador. O ideal é que o receptor receba pelo menos 50% do sangue que 
 teria em normalidade, sendo que aproximadamente 8% do peso do animal é 
 correspondente aos litros de sangue que ele possui. Ex. cão de 10 Kg. 
 10 --- 100% 
 x --- 8% 
 x = 0,8 litros ou 80 ml de sangue.. Então se este animal precisasse de uma 
 transfusão o volume ideal para ser recebido seria 40 ml. 
 
2) Doenças infecciosas 
 
 No caso de doenças infecciosas o agente parasitário invade as hemácias do 
 hospedeiro e replica-se dentro destas. Na circulação sanguínea ao passarem pelo 
 baço estas hemácias são reconhecidas como células doentes e então são 
 capturadas e destruídas, também podem ser destruídas ao longo de toda corrente 
 sanguínea, lisadas por anticorpos e complemento hemolítico ou fagocitadas pelos 
 fagócitos mononucleares. Então, por exemplo, um animal anêmico e com 
 esplenomegalia é indicativo de hemólise. 
 Essa reação pode ser causada por diversos agentes infecciosos: antígenos 
 bacterianos, tais como os lipopolissacarídeos, os vírus, tais como vírus da anemia 
 infecciosa equina e o vírus da doença aleutiana, as rickétsias, tais como 
 anaplasmose e os protozoários, tais como os tripanossomos e a babesiose. 
 
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3) Isoeritrólise Neonatal 
 
 
 Durante a gestação ocorre o vazamento de hemácias fetais da placenta para a 
 corrente sanguínea da mãe. Estas fêmeas ficam sensibilizadas e produzem 
 anticorpos anti-hemácias que podem se concentrar no colostro. Quando o animal 
 recém nascido mama, estes anticorpos colostrais são absorvidos através da parede 
 intestinal e assim atingem sua circulação. Esses anticorpos direcionados contra os 
 antígenos de grupo sanguíneo do próprio recém nascido, provocam uma destruição 
 rápida de suas hemácias. O filhote pode receber transfusão de sangue para tentar 
 reverter o quadro. A isoeritrólise neonatal pode ocorrer em muitas espécies e 
 também é chamada de doença hemolítica do recém nascido. 
 
4) Reação a drogas 
 
 Neste caso as hemácias podem ser destruídas por meio de três mecanismos. 
 Em primeiro lugar, a droga e o anticorpo podem se combinar e assim ativar o 
 complemento, então as hemácias serão destruídas em um efeito curioso como os 
 componentes ativados do complemento ligados as células vizinhas. 
 Em segundo lugar, algumas drogas podem se ligar firmemente as células, 
 especialmente as células do sangue. Por exemplo, a penicilina e a fenacetina 
 podem ser adsorvidas na superfície das hemácias, como estas células são então 
 modificadas, elaspodem ser reconhecidas como estranhas e eliminadas por uma 
 resposta imune, resultando na ocorrência de uma anemia hemolítica. 
 Em terceiro lugar, algumas drogas, tais como as cefalosporinas, modificam a 
 membrana das hemácias de modo que estas adsorvam passivamente os anticorpos 
 e sejam então removidas pe 
Hipersensibilidade do Tipo III 
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 A formação dos por meio da imunocomplexos 
 combinação de anticorpos com um antígeno inicia vários processos biológicos, dos 
 quais o mais importante é a cascata do complemento. Quando os imunocomplexos 
 ativados por complemento são depositados nos tecidos, eles geram peptídeos 
 quimiotáxicos que atraem os neutrófilos. Os neutrófilos liberam radicais livres e 
 enzimas nos tecidos e assim provocam inflamação e destruição tecidual. As lesões 
 geradas dessa maneira são classificadas como reações de hipersensibilidade do tipo 
 III ou mediadas por imunocomplexos. 
 Exemplo: um estímulo qualquer gera a produção de anticorpos, estes se unem aos 
 antígenos e formam o imunocomplexo que então poderá se depositar em algum 
 órgão ou tecido, por exemplo, deposição em um vaso sanguíneo desencadeando 
 uma vasculite, ou deposição nos rins desencadeando uma glomerulonefrite. 
 Ou seja, podemos definir a hipersensibilidade do tipo III como sendo uma reação 
 inflamatória em resposta a formação do imunocomplexo e que pode atingir 
 variados locais do organismo. 
 
 bA severidade dessas reações depende da quantidade e do local onde se 
 depositaram os imunocomplexos. 
 Duas formas principais de reações são conhecidas. As reações locais ocorrem 
 quando os imunocomplexos se depositam dentro dos tecidos e podem ser induzidos 
 em qualquer tecido ao qual o antígeno tenha acesso. A segunda forma resulta 
 quando grandes quantidades de imunocomplexos são formados dentro da 
 circulação, podendo se depositar nos vasos sanguíneos ou nos rins, além disso se 
 eles se de positarem nas células sanguíneas pode ocorrer anemia, leucopenia ou mj
trombocitopeni a. 
 Em importante destacar que a formação de imunocomplexos é uma reação normal 
 do sistema imune a um antígeno e portanto as reações de hipersensibilidade do 
 tipo III resultam de uma formação muito grande destes imunocomplexos. 
 
 Reações de Hipersensibilidade do Tipo III Locais 
 A reação local também conhecida como ocorre quando um reação de Arthus 
 antígeno atinge apenas um determinado tecido ou local (exemplo tecido 
 subcutâneo) do organismo de um animal que já possui anticorpos e dentro de 
 algumas horas desenvolve uma inflamação aguda. 
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 As primeiras alterações histológicas observadas são aderência neutrofílica do 
 antígeno ao endotélio vascular seguida de sua emigração através das paredes 
 das vênulas sanguíneas no interior dos tecidos. Em 6 a 8 horas o local apresenta 
 uma grande quantidade de neutrófilos, a medida que a reação progride a parede 
 dos vasos sanguíneos é destruída e assim ocorre hemorragia, edema, 
 agregação plaquetária e trombose. Com 8 horas as células mononucleares surgem 
 na lesão, e com 24 horas ou mais, dependendo da quantidade de antígenos no 
 local, estas células se tornam o tipo celular predominante. As células de defesa no 
 local irão liberar enzimas e e cininas, com o objetivo de destruir o antígeno, como 
 resultado também ocorre a destruição tecidual e inflamação. 
 
 Reações de Hipersensibilidade do Tipo III Generalizadas 
 Se um antígeno é administrado endovenosamente a animais com um nível alto de 
 anticorpos circulantes, formam-se imunocomplexos na corrente sanguínea. Esses 
 imunocomplexos são normalmente removidos por meio de ligação com hemácias ou 
 plaquetas, ou, se forem muito grandes, são removidos por células do sistema 
 mononuclear fagocitário. No entanto, se complexos forem produzidos em 
 quantidades excessivas, podem se depositar nas paredes dos vasos sanguíneos, 
 especialmente nas artérias de tamanho médio, e nos vasos em que ocorre um 
 escoamento fisiológico de fluido, por exemplo, nos glomérulos, na sinóvia e no 
 plexo coroide. Um exemplo deste tipo de reação é a enfermidade do soro, reação 
 de curta duração (poucos dias) que ocorre quando há formação de imunocomplexo 
 a partir de um antígeno do soro ligado a anticorpos do animal que o recebeu, é 
 caracterizada por vasculite generalizada, edema, urticária de pele, neutropenia, 
 aumento de linfonodos, inchaço das articulações e proteinúria. 
 
 Exemplos de reações mediadas por imunocomplexos: 
 1) Miastenia Grave: o imunocomplexo se deposita nos receptores de acetilcolina 
 em sinapses, impedindo a interação deste neurotransmissor com seu receptor, 
 gerando distúrbios neuromusculares, perda de movimentos e fraqueza muscular. 
 2) Diabetes Mellitus tipo 1: O imunocomplexo se deposita no pâncreas e gera 
 a destruição das células beta que secretam insulina, portanto a sua produção é 
 insuficiente e o indivíduo apresenta acúmulo de glicose sérica, hiperglicemia. 
 3) Hipersensibilidade Alimentar: Se um sucedâneo do leite antigênico, por 
 exemplo, a proteína de soja, for oferecida a bezerros muito jovens antes 
 do desenvolvimento da função ruminal, o antígeno estranho pode ser absorvido e 
 pode estimular a formação de anticorpos e uma hipersensibilidade do tipo III. 
 4) Poliartrite: os imunocomplexos podem ser facilmente encontrados no sangue e 
 no fluido sinovial dos animais com artrite reumatoide e em muitos casos 
 de osteoartrite. 
 Além disso vários outros fatores podem gerar a hipersensibilidade do tipo III: 
 doenças sistêmicas, sarnas, piometra, hipersensibilidade a drogas, entre outras. 
Sistema Complemento. 
 Os mecanismo efetores das respostas imunes podem ser divididos em: 
 1. Mecanismos efetores da imunidade mediada por células: estão baseados 
 principalmente nos linfócitos T CD4+ auxiliares, que podem ser divididos em auxiliares 
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 do tipo I (relacionados a reações que envolvem macrófagos) e auxiliares do tipo II ( 
 relacionados reações que envolvem eosinófilos, mastócitos e APC's). Além dos 
 auxiliares temos o linfócito T CD8+ citotóxico (responsável por fazer citotoxidade, 
 destruição de células doentes, através de enzima proteolíticas, granzimas e 
 perforinas), e as células de T de memória (responsáveis por respostas mais rápidas e 
 amplificadas contra um antígeno previamente identificado). 
 2. Mecanismos efetores da imunidade humoral: tudo que é efetor paradestruir 
 antígenos a partir da imunidade mediada por anticorpos, por exemplo: neutralização de 
 microrganismo e substâncias bacterianas, por opsonização e fagocitose; A própria 
 opsonização atrai células que irão destruir os microrganismos; Citotoxidade mediada 
 dependente de anticorpo, a opsonização libera sítios que atraem as células natural 
 killers para destruir os antígenos; Sistema complemento, forma produtos que visam 
 eliminar os antígenos; Remoção de helmintos mediada por anticorpos; Entre outros. 
 SISTEMA COMPLEMENTO 
 
 E um dos principais mecanismos efetores da imunidade humoral, e é também um importante 
 mecanismo efetor da imunidade inata. 
 Consiste em um grupo de proteínas séricas e de superfície celular que interagem entre si e 
 com moléculas do sistema imune, de maneira altamente regulada para formar produtos cuja 
 função é eliminar os microrganismos. São 17 proteínas que ou estão livres no sangue ou na 
 superfície celular, elas são produzidas no fígado ou por macrófagos. Sua interação tem a 
 finalidade de eliminar o antígeno. Essas proteínas só apresentam função juntas e após 
ativação. 
 A ativação do complemento envolve a proteólise sequencial com o objetivo de gerar complexos 
 enzimáticos com atividade proteolítica. Os produtos desta ativação se ligam covalentemente as 
 superfícies das células microbianas ou a anticorpos ligados a microrganismos e a outros 
antígenos. 
 A ativação do complemento pode ser inibida por proteínas reguladoras que estão presentes 
 nas células do hospedeiro normal e ausentes nos microrganismos, devido a isso os danos nas 
 células do hospedeiro são menores. 
 
 Vias de Ativação do Complemento 
 
 Existem três vias principais de ativação do sistema complemento: a via clássica, a qual é 
 ativada por certos isótipos de anticorpos ligados aos antígenos; a via alternativa, a qual é 
 ativada nas superfícies das células microbianas na ausencia de anticorpos; e a via da lectina, a 
 qual é ativada por uma lectina plasmática que se liga a resíduos de manose nos 
 microrganismos. 
 Embora as vias de ativação sejam diferentes na forma de ativação, todas elas resultam na 
 geração de complexos enzimáticos capazes de clivar a proteína C3 do complemento. As vias 
 alternativa e da lectina são mecanismos efetores da imunidade natural, enquanto a via clássica 
 é um componente principal da imunidade humoral adquirida. 
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 Via Clássica: quando o sistema imune reage ao antígeno ocorre a produção de 
 anticorpos, quando a imunoglobulina IgM se liga ao antígeno, ocorre a formação do chamado 
 imunocomplexo (complexo AG-AC ou IgM-AG), automaticamente a associação entre estas 
 moléculas faz com que a IgM libere um sítio de ligação para a primeira proteína do 
 complemento, chamada de C1, quando ela se liga ao complexo IgM-AG ela se torna C1 
 ativada, e então irá atuar sobre outras duas proteínas do sistema complemento, a C2 e a C4. A 
 proteína C1 ativada passa a ter capacidade enzimática e promove a clivagem de C2 e C4, 
 respectivamente em C2a e C2b, C4a e C4b, utilizando os fragmentos para formar outra 
 molécula C4b2a. 
 Ao longo das proteólises, os fragmentos que não são utilizados como o C4a e p C2b, 
 apresentam funções específicas, como ativar macrófagos, chamar linfócitos e neutrófilos etc. 
 Antes da clivagem C2 e C4 não tinham função, mas a molécula C4b2a é uma convertase de 
 C3, também com função enzimática, ela irá clivar a proteína C3 em C3a e C3b. O fragmento 
 C3a vai para a corrente sanguínea e o C3b irá se unir à molécula C4b2a formando outra 
 molécula, a C4b2a3b que é uma convertase de C5, esta irá clivar a proteína C5 em C5a e C5b, 
 o fragmento C5b se une ao C4b2a3b formando a molécula C4b2a3b5b, esta molécula irá se 
 unir a C6, C7, C8, C9 e formar o complexo de ataque à membrana. 
 Este complexo formado age em membranas bacterianas, da seguinte forma: IgM se ligam a 
 antígenos de membrana em microrganismos (ex: antígeno O), ocorre a ativação da via clássica 
 do sistema complemento e toda reação descrita anteriormente ocorre na membrana desta 
 célula bacteriana. Este complexo é uma proteína tubular que consegue penetrar na parede 
 bacteriana e perfura-la, assim ocorrerá a lise da parede celular, e então a sequência de 
 reações depende do meio onde a bactéria está, se for um meio hipotônico, ocorre a lise celular 
 por aumento no volume e, se for um meio hipertônico, a célula é plasmolisada por excessiva 
 diminuição no volume celular. Além disso, os fragmentos soltos ao longo das proteólises atuam 
 chamando macrófagos, sinalizando ou agem como opsoninas facilitando a fagocitose. 
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 Via Alternativa: ativada na ausência de anticorpos; no plasma C3 é 
 continuamente clivada em uma taxa lenta para gerar C3b em um processo que é denominado 
 C3 - tickover. Os C3b formados podem se ligar covalentemente as superfícies celulares, 
 incluindo microrganismos, ou se não se ligarem até um certo tempo são inativados. Quando 
 C3b se liga a uma superfície celular, um local de ligação para uma proteína plasmática 
 chamada de fator B é exposto na proteína C3b. O fator B é clivado por uma serina plasmática 
 denominada fator D. A clivagem do fator B dá origem a dois fragmentos Ba e Bb, o fragmento 
 Bb se une ao C3b e este complexo (C3bBb) forma a convertase de C3, que irá clivar outras 
 proteínas C3 em C3b e C3a, o fragmento C3b se une ao complexo C3bBb e o fragmento C3a é 
 liberado e irá apresentar algumas atividade biológicas. Esse novo complexo formado entre o 
 fragmento Bb e duas C3b é a convertase de C5 que irá clivar esta proteína e a partir deste 
 ponto ocorre o mesmo que na via clássica. 
 
 Via da Lectina: esta via é ativada na ausência de anticorpo através da ligação da 
 lectinas circulantes (lectina de ligação a manose plasmática ou ficolinas) a polissacarídeos 
 microbianos presentes na membrana das células. Quando ocorre essa ligação algumas 
 proteínas, como MASP 1,2 e 3 conseguem se ligar a lectina e todas juntas atuam como a C1 
 ativada, ou seja irão realizar a clivagem de C2 e C4 formando o complexo C4b2a, que é a 
 convertase de C3 e a partir deste ponto a sequencia é igual a da via clássica. 
 
 Funções do Sistema complemento: 
  Opsonização e fagocitose: Os microrganismos nos quais o complemento está ativado 
 se tornam recobertos por alguns fragmentos proteicos originados pelo próprio complemento 
 que atuam como opsoninas e assim os microrganismos são fagocitados pela ligação destas 
 proteínas a receptores específicosnos macrófagos e neutrófilos. 
  Estimulação das respostas inflamatórias: Os fragmentos proteolíticos do 
 complemento C5a, C4a e C3a induzem a inflamação aguda pela ativação dos mastócitos e 
 neutrófilos. Todos os três peptídeos se ligam aos mastócitos e induzem desgranulação, 
 liberando mediadores vasoativos como a histamina. Estes peptídeos podem também ser 
 chamados de anafilatoxinas, porque as reações desencadeadas por eles são características da 
Impresso por Mary, CPF 558.778.932-20 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode
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 anafilaxia, gerando respostas distintas como estímulo a motilidade, adesão a células 
 endoteliais, aumento da permeabilidade vascular, entre outros. 
  Citólise mediada pelo Complemento: Lise de microrganismos estranhos 
 intermediada pelo complemento e mediada pelo MAC (complexo de ataque a membrana). 
  As proteínas do complemento promovem a solubilização do complexo antígeno 
 anticorpo e sua eliminação pelos fagócitos. 
  Algumas de suas proteínas facilitam a e a ativação das células B iniciação da 
 resposta imune humoral. 
 
Introdução: 
Quando um indivíduo é exposto previamente a um determinado antígeno e desenvolve 
uma resposta imune a ele é considerado sensibilizado. Em algumas situações essa 
resposta é excessiva, resultando em uma reação prejudicial ou patológica chamada de 
reação de Hipersensibilidade. 
Classificação das Reações de Hipersensibilidade: 
– Hipersensibilidade Imediata (Tipo I): 
A resposta imune é mediada por células Th2, anticorpos IgE e mastócitos. Há a liberação 
de mediadores inflamatórios que atuam nos vasos e músculo liso, além do recrutamento 
de células inflamatórias. Ocorre em minutos após exposição ao antígeno. Ex. Alergias, 
Asma Brônquica, Rinite, Anafilaxia. 
– Hipersensibilidade Mediada por Anticorpos (Tipo II): 
Os anticorpos IgM e IgG ligam-se a antígenos na superfície de células, como hemácias e 
plaquetas, promovendo ativação do sistema complemento e destruição celular por 
Fagócitos e Células NK. Pode haver lesão dos tecidos, induzindo a inflamação ou levar à 
interferência nas funções celulares, causando doença sem lesão tecidual. Ex. Anemia 
Hemolítica Autoimune, Síndrome de Goodpasture. 
– Hipersensibilidade Mediada por Imunocomplexos (Tipo III): 
Há a formação de imunocomplexos, através da ligação de um antígeno solúvel com 
anticorpos IgM e IgG, que se depositam em vasos e tecidos, levando à inflamação. Há 
recrutamento e ativação de leucócitos, produzindo lesão tecidual. Ex. Lúpus Eritematoso 
Sistêmico, Doença do Soro, Reação de Arthus. 
– Hipersensibilidade mediada por Células (Tipo IV): 
Os Linfócitos T CD4+ (Th1 e Th17) encontram antígenos em sítios inflamatórios, sendo 
então ativados, liberando interleucinas e moléculas de adesão. Esse evento facilita a 
migração e ativação de leucócitos, levando a reações inflamatórias. Em alguns casos, os 
T CD8+ destroem as células hospedeiras. Ex. Dermatite de contato, Esclerose Múltipla, 
Diabetes tipo I, Artrite Reumatóide. 
FONTE: 
http://www.medicina.ufba.br/imuno/roteiros_imuno/hipersensibilidade_celular.pdf 
Anafilaxia Sistêmica 
As alergias, ou atopias, são um tipo de hipersensibilidade imediata (Tipo I) mediada pelo 
anticorpo IgE e mastócitos. A propensão para o desenvolvimento de alergias pode ser 
influenciada pela herança de vários genes e/ou fatores ambientais. 
A anafilaxia é a forma mais grave de hipersensibilidade imediata, sendo uma reação 
sistêmica caracterizada por edema em vários tecidos e uma diminuição da pressão 
sanguínea, secundária à vasodilatação. Geralmente resulta da presença sistêmica de um 
antígeno, onde os indutores mais frequentes incluem: alimentos, picadas de insetos, 
antibióticos injetáveis ou ingeridos. 
O alérgeno ativa os mastócitos nos tecidos, resultando na liberação de mediadores 
(histamina, bradicinina, prostaglandinas, leucotrienos) que levam à diminuição do tônus 
vascular e extravasamento de plasma em todo o corpo. Ocorre hipotensão, podendo 
levar ao choque anafilático. Além disso, há constrição das vias áreas superiores e 
inferiores, edema na laringe, hipermotilidade do intestino, extravasamento de muco e 
lesões na pele. 
O choque anafilático severo pode ser rapidamente fatal, mas pode ser controlado pela 
imediata administracã̧o de Adrenalina/Epinefrina e Anti-histamínicos, que reverte a 
acã̧o da histamina, inibe a degradulação dos mastócitos, relaxando o músculo liso 
brônquico e reduzindo a inflamação. 
URTICÁRIA: A urticária é uma resposta aguda à presença de alérgenos em contato 
direto ou que entram na corrente sanguínea e alcançam a pele. É um tipo de 
Hipersensibilidade Imediata, onde os mastócitos da derme são ativados, degranulados 
e liberam histamina que causa pápulas e placas eritemoedematosas com prurido em 
todo o corpo. 
O tratamento deve ser precedido da identificação da causa e tentativa de elimina-la. A 
escolha terapêutica é baseada no uso de anti-histamínicos por via oral. Caso o quadro 
for muito intenso, com risco de broncoespasmos e edema de laringe, pode ser feita a 
administração de adrenalina 
De acordo com a definição de Coombs e Gell, as reações de hipersensibilidade podem 
ser divididas didaticamente em quatro tipos (I, II, III e IV). É preciso dizer que, in vivo, 
estas reações não ocorrem isoladamente. Os três primeiros tipos são mediados por 
anticorpos, enquanto que o quarto tipo é mediado primariamente por células T e 
macrófagos. Neste roteiro, somente as reações do tipo IV serão conceituadas e 
discutidas. FONTE: 
http://www.medicina.ufba.br/imuno/roteiros_imuno/hipersensibilidade_celular.pdf 
	Introdução:
	Anafilaxia Sistêmica

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